XXVIII Congresso de Iniciação Científica
Cinética da liberação in vitro do óleo essencial de orégano microencapsulado
Dúnia Gonçalves Martins, Marília Gonçalves Cattelan, Vânia Regina Nicoletti Telis. Instituto de Biociências, Letras e Ciências Exatas, Unesp, Engenharia de Alimentos, duniagoncalvesmartins@gmail.com, PIBIC.
Palavras Chave: Microencapsulação, cinética de liberação, orégano.
Introdução
Objetivos
Material e Métodos
A microencapsulação foi feita pelo método de extrusão da dispersão aquosa de 2% de alginato de sódio e OEO (1:0,5), gotejada com agulha (0,45 x 13 mm) em um recipiente contendo 2% (m/m) de cloreto de cálcio, utilizando a técnica de gelificação iônica. Metade das cápsulas (tanto amostra controle, quanto as contendo OEO) foram recobertas com WPC, enquanto a outra metade não. A concentração de OEO foi calculada por meio de uma curva de calibração, obtida por espectrofotometria UV-vis, na qual a amostra controle foi constituída por microcápsulas sem OEO, porém tratadas de modo similar àquelas contendo OEO. A capacidade de retenção (CR) e a capacidade de carga (CC) do OEO foram obtidas a partir das equações (1) e (2), respectivamente.
(1)
(2)
O percentual cumulativo de OEO liberado (Q) foi obtido pela relação entre o teor acumulado de OEO liberado em cada tempo de análise (Mt) e a massa de OEO na amostra inicial (M0), conforme descrito na equação (3).
(3)
Resultados e Discussão
De acordo com a Tabela 1, tanto a CC quanto a CR das microcápsulas de OEO recobertas e não recobertas com WPC não apresentaram grandes
diferenças. A Figura 1 mostra que as cápsulas não recobertas apresentaram uma maior liberação do óleo em menor tempo, em relação às cápsulas recobertas com WPC. Para um total de 164 horas, as cápsulas recobertas com WPC obtiveram o valor de Q = 14,18% e as não recobertas Q = 13,78%, valores similares aos de Hosseini et al. (2013), com Q próximo a 20% para cápsulas contendo OEO obtidas a partir de utilização de quitosana e OEO (1:0,4) em m/m.
Tabela 1. Resultados capacidade de retenção (CR) e capacidade de carga (CC) das microcápsulas recobertas e não recobertas com concentrado proteico de soro de leite (WPC).
Microcápsulas CC (%) CR (%) Não recobertas com WPC 9,85 ± 0,49 3,13 ± 0,02
Recobertas com WPC 9,94 ± 0,29 3,10 ± 0,03 Valores expressos como média ± desvio padrão (n=3).
Figura 1. Liberação in vitro de óleo essencial de orégano (OEO) microencapsulado sem e com recobrimento com soro proteico de leite (WPC).
Conclusões
Agradecimentos
Os autores agradecem ao Programa PIBIC/CNPq/Unesp pela bolsa de iniciação científica n° 37621.
________________
1DIMA, C.; DIMA, S. Essential oils in foods: extraction, stabilization, and toxicity. Current Opinion in Food Science, v. 5, p. 29-35, 2015.
2HOSSEINI, S. F. et al. Two-step method for encapsulation of oregano essential oil in chitosan nanoparticles: Preparation, characterization and in vitro release study. Carbohydrate Polymers, v. 95, p. 50-56, 2013.
A microencapsulação é uma forma de aprisionar compostos bioativos, como os presentes no óleo essencial de orégano (OEO), visando a proteção em matrizes dessas substâncias sensíveis à luz, ao oxigênio e à temperatura, aumentando também a estabilidade desses compostos1. O concentrado proteico de soro de leite (WPC), por sua vez, pode reduzir a permeabilidade e aumentar a resistência mecânica das microcápsulas melhorando características de biodegradabilidade e biocompatibilidade.
(1) (1) Avaliar a cinética de liberação do OEO
microencapsulado pelo processo de extrusão, recoberto e não recoberto com soro proteico de leite (WPC).
As cápsulas recobertas com o soro proteico de leite (WPC) exibiram uma maior retenção do óleo essencial de orégano em relação ás cápsulas não recobertas com WPC.