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E-mail: rcarvalhal@iapar.br 3 Téc

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Academic year: 2023

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1 Engº Agrº, Doutor, Pesquisador do Instituto Agronômico do Paraná - IAPAR. E-mail:

eolivei@iapar.br

2Engº Agrº, Analista em C&T, IAPAR. E-mail: rcarvalhal@iapar.br

3 Téc. Agríc, IAPAR. E-mail: jhonata@iapar.br

ENSAIO REGIONAL DE LINHAGENS DE AVEIA BRANCA NA REGIÃO OESTE DO PARANÁ, 2017

Elir de Oliveira1, Renan Carvalhal2 e Jhonata Mendes Alves3

A área de produção de aveia branca granífera destinada à alimentação humana e animal tem aumentado no Paraná nos últimos anos, o que atingiu 58.450 hectares (SEAB/DERAL, 2016). Portanto, a avaliação regional de desempenho de genótipos de aveia visando identificar materiais mais adaptadas às condições edafoclimáticas das regiões produtoras são fundamentais para a geração de novas cultivares. O objetivo do trabalho foi avaliar o desempenho de 24 linhagens de aveia branca granífera (Avena sativa) na região Oeste do Paraná.

O experimento foi conduzido no IAPAR – Polo Regional de Pesquisa Oeste, no município de Santa Tereza do Oeste, situado nas coordenadas geográficas latitude 25º 03’ 08’’ S, longitude 53º 37’ 59’’ W, altitude de 749 m, em clima classificado como Cfa (IAPAR, 1994) e solo classificado como Latossolo Vermelho distroférrico com as seguintes características químicas: pH= 5,4; P= 12,6 mg dm-3; C= 36,8 g dm-3; Al= 0,00; H+Al3= 5,66; Ca= 8,5; Mg= 2,5; K= 0,75 cmolc dm-3 e V=

67%. O delineamento experimental utilizado foi em blocos ao acaso com quatro repetições, em parcelas de tamanho 1,2 m x 5,0 m. Visando avaliar o comportamento dos genótipos frente às doenças foliares, não foi utilizado fungicida durante a fase experimental. A semeadura foi realizada em 03/05/2017 e a emergência ocorreu 7 dias após. Como adubação foi utilizado 100 kg ha-1 do fertilizante MAP na base e 60 kg ha-1 de N em cobertura, via ureia protegida, na fase de perfilhamento.

Durante o período experimental as condições climáticas foram desfavoráveis.

Desde a fase inicial até aos 35 dias após a emergência houve excesso de chuvas, baixa luminosidade e atividade fotossintética reduzida. Após esse período, por dois meses, não houve precipitação pluvial. Por conta dessas condições, a pressão de inóculo pelas doenças fúngicas ocorreu em menor escala em comparação ao ano anterior. A leitura da severidade da incidência de ferrugem foi realizada no estádio de grão leitoso ou nº de escala 89, conforme Zadoks (1974).

Foram procedidas as seguintes avaliações: rendimento de grãos desaristados, estatura de planta, acamamento, ferrugem da folha, dias da emergência ao florescimento, peso de mil sementes, dias da emergência à maturação. Os resultados de rendimento de grãos foram submetidos à análise de variância e as médias das cultivares foram agrupadas pelo teste de Scott-Knott.

O teste Scott-Knott demonstrou a formação de dois grupos distintos de produtividades de grãos (Tabela 1). Diante do déficit hídrico ocorrido durante o período experimental a produtividade média de 3435 kg ha-1 foi bastante satisfatória, onde os materiais demonstraram boa adaptação em condição adversa. O primeiro e mais produtivo grupo é composto pelos genótipos: Ufgrs 146025-3, Ufgrs 146182-5, AL 16020, AL 16014, AL 16081, AL 16017, AL 15005, Ufgrs 156021-1, Ufgrs

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156037-5, Ufgrs 156079-1, Ufgrs 156102-2, AL 16016 e URS 21 (T). As cultivares que compõem o grupo de menor produtividade são: Ufgrs 146149-5, Ufgrs 156115- 5, Ufgrs 156037-14, Ufgrs 156120-3, Ufgrs 156115-4, URS Altiva, Ufgrs 156125-5, Corona (T), AL 16086, UPF 05H500-2-3-1-2-4, UPF 03H1408-5-1.

Com relação ao acamamento cabe destaque às linhagens Ufgrs 156115-4 e UPF 03H1408-5-1 que não apresentaram qualquer acamamento. Esses dois genótipos, mesmo apresentando 91 m e 96 cm de altura, respectivamente, não apresentaram acamamento. Podemos inferir que o fenômeno do acamamento não está obrigatoriamente vinculado à altura de planta e/ou que seja critério para a escolha de cultivar. Os genótipos que apresentaram o maior porcentual de acamamento (50%) foram: AL 16081, URS 21 (T), Ufgrs 156120-3 e Corona (T).

Devido às condições climáticas, a incidência de ferrugem das folhas (Puccinia coronata) foi bastante baixa em todos os genótipos, comparados aos percentuais registrados por Oliveira et al. (2014). Apenas os materiais URS 21, Ufgrs 156125-5, URS Corona, UPF 03H1408-5-1 apresentaram, respectivamente, 5%, 10%, 5% e 5% das folhas com pústulas da ferrugem.

O ciclo médio das cultivares de aveia estudadas foi de 114 dias, sendo observado o encurtamento da fase reprodutiva em todos materiais. A linhagem UPF 03H1408-5-1 foi a única que apresentou ciclo da emergência à maturação mais longo, com 125 dias. Associando o ciclo à produtividade média obtida de 3435 kg ha-1 de grãos, mesmo sob condições climáticas adversas, as aveias graníferas se destacam como importante opção de inverno para produção de grãos para alimentação humana e animal, como componente de rotação de culturas, rotação sistemas radiculares e produção de palhada para a sustentabilidade de sistemas de plantio direto.

Referê ncias :

IAPAR- Instituto Agronômico do Paraná. Cartas Climáticas do Paraná. 1994.

Londrina: IAPAR, IAPAR. 49 p.

OLIVEIRA, E.; HOJO, R.H.; ULIANA, M.R. Ensaio brasileiro de cultivares recomendadas de aveia no Oeste do Paraná. In: REUNIÃO DA COMISSÃO BRASILEIRA DE PESQUISA DE AVEIA, 34, 2014, Castro. Anais... Castro:

Fundação ABC, 2014. 1 CD-ROM.

SEAB/DERAL, 2016. Disponível em:

www.agricultura.pr.gov.br/arquivos/File/deral/AnaliseVBP2015ResumidaVD.pdf>

Acesso em 20 fev 2018.

ZADOKS, J.C.; CHANG, T.T.; KONZAK, C.F. A decimal code for the growth stages of cereals. Weed Research. 14:415-421.1974.

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Tabela 1. Rendimento de grãos, porcentagem de acamamento e estatura planta de linhagens de aveia branca granífera, IAPAR – Polo de Pesquisa Oeste – PR, 2017 Linhagem

Rendimento Acamamento Estatura

(kg ha-1) (%) (cm)

Ufgrs 146025-3 4019 a* 35 90

Ufgrs 146182-5 3979 a 30 82

AL 16020 3858 a 20 88

AL 16014 3723 a 10 63

AL 16081 3713 a 50 75

AL 16017 3711 a 30 68

AL 15005 3700 a 40 100

Ufgrs 156021-1 3650 a 30 93

Ufgrs 156037-5 3586 a 30 92

Ufgrs 156079-1 3570 a 10 93

Ufgrs 156102-2 3539 a 10 98

AL 16016 3526 a 10 70

URS 21 (T) 3433 a 50 95

Ufgrs 146149-5 3387 b 40 98

Ufgrs 156115-5 3285 b 35 90

Ufgrs 156037-14 3222 b 25 88

Ufgrs 156120-3 3207 b 50 94

Ufgrs 156115-4 3190 b 0 91

URS Altiva 3174 b 30 90

Ufgrs 156125-5 3158 b 40 92

URS Corona (T) 3157 b 50 89

AL 16086 2989 b 30 89

UPF 05H500-2-3-1-2-4 2896 b 30 89

UPF 03H1408-5-1 2767 b 0 96

CV: 8,92 Média 3435 28,5 88

1Médias seguidas pela mesma letra minúscula na vertical não diferem estatisticamente entre si pelo Teste Scott-Knott a 5% de probabilidade.

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Tabela 2. Peso de mil grãos (PMG), ferrugem da folha (FF) e ciclo de genótipos de aveia branca granífera, IAPAR-Polo de Pesquisa Oeste – PR, 2017.

Linhagem PMG FF DEF1 DEM2

(g) (%) (dias)

Ufgrs 146025-3 26 0 78 114

Ufgrs 146182-5 32 0 76 114

AL 16020 27 0 73 114

AL 16014 30 0 69 114

AL 16081 34 0 78 114

AL 16017 31 0 69 114

AL 15005 35 0 73 114

Ufgrs 156021-1 38 0 78 114

Ufgrs 156037-5 33 0 67 114

Ufgrs 156079-1 40 0 77 114

Ufgrs 156102-2 32 0 77 114

AL 16016 35 0 69 114

URS 21 (T) 29 5 75 114

Ufgrs 146149-2 37 0 76 114

Ufgrs 156115-5 37,5 0 77 114

Ufgrs 156037-14 33 0 67 114

Ufgrs 156120-3 32,8 0 67 114

Ufgrs 156115-4 38,0 0 69 114

URS Altiva 36 0 69 114

Ufgrs 156125-5 38 10 73 114

URS Corona (T) 37 5 77 114

AL 16086 42 0 77 114

UPF 05H500-2-3-1-2-

4 30,7 0 77 114

UPF 03H1408-5-1 25,4 5 89 125

Média 33,9 1,0 74 114

1DEF=dias da emergência ao florescimento; 2DEM=dias da emergência à maturação.

Referências

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