XXVI Congresso de Iniciação Científica
CONFORTO TÉRMICO EM ESPAÇOS EXTERNOS: FEIRAS LIVRES EM PRESIDENTE PRUDENTE - SP
Autora: Bruna Hamanaka, Orientadora: Professora Dra. Carolina Lotufo Bueno Bartholomei, Campus de Presidente Prudente, FCT, Arquitetura e Urbanismo, brunahamanaka@hotmail.com, Bolsa FAPESP/Iniciação Científica.
Palavras Chave: conforto térmico, feiras livres, espaços externos.
Introdução
Recentemente, estudos sobre conforto térmico em espaços externos vem sendo mais abordados, não só pelo fato de serem essenciais à qualidade da vida urbana, mas também pelo conforto térmico ser um fator determinante para a permanência no espaço social. A presença em espaços externos muitas vezes não é uma opção, mas sim uma necessidade para o trabalho, como por exemplo, o caso de feirantes. Surge assim a questão: será que pessoas que trabalham em ambientes externos possuem a mesma sensação e percepção térmica que pedestres/usuários presentes no mesmo local?
Dessa forma, esta pesquisa teve como objetivo principal a investigação e avaliação do conforto térmico real e do conforto térmico calculado de feirantes e usuários (pedestres) que trabalham e frequentam duas feiras livres na cidade de Presidente Prudente – SP: a Feira da Vila Tabajara e a Feira do Centro.
Objetivos
O objetivo desta pesquisa é investigar e avaliar o conforto térmico real e o conforto térmico calculado de feirantes e usuários (pedestres) que trabalham e frequentam feiras livres na cidade de Presidente Prudente – SP.
Material e Métodos
A pesquisa se desenvolveu através de revisões bibliográficas, caracterização dos locais onde são realizados as feiras e seus respectivos entornos, medições de variáveis ambientais com o auxílio de uma estação meteorológica portátil e aplicação de questionários. Para a obtenção do conforto térmico calculado foram utilizados índices preditivos de conforto (PMV, PET e UTCI) e seus respectivos softwares. Os dados obtidos com as medições, questionários e com os índices preditivos de conforto foram tabulados no Excel para serem analisados.
Resultados e Discussão
Gráfico 1: Comparação do conforto térmico real e calculado entre trabalhadores e usuários no verão
Gráfico 2: Comparação do conforto térmico real e calculado entre trabalhadores e usuários no inverno
Conclusões
Através dos gráficos e análises, concluiu-se que o conforto real de trabalhadores e usuários tiveram resultados bem próximos. Ao contrário do que se esperava, a maioria dos trabalhadores entrevistados se sentiram confortáveis, apesar de estarem na feira à trabalho. Isso pode ser resultado da adaptação físiológica e psicológica das pessoas em relação ao clima local. Outros fatores como a vestimenta, a taxa de metabolismo, as características dos entrevistados e as variáveis ambientais devem ser considerados. No Gráfico 2, o PET foi o único índice que foi contrário ao conforto térmico real e o UTCI apresentou diferenças percentuais grandes entre pessoas confortáveis e desconfortáveis, apesar de concordar com as repostas do ASV. Dessa forma, a calibração desses índices seria importante para a adaptação destes ao clima de Presidente Prudente.
Agradecimentos
Agradeço primeiramente à FAPESP, pela concessão da Bolsa IC para o desenvolvimento desta pesquisa. Agradeço também à professora Carolina Lotufo Bueno Bartholomei, pelas orientações, que foram de grande importância para esta pesquisa e pela competência e paciência e à UNESP.