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Disciplina: Comunicação de Massa e Representação Social Professora: Cíntia Sanmartin Fernandes

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UNIVERSIDADE DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO CENTRO DE EDUCAÇÃO E HUMANIDADES

FACULDADE DE COMUNICAÇÃO SOCIAL

PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM COMUNICAÇÃO

2013.2

Disciplina: Cibercultura Professor: Vinícius Pereira Horário: Terça-feira – 16h às 19h

Ementa

O curso quer explorar e atualizar a ideia proposta por Marshall McLuhan de que a emergência de toda nova tecnologia é acompanhada de uma reprogramação do aparato percepto/sensorial e das formas de representar e de produzir significados em uma dada cultura. Neste sentido buscar-se-á modulações das visualidades, audibilidades e tatilidades que possam estar em marcha com o advento e incremento da cultura digital, que por sua vez deve ser explorada à luz de conexões e articulações com outras culturas – como as culturas orais, culturas orientais e culturas de presença (Gumbrecht) –, em um processo de investigação que se inspira na Arqueologia das Mídias, proposta por Siegfried Zielinski. O curso dialogará, ainda, com a ideia sugerida por Ben Singer de que a Modernidade, para além das suas dimensões política, econômica, social e científica deva ser explorada em uma dimensão

“neurológica”. Com isto este autor quer se referir a um conjunto de textos e reflexões propostas por autores diversos como Walter Benjamin, Siegfried Kracauer, Georg Simmel, dentre outros, que atentam para os efeitos das tecnologias e das coisas materiais sobre as dinâmicas cognitivas e sensoriais de cada época, como uma investigação fundamental para apreender as transformações e códigos em gestação em cada momento histórico. Sob esta perspectiva, o curso recorrerá ao que genericamente pode ser entendido como teoria da materialidade da comunicação que, por sua vez, ganha atualizações em campos de estudos como a neurofenomenologia (Varela), a neurologia das emoções (Davidson) e a Novamente (Magno), e que inspirado em uma metodologia anarqueológica (Zielinski), sondará fenômenos e objetos tão díspares como: o que significa “pensar” na Idade Média; como a noção de ego pode ser debitária de tecnologias midiáticas específicas, quais elementos conformam uma performance de música extrema como o noise japonês; quais as visualidades implicadas em filmes do início do século XX e jogos de ação do início do século XXI; quais as tatilidades requeridas em gramáticas de mídias sensíveis ao toque (touch screen), como os tablets e afins; a emergência das chamadas mídias propioceptivas e das linguagens visuaudiomotoras; o estatudo do entretenimento como linguagem contemporânea; a cultura pan- midiática. Todos esses objetos e temas, aposta-se, permitirão a construção de um contra-ambiente (McLuhan), a partir do qual buscar-se-á revelar os (meios)ambientes contemporâneos e, principalmente, as sensorialidades, códigos, expressões e linguagens em formação que, por sua vez, tornam ainda mais complexas as tramas da comunicação hodierna.

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Referências Bibliográficas

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_______. Reflexões sobre as materialidades dos meios: embodiment,

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TAYLOR, Timothy D. Strange sounds: music, technology & culture. New York:

Routledge, 2001.

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UNIVERSIDADE DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO CENTRO DE EDUCAÇÃO E HUMANIDADES

FACULDADE DE COMUNICAÇÃO SOCIAL

PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM COMUNICAÇÃO

2013.2

Disciplina: Comunicação de Massa e Representação Social Professora: Cíntia Sanmartin Fernandes

Horário: Quinta-feira – 15h às 18h

EMENTA:

A relação entre comunicação, (crise das) representações sociais e imaginários é o principal eixo temático que irá nortear as reflexões nesta disciplina: será realizado um balanço das implicações das tensões e articulações entre estes vetores na construção de referenciais de espaço e de tempo na Modernidade e Pós-Modernidade. Sob uma perspectiva teórica multidisciplinar, objetiva-se o aprofundamento de problematizações que envolvem a construção de cotidianos que tomam como referências uma miríade de imagens, fábulas, sonhos, mitos, ficções, lendas e materialidades (“liquidas”), as quais são conformadoras de infinitas narrativas da vida social. Análise do lócus significativo das interações estéticas e sensíveis na construção da cultura contemporânea globalizada.

BIBLIOGRAFIA BÁSICA:

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Revista Comum - Rio de Janeiro - v.10 - nº 23 - p. 122 a 138 - julho / dezembro 2004.

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CHARTIER, R. A história cultural: entre práticas e representações. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 1990.

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HARVEY, D. Condição pós-moderna. São Paulo: Loyola, 1992.

JOÃO DO RIO. A Alma Encantadora das Ruas. Rio de Janeiro: Secretaria Municipal de Cultura, 1995.

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LEGROS, Patrick et al. Sociologia do Imaginário. Porto Alegre: Sulina, 2007.

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MAFFESOLI, Michel. Iconologias. Nuestras Idolatrías Postmodernas.

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MAFFESOLI, Michel. Le réenchantement du monde. Une éthique pour notre temps. Paris : La Table Ronde, 2007.

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SIMMEL, Georg. Filosofia da Moda e Outros Escritos. Lisboa: Texto & edições Grafias, 2008.

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SINGER, Ben. Modernidade, hiperestímulo e o início do sensacionalismo popular. In: CHARNEY, Leo; SCHWARTZ, Vanessa R. (org.). O cinema e a invenção da vida moderna. S. Paulo: Cosac & Naif, 2001.

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UNIVERSIDADE DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO CENTRO DE EDUCAÇÃO E HUMANIDADES

FACULDADE DE COMUNICAÇÃO SOCIAL

PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM COMUNICAÇÃO

2013.2

Disciplina: Comunicação e Identidades Culturais Professor: Ronaldo Helal

Horário: Terça-feira – 15h às 18h

Programa Objetivos:

O curso tem por objetivo discutir questões relacionadas às teorias clássicas sobre cultura, indústria cultural, cultura brasileira e formação de identidades.

Abordando temas tais como a relação entre cultura popular e cultura de massa, a dialética entre o global e o local, os espetáculos de massa e a construção das identidades nacionais, o curso visa familiarizar os alunos com alguns autores clássicos e com pesquisas recentes na área.

1 – Cultura e Comunicação . Revisão de Teorias da Cultura

. O Paradigma Evolucionista; O Relativismo Cultural; Críticas ao Relativismo 2 – Cultura Popular, Cultura de Massa e Indústria Cultural

. A Sociedade de Massa: meios de comunicação, cultura, consumo e propaganda

. Indústria Cultural: a história de um debate (Apocalípticos e Integrados) 3 – Identidade Cultural Brasileira

. O dilema brasileiro conforme colocado por Roberto DaMatta . As identidades do Brasil segundo alguns autores

4 – Eventos de Massa e Formação de Identidades Nacionais . O local e o global: Esporte e “construção” da identidade nacional .

Bibliografia básica:

ADORNO, Horkheimer e HORKHEIMER, Max. Dialética do Esclarecimento. Rio de Janeiro, Jorge Zahar Editor, 1985.

ALABARCES, Pablo (org.). Futbologías: futbol, identidad y violência em América Latina. Buenos Aires, CLACSO, 2003.

ALMEIDA, Carlos Alberto. A Cabeça do Brasileiro. Rio de Janeiro, Record, 2007

ARCHETTI, Eduardo. Maculinidades: fútbol, tango y pólo em la Argentina.

Buenos Aires, Editorial Antropofagia, 2003.

BERMAN, Marshall. Tudo que é sólido desmancha no ar: a aventura da modernidade. São Paulo, Companhia da Letras, 1987)

BORDIEU, Pierre. Sobre A Televisão . Rio de Janeiro, Jorge Zahar Editor, 1997 CAMPBELL, Joseph. O Herói de Mil Faces. São Paulo, ,Cultrix., 1996.

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DA MATTA, Roberto. Carnavais, Malandros e Heróis: para uma sociologia do dilema brasileiro. Rio de Janeiro, Zahar, 1978.

DEBORD, Guy. A Sociedade do Espetáculo. Rio de Janeiro, Contraponto, 1997.

DUNNING, Eric & SHEARD, Kenneth. Barbarians, Gentlemen & Players: a sociological study of the development of rugby football. New York, New York University Press, 1979.

ECO, Umberto. Apocalípticos e Integrados. São Paulo, Perspectiva, 1979.

FERNANDES, Cintia Sanmartin, MAIA, João e HERSCHMANN (0rgs.) Comunicações e territorialidades: Rio de Janeiro em Cena. São Paulo, Anadardco, 2012.

FOOTE-WHITE, William. Sociedade de esquina. Rio de Janeiro,Zahar, 2005.

GARRAMUÑO, Florencia. Modernidades Primitivas: tango, samba y nación.

Fondo de Cultura Económica, Buenos Aires, 2007.

GOMES, Graziela Gomes, BARBOSA, Lívia e DRUMMOND, José Augusto (orgs.). O Brasil não é para principiantes: Carnavais, Malandros e Heróis, 20 anos depois. Rio de Janeiro, Editora FGV, 2001 (2ª edição).

GRIMSON, Alejandro (org.). Pasiones Nacionales: política y cultura en Brasil y Argentina.Buenos Aires Edhasa, 2007.

HALL, Stuart. A identidade cultural na pós-modernidade. Rio de Janeiro, DP&A Editora, 2001.

HELAL, Ronaldo. Passes e Impasses: Futebol e Cultura de Massa no Brasil.

Petrópolis, Vozes, 1997.

HELAL, Ronaldo, LOVISOLO, Hugo e SOARES, Antonio Jorge. Futebol, jornalismo e ciências sociais: interações. Rio de Janeiro, Eduerj/Faperj, 2011.

HELAL, Ronaldo, SOARES, Antônio Jorge e LOVISOLO, Hugo. A Invenção do País do Futebol: mídia, raça e idolatria. Rio de Janeiro, Mauad, 2007 (2ª edição).

HERSCHMANN, Michael e PEREIRA, Carlos Alberto Messeder. Mídia, memória e celebridades: estratégias narrativas em contextos de alta visibilidade. Rio de Janeiro, E-Papers, 2003.

HIRSCHMAN, Albert. As Paixões e os Interesses: argumentos políticos para o capitalismo antes de seu triunfo. São Paulo, Paz e terra, 2000.

HOHLFELDT, Antonio, Martino, Luiz e França, Vera. Teorias da Comunicação:

conceitos, escolas e tendências. Petrópolis, Vozes, 2001.

HOLLANDA, Bernardo Buarque e MELO, Vitor Andrade (orgs). O esporte na imprensa e a imprensa esportiva no Brasil. Rio de Janeiro. 7 Letras/Faperj, 2012.

JAY, Martin. A Imaginação Dialética: história da Escola de Frankfurt e do Instituto de Pesquisas Sociais – 1923-1950. Rio de Janeiro, Contraponto, 2008.

MARQUES, José Carlos e MORAIS, Osvando (orgs.). Esportes na Idade Mídia:

diversão, informação e educação. São Paulo, Intercom, 2012.

MAIA, João e HELAL, Carla. Comunicação arte e cultura na cidade do Rio de Janeiro. Rio de Janeiro, Eduerj/Faperj, 2012.

MARX, Karl & ENGELS, Friderich. O Manifesto Comunista: 150 anos depois.

Rio de Janeiro, Contraponto, 1997.

REIS, José Carlos. As Identidades do Brasil: de Varnhagen a FHC. Rio de Janeiro, FGV, 2003 (6ª edição).

RIBEIRO, Ana Paula, FREIRE, João e HERSCHMANN (orgs.) Entretenimento, Felicidade e memória: forças moventes do contemporâneo. São Paulo, Anadarco, 2013.

ROCHA, Everardo. A Sociedade Do Sonho: comunicação, cultura e consumo.

Rio de Janeiro, Mauad, 1995.

RODRIGUES, José Carlos. Antropologia e Comunicação: princípios radicais.

Rio de Janeiro, Espaço e Tempo, 1989.

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ROSENBERG, Bernard e WHITE, David. Cultura de Massa. São Paulo, Cultrix, S.D.

SANTOS, João Manuel Malaia e MELO, Vitor Andrade (orgs.) 1922:

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Rio de Janeiro, 2006.Mauad/Faperj,

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UNIVERSIDADE DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO CENTRO DE EDUCAÇÃO E HUMANIDADES

FACULDADE DE COMUNICAÇÃO SOCIAL

PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM COMUNICAÇÃO

2013.2

Disciplina: Comunicação, Lazer e Entretenimento Professora: Denise da Costa Oliveira Siqueira

Horário: Quarta-feira – 9h30 às 12h30

Curso: Corpo, juventude e produção de sentido Proposta de estudo:

Estudar relações entre corpo, juventude e produção de sentidos no lazer e no entretenimento no espaço urbano. Refletir sobre o corpo no universo da cultura, da comunicação, do lazer, do entretenimento e da cidade. Pensar sobre manifestações culturais urbanas: dança contemporânea, parkour, funk carioca, batalha do passinho, basquete e futebol de rua. Culturas juvenis, videoclipes e cidade.

Objetivos:

Estudar relações entre comunicação, lazer e entretenimento no espaço urbano.

Estudar as representações de lazer e de entretenimento no âmbito da cultura de massa. Focar a análise nas representações do corpo na cultura de massa e ampliar a discussão para o universo das manifestações jovens urbanas.

Programa:

Introdução

Unidade 1 – Comunicação, lazer e entretenimento 1.1 Arte, educação e lazer – Aristóteles

1.2 O brinquedo - Benjamin

1.3 A construção simbólica do lazer e do entretenimento – literatura e entretenimento

1.4 Mídia e entretenimento – cinema, representações, crítica Unidade 2 – A cidade como fonte de entretenimento 2.1 O corpo como imagem da cidade

2.2 A moda – Simmel

2.3 Modos e modas de homem e de mulher - Freyre 2.4 Juventudes e videoclipes

Unidade 3 – Corpo, entretenimento e afetos 3.1 As paixões ordinárias – Le Breton

3.2 O obsceno e a cultura de massa – Teixeira Coelho Avaliação

Encerramento

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BIBLIOGRAFIA:

BAKHTIN, Mikhail. A cultura popular na Idade Média e no Renascimento: o contexto de François Rabelais. São Paulo: Hucitec; Brasília: UnB, 1999.

DI FELICE, Massimo. Paisagens pós-urbanas: o fim da experiência urbana e as formas comunicativas do habitar. São Paulo: Annablume, 2009.

FARGE, Arlette. Le bracelet de parchemin: l’écrit sur soi au XVIIIe siècle.

Paris: Bayard, 2003.

FERRÃO NETO, José Cardoso. Corpo, oralidade e letramento na cidade contemporânea: materialidades e construções simbólicas. Revista Famecos, v.19, n.1, Porto Alegre, jan./abr. 2012.

FERRÃO NETO, José Cardoso. “Des oiseaux élevés dans les mêmes nids”:

livros e conexões no microcosmo escolar carioca do Novecentos. In: Anais do Colóquio A Circulação Transatlântica dos Impressos: Conexões. São Paulo: ECA-USP, 2012.

GOODY, Jack. O mito, o ritual e o oral. Petrópolis, Vozes, 2012.

MAFFESOLI, Michel. Homo eroticus: des communions émotionelles. Paris:

CNRS Éditions, 2012.

RABELAIS, François. Gargantua, Pantagruel. Paris: Classiques Abrégés/L’École des Loisirs, 2006.

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UNIVERSIDADE DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO CENTRO DE EDUCAÇÃO E HUMANIDADES

FACULDADE DE COMUNICAÇÃO SOCIAL

PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM COMUNICAÇÃO

2013.2

Disciplina: Espaços de Consumo e Comunicação Professores: Ricardo Ferreira Freitas e José Ferrão

Horário: Quarta-feira – 15h às 18h

Objetivo geral:

Problematizar as questões relacionadas ao consumo na cidade e o consumo da cidade, a partir de teóricos contemporâneos de diferentes campos de conhecimento.

Objetivos específicos:

Discutir os conceitos de consumo e consumismo sob a ótica contemporânea.

Contextualizar a violência como argumento de consumo nas cidades.

Aprofundar as recentes produções teóricas sobre os megaeventos nas metrópoles.

Refletir a respeito do consumo oralizado e o consumo letrado de narrativas nas paisagens comunicacionais urbanas.

UNIDADE I - Sobre a metrópole comunicacional e a metrópole do consumo 1.1 - Apresentação do programa e das formas de avaliação

1.2 - Consumo e consumismo.

1.3 - Mercantilização do medo. Indústria de seguros.

1.4 - O medo e o desenho das cidades. Condomínios fechados. shopping centers.

UNIDADE II - A reinvenção do Rio diante dos megaeventos 2.1 - As Exposições Universais e o Rio do início do século XX.

2.2 - Os megaeventos e sua função midiática.

2.3 - Megaeventos e plataformas comunicacionais.

UNIDADE III – Corpo e consumo de narrativas

3.1 – Bakhtin, Rabelais e o grotesco como estética do consumo oral 3.2 – Corpos letrados: desejo, apropriação e acesso à cultura escrita 3.3 – O “homo festivus” e o “homo laborans” nas territorialidades contemporâneas

UNIDADE IV – Meios, ecologias cognitivas e consumo 3.1 – Meios e paisagens comunicacionais urbanas

3.2 – Oralidades, letramentos e estéticas da comunicação contemporânea 3.3 – O consumo como apropriação de narrativas oralizadas e letradas

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BIBLIOGRAFIA:

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FARGE, Arlette. Le bracelet de parchemin: l’écrit sur soi au XVIIIe siècle.

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FERRÃO NETO, José Cardoso. “Des oiseaux élevés dans les mêmes nids”:

livros e conexões no microcosmo escolar carioca do Novecentos. In: Anais do Colóquio A Circulação Transatlântica dos Impressos: Conexões. São Paulo: ECA-USP, 2012.

GOODY, Jack. O mito, o ritual e o oral. Petrópolis, Vozes, 2012.

MAFFESOLI, Michel. Homo eroticus: des communions émotionelles. Paris:

CNRS Éditions, 2012.

RABELAIS, François. Gargantua, Pantagruel. Paris: Classiques Abrégés/L’École des Loisirs, 2006.

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UNIVERSIDADE DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO CENTRO DE EDUCAÇÃO E HUMANIDADES

FACULDADE DE COMUNICAÇÃO SOCIAL

PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM COMUNICAÇÃO

2013.2

Disciplina: Imagem e Tecnologia Professor: Fernando Gonçalves Horário: Terça-feira – 10h às 13h

Curso: A pensatividade das imagens: fotografia, arte e redes sociotécnicas

Proposta do curso:

O curso discutirá o estatuto da imagem fotográfica na arte contemporânea e seus modos de presença como parte de uma investigação sobre os processos de individuação da fotografia e da construção de sua visualidade na atualidade. A problemática que nos moverá aqui surge da observação de que no campo da arte contemporânea há uma recorrência tanto de imagens que fazem referência ou se situam na fronteira de outras artes (pintura, escultura, cinema), como de imagens de cunho documental que não parecem, porém, nem ter uma função de representação do real nem um caráter eminentemente narrativo. São em geral imagens do banal e do cotidiano, de arquiteturas e paisagens, de objetos e de rostos sem expressão. Imagens que parecem mais falar de nossos modos ver o mundo e de inventá-lo do que propriamente de narrá-lo.

Embora este tipo de imagens, ditas “objetivas” (Rouillé, 2009; Cotton, 2010, Poivert, 2010) e produzidas por artistas como Jeff Wall, Wolfgang Tillmans, Hans-Peter Feldman, David Claerbout, Sam Taylor Wood, Candida Hoffer, Rineke Dijkstra, Paul Pouvrau, entre tantos outros, não caracterize todo o universo de imagens fotográficas na arte hoje, chamam a atenção exatamente por sua legitimação fora das tematizações e funções usuais da fotografia. A legitimidade e o valor dessas imagens como “arte” não parecem, contudo, ser suficientes para explicar o estatuto de que gozam e seus modos de produção e circulação por distintos espaços, dentro e fora do circuito das artes. Antes, tal legitimidade nos faz pensar na condição da fotografia como montagem de elementos e temporalidades diversas (Benjamin, 1993; Didi- Huberman, 2010; Rancière, 2010) e não necessariamente algo entre

“documento” e “expressão” (Rouillé, 2009). Como campo de relações entre imagens, entre tempos e formas de representação, o que essas imagens parecem colocar como questão é justamente em que medida o documental e o expressivo seriam os únicos elementos constitutivos da natureza do fotográfico.

Nesse sentido, interessará ao curso analisar alguns dos processos que participam da construção da visualidade da fotografia na arte como forma de evidenciar sua inscrição em regimes de enunciação e de visibilidade. É por meio de tal inscrição que o curso procurará discutir o que Jacques Rancière chamou de “pensatividade das imagens” e tratar as práticas artísticas contemporâneas com fotografia como questão de comunicação, quais sejam:

como pensar a fotografia para além de seus aspectos meramente técnicos,

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documentais ou expressivos? Como pensar o caráter de “expansão” das imagens, dado pelos atravessamentos de fronteiras entre fotografia e outras artes? Quais as contribuições da tecnologia para pensar a natureza híbridas dessas imagens? Em que medida seria possível pensar a fotografia contemporânea não como um devir da própria técnica, da fotografia ou da arte, mas como campo de relações que evidencia sua natureza sociotécnica?

Programa

Unidade 1 - IMAGEM, TECNOLOGIA E AS ARTESANIAS DA COMUNICAÇÃO

A Fotografia como híbrido sociotécnico e operação de montagem. Fotografia como forma de pensamento forjado com a técnica e não apenas através da técnica. Fotografia contemporânea na arte: modos de presença e questões para a comunicação.

Unidade 2 - REGIMES DE VISIBILIDADE DA FOTOGRAFIA

Para além do índice: máquinas, modelos de visão, de percepção e produção subjetiva. Quando somos vistos pelo que olhamos: partilhas do sensível ou estética e política no ato fotográfico. Fotografia: entre objetividade e subjetividade? documento e expressão? Da estética do instantâneo à política das redes.

Unidade 3 - A PENSATIVIDADE DAS IMAGENS: DISCURSOS, MATERIALIDADES E REDES

Imagem expandida e os limiares do fotográfico: pintura, literatura, cinema.

Rastros das imagens e de seus fazeres: reatando o nó górdio entre humanos e não-humanos na trama fotográfica. Fotografia do presente e os primitivos do futuro: e se jamais fomos contemporâneos?

Bibliografia de referência:

AGAMBEN, G. O que é o contemporâneo e outros ensaios. Chapecó:

Argos, 2012.

COTTON, C. A fotografia como arte contemporânea. São Paulo: Martind Fontes, 2010.

CRARY, J. Suspensions of perception. Cambridge: MIT Press, 1999.

DIDI-HUBERMAN, G. O que vemos, o que nos olha. Rio de Janeiro: Ed. 34, 2010.

DUBOIS, P. O ato fotográfico. São Paulo: Papirus, 1993.

FATORELLI, A. Fotografia contemporânea: entre o cinema, o vídeo e as novas mídias. Rio de Janeiro: Senac Nacional, 2013.

FLORES, Laura Gonzales. Fotografia e pintura: dois meios diferentes? São Paulo: Martins Fontes, 2011.

FONTCUBERTA, J. A câmera de Pandora: fotografia depois da fotografia.

São Paulo: Gustavo Gili, 2012.

LISSOVSKY, M. Máquina de esperar. Rio de Janeiro: Mauad, 2008.

POIVERT, M. La Photographie Contemporaine. Paris: Flammarion, 2010.

ROUILLÉ, A. A fotografia: entre documento e arte contemporânea. São Paulo: Senac, 2009.

RANCIERE, J. A partilha do sensível. São Paulo: Ed. 34, 2005

______________. O espectador emancipado. Lisboa: Orfeu Negro, 2010.

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UNIVERSIDADE DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO CENTRO DE EDUCAÇÃO E HUMANIDADES

FACULDADE DE COMUNICAÇÃO SOCIAL

PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM COMUNICAÇÃO

2013.2

Disciplina: Mídia e Espaços Urbanos

Professoras: Letícia Matheus e Patricia Rebello Horário: Segunda-feira – 14h às 17h

Proposta de estudo:

Os fluxos de comunicação na cidade contemporânea e a configuração do espaço urbano como meio de significação. Os conceitos de mediações culturais, a construção do público e a apropriação da cidade por diferentes atores sociais. As fronteiras do discurso, o lugar da fala e a ampliação dos suportes de comunicação de massa. A estetização do cotidiano nos centros urbanos, especialmente na cidade do Rio de Janeiro. As múltiplas formas de representação da cidade. Os processos de Estigmatização e distinção através do espaço. A questão da memória cindida entre o monumental e a invisibilidade.

Objetivos:

Compreender o espaço urbano como uma configuração técnica (Milton Santos) e paisagística (Martin Lefebvre) particulares, com formas de organização espacial e de comunicação próprias. Estudar a percepção da cidade do Rio de Janeiro como um ambiente midiático, onde diferentes atores montam estratégias e disputam as representações da cidade, assim como a distribuição das representações pelo território. Compreender as interceptações tecnológicas na cidade como ampliações da experiência urbana.

Programa:

Unidade 1 – Técnica e espaço urbano

1.1 - Conceitos e discussões da relação entre técnica e espaço urbano

1.2 – Os processos de percepção e representação do ambiente tecno-urbano Unidade 2 – Estetização do cotidiano

1.1 - Discussão dos processos de representação no cotidiano

1.2 – Estabelecimento de modelos e experiências de rupturas no espaço Unidade 3 – Processos de estigmatização social

1.1 - Discussão dos processos de rupturas na norma e da produção de uma nova cartografia

1.2 - Identificação de processos de ocupação e instalação na ruptura e produção de uma vida política

Unidade 4: Espaço e processo de memória

1.1 - A cidade como monumento (modelo temporal) e a cidade como experiência (modelo estético)

1.2 – A cidade visível e a cidade invisível: estudo de possibilidades

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Referências bibliográficas iniciais:

AUGÉ, Marc. Por uma antropologia da mobilidade. SP/AL: Unesp, EdFAL, 2010.

BAMBOZZI, Lucas; BASTOS, Marcus; MINELLI, Rodrigo. Mediações,

tecnologia e espaço público: panorama crítico da arte em mídias móveis. São Paulo: Conrad Editora do Brasil, 2010.

BATISTA, Vera Malaguti. O medo na cidade do Rio de Janeiro: dois tempos de uma história. RJ: Editora Revan Ltda, 2003.

BENJAMIN, Walter. Passagens. Belo Horizonte: Editora UFMG; São Paulo:

Imprensa Oficial do Estado de São Paulo, 2009.

BERNARDET, Jean-Claude. Brasil em Tempo de Cinema: ensaio sobre o cinema brasileiro de 1958 a 1966. São Paulo: Companhia das Letras, 2007.

BERNARDET, Jean-Claude. Cineastas e Imagens do Povo. São Paulo:

Companhia das Letras, 2003.

BOLLE, Willi. Fisiognomia da Metrópole Moderna. São Paulo, Edusp, 1994.

BOURDIEU, Pierre. O Poder Simbólico (capítulo sobre lugares); – 2.ed. Rio de Janeiro, ed. Bertrand Brasil 1998

BURKE, Peter. Testemunha Ocular: história e imagem. Bauru, SP: Edusc, 2004.

CAIAFA, Janice; ELLLAJJI, Mohammed (orgs). Comunicação e Sociabilidade:

cenários contemporâneos. Rio de Janeiro: Mauad X, 2007.

CANEVACCI, Massimo. A Cidade Polifônica: ensaio sobre a antropologia da comunicação urbana. São Paulo, Studio Nobel, 1993.

CALVINO, Ítalo. As cidades invisíveis. SP: Companhia das Letras, 1990.

CHALHOUB, Sidney. Trabalho, lar e botequim. Campinas (SP): Editora Unicamp, 2005.

CHARNEY, Leo & SCHWARTZ, Vanessa (orgs). O cinema e a invenção da vida moderna. São Paulo: Cosac & Naify, 2001.

COMOLLI, Jean-Louis. Ver e Poder, A Inocência Perdida: cinema, televisão, ficção, documentário. Belo Horizonte: Editora UFMG, 2008.

ELIAS, Norbert. Os estabelecidos e os outsiders. RJ: Jorge Zahar Editor, 2000.

FREITAG, Bárbara. Teorias da cidade. Campinas (SP): Papirus, 2006.

FREUND, Gisèle. La Fotografía como documento social. Barcelona: Editorial Gustavo Gili, 1976.

GONDAR, Jô; DODEBEI, Vera (orgs) O que é memória social? Rio de Janeiro:

Contracapa Livraria/Programa de Pós Graduação em Memória Social da Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro, 2005.

GOTTDIENER, Mark. A Produção Social do Espaço Urbano. São Paulo, Edusp, 1993.

HUYSSEN, Andréas. Seduzidos pela Memória: Arquitetura, Monumentos, Mídia. Rio de Janeiro, Aeroplano, 2000.

LE GOFF, Jacques. "Documento/ monumento" In: Enciclopédia Einandi, vol. 1.

Portugal: Imprensa Nacional, 1997b, pp. 95-106.

LEFEBVRE, Martin (org). Landscape and Film. NY; London: Routledge, 2006.

LEFEBVRE, H. O Direito à Cidade. São Paulo, Documentos, 1969.

LESSA, Carlos. O Rio de todos os Brasis (um reflexo em busca de auto- estima). Rio de Janeiro: Record, 2000.

KRAKAUER, Siegfried. O ornamento da massa. São Paulo: Cosac Naify, 2009.

KRAUSE, Linda; PETRO, Patrice (orgs). Global cities: cinema, architecture and urbanismo in a digital age. New Brunswick, New Jersey, London: Rutgers University Press, 2007.

MARGATO, Izabel; GOMES, Renato Cordeiro (orgs). Espécies de Espaço:

territorialidades, literatura, mídia. Belo Horizonte: Editora UFMG, 2008.

MONDZAIN, Marie-José. A imagem pode matar? Lisboa: Nova Vega Limitada, 2009.

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MORSE, R. et alli. Cultura Urbana latino-americana. Buenos Aires, Glacso, 1985.

SANTOS, Milton. A Natureza do Espaço. SP: Edusp, 2012 SIRKIS, Alfredo. Megalópolis. Rio de Janeiro: Tix, 2012.

SHOHAT, Ella & STAM, Robert. Crítica da imagem eurocêntrica. São Paulo, Cosac Naifiy, 2006.

ROCHA, Glauber. Revisão Crítica do Cinema Brasileiro. São Paulo: Cosac &

Naify, 2003.

TEIXEIRA, Francisco Elinaldo (org.) Documentário no Brasil: tradição e transformação. São Paulo: Summus Editorial, 2004.

WEBER, Andrew; WILSON, Emma (orgs). Cities in Transition: the moving and the modern metropolis. NY: Wallflower Press, 2007.

Filmografia*:

Irmãos Lumière: Primeiros Filmes Movie Begins (volumes 1, 2, 3, 4, 5)

Unseen Cinema: early american avant-garde film 1894-1941 Curta Metragens INCE (1937-1983)

Caravana Farkas (vários)

Arraial do Cabo, Mário Carneiro e Paulo Cesar Saraceni (1959) Barravento, Glauber Rocha (1962)

Porto das Caixas, Paulo Cesar Saraceni (1962)

São Paulo Sociedade Anônima, Luis Carlos Person (1965) Bebel, garota-propaganda, Mauricio Capovilla (1968) Menino do Rio, Antonio Calmon (1981)

O homem que virou suco, João Batista de Andrade (1981) Conterrâneos Velhos de Guerra, Vladimir Carvalho (1990) À margem da imagem, Evaldo Mocarzel (2003)

Antonia, Tata Amaral (2006)

À margem do concreto, Evaldo Mocarzel (2006) L.A.P.A., Cavi Borges e Emílio Domingos (2007) Avenida Brasilia Formosa, Gabriel Mascaro (2010)

Em busca de um lugar comum, Felipe Schultz Mussel (2012)

* sujeita a modificação ao longo do curso, e possível inclusão/troca por outros títulos.

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UNIVERSIDADE DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO CENTRO DE EDUCAÇÃO E HUMANIDADES

FACULDADE DE COMUNICAÇÃO SOCIAL

PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM COMUNICAÇÃO

2013.2

Disciplina: Tecnologias e Formas de Vinculação Social Professor: Marcelo Kischinhevsky

Horário: Quarta-feira – 9h30 às 12h30

Curso: Interações comunicacionais, mediações e convergência digital Ementa: O conceito de mediação consolidou-se como chave para os estudos dos fenômenos comunicacionais, na virada dos anos 1980 para os 1990, com a institucionalização dos estudos culturais em diversos países. Com o deslocamento do foco das pesquisas de Comunicação da estrutura dos meios e das mensagens para as mediações, no entanto, colocou-se demasiada ênfase nos estudos de recepção, em detrimento das pesquisas acerca das práticas interacionais e das linguagens comunicacionais. Neste curso, busca-se pôr em revisão o conceito de mediações popularizado por autores como Jesús Martín-Barbero, problematizando-o em relação a seu maior rival, a ideia de midiatização. Entende-se aqui, a partir de contribuições trazidas pelos interacionistas simbólicos da Escola de Chicago e pelos estudos da Escola de Palo Alto, que as interações comunicacionais representam uma chave alternativa de compreensão e análise da trama que constitui o social, bem como dos projetos de construção do self, que se nutrem de bens simbólicos veiculados pelos meios e de toda uma teia de relações sociais, culturais, econômicas e políticas. Mediações e interações, portanto, organizam-se como instâncias que se sobrepõem, sem prevalências de uma sobre a outra, a priori.

Interessa-nos particularmente, nesse percurso, o atual ambiente midiático, marcado pela convergência digital e pelas interações mediadas por computador, que redesenha práticas sociais e reconfigura circuitos culturais – circuitos demarcados por eixos de produção, circulação, consumo, representação e regulação, conforme proposto por pesquisadores da Escola de Birmingham. Nesse contexto, por fim, trataremos da remediação do rádio pela internet e da emergência de novas práticas interacionais envolvendo a criação, a distribuição e o consumo de áudio em formato digital e de novos dispositivos e suportes para circulação de conteúdos radiofônicos em sites de redes sociais.

Objetivos: Reconstruir um percurso teórico de investigação das formas de estabelecimento de vínculos sociais, desde os pioneiros estudos da Escola de Chicago – articulados em torno do conceito de interacionismo simbólico – e de Palo Alto até os estudos culturais, sobretudo em suas vertentes britânica e latino-americana, até chegar às mais recentes pesquisas sobre as interações, que buscam um caminho próprio para a abordagem dos fenômenos comunicacionais.

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Referências bibliográficas

BOLTER, Jay David, GRUSIN, Richard (1999). Remediation: Understanding new media. Cambridge: MIT Press.

BRAGA, José Luiz. “Comunicação é aquilo que transforma linguagens”. Alceu, v. 10, n. 20. Rio de Janeiro: PUC-Rio, jan.-jun. 2010.

BUSTAMANTE, Enrique (org.). Hacia un nuevo sistema mundial de comunicación: las industrias culturales en la era digital. Barcelona: Gedisa, 2003.

COULDRY, Nick. “Mediatization or mediation? Alternative understandings of emergent space of digital storytelling”. New Media & Society, n. 10, jun. 2008.

DUGAY, Paul (ed.). Production of culture/Cultures of production. Londres:

Sage, 1997.

_____; HALL, Stuart; JANES, L. e NEGUS, Keith (org.). Doing Cultural Studies: the story of the Sony Walkman. Londres: Sage, 1997.

FIDLER, Roger. Mediamorphosis: understanding new media. Thousand Oaks: Pine Forge Press, 1997.

GARCÍA CANCLINI, Néstor. Diferentes, desiguais e desconectados: mapas da interculturalidade. 2ª ed. Rio de Janeiro: Ed. UFRJ, 2007.

HALL, Stuart. Da diáspora: identidades e mediações culturais. Belo Horizonte: Ed. UFMG, 2009.

MARTÍN-BARBERO, Jesús. Dos meios às mediações — comunicação, cultura e hegemonia. Rio de Janeiro: Ed. UFRJ, 1997.

_____. “América Latina e os anos recentes: o estudo da recepção em comunicação social”, in SOUSA, Mauro Wilton de (org.), Sujeito, o lado oculto do receptor. São Paulo: Brasiliense, 1995.

MORLEY, David. “Unanswered questions in audience research”, in E-Compós, ago. 2006.

PRIMO, Alex (org.). Interações em rede. Porto Alegre: Ed. Sulina, 2013.

_____; OLIVEIRA, Ana Claudia de; NASCIMENTO, Geraldo Carlos do;

RONSINI, Veneza Mayora (orgs.). Comunicação e interações. Livro da Compós 2008. Porto Alegre: Sulina, 2008.

_____. Interação mediada por computador: comunicação, cibercultura, cognição. Porto Alegre: Sulina, 2007.

THOMPSON, John B. A mídia e a modernidade – Uma teoria social da mídia. Petrópolis: Ed. Vozes, 1995.

YÚDICE, George. A conveniência da cultura: usos da cultura na era global.

Belo Horizonte: Ed. UFMG, 2004.

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UNIVERSIDADE DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO CENTRO DE EDUCAÇÃO E HUMANIDADES

FACULDADE DE COMUNICAÇÃO SOCIAL

PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM COMUNICAÇÃO

2013.2

Disciplina: Tópicos Especiais de Comunicação I Professores: Sonia Virgínia e Paulo Faustino

Horário Especial: Segunda à Quinta-feira, de 05/08 a 22/08, das 10h às 13h, com Paulo Faustino + três dias com Sonia Virgínia

Gestão e Modelos de Negócio da Indústria de Mídia Gestão, estratégias e fatores críticos de sucesso

- Fundamentos da gestão e organização de empresas criativas - Práticas da inovação, análise estratégica e modelos de gestão Estratégias, Públicos e Investigação de Audiências

- Investigação de marketing, mercado e identificação de audiências - Os mídia como meio publicitário e concorrência com outros suportes Redes socais e marketing e novas tecnologias

- Tipos de tecnologias e marketing pelas redes sociais - Venda e distribuição de conteúdos através Internet Estratégias, plano de marketing e comercialização

- Elaboração de plano de marketing e desenvolvimento de estratégicas - Comercialização de produtos criativos, conteúdos e publicidade

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UNIVERSIDADE DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO CENTRO DE EDUCAÇÃO E HUMANIDADES

FACULDADE DE COMUNICAÇÃO SOCIAL

PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM COMUNICAÇÃO

2013.2

Disciplina: Tópicos Especiais em Comunicação II Professora: Fátima Régis

Horário: Quinta-feira – 10h às 13h

O curso discutirá as articulações entre tecnologias de comunicação, cultura e cognição tomando como base a ideia de cognição ampliada. Entende-se assim que a cognição é um processo no qual o indivíduo desenvolve habilidades estimuladas pelas articulações entre cérebro/corpo e objetos técnicos dentro de seu contexto histórico e social. Essa perspectiva contribui para a discussão teórica e metodológica de diversas práticas e questões comunicacionais contemporâneas. Com esta base, o curso abordará questões como:

rearticulação entre comunicação, tecnologia e entretenimento; letramento midiático e intertextualidade; cultura participativa; cultura do fã e habilidades cognitivas (sociais, sensoriais, textuais, criativas, culturais e lógicas).

Referências básicas:

LAKOFF, George, JOHNSON, Mark. Philosophy in the flash. Nova York: Basic Books, 1999.

PASSOS, Eduardo; KASTRUP Virgínia; ESCÓSSIA, Liliana. Pistas do método da cartografia: pesquisa-intervenção e produção de subjetividade. Porto Alegre:

Sulina, 2009.

REGIS, Fátima; ORTIZ, Anderson; AFFONSO, Luiz; TIMPONI, Raquel

(Orgs.).Tecnologias de Comunicação e Cognição. Porto Alegre: Sulina, 2012.

SIMONDON, Gilbert. Du mode d’existence des objets techniques. Paris:

Aubier-Montaigne, 2008 [1958].

Referências

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