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CIC 2012 Gabriela Leite - Unesp

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Academic year: 2023

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XXIV Congresso de Iniciação Científica

Mudanças climáticas afetam a espermatogênese de anuros: Efeitos da alta temperatura por curto período de tempo

Gabriela Baroni Leite, Juliane Silberschmidt Freitas, Lilian Franco-Belussi, Classius de Oliveira.

Campus São José do Rio Preto, IBILCE, Ciências Biológicas, gabriela.bleite@gmail.com FAPESP (2011/ 06605-6).

Palavras Chave: Espermatogênese, Temperatura, Eupemphix nattereri.

Introdução

Em Junho de 2012 a comunidade científica se reuniu para discutir o futuro do planeta na Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável - Conferência do Rio +20. Diante do contexto de desenvolvimento sustentável, alertamos a sociedade sobre o risco do aquecimento global, provocado por ações humanas, influenciando no declínio da população de anfíbios [1]. Devido às características particulares, o grupo é considerado um dos mais vulneráveis às variações ambientais, como o aquecimento global, o qual vêm se agravando nos últimos anos [2]. O conhecimento da influência das altas temperaturas sobre a espermatogênese de anfíbios anuros é importante para a compreensão dos impactos das mudanças climáticas sobre a reprodução e conservação de diversas espécies. Portanto, nosso trabalho tem como objetivo analisar o efeito da alta temperatura sobre a espermatogênese de Eupemphix nattereri.

Material e Métodos

Machos adultos de E. nattereri foram coletados na região de São José do Rio Preto-SP, e submetidos a aumento de temperatura (35,1°C) por 12 horas em câmara BOD (Modelo 121 FC). Os animais foram eutanasiados imediatamente após exposição à condição de hipertermia. Posteriormente, os testículos foram removidos e destinados à rotina histológica. A quantificação das células germinativas foi realizada com auxílio do programa Image Pró- Plus 4.5.

Resultados e Discussão

A exposição à condição de hipertermia altera área de ocupação de alguns tipos celulares nos testículos de E. nattereri. As espermatogônias (F=13.348;

P=0.006) e espermatócitos I (F=19.831; P<0.001) aumentaram suas áreas de ocupação após a elevação da temperatura. Entretanto, a área dos espermatozóides em feixe diminuiu com o tratamento (F=6.6662; P=0.001). Os espermatócitos II (F=30.28; P=0.157), espermátides I (F=3.3083;

P=0.629) e espermátides II (F=10.71; P=0.784) não alteram com o aumento da temperatura. A área locular (F=6.6728; P<0.001) e a intersticial aumentaram neste tempo experimental (F=30.706;

P<0.001). Já a área do lúmen não variou (F=119.83;

P=0.626)(Figura 1). O trabalho mostra que a

temperatura influencia a espermatogênese de E.

nattereri, provocando alterações em vários estágios de desenvolvimento, desde as células iniciais até espermatozóides maduros. O conhecimento da interferência sobre a espermatogênese é importante para a compreensão dos limites de prever impactos das mudanças climáticas sobre a biodiversidade [3,4]. Além disso, o desequilíbrio da atividade reprodutiva normal dos machos poderia afetar a reprodução desses animais, o que colocaria em risco a manutenção da espécie.

Figura 1. A: Variação dos tipos celulares espermatogênicos e áreas locular, intersticial e do lúmen com o tratamento de hipertermia em E.

nattereri. B: Secção histológica dos tipos celulares.

Letras diferentes representam diferenças significativas entre os diferentes grupos experimentais (P<0,001).

Conclusões

O aumento da temperatura influência negativamente a reprodução dos anuros, pois, altera a ocorrência das células germinativas de Eupemphix nattereri, prejudicando a manutenção da espécie.

Agradecimentos

FAPESP n° processo: 2011/ 06605-6 ___________________

[1] PARMESAN, C. 2006. Ecological and evolutionary responses to recent climate change. Annual Review of Ecology, Evolution, and Systematics 37: 637–669.

[2] IUCN – International Union for Conservation of Nature Red List of Threatened Species, 2009. Disponível em: <http://www.iucnredlist.org>.

[3] PEARSON, R.G., & DAWSON, T.P. 2003. Predicting the impacts of climate change on the distribution of species: are bioclimate envelope models useful? Global Ecology and Biogeography , 12:

361 -371.

[4] ARAÚJO, M.B., THUILLER, W., & PEARSON, R.G. 2006. Climate warming and the decline of amphibians and reptiles in Europe. Journal of Biogeography, 33: 1712-1728.

Referências

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