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Direito à alimentação adequada; 2013

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Academic year: 2023

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A Cúpula Mundial da Alimentação e a Declaração

Em 1996, em Roma, por ocasião da antecipada Cimeira Mundial da Alimentação, foram assinados a Declaração de Roma sobre a Segurança Alimentar Mundial e o Plano de Acção da Cimeira Mundial da Alimentação. Neste sentido, o Plano de Acção da Cimeira Mundial da Alimentação traz no seu primeiro compromisso a procura de um ambiente político, social e económico que incentive a igualdade entre homens e mulheres, com vista à paz e à erradicação da pobreza para alcançar a segurança alimentar. . No Segundo Compromisso, garantimos-nos a implementação de políticas destinadas a melhorar o acesso físico e económico de todos a alimentos adequados e suficientes em todos os momentos.

Conceitos fundamentais presentes no Comentário Geral 12

O Quarto Compromisso visa garantir políticas comerciais e o comércio em geral que promovam uma nutrição adequada, no quadro de um mercado mundial em que prevaleça o comércio justo e responsável. É neste sentido que a sustentabilidade é interpretada como a segurança do acesso à alimentação adequada, agora e no futuro. A nutrição adequada, em função das necessidades alimentares, levanta a questão da necessidade de uma alimentação equilibrada, para um melhor desenvolvimento físico e mental, tendo em conta as atividades e ocupações de acordo com o sexo, a idade e outras especificidades fisiológicas.

Marcos legais e orientadores no Brasil

  • A Emenda Constitucional nº 64/2010
  • O COnSEA de 2003-2013
  • A Lei Orgânica da Segurança Alimentar e nutricional e o
  • O Plano nacional de Segurança Alimentar e nutricional 2012-2015 e a

Esta lei também cria o Sistema Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional (SISAN), que visa garantir o direito humano à alimentação adequada. 3 Disponível em: . . e) saúde, nutrição e acesso a serviços relacionados; .. g) programas e ações relacionadas à segurança alimentar e nutricional. Criar o Sistema Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional – SISAN, com vistas à garantia do direito humano à alimentação adequada e dá outras providências.

Obesidade

Os resultados foram comparados com pesquisas do Estudo Nacional de Despesas Familiares (ENDEF, 1989), da Pesquisa Nacional de Saúde e Nutrição (PNSN) e da POF para obter uma tendência secular nas variações de peso populacional. A análise dos dados mostra que a população teve um ganho de peso significativo nos últimos anos e que em 2009 as crianças de 5 a 9 anos estavam acima do peso recomendado pela OMS. Destaca-se aqui a região Sul, onde 56,8% dos homens e 51,6% das mulheres apresentam excesso de peso; é também nesta região que se encontram as maiores taxas de obesidade, 15,9% entre os homens e 19,6% entre as mulheres.

A pesquisa revelou dados alarmantes para a saúde pública, pois foi registrada uma explosão no número de crianças com excesso de peso de 5 a 9 anos nos últimos 34 anos: no período de 2008 a. Entre as meninas, a região Sudeste foi campeã em excesso de peso, saltando de 15% para 37,9% em dez anos, e também é líder nos índices de obesidade infantil: a POF registrou 20,6% de meninos obesos. Déficit de altura Déficit de peso Excesso de peso Obesidade Déficit de altura Déficit de peso Excesso de peso Obesidade.

Além disso, 80% dos adolescentes obesos chegam à idade adulta com peso acima do recomendado, o que aumenta os riscos e a gravidade das consequências do excesso de peso devido a uma alimentação inadequada do ponto de vista nutricional. Para ambos os sexos, a obesidade é mais comum nas áreas urbanas do que nas áreas rurais, especialmente nas regiões Norte e Nordeste. Em termos de déficit de peso, esse índice é significativamente reduzido entre homens e mulheres. É evidente que o principal problema é o ganho de peso em todas as faixas etárias e em todas as regiões do país.

Por outro lado, sobrepeso e obesidade são definidos por IMC igual ou superior a 25 kg/m2 e 30 kg/m2, respectivamente.

Os custos da obesidade para o SUS

Hipertensão

Diabetes

Acidente vascular cerebral

Anemia e hipovitaminose A

Assim, o número dessas duas deficiências de micronutrientes indica um problema de saúde pública no Brasil, além de causar, por exemplo, sérios problemas de saúde nos indivíduos, como redução da resistência a infecções, problemas de desenvolvimento em crianças e, em casos graves, casos graves de retardo mental e cegueira. O MS PNDS 20067, realizado pelo CEBRAP, também coletou dados sobre o tipo de sal consumido pela população, principalmente quanto à presença de iodo. O objetivo da pesquisa foi reunir informações que instrumentalizem a erradicação dos transtornos por deficiência de iodo no Brasil.

O teste teve como objetivo avaliar a presença de iodo em índices considerados saudáveis ​​e também analisar a disponibilidade e tipo de embalagem de sal. Os resultados apontaram para um cenário onde a maioria dos domicílios do campo, do campo e da cidade tinham sal. A proporção de testes negativos para iodo no sal foi maior nos agregados familiares onde o chefe da família tinha pouca ou nenhuma escolaridade e que pertenciam a classes economicamente desfavorecidas.

Concluindo, a pesquisa mostrou que embora o consumo de sal não iodado seja pequeno no Brasil, este pode ser um sério problema para a saúde infantil quando está presente. Portanto, é necessário manter a fiscalização da indústria e da cadeia de distribuição do produto, bem como a orientação e educação às mães e gestantes sobre a importância do consumo e armazenamento adequado do sal iodado.

Aleitamento materno

Além disso, sua digestão é mais rápida e fácil que a do leite de outras espécies ou em pó. Entre outros benefícios, destaca-se que a amamentação previne e evita a diarreia, o que reduz o risco de desidratação; previne e reduz a gravidade de infecções respiratórias e otites; reduz o risco de alergias, incluindo asma, dermatite e alergia à proteína do leite de vaca; reduz o risco de hipertensão, colesterol alto e diabetes; reduz o risco de obesidade; melhora a nutrição; tem efeitos positivos na inteligência das crianças; melhora o desenvolvimento da cavidade oral, o que proporciona melhor formação do palato duro; reduz significativamente a incidência de câncer de mama; evita nova gravidez;.

Segurança alimentar

  • Produção agropecuária no Brasil: importação e exportação
  • Agricultura familiar
  • Desperdício de alimentos
  • Alimentação segura e alimentos industrializados
  • Uma abordagem de direitos: entre a publicidade
  • Produtos orgânicos e consumo responsável

Os números sobre a evolução de alimentos como o milho, o trigo e o arroz mostram que estes ainda são os produtos agrícolas mais importantes do mundo, com uma produção superior a 600 milhões de toneladas cada. Graças à sua alta produtividade, a agricultura familiar é responsável pela maior parte da produção de alimentos no país. Comparação da participação dos modelos agrícolas familiares e não familiares na produção de alimentos básicos.

Cerca de 30% de toda a produção de alimentos é desperdiçada no Brasil, onde o desperdício começa na colheita. Resumindo: a quantidade de desperdício alimentar poderia alimentar aproximadamente 54 milhões de pessoas. São urgentemente necessárias políticas públicas de sensibilização e informação para dar corpo a esta luta contra o desperdício alimentar.

Países como o Canadá e os Estados Unidos desenvolveram iniciativas inovadoras para combater o desperdício, com ênfase nos bancos alimentares. Conforme mencionado, os alimentos que vão para os Bancos de Alimentos têm diversas origens e podem ser frutos de campanhas de solidariedade da sociedade civil, de doações esporádicas e também de programas como o PAA que incentivam a produção de alimentos na agricultura familiar por meio da garantia de compras. Atualmente, o desafio é implementar bancos alimentares em centros de distribuição, como os CEASAs, pois vários estudos identificam estes centros como as maiores fontes de desperdício.

Os Bancos Alimentares também trabalham no incentivo a práticas alimentares saudáveis, oferecem cursos de nutrição e educação alimentar e trabalham com as instituições receptoras dos alimentos para promover o seu melhor aproveitamento, através de formação e educação. No entanto, os Bancos Alimentares não estão isolados, pois fazem parte de uma rede de serviços que inclui a Alimentação Escolar, os Restaurantes Populares e as Cozinhas Comunitárias. Neste sentido, a publicidade alimentar e a educação alimentar e nutricional devem ser conciliadas, atingindo todos os públicos e segmentos.

O que é preciso saber para garantir o direito à alimentação adequada

A atuação intersetorial e interministerial, que articule as esferas municipal, estadual e federal, sobre um tema que também é interdisciplinar, multidisciplinar e multiprofissional, é o maior desafio na construção de um sistema de garantias aos direitos humanos à alimentação adequada e à alimentação adequada. segurança e nutrição. Para que os alimentos estejam em condições adequadas ao consumo, uma série de fatores devem ser levados em consideração, para que os fornecedores e produtores cumpram as orientações e normas impostas pela ANVISA. O não cumprimento desses requisitos mínimos cobrados pela ANVISA constitui uma violação não só dos direitos do consumidor, mas também do direito à alimentação adequada do ponto de vista da segurança alimentar e nutricional.

O transporte, o armazenamento, o manuseamento, as condições de consumo, a temperatura, os requisitos de higiene na preparação e entrega, da indústria e de outras empresas que comercializam alimentos, são exemplos de factores considerados para garantir as condições mais adequadas ao consumo de alimentos. Os titulares de direitos podem reivindicar seus direitos junto aos órgãos públicos diretamente responsáveis ​​pela garantia dos direitos (centros de saúde, INCRA, centros de referência em assistência social, etc.), podendo inclusive apresentar reclamações administrativas à ouvidoria pública. São resultados da atuação de movimentos e organizações sociais, fóruns e redes, que reivindicam seus direitos por meio da mobilização política e social e da pressão sobre diversos órgãos públicos.

Também podem ocorrer com o poder legislativo para que este faça leis que garantam o direito humano à alimentação adequada, desaprove leis que violem o direito humano à alimentação adequada e monitore a atuação do poder executivo na execução de políticas públicas; e também com o executivo e o judiciário, para que cumpram as obrigações do Estado em relação ao direito humano à alimentação adequada. Estas são oportunidades para os titulares de direitos exigirem respeito, protecção, promoção e concretização dos seus direitos por parte do Ministério Público e da defesa pública. São instrumentos que os titulares de direitos têm à sua disposição para reivindicar os seus direitos perante um juiz ou tribunal.

Dentre as formas de fiscalização, esta última é a menos utilizada, pois é bastante onerosa e lenta considerando a urgência das situações de infração (BRASIL. MDS, 2010).

Considerações finais

É, portanto, necessário assumir uma posição firme no sentido de reconhecer que a luta por uma cultura de direitos humanos deve necessariamente ser sustentada em pequenos acontecimentos do quotidiano, como é o caso do direito de todas as pessoas a pelo menos três refeições. diariamente. Josué de Castro ensina que o direito à alimentação é o primeiro dos direitos humanos e talvez o mais essencial deles, pois pessoas sem nutrientes essenciais não podem ser humanas, mesmo que literalmente (CASTRO. Como reflexão final, cabe uma palestra sobre o papel que cada pessoa pode desempenhar na construção de uma cultura de direitos humanos no Brasil.

No que diz respeito ao direito humano à alimentação adequada, viu-se que tão grandes quanto os avanços já alcançados são os desafios que devem ser enfrentados. Diretrizes voluntárias: em apoio à realização progressiva do direito à alimentação adequada no contexto da segurança alimentar nacional, adotadas na 127ª sessão do Conselho da FAO, novembro de 2004. Disponível em: .

Referências

Documentos relacionados

Nutrição (PNAN) (BRASIL, 2011a); Política Nacional de Promoção da Saúde (PNPS) e Plano Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional (BRASIL, 2011b); Estratégia Intersetorial para