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Academic year: 2023

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A capacitação gerencial, a modernização de equipamentos e os baixos preços das matérias-primas estão no cerne dos problemas enfrentados pela segunda indústria de transformação: torrefação e moagem e café solúvel. Historicamente, as oportunidades para as empresas de solubilidade do café dependeram da sua capacidade de abrir novos mercados para o produto brasileiro. A pesquisa mostrou que o Brasil tem capacidade de ser competitivo tanto em termos de custo quanto de qualidade no mercado cafeeiro.

Por exemplo, o comércio de exportação de café criou concorrência entre diferentes pontos de embarque de café. Os exportadores cariocas conseguiram restabelecer as exportações de café graças a uma parceria com a prefeitura local.

O MERCADO INTERNACIONAL DO CAFÉ

  • Balanço Mundial Recente dos Negócios Cafeeiros
  • O Hábito de Beber Café e os Novos Padrões de Consumo
  • Condições de Competitividade dos Principais Países Concorrentes
  • Síntese dos Fatores Determinantes da Competitividade

O empresário italiano realmente tem a melhor combinação de grãos para uma bebida em forma de café expresso. A produção de café nos países africanos, cerca de 20 milhões de sacas, também varia de país para país. O plano prevê um aumento de 20 por cento na produção de café ao longo de quatro anos (USDA, Dezembro de 1992).

O MERCADO DO CAFÉ NO BRASIL

Antecedentes

Paralelamente ao declínio da participação do Brasil nas exportações mundiais, ocorre a diversificação dos países produtores de café. Devido a esta nova distribuição geográfica do café, este produto agrícola é um símbolo das relações entre o Norte e o Sul. A partir de meados da década de 1950, o fluxo de divisas começou a diminuir - com exceção das colheitas de 1975- 77.

Antes disso, a cafeicultura era a maior fonte de divisas do país e considerada o instrumento mais importante da política externa do governo. As principais razões para o declínio da participação brasileira neste mercado estão relacionadas à contínua incapacidade de cumprir as cotas do país, aliada à crescente pressão dos países produtores para reduzir a cota brasileira devido à expansão da produção nacional. Recentemente, a tendência de queda na participação brasileira aumentou devido à duvidosa política comercial do IBC de priorizar a exportação de grandes volumes sem maior preocupação com a qualidade do produto.

O Gráfico 5 mostra que a participação do café no total das exportações brasileiras iniciou uma tendência decrescente a partir da década de 1950. Essa diminuição representa: a) a diversificação das exportações brasileiras com peso crescente de produtos industrializados e; b) a falta de qualidade do café brasileiro em relação aos seus principais concorrentes devido à adoção de uma política questionável do antigo IBC, priorizando a exportação de grandes volumes a preços baixos. Por um lado, o descumprimento das cláusulas econômicas do Acordo Internacional do Café (AIC) ocorreu num momento em que os estoques eram elevados e mesmo quando as cotas estavam em vigor, os preços, para todos os tipos de café, apresentavam tendência de queda14.

Com baixa rentabilidade e sem a presença do Estado garantindo a compra do produto, esses produtores marginais iniciaram um processo de abandono desta safra” (Saes & Giordano, 1992:15).

Estrutura do Mercado Brasileiro

Outras regiões se destacam pela produtividade e qualidade do café colhido, o que impacta nos custos de produção e nas condições de competitividade. 34;Dentre todos, destaca-se o potencial cafeeiro do Cerrado mineiro, considerado um dos mais competitivos do mundo pelos baixos custos, pelas possibilidades de mecanização e, sobretudo, pela alta qualidade do café produzido lá. 34;A existência de um grande número destes operadores, espalhados por toda a rede de produção, é uma das características mais marcantes do atual comércio de café.

Recomenda-se que o beneficiamento do café seja realizado no momento da comercialização do café, garantindo assim uma melhor aparência ao produto, principalmente em termos de cor. A agroindústria de segunda transformação reúne dois subsetores profundamente diferenciados: a) a agroindústria de torrefação e moagem; eb) a agroindústria do café solúvel. Essas empresas transformam o produto em sua forma convencional de consumo – café em pó para filtros e máquinas de café expresso e café em grânulos e pó solúveis.

Cada equipamento tem capacidade para processar 400 kg de café verde por mês, o que significa cerca de 3.500 sacas/mês. O descascamento envolve a retirada da casca (polpa seca e pergaminho), no caso do café de coco, ou apenas o pergaminho, no caso do café de polpa. No descascamento da polpa do café, é prática comum retirar não só o pergaminho, mas também a película que envolve o grão com máquinas especiais (descascadores) ou polir o café após o descascamento com descascadores convencionais.

A ventilação é um processo de separação por coluna eólica que permite classificar o café despolpado de acordo com sua densidade, o que permite a identificação tanto do produto de melhor qualidade quanto de escolha, além de produtos intermediários.

Competitividade do Setor de Primeiro Beneficiamento

Na verdade, a qualidade do café verde processado depende unicamente das condições em que a matéria-prima (café de coco) é colhida, seca e armazenada para posterior comercialização. Ao secar o café verde, há também economia de sacas e espaço no galpão (cascalho), pois no processo a casca do café é separada. Com longa tradição na produção de equipamentos para a cafeicultura, os empresários se deparavam com um sério dilema: era impossível melhorar a bebida enquanto não se conseguia a separação do café verde do café cereja, já que os equipamentos da época conseguiam separe apenas a cafeteira.

Com a água, o café é levado para dentro da máquina, que consiste em dois cilindros com orifícios por onde sairão os grãos de café descascados. A água é utilizada apenas para separar o café flutuante e retirar a terra misturada aos grãos, não contribuindo para a poluição das águas. O processo tradicional de secagem do café em terreiro será o dominante por muito tempo, mas o processo de “disputa cereja”, dependendo da uniformidade de maturação dos grãos - que por sua vez depende das condições edafoclimáticas da colheita em questão - permitirá reorganizar o sector.

Por fim, relatamos os esforços da SILOCAF DO BRASIL S.A., grupo empresarial sediado na Grande Vitória – Espírito Santo; especializada em processos de reprocessamento e melhoria da qualidade do café verde. Começou assim todo um processo de inovações tecnológicas que consolidou um novo sistema de reprocessamento e melhoria da qualidade do café verde21. As principais alterações na qualidade da bebida estão relacionadas à retirada da película, que reduz alguns defeitos do café; e remoção de terras potencialmente associadas aos grãos.

A reestruturação do sistema de reprocessamento do café verde, associada aos benefícios dos ajustes no processo de comercialização, faz deste caso uma nova forma de redefinir as relações entre os agentes da cadeia produtiva, com claros benefícios para os produtores e suas formas de organização.

Competitividade do Setor de Segundo Beneficiamento

  • Competitividade na indústria alimentar de torrefação e moagem de café
  • Competitividade na indústria alimentar de solubilização de café

A dinâmica dos negócios no setor industrial de torrefação e moagem de café é determinada pelo mercado interno. Atualmente existem inúmeras variedades de café torrado e moído no mercado com total ênfase na qualidade do produto. 34;As exportações de café torrado e moído do Café do Ponto deverão atingir US$ 800 mil este ano."

Esse fato também é positivo, pois mostra que há espaço para todos os tipos de café – como matéria-prima. As exportações mundiais de café instantâneo em 1980 totalizaram 2,6 milhões de sacas, com um valor total de 390 milhões de dólares. Aproveitando as oportunidades apresentadas pela disponibilidade de matérias-primas, a indústria do café solúvel alcançou a liderança mundial nas exportações.

34;A exportação de café solúvel está preferencialmente focada nos EUA, com crescimento significativo das atividades no mercado russo. 34;A base da competitividade do setor brasileiro de café solúvel sempre foram matérias-primas de baixo preço: café de baixa qualidade, cuja exportação é proibida por lei. É por isso que a indústria do café instantâneo foi uma das primeiras vozes a pressionar pelo regresso da AIC.

Somados ao aumento da utilização do café expresso entre os consumidores tradicionais de café instantâneo – os EUA – estes são fatores que contribuem para cenários futuros desafiadores.

Um Balanço da Competitividade da Indústria Brasileira

A deterioração e o desmantelamento dos equipamentos públicos de pesquisa e extensão de apoio à cafeicultura comprometerão a capacidade competitiva do Brasil no médio prazo devido à absoluta indisponibilidade de variedades de café compatíveis com as atuais restrições produtivas e comerciais impostas à cadeia produtiva. Contudo, as novas restrições actuais ao mercado cafeeiro ultrapassam os limites dos custos de produção. 34; Com base no sistema de preços indicativos, são definidas faixas de preços e diferenças de preços para os principais grupos cafeeiros e os critérios são definidos com base em quais flutuações desses preços se refletirão na diminuição ou aumento das cotas de exportação" (Bertone, 1992:7). .

A predominância da agricultura de pequena escala na produção cafeeira foi calculada por Vegro et alii (1992, com base em dados básicos do Censo Agropecuário). Por exemplo, aproximadamente 54% da produção de café de coco é obtida em empresas de até 100 ha. Nas regiões em crescimento onde geralmente predominam os pequenos produtores, deve ser incentivada a busca de alternativas produtivas que permitam manter a renda familiar com um nível de participação da força de trabalho comparável ao do café.

Da amostra de 158 empresas de processamento de café planejada para o estudo de campo do estudo de competitividade, existem atualmente apenas 29 questionários preenchidos. A desregulamentação interna e externa do setor cafeeiro promoveu uma intensificação do processo de reestruturação agroindustrial nas empresas do setor. Dada a forte dependência destes recursos para gerir as infra-estruturas e serviços locais disponíveis - estradas, portos, redes eléctricas, postos médicos, extensão rural, escolas - os nossos concorrentes terão grande dificuldade em manter estes serviços e infra-estruturas. o que poderia constituir um obstáculo à produção de café nestes países.

O mercado cafeeiro do Cone Sul representa aproximadamente dois meses de consumo brasileiro anualmente.

POLÍTICA INDUSTRIAL E O PAPEL DO ESTADO

Políticas de Reestruturação Setorial

Políticas de Modernização Produtiva

Em termos de padrões de consumo, algo que chama a atenção é a rápida ascensão do Japão entre os consumidores de café. Os concorrentes do Brasil no mercado cafeeiro internacional são países que, ao contrário do Brasil, dependem fortemente das receitas em divisas provenientes do comércio de café para impulsionar a economia doméstica. A produção de café mexicana ainda sofre com as fortes geadas ocorridas em dezembro de 1989.

O longo período de regulação global do comércio de café – 1962 a 1988 – impediu o surgimento de mecanismos competitivos no mercado. Países da América do Sul, África e Ásia juntaram-se às fileiras dos produtores de café. A secagem do terreno requer uma fina camada de café (cereja - passas - verde) e reviravolta constante para evitar a fermentação.

Acredita-se que a partir desta inovação se inicia uma nova fase de preparo e processamento do café. Teme-se que a liberação dos estoques governamentais de café possa acentuar as tendências de queda do produto.

Fatores Sistêmicos

INDICADORES

As torrefadoras, por meio da Associação Brasileira das Indústrias de Torrefação e Moagem de Café (ABIC), publicam um jornal mensal (Jornal do Café). Por meio da Associação Brasileira das Indústrias de Café Solúvel (ABICS), as solubilizadoras divulgam dados importantes sobre o desempenho do setor.

Referências

Documentos relacionados

Diante de faltas de informações sobre os elos da cadeia produtiva do Café Arábica, desde o plantio até a comercialização e consumo, a GTZ/PRORENDA contratou