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O Centro de Referência Paralímpico na Faculdade de Educação Física e Dança - FEFD: um estudo de caso

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Academic year: 2023

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Título provisório: Centro de Referência Paraolímpico da Faculdade de Educação Física e Dança - FEFD: um estudo de caso. CENTRO DE REFERÊNCIA PARALÍMPICO DA FACULDADE DE EDUCAÇÃO FÍSICA E DANÇA - FEFD: UM ESTUDO DE CASO [manuscrito] / Glauber Henrique de Almeida Souza.

INTRODUÇÃO

Portanto, fez-se necessário um estudo no campo da diversidade e inclusão, com mais ênfase nos centros paralímpicos de referência e o quanto eles são importantes para o desenvolvimento do esporte paralímpico brasileiro. Portanto, o objetivo deste trabalho foi analisar o trabalho desenvolvido na natação paralímpica, no projeto dos Centros de Referência Paralímpicos de Goiânia.

REVISÃO DE LITERATURA

  • HISTÓRIA DO ESPORTE PARALÍMPICO BRASILEIRO
  • COMITÊ PARALÍMPICO BRASILEIRO
  • PROJETO CENTRO DE REFERÊNCIA PARALÍMPICOS
  • VISIBILIDADE DO ESPORTE PARALÍMPICO E BENEFÍCIOS PARA AS PESSOAS

De fato, as pessoas veem o quanto é importante para as competições paraolímpicas dar boa visibilidade às pessoas com deficiência no Brasil, inclusive incentivando outras pessoas a jogar. Nesse sentido, nota-se que o esporte paraolímpico foi de extrema importância para as pessoas com deficiência, bem como para a implantação de projetos. Partindo desse pressuposto, o Projeto dos Centros de Referência Paralímpicos seguiu a mesma linha de raciocínio e buscou incentivar as pessoas com deficiência a se exercitarem.

Esta é uma informação muito importante para a vida em sociedade, bem como a necessidade de mostrar às pessoas com deficiência o quão benéfica pode ser a prática regular de atividade física. Assim, afirma-se a importância de quão fundamental é a divulgação midiática das competições paraolímpicas, para aumentar o incentivo ao esporte, o que auxilia na sua divulgação para pessoas com ou sem deficiência. Nesse sentido, esse julgamento desnecessário que ocorreu contra as pessoas com deficiência no século passado levou a várias críticas preconceituosas contra elas.

METODOLOGIA

Com base no pressuposto que esclarece a abordagem da análise de conteúdo, pretendeu-se conectar as respostas que foram possibilitadas com os sujeitos que falaram sobre o tema proposto, durante a saída de campo e referindo-se a eles, para observar e avaliar o que mais se repetiu. bem como algumas falas singulares e de grande importância para o desenvolvimento da pesquisa, que chamaram mais atenção, pois fugiram da linha de raciocínio dos demais entrevistados. Portanto, viu-se a importância da utilização de um método já comprovado por pesquisas científicas, no qual foi bastante desenvolvido por Bardin (1977) e posteriormente aprimorado por diversos outros autores. Traz a ideia de que a análise de conteúdo tem como função principal descobrir a ideia crítica de algo, que neste caso é uma análise de entrevista, sobre os benefícios das aulas de natação para pessoas com deficiência (BARDIN, 2011).

Assim, com base nessa análise de conteúdo, nas entrevistas com os alunos do CRP ou seus responsáveis, buscou-se a compreensão concreta das relações decorrentes e complementares ao desenvolvimento realizado nas aulas do CRP. Portanto, foi necessária uma série de técnicas parciais para entender o cerne desse problema, que consistia em explicar e sistematizar o conteúdo das mensagens, contribuir com os índices do estudo e tirar suas conclusões (BARDIN, 1977). Por fim, a categorização de conteúdo tem por objetivo resumir o que foi dito em cada uma das entrevistas para que diferentes respostas sejam comparáveis, classificar e agrupar os elementos com os critérios previamente definidos (BARDIN, 2010).

Tabela  1: Informações  dos  participantes  da  coleta de dados.
Tabela 1: Informações dos participantes da coleta de dados.

RESULTADOS E DISCUSSÕES

O INÍCIO NAS PRÁTICAS ESPORTIVAS

Os outros 5 alunos indicaram que só participaram das aulas de natação, pois receberam um convite de alguém que já praticava pelo projeto para participar das aulas. Afinal, a divulgação realizada pelos próprios alunos é de extrema importância para a promoção do esporte adaptado para pessoas com deficiência. A1 - Porque é um lugar próximo para trazê-la, além de fazer amigos e colegas, pois ela atualmente estuda em casa, com uma educação mais voltada para ela, então achamos melhor colocar ela nas aulas.

A4 - Eu já queria que ela praticasse algum esporte, e ela queria natação ou balé, então encontramos a oportunidade de trazê-la aqui nas aulas de natação do projeto. Posto isso, observa-se que as respostas dos alunos ou de seus responsáveis ​​deram um ponto de atenção, sendo que 7 deles relataram que só entraram nas aulas do projeto quando foram convidados por alguém que já estava participando da ministração da aula . lugar. Todos os alunos ou seus responsáveis ​​que responderam à entrevista demonstraram conhecer os esportes paraolímpicos, mesmo que não tivessem praticado nenhum deles antes de ingressar nas aulas.

AS AULAS DO PROJETO CENTRO DE REFERÊNCIA PARALÍMPICO

O professor deve auxiliar e estimular esse aluno a aprender os fundamentos necessários respeitando seu ritmo e seu jeito (NAZAR et. al., 2019, p. 45). Partindo desse pressuposto, aponta-se como necessário para o processo de ensino-aprendizagem dos alunos, como professores e monitores devem conduzir uma aula. A2 - Nunca me senti pertencente nos lugares que participei, então aqui é muito bom, pois me relaciono com pessoas que tem limitações parecidas com as minhas, onde vejo que temos pontos em comum, então posso de igual forma converse base com outros alunos, pois aqui posso ser eu mesmo, sem me preocupar com o julgamento alheio.

Além desses fatores preconceituosos e de negação social do indivíduo com deficiência, reforça e fortalece sua exclusão social, visto que a sociedade o vê como carente ou incapaz (GIL, 2004 apud NAZAR et. al., 2019). Os pontos em comum entre os alunos os ajudam a conseguir se socializar mais uns com os outros, além da informação de que os professores os incentivam fortemente a participar de outros espaços sociais, a se conectar com mais pessoas. Dito isso, mostra que os auxilia no processo de aceitação, pois ao aceitarem a si mesmos, tendem a não se preocupar tanto com os julgamentos alheios, fatos relatados pelos entrevistados, pois a informação e a comunicação são ferramentas eficazes de combate essas atitudes e contribuem para promover a igualdade e o respeito à diversidade humana (GIL, 2004 apud NAZAR et. al., 2019, p. 43).

AS ATIVIDADES FÍSICAS REALIZADAS E SEUS BENEFÍCIOS

Nesse sentido, as aulas do projeto, conforme apresentadas pelos entrevistados, servem como um grande fator auxiliar na inclusão social, além de promover um estilo de vida mais saudável e motivador para os mesmos. Em relação às respostas dadas pelos entrevistados, os alunos demonstram gostar muito das aulas, mas divergem quando questionados sobre o que exatamente gostam de fazer durante as aulas. Todos eles relataram o mesmo durante a entrevista que não se encaixavam nesses esportes e quando começaram a nadar gostavam muito do contato com a água, além de toda a liberdade física que ela proporciona aos alunos, principalmente para aqueles que possuem limitações e enxergam o meio líquido como uma forma genuína e independente de expressão corporal (GRASSELI e PAULA, 2002 apud NAZAR et. al., 2019).

A6 – Sim, as aulas de natação ajudaram a fortalecer a minha musculatura após o acidente, pois naquela época eu não conseguia praticar esportes de forte intensidade, o que me fez optar pela natação, que veio como um complemento no processo de recuperação. Mas um ponto que ainda merece destaque são os processos inclusivos que as aulas do projeto proporcionam aos alunos apoiados, como Apesar de apenas as aulas de natação terem sido observadas nesta pesquisa, vale ressaltar que as aulas em geral são boas para os alunos, pois os alunos que relataram frequentar ou frequentar o intercentro acharam incrível todo o ambiente que o CPB oferece para que pessoas com deficiência possam competir e ter divertido com os outros.

PERCEPÇÃO SOBRE BEM ESTAR E SAÚDE

A prática da natação adaptada, relacionada às propriedades da água e como ela afeta o comportamento de pessoas com deficiência, reflete em seu aspecto fisiológico ou psicológico, no qual podem desenvolver diferentes habilidades motoras que irão contribuir para as atividades da vida diária (PEREIRA e GARCEZ, 2010 apud NAZAR et al., 2019). A3 - 10, a gente nunca teve problema com a socialização dela, mas a gente tem problema com outras pessoas que não aceitam ela, tipo na escola, a gente luta com isso. O projeto contribuiu muito porque a professora aqui sempre incentiva ela a conversar e ir a outros espaços para conviver com as pessoas.

A4 - 10, porque o projeto ajuda ela a se socializar com novas pessoas, mas ela sempre foi muito comunicativa, nos hospitais, no ônibus, na rua, onde quer que a gente vá, ela faz amigos e conversa com as pessoas. A6 - 10, melhorou no sentido que me senti bem em um ambiente onde tinha outras pessoas como eu, porque o acidente foi recente, o primeiro lugar que tive contato com outras pessoas com deficiência foi no projeto, onde consigo socializar. e ter boas conversas com as pessoas aqui. Mas, com as práticas de natação, melhoraram muito o sono e já conseguem dormir melhor, conforme relatado por outros alunos, que, devido ao cansaço, dormiram melhor do que antes.

Tabela  2: Média  geral  das percepções  subjetivas  dos indivíduos  sobre  sua saúde  e bem  estar
Tabela 2: Média geral das percepções subjetivas dos indivíduos sobre sua saúde e bem estar

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Procurei entender como foi toda a trajetória desses alunos até chegarem às aulas do CRP, quais eram suas motivações e o que buscavam com o esporte em suas vidas. Conforme demonstrado nos capítulos anteriores e faço questão de deixar explícito aqui ao final, cada aluno tem suas particularidades, então cada um trava suas próprias batalhas, tanto internas, como alunos que apresentam altos níveis de ansiedade, quanto externas, que sai do controle dos alunos, como alguns relatos que ouvi deles em momentos em que não foi gravado ou em um momento da entrevista, onde eles disseram que alguns sofreram bullying quando crianças, e aqueles com deficiência congênita, e como eles tinham problemas com sua auto-estima e socialização com outras pessoas. Nesse sentido, pude constatar como esta pesquisa de campo tem vários pontos interessantes que podem ser discutidos em futuros trabalhos acadêmicos, pois não se trata apenas do que está escrito neste trabalho, mas de todo o processo que vai até as aulas na piscina, vendo como os alunos aplicaram o que os professores ensinaram e como melhoraram na natação, além da adaptação ao meio líquido que foi necessária para alguns deles.

Com base nisso, pude entender a realidade diferente em que cada um deles se encontrava, pelo que parecia durante as aulas, que eram na natação, já que havia vários campeões de competições paraolímpicas escolares e universitárias, que estavam ali presentes no salas de aula. Que fica claro quantitativamente a melhora que tiveram em todos os aspectos de suas vidas no ano que iniciaram nas aulas do CRP. Considerando que todos os alunos relataram que perceberam algumas melhorias em suas vidas após participarem das aulas de natação oferecidas pelo CRP, fica claro como o fator social afeta positivamente suas vidas.

Educação física e esporte adaptado: história, altos e baixos em relação aos princípios de integração/inclusão e perspectivas para o século XXI.

APÊNDICES

APÊNDICE 1 – Diários de Campo

A aula foi muito bem sistematizada, onde teve dois irmãos gêmeos, ambos com deficiência física, sendo que um deles já participa de competições, onde participou do Campeonato Paralímpico de Brasília, que foi campeão nos 50m livre e 100m livre, na categoria natação S3 e se prepara para disputar o Campeonato Paralímpico Nacional, que será realizado em João Pessoa em outubro. Havia 2 alunos na turma, gêmeos, que estiveram presentes na última hora onde começaram com um alongamento inicial para um deles, que foi feito fora da piscina. Já para o outro aluno, o aquecimento foi feito na piscina, com levantamentos, então ambos foram instruídos a nadar 100m costas em velocidade lenta.

Em seguida, realizam 2 tiros em velocidade máxima, 50 metros, com o primeiro irmão focando em aumentar a resistência para participar do Campeonato Brasileiro Paraolímpico, que será realizado em outubro, em João Pessoa. Por fim, o aluno que está treinando para participar foi orientado a nadar borboleta e nado peito, 25m cada. A aula contou com a presença de 2 alunos-atletas, que estão treinando para as próximas competições, por isso fazem treinos mais cansativos, pois já fizeram começou com um aquecimento de 250m de nado livre sem velocidade.

APÊNDICE 2 – Modelo de entrevistas semi-estruturada

APÊNDICE 3 – Termo de consentimento livre e esclarecido (TCLE)

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Tabela  1: Informações  dos  participantes  da  coleta de dados.
Tabela  2: Média  geral  das percepções  subjetivas  dos indivíduos  sobre  sua saúde  e bem  estar

Referências

Documentos relacionados

Desta forma, realizar-se-á uma aferição do desempenho dos alunos na disciplina, visto que o tema será abordado e explorado por meio das várias perspectivas dos envolvidos,