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Composição florística e análise fitossociológica de uma floresta secundária da rppn santa fé, Alagoas.

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Academic year: 2023

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prof. Marília Freitas de Vasconcelos Melo Universidade Federal de Alagoa - UFAL Campus de Engenharia e Ciências Agrárias - CECA. prof. dr. Priscylla Costa Dantas Universidade Federal de Alagoa - UFAL Campus de Engenharia e Ciências Agrárias - CECA.

SUCESSÃO ECOLÓGICA

A avaliação do patrimônio ecológico surge como uma importante ferramenta para o planejamento e gestão de áreas protegidas, podendo possibilitar melhorias nas técnicas de manejo da vegetação, bem como uma melhor gestão dos recursos naturais (SILVA, 2017). Segundo Prach e Walker (2011) a caracterização dos processos de sucessão ecológica também é particularmente importante para revelar informações sobre perda de biodiversidade, mudanças climáticas, invasão de espécies e restauração ecológica. Segundo SILVA (2020) um dos fatores que diferencia e contrapõe a definição de sucessão ecológica em ambientes florestais degradados é o fato de ser um processo de sucessão primária ou secundária.

Nas situações em que não havia comunidade biológica predecessora no local, antes do início do processo de sucessão ecológica, ocorre o processo de sucessão primária. O processo de sucessão ecológica tem diferentes consequências sucessivas e pode ser definido em três tópicos principais para sua definição e compreensão: biomassa total referente à superfície, estrutura etária dos indivíduos arbóreos ou tamanho das populações arbóreas e composição florística (CHAZDON, 2012).

FLORESTAS SECUNDÁRIAS NA MATA ATLÂNTICA

Dada a história da Mata Atlântica em relação aos seus distúrbios e perturbações, fica claro que grande parte dos remanescentes desse bioma são considerados na fase secundária sucessional. A grande maioria dos solos nas regiões formadas pela Mata Atlântica está sujeita a fortes intempéries, levando ao predomínio de colóides minerais com baixa capacidade de troca catiônica, levando à baixa fertilidade natural, acentuada pela constante perda de bases durante o processo. (VARJABEDIAN, 1994). Oliveira (2007) indica que esses são alguns dos indícios de que a maior parte dos remanescentes de Mata Atlântica podem ser florestas secundárias.

Durante o processo de sucessão, muitas espécies aparecem com ciclos de vida curtos, que podem variar de membros proeminentes na comunidade a baixos níveis de abundância, ou até mesmo desaparecer. Essas espécies têm um ciclo de vida mais longo e geralmente são maiores em comparação com as espécies do primeiro estágio de sucessão ecológica.

UNIDADES DE CONSERVAÇÃO

6.938/81 e várias outras leis posteriores, foi construído um conjunto de Unidades de Conservação, ainda que de forma sutil, manejadas com poucos recursos e sem uma ação de política ambiental definida. Depois disso, a principal lei criada até então foi a lei n. 9.985/00, que hierarquicamente divide o Sistema Nacional de Unidades de Conservação da Natureza (CSNB) e estabelece "critérios e normas para a criação, implantação e gestão de unidades de conservação" em três. esferas do poder público: federal, estadual e municipal. De forma mais conceitual, as unidades de conservação são criadas com o objetivo principal de preservar uma determinada área, segundo seus atributos, para garantir um ambiente ecologicamente estável para as gerações futuras.

As Unidades de Proteção Integral têm como principal objetivo a preservação da natureza, onde é permitido o uso indireto de seus recursos naturais, tais como: turismo ecológico, práticas de educação ambiental, pesquisas científicas, entre outros. Já as Unidades de Uso Sustentável têm como objetivo básico compatibilizar a conservação da natureza com o uso sustentável de parte de seus recursos naturais, desde que os recursos renováveis ​​explorados em determinada área permaneçam constantes.

COMPOSIÇÃO FLORÍSTICA DE FLORESTAS SECUNDÁRIAS

Estudos e coletas sistemáticas realizadas em áreas de Mata Atlântica do Nordeste vêm revelando cada vez mais novas espécies e têm mostrado que esse bioma, no Nordeste, tem afinidade com a Floresta Amazônica, principalmente no que se refere a riqueza de espécies (BARBOSA, 1996). Pereira (2007) afirma que, em geral, o aspecto estrutural de uma vegetação em recuperação apresenta influência da ação antrópica, podendo apresentar escassez de grandes faixas contínuas de cobertura vegetal, bem como maior frequência de exemplares de grande porte, porém, a composição florística de um remanescente de Mata Atlântica pode ser bastante diversificada, podendo ser encontradas não apenas espécies arbóreas, mas também espécies arbustivas, semi-arbustivas, trepadeiras e herbáceas. Pinto (2019) indica que a análise de espécies arbóreas traz informações importantes sobre a caracterização da vegetação e suas relações em escala espacial com uma abordagem mais ampla, pois muitas dessas espécies possuem ampla distribuição e que podem se estender além dos limites de uma domínio fitogeográfico ou de limites geopolíticos.

Segundo Peixot (2004), vários fatores podem influenciar o desenvolvimento sucessional do componente arbóreo explorado e a restauração e sugere um. Dentre os fatores que podem retardar o desenvolvimento do resíduo, podemos destacar os distúrbios antrópicos, segundo Reis (1999), esses fatores podem ser incêndios (causados ​​intencionalmente ou não), bem como o uso da superfície para pastagens. e pecuária lidando com o próprio fogo, isso pode contribuir para a perda de quase todo o banco de sementes do componente arbóreo contido no solo, visto que esses remanescentes muitas vezes dependem de seus bancos de sementes para sua regeneração natural, indicando grande importância implementando planos de manejo específicos e bem elaborados para a preservação e manutenção desses componentes.

ESTRUTURA DE FLORESTAS SECUNDÁRIAS

Área de estudo

Segundo a CPRM (2005), a vegetação do Tanque D'Arca é composta por fragmentos de Mata Atlântica, típicos dessas áreas, como as Florestas Caducifólias e Caducifólias. O município de Tanque D'Arca está inserido na província de Borborema e a geologia da área inclui rochas do embasamento gnáissico-migmatítico, datadas do Arqueano ao Paleoproterozóico e a sequência metamórfica resultante de eventos tectônicos ocorridos durante o Meso e NeoProterozóico aconteceu. .

Figura 1 - Localização da RPPN Santa Fé no município de Tanque D
Figura 1 - Localização da RPPN Santa Fé no município de Tanque D'arca, Alagoas.

Coleta de dados

Levantamentos dos indivíduos arbóreos

Composição florística e aspectos fitosociológicos

Análise dos dados

A riqueza e abundância de espécies na área foram avaliadas por meio do Índice de Diversidade de Shannon-Wiener (H') onde quanto maior seu valor, maior a diversidade florística da população de estudo, que pode expressar riqueza e uniformidade, obtida a partir do número de indivíduos de cada espécie e também o número total de indivíduos e o número de diferentes espécies amostradas; e a distribuição dos indivíduos entre as espécies em cada área foi estudada pelo índice de uniformidade de Pielou (J'), o índice de diversidade de espécies de Pielou pode variar de 0 a 1, onde 1 representa a diversidade máxima, ou seja, todas as espécies são tão abundantes é calculado pelo índice de Shannon-Wiener no logaritmo da soma das espécies amostradas, pode indicar a uniformidade da distribuição dos indivíduos entre as espécies existentes.

Composição florística e fisionomia

A área estudada apresentou um índice de densidade de 1.763,33 ind ha-1 (tabela 2), densidade esta superior à encontrada no estudo de Alves Junior (2006), também realizado na Mata Atlântica em estágio de regeneração, ele encontrou em sua investigação. estudo com amostra por área de 3,75 ha um índice de densidade inferior ao deste estudo, indicando 1.069,10 ind ha-1, enquanto o estudo de Tavares et al. Com relação à área basal, o índice encontrado foi de 30,04 m2 ha-1 (Tabela 2), considerado inferior ao estudo de Moreno et al. 2003), realizado em uma área considerada bem preservada, que resultou em uma área de parcela de 40,00 m² ha-1, segundo esta indicação, a área do presente estudo ainda precisa ser melhor preservada e conservada . 1 é considerado baixo se comparado a outros estudos realizados em áreas de regeneração na Mata Atlântica, como o estudo de Aparício (2011), onde o índice chega a 3,32 noites in-1, além dos resultados publicados por Alves Junior et al . 2008), mostrando que a área deste estudo não é tão diversa se comparada a outras do mesmo bioma e estágio de regeneração.

Em relação ao índice de equabilidade de Pielou J' (Tabela 2), o valor de 0,34 nats ind-1 indica um valor inferior ao que pode ser considerado diversificado e/ou alto. Diâmetro médio (cm) 8,35 Número de famílias 17 Riqueza (número de espécies) 32 Índice de Diversidade de Shannon (H').

Tabela  1  -  Composição  florística  das  espécies  arbóreas  encontradas,  número  de  indivíduos  encontrados  e  grupo  ecológico (GE) das espécies encontradas na Reserva Particular do Patrimônio Natural, Santa Fé, AL
Tabela 1 - Composição florística das espécies arbóreas encontradas, número de indivíduos encontrados e grupo ecológico (GE) das espécies encontradas na Reserva Particular do Patrimônio Natural, Santa Fé, AL

Abundância de indivíduos

Riqueza de espécies

Estudo florístico e fitossociológico da Mata do Buraquinho, remanescente de Mata Atlântica em João Pessoa, PB. Florística do estrato arbóreo do remanescente de Mata Atlântica submontana no município de Rio Bonito. Estrutura composicional e níveis de perturbação em um remanescente de Mata Atlântica no Rio Grande do Norte.

Análise dos estágios sucessionais em áreas de Mata Atlântica sob influência de plantios florestais, Revista Árvore, v. Composição florística de um fragmento florestal no corredor central da Mata Atlântica, Sul da Bahia, Brasil, Revista Paubrasilia, v. Fitossociologia da um remanescente florestal em planaltos no norte do estado do Rio de Janeiro (Mata do Carvão).

Composição florística de um fragmento de Mata Atlântica na Serra da Jibóia, Santa Terezinha, Bahia, Brasil.

Figura 3 - Quantitativo de espécies por famílias da Reserva Particular do Patrimônio Natural, Santa Fé, AL
Figura 3 - Quantitativo de espécies por famílias da Reserva Particular do Patrimônio Natural, Santa Fé, AL

Espécies e parâmetros fitosiológicos

Diâmetro e altura

Os indicadores de estatura mostram que a maioria dos indivíduos é de estatura média, destes indivíduos, 231 possuem estatura entre 8 e 10,9 m, equivalente a 43,67%, e 180 indivíduos possuem estatura entre 5 e 7,9 m, dando assim tratar indivíduos pertencentes à recuperação área (Figura 5). O trabalho possibilitou um maior entendimento da estrutura de um remanescente de Mata Atlântica, mostrando o quanto o desenvolvimento dos indivíduos envolvidos em uma área pode ser influenciado pela intensidade de diversos fatores como clima (chuva, temperatura, umidade), manejo florestal . , relevo, história de uso, desastres (naturais ou causados ​​por meios antrópicos), os dois últimos são os mais influentes na área de estudo, o que mostra o quão importante deve ser aplicada uma forma de gestão mais específica para áreas com esta incidência nesta área . A partir da análise da composição florística dos indivíduos encontrados, observou-se que a maioria dos indivíduos pertence à família Fabaceae, que está presente em algumas áreas da Mata Atlântica citadas neste estudo, mostrando assim o fato relevante de que os indivíduos desta família são altamente adaptadas a este bioma, vale ressaltar também que o alto percentual de espécies encontradas são classificadas como secundárias iniciais, apesar disso, pode-se observar boa parte das espécies já consideradas de pico, o que indica que a área é na transição da fase consecutiva.

Estrutura e composição florística do estrato arbóreo em duas zonas altitudinais na encosta da Mata Atlântica na região de Imbé, RJ. Composição florística do componente arbóreo de um fragmento de Mata Atlântica na Área de Proteção Ambiental da Serra da Capoeira Grande, Rio de Janeiro, 2002. Fitossociologia do componente arbóreo de um fragmento de Floresta Ombrófila Montana no Rio João Parque Ecológico Vasconcelos Sobrinho, Caruaru, Pernambuco .

Aspectos comparativos da ciclagem de nutrientes minerais em mata atlântica em encosta e em mata de restinga no Parque Estadual da Ilha do Cardoso, SP.

Figura 4 - Distribuição do número de indivíduos arbóreos por classe de diâmetro, em floresta secundária, da Reserva  Particular do Patrimônio Natural, Santa Fé, AL, Brasil, em que 1 = 1 – 4,9 cm; 2 = 5 – 9,9 cm; 3 = 10 – 14,9 cm; 4 =  15 – 19,9 cm; 5 = >
Figura 4 - Distribuição do número de indivíduos arbóreos por classe de diâmetro, em floresta secundária, da Reserva Particular do Patrimônio Natural, Santa Fé, AL, Brasil, em que 1 = 1 – 4,9 cm; 2 = 5 – 9,9 cm; 3 = 10 – 14,9 cm; 4 = 15 – 19,9 cm; 5 = >

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Figura 1 - Localização da RPPN Santa Fé no município de Tanque D'arca, Alagoas.
Tabela  1  -  Composição  florística  das  espécies  arbóreas  encontradas,  número  de  indivíduos  encontrados  e  grupo  ecológico (GE) das espécies encontradas na Reserva Particular do Patrimônio Natural, Santa Fé, AL
Tabela 2 - Descritores da fisionomia e estrutura do dossel das espécies presentes na Reserva Particular do Patrimônio  Natural, Santa Fé, AL.
Figura 2 -  Quantitativo de indivíduos por famílias da Reserva Particular do Patrimônio Natural, Santa Fé, AL
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Referências

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