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CABO VERDE Pescas e Migrações

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Academic year: 2023

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Acordos de Parceria Económica ACP África, Caraíbas e Pacífico SGP APD Assistência Pública ao Desenvolvimento APP Acordo de Parceria no domínio das Pescas BAD Banco Africano de Desenvolvimento BCV Banco de Cabo Verde. CONCORD Confederação Europeia de ONG para a Ajuda Humanitária e o Desenvolvimento Coordenação de Políticas de CPD para o Desenvolvimento.

ÍNdICe

Sumário exeCutiVo

Exemplo disso é o facto de a UE encarar Cabo Verde cada vez mais como um país de trânsito (em comparação com a emigração de Cabo Verde, um fenómeno marginal), ou de a conclusão de um acordo sobre a simplificação dos procedimentos de vistos estar condicionada sobre a assinatura de outro acordo sobre a readmissão de migrantes. Neste sentido, a utilização das compensações e dos fundos pagos pela UE para a exploração dos recursos pesqueiros, que Cabo Verde se comprometeu a dedicar 100% ao desenvolvimento do sector, poderia beneficiar de um melhor planeamento e priorização com metas e calendários concretos, no âmbito de um diálogo mais regular com a UE.

This is also shown in the approach to Migration, from which the fact that the Mobility Partnership was originally conceived as part of the security pillar within the Special Partnership is illustrative. The highly political nature of this issue also affects the action of EU member states and the success of their projects, as shown in the example of the Common Visa Centre.

O objectivo central deste estudo foi descrever, documentar e analisar os efeitos que as políticas da UE têm no desenvolvimento de Cabo Verde, numa perspectiva de Coerência Política para o Desenvolvimento (CPD), para identificar inconsistências e boas práticas que possam contribuir para uma abordagem mais coerente, políticas europeias justas e sustentáveis. Em termos metodológicos, foi realizado um trabalho preparatório para identificar áreas políticas que revelassem um impacto coerente ou inconsistente das diversas políticas da UE no país, posteriormente validadas em trabalho de campo com o apoio da plataforma de ONG de Cabo Verde.

491 875 cabo-verdianos residentes, dos quais 54,4% com menos de 25 anos

2º lugar entre os países com melhor governação em África

A AjudA Ao deSeNvolvImeNTo

Em termos qualitativos, parece claro que a natureza da ajuda ao desenvolvimento em Cabo Verde está a mudar gradualmente. 25 Resposta do Governo de Cabo Verde ao estudo sobre a monitorização da Declaração de Paris sobre a Eficácia da Ajuda, 2011.

AS relAçõeS Com A uNIão euroPeIA

  • ComÉrCIo

A sobrevivência e afirmação internacional de Cabo Verde como potência insular com uma vasta diáspora tem levado, portanto, a um investimento constante na cooperação multilateral como instrumento de defesa dos interesses do país. 43 A parceria com a UE defende a integração de Cabo Verde nos CO “através do acesso de Cabo Verde ao mercado interno, bem como da possibilidade de participar progressivamente em determinadas políticas e programas da UE”. A Parceria Especial entre Cabo Verde e a União Europeia, que foi aprovada pelo Conselho Assuntos Gerais e Relações Externas da UE em 19 de Novembro de 2007, foi, portanto, a expressão de uma combinação de vontades e interesses que poderá materializar-se durante a presidência portuguesa. da UE.

No âmbito do mecanismo V-FLEX, criado com o objectivo de mitigar a vulnerabilidade socioeconómica nos países ACP, devido à crise financeira internacional, Cabo Verde. Isto significa que, desde o início, nem a União Europeia nem Cabo Verde sabiam muito bem em que consistiria na prática a Parceria Especial (dada a sua natureza inovadora), nem como tirar o máximo partido do seu enquadramento (dada a falta de instrumentos específicos para este fim). No primeiro destes pilares, Cabo Verde terá de mostrar maior cautela na avaliação dos seus interesses em relação às posições europeias.

Cabo Verde pode, assim, também aproveitar melhor o papel potencial que desempenha na aproximação da Europa à CEDEAO e à própria União Africana. A parceria especial não pretende de facto substituir ou competir com a integração regional no espaço da África Ocidental, mas antes contribuir para o seu fortalecimento, uma vez que o interesse europeu tem como parte o facto de Cabo Verde ser uma ponte para esta região. , como resultado da sua adesão à CEDEAO.

PeSCAS

  • A PolÍTICA de PeSCAS dA ue em PAÍSeS TerCeIroS
  • o ACordo de PeSCAS ue-CABo verde

Os primeiros acordos de pesca da União Europeia eram de natureza quase estritamente comercial e seguiam o princípio de “pagar, pescar e sair”. 56 Existem dois tipos de acordos bilaterais de pesca com países terceiros: acordos de pesca do atum (como é o caso de Cabo Verde) e acordos multiespécies (como os celebrados com a Mauritânia, a Guiné-Bissau ou a Guiné-Conacri). O Consenso Europeu sobre o Desenvolvimento (2005) e as conclusões subsequentes no contexto da promoção da Coerência das Políticas para o Desenvolvimento (CPD) indicam claramente a intenção da UE de ter em conta os objectivos de desenvolvimento dos países parceiros no quadro dos acordos de pesca celebrados62.

Como parte da reforma, espera-se que os acordos de pesca sustentável (APS) substituam os atuais acordos de parceria no domínio das pescas (ver quadro 3 sobre os acordos atuais). O respeito pelos direitos humanos é uma condição essencial para a celebração e renovação de acordos de pesca; É garantido que os acordos de pesca contribuem para uma melhor gestão do setor das pescas nos países parceiros, especialmente em termos de vigilância, inspeção e capacidades administrativas e científicas;

Reforçar a capacidade técnica e profissional dos vários intervenientes do sector para a monitorização e controlo de participação, incluindo o controlo sanitário e de qualidade dos produtos da pesca; Isto permite que certos produtos da pesca produzidos no país a partir de peixes que não são originários de Cabo Verde sejam considerados originários de Cabo Verde. Devido à falta de um plano de gestão dos recursos pesqueiros, as possibilidades de pesca da espécie a disponibilizar à frota estrangeira não são definidas/conhecidas.

Um dos aspectos tem a ver com os pesqueiros e a disponibilidade de recursos pesqueiros.

Tabela 3: Acordos de Pesca bilaterais entre a ue e países terceiros
Tabela 3: Acordos de Pesca bilaterais entre a ue e países terceiros

700 mil cabo-verdianos na diáspora, espalhados por mais de 40 países,

  • A PolÍTICA euroPeIA PArA AS mIgrAçõeS
  • AS mIgrAçõeS em CABo verde
  • A ATuAção dA uNIão euroPeIA

Uma das maiores lacunas nos dados da migração cabo-verdiana é a ausência de fontes nacionais com informação estatística sobre as comunidades cabo-verdianas que vivem no estrangeiro. Recentemente, Cabo Verde tornou-se também um país de destino, conforme indicado na DECRP II, especialmente para imigrantes da África Ocidental (ver Tabela 8). Grande parte da relação recente entre a UE e Cabo Verde no domínio da migração ocorreu no âmbito do Diálogo de Parceria Especial, no âmbito do qual a Parceria para a Mobilidade se tornou um sector separado da relação.

Em geral, Cabo Verde praticamente aceitou a proposta formal preparada pela UE, que é muito semelhante ao texto da Parceria para a Mobilidade assinada com a Moldávia. Depois das dificuldades na negociação dos dois acordos, os mesmos serão aprovados em breve, restando avaliar se as contrapartes compensam Cabo Verde em termos de facilitação de vistos pelas concessões relativas à readmissão161. Foi criado em 2007 na sequência de um protocolo celebrado entre o Instituto Português de Apoio ao Desenvolvimento (IPAD), o ACIDI, IC e a Associação de Imigrantes Açorianos, que tem o seu âmbito no âmbito da Parceria para a Mobilidade estabelecida entre Cabo Verde, ampliada . e a UE.

Em suma, o objectivo era identificar profissionais altamente qualificados na diáspora cabo-verdiana nestes países e atraí-los para ministrar formação de curta duração em Cabo Verde. Além disso, pretendia fortalecer as ligações transnacionais da diáspora e as redes de comunicação entre a diáspora e as entidades institucionais em Cabo Verde. É um projeto europeu que tem como objetivo agilizar o processamento de pedidos de vistos para visitas turísticas ou de negócios à União Europeia (vistos Schengen) de cidadãos cabo-verdianos e estrangeiros residentes em Cabo Verde.

Outro problema para Cabo Verde é o facto de ser cada vez mais visto pela UE como um país de trânsito, embora este fenómeno seja certamente marginal em comparação com a emigração cabo-verdiana.

Tabela 7: Cabo-verdianos repatriados por país de emigração (1992-2008)
Tabela 7: Cabo-verdianos repatriados por país de emigração (1992-2008)

ConCluSõeS e reComendaçõeS

A aproximação de Cabo Verde à União Europeia tem as suas raízes em factores de identidade político-culturais, mas também nos interesses concretos de segurança e desenvolvimento, materializados numa política externa que privilegia a variedade de parcerias e a cooperação multilateral como instrumento de protecção de interesses do país. A Parceria Especial UE-Cabo Verde é um instrumento único, que dificilmente poderá ser replicado noutros países africanos a curto prazo, uma vez que também é pouco provável que a convergência de interesses entre as partes seja semelhante. Neste sentido, a existência de um acordo de pesca entre a UE e Cabo Verde para a pesca do atum é, por si só, um aspecto positivo, comparativamente à actividade não regulamentada de outros operadores.

Os homólogos da UE, que comprometeram Cabo Verde a utilizar 100% para o desenvolvimento do sector das pescas, são claramente insuficientes, tanto à luz das necessidades identificadas como à luz do valor dos recursos haliêuticos a que as frotas da UE têm acesso. , mas está em conformidade com o que a UE acordou com outros países. Por exemplo, a questão do acompanhamento da implementação do acordo continua a ser um problema grave, uma vez que o fenómeno das capturas ilegais e subdeclaradas é desconhecido, o que é facilitado pela extensa ZEE de Cabo Verde e pelo facto de os desembarques não serem no país. Investir num diálogo e consulta abrangentes ao sector, especialmente no âmbito da Comissão Nacional de Pescas, para formar e informar os pescadores sobre o conteúdo dos acordos externos, para que possam melhor defender os interesses do sector das pescas em Cabo Verde.

Cabo Verde está em melhor posição do que outros países da sub-região para satisfazer os interesses europeus, o que acontece. Este facto contribui também para a perspectiva de vermos Cabo Verde cada vez mais como um país de trânsito, quando este fenómeno é obviamente marginal face à imigração cabo-verdiana.

O GOVERNO CHAVE VERDE (2010); Relatório de Monitorização Global da Implementação da Estratégia de Crescimento e Redução da Pobreza, DECRP II, Ministério das Finanças, Direcção Nacional de Planeamento, Abril, Praia. O GOVERNO CHAVE VERDE (2008); DECRP II Documento de Estratégia de Crescimento e Redução da Pobreza), Direcção Geral de Planeamento, Ministério das Finanças e Administração Pública, Maio de 2008. GOVERNO DE KELIT VERDE (2004); Documento de Estratégia para o Crescimento e a Redução da Pobreza (DECRP I), Ministério das Finanças e do Planeamento, Setembro de 2004.

NEVES, José Maria (2004); As Relações Externas de Cabo Verde: O Caso da União Europeia, in Cabo Verde – O Caso de uma Ilha nas Relações Norte-Sul, Revista Estilo, no. 20, IEEI, Cascais: Princípios, p. Discurso do Primeiro-Ministro de Cabo Verde na sessão de abertura do seminário Relações Externas de Cabo Verde: O Caso da União Europeia, Praia, 13 e 14 de Dezembro de 2002. DESENVOLVIMENTO OCEÂNICO; MEGAPESCA LDA (2010); Avaliação ex post do atual Protocolo ao Acordo de Parceria no domínio das Pescas (AQP) entre a União Europeia e Cabo Verde e análise do impacto do futuro Protocolo na sustentabilidade.

A REPÚBLICA DE CABO VERDE (2007); Relatório de informação ao Secretário-Geral das Nações Unidas sobre o processo de saída de Cabo Verde da categoria de PMA, Dezembro de 2007. UNIÃO EUROPEIA (2011); Protocolo acordado entre a União Europeia e a República de Cabo Verde, que estabelece as possibilidades de pesca e as compensações financeiras previstas no atual Acordo de Parceria no domínio da Pesca entre as duas partes.

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gráfico 1: Crescimento do PIB e PIB per capita 2005-2012
Tabela 3: Acordos de Pesca bilaterais entre a ue e países terceiros
Tabela 4: Potencial e captura de recursos haliêuticos na Zee de Cabo verde
gráfico 4: evolução das capturas de pesca artesanal e industrial, 2005-2008
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Referências

Documentos relacionados

Em maio de 2010 (CAIXA, 2010a), nova equipe de técnicos cabo-verdianos visitou o Brasil com o objetivo de aprofundar a transferência de conhecimento sobre Cadastro Único, Fundo