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Educação de Jovens e Adultos

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Academic year: 2023

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Uma revisão de literatura oportunizou, após uma breve exploração das especificidades da Educação de Jovens e Adultos (EJA), apresentar os demais pilares que sustentam a construção deste estudo: a escrita em si e a Teoria das Representações Sociais como teoria teórico-metodológica. suporte capaz de revelar a dinâmica dos significados do objeto aos sujeitos em questão. Portanto, esta tese teve como objetivo investigar as representações sociais que um grupo de doze alunos do primeiro segmento da educação de jovens e adultos do Instituto Federal de Educação Científica e Tecnológica Fluminense, campus Campos-Centro, têm sobre a escrita. PROEJA – Programa nacional de integração do ensino profissional com o ensino primário de jovens e adultos.

Se existe um mundo desconhecido das escolas públicas no Brasil, após a universalização das matrículas no ensino público, esse mundo é o dos sujeitos em estado de pobreza material e, portanto, dos sujeitos da Educação de Jovens e Adultos (EJA). Em geral, existe no campo da educação escolar um clima que favorece uma pseudocompreensão dos significados da escrita. Por outro lado, há uma real invisibilidade dos pobres (e portanto também do sujeito da EJA) no mesmo campo educacional.

A EJA E A ESCRITA

O Pilar da EJA e suas especificidades

  • Educação de Jovens e Adultos no Brasil na atualidade
  • Ao encontro dos sentidos de luta pelo direito na EJA: o movimento social
  • A Educação de Jovens e Adultos no IF Fluminense
  • Alfabetização e Letramento ao 5º ano do Ensino Fundamental in locus

A educação de jovens e adultos tem uma identidade moldada de forma bastante diferente da escolaridade regular. 37 – A educação de jovens e adultos será dirigida àqueles que não tiveram acesso ou continuação dos estudos no ensino primário e secundário na idade adequada. Apesar de a educação de jovens e adultos no Brasil ter sido gradativamente reconhecida como um direito de milhões de pessoas que não tiveram a oportunidade de concluir seus estudos desde meados do século passado, esse direito foi formalizado apenas por lei. dever de disposição obrigatória do Estado brasileiro, desde a Constituição de 1988, e reafirmado pela Lei de Diretrizes e Bases da Educação de 1996.

Em 1947, foi lançada a Campanha de Educação de Jovens e Adultos, dirigida principalmente aos trabalhadores rurais. A decisão do veto presidencial foi um tanto contrária à Declaração de Hamburgo (1997), documento assinado pelo Brasil, que defendia a educação de jovens e adultos como um direito humano vitalício. Aqui é relevante dizer que na educação de jovens e adultos geralmente não é levado em consideração o que os alunos têm de sua própria experiência vivida em sala de aula.

Atua principalmente nos temas de pesquisa: Educação de Jovens e Adultos, alfabetização, formação de professores, leitura e escrita e formação continuada. A Educação de Jovens e Adultos (EJA) nasceu de uma ação do Departamento de Recursos Humanos da então Escola Técnica Federal (ETFC), a partir de 1995, como parte do projeto “Qualidade de Vida no Trabalho”.

O Pilar da Escrita

O referido autor defende que entrar na escrita é entrar no mundo do conhecimento e assume uma tendência política alinhada com uma perspectiva popular para falar dos problemas da escolarização hoje. Tomamos a liberdade de pedir permissão a Arena (2012) para transcrever algumas de suas falas nesta obra, dada a convergência de ideias no sentido de reconhecer a escrita como função de fazer desenvolver-se o modo de pensar humano - do mundo concreto de objetos a um mundo de pensamento muito mais abstrato e sofisticado. Arena (2012) explica que a palavra escrita é ousada e refinada ao mesmo tempo; dá-lhe vida ao dizer que deixa a luta com a palavra falada cair no papel para ser inscrita no suporte, cinzelada pela consciência (refinada por ela mesma), nem mesmo aceitando ser uma palavra falada espelhada em material gráfico: ela oral recebe seus refinamentos e a escrita recebe seus refinamentos, mas é o refinamento da escrita que afeta o refinamento da palavra falada, e é justamente esse tipo de refinamento que transforma a nossa consciência.

Postular a centralidade da escrita como ponto de convergência interdisciplinar e de um ponto de vista epistemológico diferente se deve à compreensão da escrita como um direito social, o direito de cada um de utilizá-la em seus costumes e práticas sociais para aprender. Isto também se deve à compreensão da escrita como modo e meio de reconhecimento social nas sociedades grafocêntricas; e, ao contrário do senso comum, a escrita como modelo de sintaxe para a fala6 é tão ou mais subjetiva que a fala. O tema da escrita tem a ver com as qualidades particulares e peculiares destes artefactos, com este mundo do papel, com a sua força e as suas limitações, com os seus usos e abusos, com a sua história e mitologia; e tem a ver com os tipos de competências e com as formas de pensar e de perceber que intervêm para abordar e explorar este mundo do papel.

Este autor defende que é a escrita, mais do que a fala, que estimula a consciência da diferença entre o que se diz e o que se quer dizer, apontando a escrita como modelo para falar. A construção da escrita contribui não só para o processamento do pensamento simbólico, para o estabelecimento de generalizações, para o uso da memória e do raciocínio, para o uso de análises e sínteses, mas também para uma forma de conhecer o mundo, de se posicionar diante dele . e para criar pensamentos sobre o ambiente circundante. O conhecimento e a compreensão produzidos fora da escola têm menos probabilidade de serem considerados, de serem sistematicamente negados numa situação de aprendizagem da leitura e da escrita.

Do exposto podemos supor que a aprendizagem da escrita e da leitura por sujeitos oriundos de uma cultura eminentemente desfavorecida configura um processo bastante complexo. No que diz respeito à escrita socialmente representada, inspiramo-nos em Passeggi (CARVALHO; PASSEGGI 2003, p. 45) para quem as representações que controlam o nosso pensamento são fatores que estruturam a nossa percepção do mundo, que organizam as nossas ações e interações sociais. Neste estudo, a autora toma como objeto o processo de transformação das representações sociais dos participantes sobre o ato de escrever com o objetivo de mostrar como as metáforas conceituais constituem princípios estruturantes de uma rede de representações sociais construída pelo grupo durante o processo de escrita. é. .

A partir disso, sintetiza as transformações das representações sociais da escrita em um quadro que permite visualizar não apenas as metáforas do ato de escrever, mas as representações da atividade, da situação de escrita e de si – que serviram de inspiração para a estruturação do mapa conceitual que ilustra nossas descobertas.

O PILAR TEÓRICO-METODOLÓGICO DAS REPRESENTAÇÕES SOCIAIS

Caracterização das participantes

Ela disse que fica nervosa quando alguém a vê escrevendo porque ela muda de letra com frequência e que se ela tivesse certeza de que estava fazendo certo, sua insegurança desapareceria. Ela disse que queria escrever para uma amiga que estava comemorando seu aniversário no Facebook, mas ficou constrangida quando o filho disse que estava errado e não enviou. Ele disse que tinha certeza de que um dia voltaria à escola e não pararia novamente até ficar doente ou se mudar.

Ele disse que ficou muito triste quando parou de estudar porque adorava ir à escola e queria voltar, mas não sabia se conseguiria. Ele disse no grupo focal que gosta de escrever, mas quando a professora lhe diz que tem que escrever uma carta, ele “quase morre e a pressão é grande”. Em entrevista, ela disse que gostaria de saber como assinar cheque e que lojas e supermercados são locais onde é importante mostrar que sabe escrever.

Ela disse que fica assustada quando alguém pergunta se ela sabe escrever e que pratica algumas palavras em casa para não errar. Ela não comentou o Focus Group, mas em entrevista disse que gosta de escrever porque sabe que é importante e que se você sabe escrever não fica nervoso porque tem medo de não fazer direito . Ele disse que não gosta de copiar porque sabe que copiar não é a mesma coisa que aprender e que é melhor tentar escrever mesmo errando.

Ela disse que estava chateada porque queria encontrar uma maneira de continuar os estudos e sempre quis voltar a estudar. Ele disse ter certeza de que um dia voltará a estudar e que é importante não depender de ninguém. Durante a experiência do grupo focal, ele disse que todos têm a mesma doença: a troca de letras.

Ela decidiu voltar aos estudos para “acompanhar” o marido, que é comerciante, mas disse estar confiante de que um dia voltará a estudar.

RESULTADOS E DISCUSSÃO

Eu sempre fico tipo, ‘Oh meu Deus, estou soletrando certo?’ quando escrevo assim. Sempre digo para mim mesmo: “Meu Deus, estou escrevendo certo?” quando escrevo assim. Mas para esse tipo de pessoa que não conheço muito, prefiro pegar o telefone e ligar. aluno C).

Eu gosto sim de escrever, mas quando a Dona Eda (professora) fala: “Você tem que escrever uma carta”, quase morro. Já me sinto bem diferente de antes... a dúvida, em relação à dúvida de escrever. que aprendi a escrever bem. Aluno DS) Agora eu tento mesmo e agora consigo né. Sou principalmente o tipo de pessoa com quem trabalho muito, leio e mando mensagens, então.

Se eu tivesse certeza de que sabia fazer certo, sem cometer erros, manteria meu diário. Queria escrever minha vida: desde o nascimento até o momento em que Deus me permite ficar aqui, né? Cada acampamento traz uma história, cada dia é uma vida nova, é um momento de tristeza, é um momento de alegria, os momentos mais felizes com a chegada dos meus filhos, dos meus netos, dessas coisas mais importantes que eu queria.

Carta de agradecimento da escola onde estudo: a primeira escola em que me matriculei. Acho que no ensino médio: havia algumas palavras que eu não sabia... que achava que não sabia soletrar. Se eu tivesse certeza de que sabia fazer certo, sem erros, manteria meu diário.

Queria escrever minha vida: desde o nascimento até o momento em que Deus me permite ficar aqui, né? Sou principalmente o tipo de pessoa com quem trabalho muito lendo e enviando mensagens de texto, então. Então eu ‘estou’ aqui para aprender mais para poder escrever melhor, porque enquanto escrevo, mesmo quando vejo que algo está errado, vou ao dicionário para ‘mim’ ver o que está certo e o que está errado. .

Figura 1 – Mapa conceitual.
Figura 1 – Mapa conceitual.

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Figura 1 – Mapa conceitual.

Referências

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