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Academic year: 2023

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XXXI Congresso de Iniciação Científica

Avaliação do peptídeo imunodominante PEPCK

335–351

como um novo alvo para o diagnóstico sorológico da leishmaniose

Juliana Germano Cordeiro1, Márcia Dalastra Laurenti2, Luiz Felipe Domingues Passero1. 1Câmpus do Litoral Paulista – Instituto de Biociências; 2Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo.

Ciências Biológicas. E-mail: julianapgermanoc@gmail.com. Bolsa: PIBITI/Reitoria Palavras Chave: Leishmaniose, diagnóstico, peptídeo.

Introdução

A leishmaniose é uma doença causada por protozoários parasitas do gênero Leishmania.

O potencial imunogênico de peptídeos derivados da proteína fosfoenolpiruvato carboxiquinase (PEPCK) de Leishmania donovani foi caracterizado e observou-se que o peptídeo com os aminoácidos 335 a 351 (PEPCK335–351) é o imunodominante e possui alta capacidade de se ligar à moléculas do complexo principal de histocompatibilidade do tipo II[1] expressos por células apresentadoras de antígenos (APC), ou seja, a resposta imune associada a este peptídeo se associa a resposta de células T CD4. Este peptídeo apresenta 100% de homologia estrutural em todas as espécies de Leishmania, tornando-o um alvo interessante para avaliá-lo em relação ao seu potencial diagnóstico.

Objetivo

Avaliar se o PEPCK335–351 pode ser reconhecido por anticorpos anti-Leishmania de animais infectados por Leishmania sp. e comparar estes dados com aqueles obtidos utilizando antígeno total (AgT).

Material e Métodos

Foram realizados testes de ELISA, onde os poços foram sensibilizados com PEPCK335-351 em concentrações diferentes, Antígeno Total (AgT) de L. (Leishmania) infantum e AgT de L. (L.) amazonensis. Foram utilizados soros de cães infectados por L. (L.) infantum, e de camundongos infectados por L. (L.) amazonensis, além de soros de cães e camundongos saudáveis como controles negativos das reações. As placas foram lidas em leitor de ELISA à 450 nm.

Utilizou-se o banco de dados da National Center for Biotechnology Information (NCBI) para o alinhamento local de sequências de PEPCK e PEPCK335-351 de L. major com diversos microorganismos para verificar possíveis reações cruzadas no sorodiagnóstico.

Resultados e Discussão

Os valores obtidos por ELISA mostram que os resultados do PEPCK335-351, quando comparados aos dos AgTs, são pouco expressivos. Enquanto a

média dos soros caninos positivos do PEPCK335-351

é cerca de 2 vezes maior que a dos negativos, essa diferença no AgT de L. (L.) infantum é de cerca de 10 vezes maior (Gráfico 1A). Nota-se também essas diferenças proporcionais com os soros murinos (Gráfico 1B), onde os valores entre os soros positivos e negativos é claramente diferençável para o AgT de L. (L.) amazonensis, mas pouco para o PEPCK335-351. Os valores de absorbância para este peptídeo também não apresentam grandes variações, apesar das diferentes concentrações.

Gráfico 1. A. Comparação dos valores obtidos pela PEPCK335-351 e AgT de L. (L.) infantum em teste com soros caninos. B. Comparação dos valores obtidos pela PEPCK335-351 e AgT de L. (L.) amazonensis em teste com soros murinos.

Trypanosoma cruzi, Toxoplasma gondii e Neospora caninum são conhecidos por apresentarem reatividade cruzada no sorodiagnóstico[2]. Observou- se, pelo alinhamento, similaridades de 88%, 52% e 52%, respectivamente, destes organismos com PEPCK335-351. Tais valores sugerem que há possibilidade de reação cruzada.

Conclusões

Apesar de ser altamente conservado em Leishmania sp.[1], o peptídeo mostrou-se pouco eficiente no sorodiagnóstico canino e murino quando comparado aos AgTs.

Agradecimentos

PROPe (UNESP), FAPESP (2016/04680-1), FMUSP-LIM50.

____________________

1 Mou, Z.; Li, J.; Boussoffara, T.; Kishi, H.; Hamana, H.; Ezzati, P.; Hu, C.; Yi, W.; ... e Uzonna, J. E. Sci. Transl. Med. 2015, 7(310), 310ra167.

2 Zanette, M. F.; Lima, V. M. F. D.; Laurenti, M. D.; Rossi, C. N.; ... e Marcondes, M. Rev. Soc. Bras. Med. Trop. 2014, 47(1), 105-107.

Referências

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