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Conquista do serviço social na educação: uma discussão sobre a lei 13.935/2019

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Academic year: 2023

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Trabalho de Conclusão de Curso apresentado à Faculdade de Serviço Social (FSSO) da Universidade Federal de Alagoas (UFAL), como requisito para obtenção do título de Bacharel em Serviço Social. Conquistando o Serviço Social na Educação: Uma Discussão sobre a Lei Marina Felisbela da Silva Neta, Rôse Meire Dias dos Santos.

O desenvolvimento da educação no Brasil colônia

A Educação em Foco: da República Velha ao Estado Novo

O que ocorreu foi a utilização do Estado para defender interesses privados por meio de acordos da classe dominante da época. Expressa a atitude do grupo de educadores que se reuniu na década de 1920 e que viu na revolução de 1930 a oportunidade de exercer o controle da educação no país.

Os retrocessos da educação durante o Regime Militar

Mas os militares visavam reformar o ensino superior, que se desenvolveu muito nesse período, embora fossem centros de ensino ensinados e extremamente guardados. Além das mudanças feitas no ensino superior, para transformar o ensino primário e secundário, foi criada a Lei nº 5.692, de 11 de agosto de 1971, com o objetivo de implementar reformas no ensino primário.

O capítulo educacional da Constituição de 1988 (artigos 205 a 214) deve muito aos persistentes movimentos que defenderam a escola pública no Brasil. Carta de Goiânia, segundo Pino et al. 2018), influenciou fortemente os artigos da Constituição de 1988, bem como as Leis de Diretrizes e Bases (LDB) de 1996, que trouxeram uma série de garantias que possibilitaram a reorganização da educação brasileira. VIII - Piso Salarial Nacional de Ocupação dos Profissionais da Educação Pública de acordo com a Lei Federal.

VII - a presença do aluno, em todos os níveis da educação básica, por meio de programas complementares de material didático escolar, transporte, alimentação e assistência médica.

I - educação básica obrigatória e gratuita dos 4 (quatro) aos 17 (dezessete) anos de idade, inclusive sua oferta gratuita para todos aqueles que a ela não tiveram acesso na idade adequada; II - extensão progressiva da obrigatoriedade e da gratuidade ao ensino médio; II - universalização progressiva do ensino médio gratuito; III - atendimento educacional especializado para pessoas com deficiência, preferencialmente na rede regular de ensino; IV - creche e pré-escola para crianças de zero a seis anos; IV - educação infantil, em creches e pré-escolas, para crianças de até 5 (cinco) anos; V - acesso aos mais altos níveis de ensino, pesquisa e criação artística, conforme a capacidade de cada um; VI - oferta de aulas regulares noturnas, suficientes para as circunstâncias do aluno; VII - atendimento do aluno, no ensino fundamental, por meio de programas complementares de material didático-escolar, transporte, alimentação e assistência à saúde. Vale ressaltar que a garantia prevista no inciso VII, que inclui material didático, transporte, alimentação e assistência médica, deve ser atendida por meio de redes educacionais, por meio de programas complementares e financiada com recursos da assistência social. A Educação e a Assistência Social devem desenvolver projetos em conjunto, para que os recursos destinados a esses programas complementares sejam utilizados de forma adequada no atendimento aos alunos, de forma a atender às demandas de todos os alunos, garantindo seu acesso e permanência, principalmente dos menos favorecidos.

As considerações históricas sobre a evolução do processo educacional brasileiro até a construção da Lei de Diretrizes e Bases da Educação - LDB e sua entrada em vigor em 1996 conduzem a uma análise do papel da educação na formação da sociedade, a partir de um referencial técnico viés. , em que a educação para o.

Assistentes sociais e sua inserção na política de educação

Por meio de um processo de renovação que se iniciou com o "Congresso da Virada", referente ao "III Congresso Brasileiro de Assistentes Sociais", realizado em São Paulo em 1979, denominado "Congresso da Virada" (CFESS, 2009, p. 1), um para a categoria foi proposta uma nova forma de pensar o serviço social brasileiro em sua prática laboral e a abordagem de um novo referencial teórico que se opõe à exploração capitalista. Mas ao mesmo tempo em que se criam leis protetoras e democráticas, materializadas por meio de políticas públicas para enfrentar as inúmeras expressões da "questão social" presentes no cotidiano da classe trabalhadora, o projeto econômico neoliberal é implantado no país, que tem em sua base a fixação de políticas públicas por meio de um processo de definanciamento e transferência de recursos públicos para o setor privado. A educação torna-se assim um campo de disputa entre dois níveis da sociedade: um que quer se manter, e outro que quer romper com o estado atual e que se volta para uma educação verdadeiramente universal e inclusiva.

A categoria defende uma educação capaz de libertar, pautada nos valores do respeito à dignidade humana e da não discriminação, condição básica para sua atuação em um processo de defesa da classe trabalhadora, que promova o desenvolvimento e o acesso ao conhecimento científico, político e conhecimento produzido socialmente, reforçando a ideologia da classe dominada na perspectiva do acesso ao conhecimento e à cultura, com atenção ao objetivo de construção de uma educação emancipadora.

Parâmetros de atuação do Serviço Social na Educação

Historicamente, a atuação do assistente social na educação esteve voltada para o controle social, para a produção e reprodução do capital, mas outras perspectivas surgiram como oportunidades para contribuir com o exercício de lutas pela emancipação das classes oprimidas no ambiente escolar, como defendido por KFESS. A trajetória da política educacional no Brasil mostra como as desigualdades sociais são reproduzidas pelos processos que limitaram, expulsaram e hoje buscam “incluir” grandes contingentes da classe trabalhadora na educação escolar. A atuação do assistente social é de fundamental importância no desenvolvimento e implementação de políticas voltadas para a educação, como mediador do acesso aos direitos dos indivíduos em geral, e em particular das crianças e adolescentes que se encontram em processo de construção social.

Portanto, a atuação do assistente social nas instituições de ensino, principalmente nas escolas públicas de educação básica, deve levar em consideração a diversidade do público e suas demandas, atuando de acordo com o código de ética do serviço social, bem como amparado por legislações específicas, de modo que este campo socioprofissional seja cada vez mais legitimado e respeitado pela sociedade.

Lei 8.662/93 ‒ Lei de regulamentação do assistente social

Relacionado à Lei 8.662 está o Código de Ética do Serviço Social, instituído pela Resolução CFESS nº. 273 de 13 de março de 1993, que apresenta 11 princípios fundamentais para orientar a atuação profissional e serve de base para observar o compromisso ético-político. que são assumidas pela profissão. A expansão e consolidação da cidadania, considerada tarefa fundamental de toda a sociedade, com o objetivo de assegurar os direitos civis, sociais e políticos da classe trabalhadora; 4. Posicionamento a favor da justiça e da justiça social, que assegure o acesso universal a bens e serviços relacionados aos programas e políticas sociais e sua governabilidade democrática; SERRA.

Prestar serviços sociais sem ser discriminado ou discriminado com base em classe social, gênero, etnia, religião, nacionalidade, orientação sexual, identidade de gênero, idade e condição física.

As manifestações das expressões da Questão Social nas escolas públicas

A escola faz parte de toda a sociedade; portanto, com a ampliação do acesso da classe popular ao universo escolar, as expressões da questão social são expostas com maior evidência nesse espaço e interferem fortemente no estado de sustentabilidade e sucesso desses alunos. A "questão social" e suas ramificações não podem, portanto, ser dissociadas da realidade das escolas, principalmente das públicas, pois afetam a vida dos sujeitos que com elas se relacionam cotidianamente: alunos, professores, gestores, família e comunidade. Segundo Martins (2015), algumas manifestações de problemas sociais ocorrem com mais frequência no contexto escolar, como: trabalho infantil, gravidez precoce, uso e tráfico de drogas, violência familiar e escolar, etc.

Diante da complexidade das relações e situações existentes nas escolas públicas brasileiras, apresentam-se diferentes manifestações do "problema social", que devem ser combatidas e/ou amenizadas no âmbito dos direitos sociais e humanos por meio do enquadramento de políticas setoriais e da equipe multidisciplinar, visando a concretização de direitos protetivos que amenizem a situação de exclusão social daí decorrente.

A intensificação das expressões da questão social nas escolas durante a pandemia

No Brasil, em novembro de 2020 já havia mais de 5 milhões de meninas e meninos sem acesso à educação – número semelhante ao que o país tinha no início dos anos 2000. Tal “solução” conflita com a impossibilidade material de milhões de estudantes brasileiros que não possuem tais aparelhos ou não dispõem de rede de internet para acompanhar as atividades. O número de famintos passou de 19 milhões para 33,1 milhões de pessoas em pouco mais de um ano” (MONCAU, 2022).

O gráfico abaixo mostra que o percentual de alunos em risco de evasão escolar teve grande aumento durante o período da pandemia e revela que a política educacional deve focar com mais peso nessa situação e buscar articulações para solucionar esse problema, que atinge milhões de pessoas. estudantes brasileiros.

A Lei 13.935/2019: uma lei para garantir o Serviço Social na Educação

É um processo que busca dar ao Serviço Social uma prática mais efetiva com novos fundamentos teóricos e metodológicos. Embora não se negue que o trabalho social pode ser um fator na redução da evasão escolar, repetência, distorção idade/série e. Em 2003, foi anexado novo projeto de lei ao PL 3.688, PL, cuja súmula dispõe sobre a criação de serviços sociais nas redes estaduais e municipais de ensino fundamental e médio e dá outras providências.

Art. 1º O Serviço Social Educacional é criado no âmbito das Diretorias Estaduais e Municipais de Educação em todas as instituições de ensino com mais de 200 (duzentos) alunos” (SOUZA, 2003. s/p).

CFESS-Cress: ações nacionais pela inserção de assistentes sociais na política de educação

Segundo o CFESS (2011), os assistentes sociais discutem o Serviço Social na Educação no contexto das reuniões da categoria e, por meio desse processo, elaboram uma agenda de ação em nível nacional envolvendo os conselhos representativos. Sylvia Terra, assessora jurídica do Conselho Federal de Assistência Social (CFESS), sobre a implantação do serviço social no ensino fundamental e médio”. Para atender às deliberações e avançar no mesmo ano, conforme CFESS (2011, p. 6), foi constituído o primeiro grupo de estudos do Serviço Social na Educação intitulado “Serviço Social na Educação” no qual foram apresentados temas relevantes ao debate que tomou forma dentro da categoria.

Na ocasião, foi elaborado pela referida professora o documento intitulado 'Parecer sobre as propostas legislativas que permitem a introdução do serviço social na educação'” (CFESS, 2011, p. 6).

Desafios e estratégias para a implementação da Lei 13.935/2019

Trabalho de comunicação oral e escrita. https://www.editorarealize.com.br/editora/anais/fiped/2013/Trabalho_Comunicacao_o ral idinscrito_8_f6dc1b892a8cacc6eb8fcaf8a94bdd72.pdf Acesso em: 14 set. Disponível em: https://www.paho.org/pt/covid19/historico-da-pandemic-covid Acesso em: 2 ago. Disponível em: www.unicef.org/brazil/comunicados-de-imprensa/criancas-de-6-10-anos-sao-mais-afetadas-pora-exclusao-escolar-na-pandemia Acesso em: 3 set.

Disponível em:< www.unicef.org/brazil/comunicados-de-imprensa/nesta-back-to-classes-and-urgente-ir-atras-de-who-left-school-or-nao-conseguiu-aprender- na-pandemic> Acesso em: set 11

Referências

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