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ISBE & Cochrane Portugal Newsletter nº 238: Intervenções preventivas de quedas em idosos em ambulatório

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Academic year: 2023

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MARÇO 2021 | NUM 99

Ficha técnica - Autores: Membros do ISBE | Comunicação: Elena Shibaeva

Contacto: isbe@isbe.research.ulisboa.pt | Arquivo da NL disponível em: https://isbe.research.ulisboa.pt e https://portugal.cochrane.org Presidente do ISBE e Diretor da Cochrane Portugal: António Vaz Carneiro

NEWSLETTER

ISBE & COCHRANE PORTUGAL

30 MARÇO 2023 | Nº 238

Esta Newsletter (NL) resulta de uma parceria entre o Instituto de Saúde Baseada na Evidência e a Cochrane Portugal, e tem como objectivo disponibilizar informação sobre áreas importantes para a prática clínica, com base na melhor evidência científica disponível. São incluídos estudos relevantes, criticamente avaliados pela sua validade, importância dos resultados e aplicabilidade prática, resumidos numa óptica de suporte à decisão. É dada prioridade a estudos de causalidade incluindo-se ainda, quando justificado, estudos qualitativos e metodológicos, assim como revisões científicas. O conteúdo da NL é da exclusiva responsabilidade do(s) seu(s) autor(es).

Intervenções preventivas de quedas em idosos em ambulatório

Referência: Clemson L, Stark S, Pighills AC et al. Environmental interventions for preventing falls in older people living in the community. Cochrane Database of Systematic Reviews 2023, Issue 3. Art. No.: CD013258.

DOI: 10.1002/14651858.CD013258.pub2.

Análise do estudo: na população geriátrica, as quedas constituem um problema grave: dois terços dos idosos com mais de 65 anos de idade caem pelo menos uma vez por ano e essas quedas aumentam a probabilidade de institucionalização e de morte destas pessoas. O presente estudo constitui uma atualização de uma revisão sistemática (RS) anteriormente publicada, e teve como objetivo analisar - na prevenção de quedas em idosos - o impacto de intervenções ambientais como a redução do risco de queda, tecnologia de suporte, modificações habitacionais e treino prático.

Até janeiro de 2021, foram pesquisadas várias bases de dados bibliográficas (incluindo a Medline, a EMBASE e a Central da Cochrane), registos de doentes e listas de referências de outras RS, procurando localizar ensaios clínicos (RCTs) estudando intervenções para a diminuição de quedas em idosos em ambulatório com mais de 60 anos. O resultado primário foi a taxa de quedas. Foram incluídos na análise final 22 estudos com risco variável de viés, analisando-se 8.463 idosos de 10 países diferentes, com uma média de idades de 78 anos (sendo 65% do sexo feminino).

A redução do risco de queda no domicílio, utilizando metodologias de avaliação objetiva, tiras antiderrapantes nas escadas ou estratégias comportamentais (diminuição de barreiras em casa), foi analisada em 14 estudos com 5.830 participantes. Os resultados indicam que estas intervenções provavelmente reduzem a taxa global de quedas em 26% (razão de taxas (RaR) 0,74, IC 95% 0,61 a 0,91; 12 estudos, 5.293 participantes; evidência de qualidade moderada). Atendendo ao risco do grupo de controlo, de 1.319 quedas/1.000 pessoas/ano, isto significa menos 343 quedas anuais (IC 95% 118 a 514). Os resultados mostraram-se variáveis nos diversos subgrupos pré-definidos, observando-se uma maior eficácia nos doentes com maior risco prévio de quedas, com uma redução de 38% (RaR 0,62, IC 95% 0,56 a 0,70; 9 estudos, 1.513 participantes), uma redução de 702 quedas (IC 95% 554 a 812) em 1.847/1.000 pacientes (evidência de qualidade moderada). As tecnologias de apoio – óculos, sapatos especiais, alarmes – assim como as intervenções educacionais, mostraram um benefício muito modesto. Quando as pessoas não foram selecionadas pelo seu risco basal, não se encontraram evidências de redução na taxa de quedas (RaR 1,05, IC 95% 0,96 a 1,16; 6 estudos, 3.780 participantes; evidência de qualidade elevada).

Aplicação prática: A conclusão desta RS é que, em doentes de alto risco para quedas (com pelo menos uma queda ou internamento hospitalar nos 12 meses anteriores, ou necessitando de apoio diário INTENSIVO), as intervenções no domicílio foram eficazes na redução das quedas. Em termos de outras intervenções, ou a evidência é fraca, ou não há evidência analisável que demonstre o seu benefício.

António Vaz Carneiro, Juan José Rachadell, Nuno Lupi Manso

Referências

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