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Eficácia clínica e biomolecular do tratamento da placa aural equina com imiquimode creme 5%

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Academic year: 2023

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XXVI Congresso de Iniciação Científica

Eficácia clínica e biomolecular do tratamento da placa aural equina com imiquimode creme 5%

Luiza Stachewski Zakia, Roberta Martins Basso, Giovane Olivo, Alexandre Secorun Borges, José Paes de Oliveira Filho

Campus de Botucatu, Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia, Curso de Medicina Veterinária, luiza.zakia@terra.com.br, Bolsista de Iniciação Científica da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo processo 2013/13973-7.

Palavras Chave: papilomavírus, equino, PCR.

Introdução

A placa aural é uma doença cosmopolita que causa desconforto aos animais e prejuízos aos proprietários5. Sete tipos de Equus caballus papillomavirus (EcPV) foram identificados, sendo quatro associados à placa aural, EcPV 3, 4, 5 e 61,2,3,6. Apesar das lesões não regredirem espontaneamente4, um estudo prévio demonstrou sucesso no tratamento de placas aurais com imiquimode creme 5%7. Contudo, este estudo foi realizado previamente à associação dos EcPVs com a placa aural equina, sendo assim, estudos que verifiquem a presença do DNA viral após ao tratamento ainda não foram realizados.

Objetivos

O objetivo desse estudo foi avaliar a eficácia clínica do tratamento da placa aural com imiquimode creme 5% e verificar a presença do DNA dos EcPV 3, 4, 5 e 6 por PCR antes e após três meses do término do tratamento.

Material e Métodos

Quatro animais infectados naturalmente com placas aurais unilaterais (n=2) ou bilaterais (n=2) foram utilizados no estudo. Um total de seis orelhas com lesões foram submetidas ao tratamento tópico com imiquimode creme 5% sobre a região do pavilhão auricular interno em dias alternados até a cura clínica das lesões. Os animais foram avaliados clinicamente 90 (M90) e 180 (M180) dias após o final do tratamento. O DNA foi extraído de biópsias das lesões colhidas com punch (0,6 cm) antes do início do tratamento e três meses após o final do tratamento (M90). A PCR previamente padronizada utilizou o DNA, GoTaq® Green Master Mix e primers específicos para cada um dos quatro EcPVs associados à placa aural.

Resultados e Discussão

Durante o tratamento verificou-se presença de dor, calor, rubor e exsudação, que se iniciavam entre a quarta e quinta aplicações, sendo necessário a sedação dos animais para a continuação do tratamento. O tratamento foi suspenso quando verificou-se remissão total das lesões clínicas, sendo em média necessários 12,5

(8-20) aplicações do imiquimode para se obter a cura clínica das lesões.

Previamente ao início do tratamento o DNA do EcPV 3 e 4 foi detectado em 3 (75%) e 4 (100%) animais, respectivamente. Quando avaliou-se a detecção dos vírus em relação ao número de orelhas (n=6), observou-se que o EcPV 4 foi detectado em todas as orelhas avaliadas. Enquanto que, o DNA do EcPV 3 foi detectado em três orelhas, sendo em uma das orelhas de um animal com lesões bilaterais e nas orelhas dos dois animais com lesão unilateral. O DNA EcPV 5 e 6 não foi detectado em nenhuma das lesões.

Nenhum sinal de recidiva foi observado no M90 ou M180 e não foi detectado DNA viral nas orelhas dos quatro animais no M90.

Conclusões

O tratamento proposto proporcionou a cura clínica das lesões de placa aural e o DNA dos EcPVs avaliados não foi mais detectado 90 dias após o final do tratamento, logo pode-se concluir que ele é eficiente. Devido aos sinais inflamatórios locais, sugere-se que sejam realizadas inicialmente 12 aplicações do produto e caso haja sinais de recidiva retomar o tratamento. Como não houve casos de recidiva e nem a detecção de DNA viral após três meses do término do tratamento, esse é um período confiável para atestar a cura da enfermidade. Contudo, não se pode garantir que o tratamento confira a imunidade a uma nova infecção viral e, consequentemente, uma nova ocorrência da doença.

Agradecimentos

À Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo, processo 2013/13973-7.

____________________

1Gorino, A.C.; Oliveira-Filho, J.P.; Taniwaki, S.A.; et al. Vet. J. 2013, 197, 903.

2Lange, C.E.; Tobler, K.; Ackermann, M.; et al. Vet Microbiol,.

2011,149, 85.

3Lange, C.E.; Vetsch, E.; Ackermann, M.; et al. Gen. Virol. 2013, 94, 1365.

4Scott, D.W. & Miller, W.H. Saunders. 2011, 700.

5Souza, N.R.; Adorno, V.B.; Marcondes, J.S.; et al. Pesq Vet Bras,.

2008, 28, 279.

6Taniwaki, S.A.; Gorino, A.C.; Oliveira-Filho, J.P,; et al. Vet. Microbiol, 2013, 162, 85.

7Torres,, S.M.F.; Malone, E.D.; White, S.D,; et al. Vet. Dermatol. 2010, 21, 503.

Referências

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