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DECISÃO DA COMISSÃO ESPECIAL DE LICITAÇÃO ... - MPPA

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Academic year: 2023

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ESTADO DO PARÁ M I N I S T É R I O P Ú B L I C O

MANIFESTAÇÃO A IMPUGNAÇÃO AO EDITAL DO PREGÃO ELETRÔNICO Nº 016- 2016-MP/PA

PREGOEIRO: ANDREA MARA CICCIO

EMPRESA IMPUGNANTE: ANDRÉ LIMA DE SOUZA-EPP

OBJETO: Fornecimento de Catracas Eletrônicas Biométricas e licenças de uso ad perpetuam de softwares, incluindo serviços de instalação, configuração, ativação e teste, e de serviços de suporte técnico e atualização, conforme especificações do termo de referência

I - DAS RAZÕES APRESENTADAS PELA EMPRESA.

O aviso de licitação do Pregão Eletrônico n° 016/2016, foi publicado no Diário Oficial do Estado em 13/04/2016, com abertura prevista para o dia 28/04/2016, às 09h:00m – Horário de Brasília. De acordo com o subitem 16.1 do Edital, “Em até 02 (dois) dias úteis antes da data fixada para abertura da sessão pública qualquer pessoa poderá impugnar o ato convocatório do pregão, na forma eletrônica, A impugnação será exclusivamente por meio eletrônico via internet, no email pregao@mppa.mp.br.”

Os motivos elencados da impugnação foram informados por meio de mensagem eletrônica encaminhada pela empresa ANDRÉ LIMA DE SOUZA-EPP, em 20/04/2014 às 10h:47m, para o endereço eletrônico pregao@mppa.mp.br, portanto, encontrando-se TEMPESTIVA

1) Solicita que seja incluído habilitação técnica;

2) Retirada a exigência de Catálogo, no item 10.7 – Catálogo ou Prospecto, pois o edital apresenta a possibilidade de ser solicitado os catálogos ou não. Não é uma situação precisa e clara.

II – DA ANÁLISE DOS PEDIDOS

Nos item elencados, este Órgão através do Setor Requisitante e Apoio técnico do certame, manifesta-se com as seguintes alegações:

“ Em atenção a sua solicitação, informamos que:

1 - Não há necessidade de solicitação de engenheiro, visto que a infraestrutura é de responsabilidade da contratante.

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2 - Entendemos não ser necessário exigir a qualificação técnica no certame, tendo em vista que só deverá participar do pleito licitatório, as empresas que atendam todas as condições contidas no objeto, além do que, está bem esclarecido no Termo de Referencia (Anexo I do Edital), que os equipamentos e software, tem que ter compatibilidade com o sistema de controle de acesso, ora em funcionamento neste Órgão ministerial.”

E quanto ao item 10.7 do Instrumento Convocatório, há toda uma diretriz de como se efetuará a solicitação, caso assim for o caso, do envio de catálogos ou prospectos, mais especificamente em seu subitem 10.7.4 onde norteia tal procedimento:

A necessidade do catálogo ou prospecto se verificará nos casos onde houver dúvidas quanto as especificações do produto ofertado pelo licitante e essas informações não puderem ser verificadas em endereços eletrônicos.”

Desta forma, temos que as exigências contidas no Edital encontram-se inteiramente amparadas pelo entendimento jurisprudencial, sendo, portanto, mantidas no instrumento convocatório, portanto sendo improcedente os pedidos.

III - DO DIREITO

A licitação é o instrumento de seleção que a Administração Pública se utiliza, objetivando obter a proposta mais vantajosa aos seus interesses, é certo que o sentido de

“vantajosa” não é sinônimo de mais econômica financeiramente, já que, a licitação busca selecionar o contratante e a proposta que apresentem as melhores condições para atender a reclamos do interesse coletivo, tendo em vista todas as circunstancias previsíveis.

O Administrador ao objetivar uma contratação, obriga-se como regra geral, a anterioridade da licitação, encontrando na Lei de Licitações e Contratos Administrativos - Lei nº 8.666/93, com as modificações introduzidas pelas Leis nº 8.883/94 e 9.648/98, o seu substrato legal de forma vinculativa no que for peculiar e enquadrável ao objeto licitado, dessa forma, o Órgão ou autoridade competente à elaboração do instrumento convocatório, no caso, o Edital, extrairá na norma licitatória contratual, as disposições que regerão o Instrumento Convocatório, adequando e adaptando ao objeto licitado, tendo a

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lei deixado espaço para que a Administração Pública utilize-se do Poder Discricionário à composição de seu objeto, consoante os princípios da Razoabilidade e Proporcionalidade.

A ausência de exigência de documentos de habilitação técnica não compromete o processo, uma vez que os itens elencados no art. 30 são limitativos e não taxativos, visto que a lei de licitações e contratos é GERAL, devendo prever todas as possibilidades de exigências permitidas nas DIVERSAS MODALIDADES LICITATÓRIAS EXISTENTES, devendo a entidade adequar as exigências às suas necessidades, e não sendo a sua presença na legislação uma obrigação de conteúdo no instrumento convocatório.

Também elencadas no art. 14 do Decreto 5.450/2005.

Abaixo trechos de Acórdãos do Tribunal de Contas da União, que ratificam nosso entendimento, sobre a prerrogativa da Administração de exigir ou não certos documentos para fins de habilitação:

“Ao inserir exigências de qualificação técnica, consigne os motivos de tais exigências e atente para que sejam indispensáveis à garantia do cumprimento das obrigações, de modo a atender o art. 37, inciso XXI, da Constituição Federal, bem como o art. 30 da Lei n.º 8.666/1993.

Acórdão 1390/2005 Segunda Câmara”

“Limite, nos editais de suas próximas licitações, a previsão de exigências de capacidade técnica aos níveis mínimos necessários que garantam a qualificação técnica das empresas para a execução do empreendimento, abstendo-se de estabelecer exigências excessivas, que restrinjam indevidamente a competitividade dos certames e firam o princípio da licitação (...).

Acórdão 1774/2004 Plenário”

É o juízo discricionário do Administrador que determina as especificações do produto que pretende adquirir, de modo a extrair as melhores condições de sua utilização para adequar-se as suas realidades, sempre pautadas na razoabilidade e proporcionalidade dos meios aos fins, pois quando a lei confere ao agente público

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competência discricionária, isso significa que atribuiu ao agente o dever/poder de escolher a melhor conduta, dentre um universo de condutas possíveis, para a plena satisfação do interesse público, sendo a busca deste interesse público que pautou as especificações contidas no termo de referência do certame em questão.

Dessa forma, para embasar o interesse público e a gestão dos recursos com responsabilidade e eficiência é que o Decreto Estadual 2.069/2006 determina em seu art. 10, V, que na fase preparatória do pregão serão observadas as condições que, pelas suas particularidades, sejam consideradas relevantes para a celebração e execução do contrato e o atendimento das necessidades da administração. Tal determinação legal é que ancora os termos editalícios e todos os seus anexos no certame aqui discutido.

IV - DA DECISÃO DA PREGOEIRA

Verifica-se que os termos do edital não buscam frustrar a participação da Impugnante no Certame. Diante do exposto, DECIDE esta Pregoeira conhecer da impugnação interposta pela empresa ANDRÉ LIMA DE SOUZA-EPP, julgando-a improcedente, permanecendo inalteradas as informações contidas no Edital e seus anexos.

Belém, 20 de Abril de 2016.

Andréa Mara Ciccio Pregoeira MPE/PA

Referências

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