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A CONSTRUÇÃO DO PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO DAS ESCOLAS DO CAMPO

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Academic year: 2023

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O objetivo foi fazer leituras sobre os projetos de “desenvolvimento” em curso no campo e como eles afetam a produção e reprodução da vida e/ou bens. A partir de uma leitura dialética, utilizou-se literatura sobre a questão agrária e as contradições em relação ao modelo de “desenvolvimento” dominante. Refletir sobre os projetos de “desenvolvimento” em curso na espacialidade geopolítica da paisagem – no âmbito da questão agrária da atual conjuntura sociopolítica e económica – é mais do que urgente dado que a oxigenação do sistema de produção capitalista e, portanto, hegemónico, resulta numa uma espécie de “desterritorialização” de.

A obra faz parte de uma análise crítica do modelo de “desenvolvimento” pensado “para” o campo numa lógica do campo como expressão única da produção mercantil num momento que, em forma de condenação, apresenta as expressões da violência . assistido, coberto e patrocinado pelo estado brasileiro na promoção deste modelo de campo. Este projeto é um espelho do modelo predatório de “desenvolvimento” adotado e em curso no campo e expressa o tom do avanço do capital agrário e financeiro na territorialização do cerrado brasileiro através da “modernização” da agricultura capitalista. Esse modelo agrícola se materializa exterminando as mais diversas formas de vida, bem como, e sobretudo, trabalhando com o processo de “limpeza demográfica”.

Os dados cartográficos ilustram que o MATOPIBA expressa o que Ariovaldo Umbelino de Oliveira (1999) chamou de “desenvolvimento desigual e combinado”. São ao todo 14 terras indígenas que expressam o MATOPIBA no Maranhão, num total de 1.404.869 ha, o que significa que as pessoas que habitam essas terras arriscam suas vidas, como base material para a produção e reprodução de sua existência, material e imaterial - a terra - já está no foco desta “fronteira agrícola”. Dados semelhantes aos dos assentamentos de “reforma agrária” giram em torno das comunidades tradicionais quilombolas.

Os impactos destrutivos deste projeto nas comunidades e nas pessoas, bem como em todo o bioma do cerrado, não são considerados - porque não interessam - nos estudos que sustentam a sua sustentabilidade, estão escondidos nos discursos do “desenvolvimento” e a “modernização” da agricultura que a “fronteira agrícola” trará para desenvolver o cerrado, um grande erro.

Figura 1 - Mapa divulga relação dos 337 municípios que vão integrar o plano do Matopiba
Figura 1 - Mapa divulga relação dos 337 municípios que vão integrar o plano do Matopiba

A CONSTRUÇÃO DO PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO DAS ESCOLAS DO CAMPO

Dentre as conquistas destacamos o Guia Operacional da Educação Básica nas escolas do campo como um documento de extrema importância, que permite organizar o trabalho pedagógico das escolas do campo de acordo com a realidade dos sujeitos que vivem no campo e sua participação em todo o país. o processo de construção e desenvolvimento da escola, tendo em conta a educação na aldeia e na aldeia, construída pelos sujeitos que ali vivem. Fazemos a relação entre o que está no marco regulatório e a realidade das escolas, especialmente em relação ao Projeto Político Pedagógico e refletimos, com base nas experiências já vividas, a importância da construção de PPP para as escolas do campo. A partir desse momento histórico o debate se expandiu por todo o país, por meio de uma articulação nacional em todos os estados onde se discute a necessidade de lutar pelo acesso e pela sustentabilidade no pensamento da educação rural por e com os sujeitos rurais, respeitando o jeito do cachorro e seu sustento. considerando sua realidade, cultura e identidade.

Como resultado dessa articulação nacional, foi realizada em 2004 a II Conferência Nacional de Educação Rural, com ampla participação de Movimentos Sociais, representantes governamentais e Instituições de Ensino Superior, com o objetivo principal de discutir com a sociedade a necessidade de um espaço rural público. política educacional. A palavra de ordem que marcou este momento histórico e delineou a necessidade de luta permanente foi “Educação Rural: nosso direito, nosso dever do Estado!”. O Programa de Apoio ao Ensino Superior em Educação do Campo – PROCAMPO, criado pelo MEC em 2006, para oferecer formação específica a educadores rurais, por meio do qual foram abertas turmas de Bacharelado em Educação do Campo a partir de 2007 em diversas IES.

A educação do campo foi reconhecida como modalidade de ensino em 2010 com a aprovação das Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Básica (Resolução nº 04/2010/CEB/CNE), e passou a ser uma política pública através do Decreto nº que também incluiu a Política Nacional de Educação da Reforma Agrária Programa - PRONERA. Em 2012, foi criado no âmbito do MEC o Programa Nacional de Educação Rural – PRONACAMPO para orientar a implementação de políticas públicas em regime colaborativo entre entes federados. Esta é uma breve visão geral do que foi alcançado em relação à educação rural nos últimos 20 anos de luta.

E elenca os elementos para a organização da proposta pedagógica das escolas rurais, onde no artigo 5º afirma que a diversidade do campo deve ser levada em consideração em todos os seus aspectos: social, cultural, político, econômico, sexual, geracional e étnico. IV - controle social da qualidade da educação escolar com participação efetiva da comunidade rural. Quão rico é este documento, quão rico deve ser o processo de sua implementação no chão da escola, e isso é um desafio para os organizadores das aulas, como diria Gramsci, neste caso educadores comprometidos com a educação no campo e no campo .

Muitos resultados foram alcançados nesta luta, inclusive no âmbito legislativo, com destaque para as diretrizes operacionais das escolas rurais. Resolução CNE/CEB nº 1, de 3 de abril de 2002 – Estabelece Diretrizes Operacionais para a Educação Básica nas Escolas Rurais. RESUMO: O texto analisa a Educação do Campo e a BNCC, como políticas públicas situadas na atual conjuntura neoliberal, a partir de estudo bibliográfico e documental.

Discutir a Educação do Campo na sua constituição histórica como política pública; contextualiza a BNCC na situação neoliberal que lhe deu origem e aponta implicações para o currículo escolar; e finaliza tecendo considerações sobre a atual relação entre a BNCC e a Educação do Campo, afirmando que esta está ameaçada pela promoção da área do agronegócio; e pela hegemonia do projeto de educação neoliberal no qual a BNCC estava inserida. Este texto tem como objetivo refletir sobre dois movimentos relevantes na educação brasileira atual, a saber, a Educação do Campo e a Base Nacional Comum Curricular (BNCC); suas relações e implicações cíclicas; e, em particular, os limites e possibilidades de avançar com a Educação Rural, através da implementação de. Nesse contexto, porém, está a educação, em geral, e a Educação do Campo e a BNCC, em particular, para as quais, com base no estudo bibliográfico e documental, pretende-se dar uma ideia do posicionamento da Educação do Campo em seu constituição histórica.

Contudo, a Educação do Campo e outros movimentos educacionais que vinham se constituindo como políticas públicas, baseadas na ideia do direito à diversidade, estão em rota de colisão com as reformas educacionais em curso no Brasil.

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Figura 2 - Quase 70% dos alimentos consumidos no Brasil provém da agricultura familiar
Figura 1 - Mapa divulga relação dos 337 municípios que vão integrar o plano do Matopiba
Figura 3 – Matopiba em números
Tabela 1 – Microrregiões incluídas na delimitação territorial do Matopiba

Referências

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