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XIV ENCONTRO DE RECURSOS HÍDRICOS EM SERGIPE HIDROQUÍMICA DE ÁGUAS SUBTERRÂNEAS: EFEITOS NA DISPONIBILIDADE E GESTÃO HÍDRICA EM SITUAÇÃO DE SECA

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Encontro de Recursos Hídricos em Sergipe

XIV ENCONTRO DE RECURSOS HÍDRICOS EM SERGIPE HIDROQUÍMICA DE ÁGUAS SUBTERRÂNEAS: EFEITOS NA DISPONIBILIDADE E GESTÃO HÍDRICA EM SITUAÇÃO DE SECA

Yonara Claudia dos Santos1; Alan Kellnon Nóbrega de Carvalho2; Paulo Sales da Costa Barros3; Mileny Thainara Silva Dantas Daniel4; Eric Mateus Soares Dias5 & Zoraide Souza Pessoa6

RESUMO: Este artigo propõe-se a classificar as águas subterrâneas em Picuí/PB quanto aos sólidos totais dissolvidos, indicar os processos hidroquímicos predominantes, e apontar os efeitos na disponibilidade e gestão dos recursos hídricos em nível municipal. Para classificar as águas quanto aos sólidos totais dissolvidos, foi empregado o software Qualigraf v1.17 e a Resolução CONAMA 357/2005. A investigação hidroquímica ocorreu com o uso do Diagrama de Gibbs.

Nenhuma das amostras foi classificada como “água doce”, predominando águas salgadas e concentração iônica pelo controle do clima e interação água-rocha. As elevadas concentrações de cloretos verificadas em algumas amostras e o seu comportamento hidroquímico sugerem que além de um processo de salinização, a possibilidade de contaminação antropogênica deve ser considerada. Esses dados contribuem para o processo de formulação de políticas, e reafirma a necessidade de medidas estratégicas de adaptação na gestão dos recursos hídricos.

Palavras-Chave – Semiárido. Recursos hídricos. Diagrama de Gibbs.

INTRODUÇÃO

A região Nordeste do Brasil (NEB) é caracterizada pela sua vegetação de Caatinga e o clima predominantemente semiárido, onde são recorrentes os longos períodos de seca. Em decorrência da baixa precipitação pluviométrica e dos altos índices de evaporação e evapotranspiração, a sua hidrografia é gradativamente afetada, o que se intensifica com os impactos advindos da influência antrópica, protagonizada pela crescente degradação ambiental do bioma e pelo inadequado manejo e ocupação do solo, na região. Isso, portanto, a torna mais vulnerável às situações de riscos de desastres naturais e eventos de extremos climáticos (MARENGO, 2008).

Embora a condição de disponibilidade e acesso à água não seja puramente de cunho natural e climatológico, visto que a ação humana impacta diretamente seu aspecto qualitativo, ainda é muito elevado o índice de famílias que não possuem acesso regular à água tratada, no Brasil, sendo quase 35 milhões de habitantes, na estimativa realizada pelo Instituto Trata Brasil, em 2021 (TRATA BRASIL, 2021). Nesse cenário, a acentuada desigualdade na distribuição de água para as populações aponta para uma falha e ineficiente gestão dos recursos hídricos, mesmo diante das medidas já existentes de convivência com a seca, que se destacam a partir da infraestrutura de captação e armazenamento de água.

Esse contexto impacta socioeconomicamente a região semiárida, uma vez que sua abrangência concentra mais de 24 milhões de habitantes, onde aproximadamente 42% dessa população estão inseridas em áreas rurais (GONDIM et al., 2017), cujas atividades agrícolas são o

1 Universidade Federal do Rio Grande do Norte; yonaraufrn@gmail.com.

2 Instituto Federal de Educação Ciência e Tecnologia da Paraíba; alan.carvalho@ifpb.edu.br.

3Instituto Federal de Educação Ciência e Tecnologia da Paraíba; paulosalesminerageo@hotmail.com.

4Instituto Federal de Educação Ciência e Tecnologia da Paraíba; milenythainara@gmail.com.

5Universidade Federal do Rio Grande do Norte; ericmateusemsd@gmail.com.

6Universidade Federal do Rio Grande do Norte; zoraidesp@gmail.com.

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principal meio de subsistência e a predominância é de agricultores, agricultores familiares e comunidades tradicionais (MARENGO, 2008). Em virtude da variação de disponibilidade dos recursos hídricos e da distribuição irregular das chuvas, que forçam a população a buscar meios de convivência com essa realidade (GOMES, et al., 2012), uma das estratégias das gestões dos municípios do Seridó paraibano, tem sido a perfuração de poços para captação de águas subterrâneas (CPRM, 2005). Isso ocorre como forma de atenuação à situação de crise e escassez hídrica existente na região, no intuito de subsidiar o consumo humano, a produção irrigada e a dessedentação animal nas comunidades, a partir dessas águas.

Entretanto, a ausência de dados qualitativos e quantitativos a respeito da hidroquímica das águas, eventualmente disponíveis para a população, se constitui em um gargalo geralmente representado pelo desconhecimento da interação entre os aspectos climatológicos e geológicos, os quais impactam diretamente na qualidade das águas captadas nos poços tubulares. Diante disso, este artigo propõe-se a classificar as águas subterrâneas em Picuí/PB quanto às concentrações de sólidos totais dissolvidos (STD), indicar os processos hidroquímicos predominantes e apontar os efeitos na disponibilidade e gestão desses recursos hídricos em nível municipal.

MATERIAL E MÉTODOS

Situado no limite norte do estado da Paraíba, o município de Picuí está inserido na mesorregião da Borborema e microrregião do Seridó oriental paraibano. Com representação do IDHM na faixa alto (0.608), e uma densidade demográfica de 27,54 hab/km² (IBGE, 2010), sua população estimada é de 18.737 pessoas (IBGE, 2021). O município de Picuí está inserido na bacia hidrográfica do rio Piancó-Piranhas-Açu, e apresenta alto Índice de Vulnerabilidade para a Seca, conforme apontam os indicadores de impacto em segurança hídrica, da Plataforma AdaptaBrasil MCTI (2020). A composição litológica de Picuí/PB se dá majoritariamente pela Formação Seridó (biotita xisto, metarritmito, clorita-sericita xisto), cujo arcabouço estrutural compreende feições de NE-SW relacionadas à zona de cisalhamento Picuí-João Câmara. Afloram ainda rochas graníticas associadas a pegmatitos de orientação preferencial NE-SW (CPRM, 2005; ANGELIM et al., 2006).

Metodologicamente o artigo apresenta abordagem quali-quantitativa, de caráter exploratório.

Para a realização da análise, as amostras foram coletadas no 4º trimestre de 2016, período compreendido em meados da última grande seca do Nordeste (2012-2018). Estruturada em três etapas principais, a primeira fase da pesquisa explora os dados documentais e bibliográficos a fim de coletar as informações gerais do município, bem como compreender seus aspectos físicos, hidrológicos e geológicos. Foram selecionados 06 poços tubulares para amostragem, localizados nas comunidades: Quixaba, Mari Preto, Pedra D’Água de Fora, Massapê, Malhada da Catingueira e Casa de Pedra. A escolha dos pontos de coleta se deu a partir dos critérios de geodiversidade, tipo de aquífero e acesso da população rural aos poços (Tabela 1).

Tabela 1 – Pontos de Coleta com apresentação de coordenadas geográficas e litologia da área

Identificação Localidade Coordenadas UTM

Ponto de Coleta Litologia

Lon Lat

QUI Quixaba 786492,40 9267314,61 Poço Tubular Pegmatito

MAP Mari Preto 804273,78 9276650,74 Poço Tubular Granito

PAF Pedra D’Água de Fora 790460,22 9270164,82 Poço Tubular Pegmatito

MAS Massapê 792184,82 9266718,99 Poço Tubular Pegmatito

MAC Malhada da Catingueira 806020,83 9277332,87 Poço Tubular Granito

CAP Casa de Pedra 790117,48 9281644,65 Poço Tubular Xisto

Após a seleção do recorte espacial da pesquisa e a identificação dos pontos, a segunda fase consistiu na realização da coleta de amostras das águas. Nessa fase ocorreu a medição da

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condutividade elétrica (CE), da temperatura e do pH, sendo aferidos in situ com um sensor multiparâmetros Oakton PC100. A dureza total, o cálcio e o magnésio foram determinados por titulação, enquanto os cloretos foram determinados por titulometria. Os frascos de armazenamento das amostras foram ambientados três vezes com água dos respectivos poços, no intuito de minimizar os riscos de contaminação. Posteriormente, houve a identificação e armazenagem de cada frasco em caixas térmicas que os mantiveram a uma temperatura inferior a 4ºC, até o transporte para o Laboratório de Química do IFPB-CG7, onde foram realizadas as análises.

A terceira fase compreendeu o processo de análise dos dados, onde os resultados adquiridos por meio de campo e laboratório foram compilados em planilhas do Microsoft Office Excel. Para a classificação das águas entre doces, salobras e salgadas, foram aplicados os intervalos de sólidos totais dissolvidos propostos pelo software Qualigraf V1.17, baseado na Resolução Conama 357/2005. Os processos controladores da hidroquímica das amostras foram avaliados a partir da análise do diagrama de Gibbs, mediante a razão Cl-/(Cl- + HCO3-

) expressa em meq/L, e o quantitativo dos STD em mg/L. Essa avaliação buscou averiguar a ocorrência de processos de interação água-rocha, evaporação e precipitação pluviométrica, bem como a eventual sugestão de influência antropogênica.

RESULTADOS E DISCUSSÃO

As análises realizadas indicam a ocorrência de picos nas concentrações de Cl-, Ca2+, Mg2+, STD, Dureza e CE. Os resultados são exibidos na Tabela 2.

Tabela 2 – Resultados dos parâmetros físico-químicos obtidos em laboratório.

Parâmetros físico-químicos Poços

Coordenadas

(UTM) pH T (°C) STD

(mg/L) CE

(µS/cm) HCO3- DT (mg/L)

Ca2+

(mg/L) Mg2+

(mg/L) Cl- (mg/L)

Lon Lat

QUI 786492,40 9267314,61 7,31 26,00 1816,00 2793,84 190,50 2134,66 486,00 1648,66 1564,95 MAP 804273,78 9276650,74 6,96 25,50 1608,66 2474,86 8,00 1328,00 82,00 1246,00 1787,00 PAF 790460,22 9270164,82 8,64 24,90 2792,75 4296,53 240,00 2412,00 275,33 3208,00 2372,33 MAS 792184,82 9266718,99 7,05 26,50 526,12 809,41 184,65 486,60 98,66 387,93 224,99 MAC 806020,83 9277332,87 7,25 25,90 4240,66 6524,09 156,33 1804,00 860,00 944,00 2406,59 CAP 790117,48 9281644,65 7,66 24,00 2026,00 3116,92 20,93 156,00 95,20 60,80 3039,05 Legenda – (Cl-) Cloretos; (Ca2+) Cálcio; (Mg2+) Magnésio; (STD) Sólidos Totais Dissolvidos; (DT) Dureza Total; (CE) Condutividade Elétrica; (HCO3-) bicarbonato.

A maior presença de Cl- ocorre em CAP (3039,05 mg/L) e a menor para MAS (224,99 mg/L), e média de 1899,15 mg/L. A maior concentração de Ca2+ ocorre em MAC 860,00 mg/L e a menor em MAP 82,00 mg/L, com média de 316,19 mg/L. O poço PAF exibe índices elevados de Mg2+

(3208,00 mg/L) e o CAP mostra a menor concentração (60,80 mg/L). A média é de 1249,23 mg/L.

As amostras QUI apresentaram concentrações de STD consideradas intermediárias dentro do universo amostrado (1816,00 mg/L). Os STD exibem maiores concentrações no poço MAC (4240,66 mg/L), enquanto a menor concentração ocorreu na amostra MAS (526,12 mg/L), e a média para o STD é de 2168,36 mg/L. A amostra PAF exibe a maior dureza (2412,00 mg/L). Por sua vez, a amostra CAP apresenta dureza mais baixa (156,00 mg/L), com a média de 1386,87 mg/L.

Os valores da condutividade elétrica (CE) estão entre o máximo de 6524,09 µS/cm no poço MAC e mínimo de 809,41 µS/cm no poço MAS, com média de 3335,94 µS/cm.

7Instituto Federal de Educação Ciência e Tecnologia da Paraíba, campus Campina Grande.

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Salinização das amostras

A investigação da salinização de águas subterrâneas pode ser realizada pela aplicação dos intervalos de concentração de STD expressos na legislação “Resolução CONAMA 357/2005”, a qual classifica as águas como doces, salobras e salgadas. A amostra MAS exibe concentração de STD de 526,12 mg/L, sendo classificada como salobra e única a ser considerada permissível para consumo humano dentro do universo amostrado. Por sua vez, todas as amostras restantes são classificadas como salgadas, onde MAC (4240,66mg/L) apresenta a maior salinidade (Tabela 3).

Tabela 3 - Classificação das amostras quanto à salinização.

Classificação da água

(Qualigraf V1. 17; CONAMA 357/2005) Amostras STD (mg/L) Classificação

Intervalos expressos em mg/L QUI 1816,00 Salgada

MAP 1608,66 Salgada

Doce 0 - 500 PAF 2792,75 Salgada

Salobra 501 - 1500 MAS 526,12 Salobra

Salgada > 1500 MAC 4240,66 Salgada

CAP 2026,00 Salgada

Nesse contexto, o aquífero fissural da área de estudo é caracterizada por falhas de orientação NE-SW relacionadas à zona de cisalhamento Picuí-João Câmara, além de fraturas subordinadas, as quais propiciam maior circulação hidráulica na unidade aquífera (ANGELIM et al., 2006; GASPAR et al., 2009). A baixa concentração de STD no poço MAS pode estar ligada a uma maior presença de fraturas do que nos sítios de coleta das demais amostras, o que facilita a circulação e a renovação das águas.

Diagrama de Gibbs

O comportamento das águas subterrâneas varia em função dos processos de concentração iônica presentes, onde a dissolução mineral pela precipitação pluviométrica, evaporação e interação água-rocha (IAR) controlam a evolução hidroquímica das amostras. A investigação do perfil hidroquímico das águas analisadas a partir do uso do diagrama de Gibbs permite o agrupamento das amostras em três campos de influência distintos (Figura 1).

Figura 1 – Diagrama de Gibbs para as amostras de poços tubulares analisadas em Picuí/PB

O primeiro campo exibe relação ao processo de evaporação, notadamente associado a um período de poucas chuvas, além de contribuição da dissolução mineral (IAR), representado pelas amostras MAC, PAF e CAP, as quais apresentam evidências de controle pela evaporação e menor

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atuação pela interação água-rocha. Essa situação reforça a influência climatológica no semiárido como um importante fator causador de concentrações de sais no solo ou ao longo da zona insaturada sobrejacente a aquíferos rasos. Esse fenômeno é recorrente especialmente em períodos de estiagem, com a consequente diluição desses precipitados quando as chuvas retornam (SHEN; CHEN, 2020).

As amostras QUI e MAP exibem no diagrama de Gibbs um comportamento ligeiramente diverso, configurando um segundo agrupamento, onde mesmo apresentando concentrações de STD relacionadas à evaporação elevadas, a dissolução mineral sugere maior influência nessas águas. Por sua vez, a amostra MAS se diferencia das anteriores ao exibir as menores concentrações de STD analisadas, mostrando o predomínio da interação água-rocha (Figura 1). As concentrações de STD são menores do que as vistas nos demais agrupamentos, indicando a possibilidade de uma maior renovação das águas no aquífero nos períodos de concentração de chuvas e interconexão de falhas e fraturas (GOPINATH et al., 2002). Para Selvakumar (2017), elevadas concentrações de cloretos podem posicionar as amostras fora do boomerang e sugerir a hipótese de um aporte antropogênico, limitando o acesso às águas.

Gestão de recursos hídricos frente aos extremos de seca

A irregularidade das chuvas no semiárido brasileiro interfere na gestão de recursos hídricos.

Com o aumento da temperatura média global, que tem se agravado ainda mais por intermédio da interferência humana com as emissões de Gases do Efeito estufa (GEE), os períodos de seca nas regiões semiáridas tendem a ser mais intensos, tornando ainda mais vulneráveis as populações que já sofrem diretamente com esse extremo climático (MARENGO, 2008). Para Kallis (2008, p. 26) os estudos disponíveis sobre o futuro do planeta em relação às secas, ainda não permitem um prognóstico de como e em qual intensidade as regiões vulneráveis serão impactadas. No entanto, “o nível de resolução espacial e temporal e a certeza necessária aos planejadores provavelmente não estarão disponíveis em um futuro próximo”. Nesse sentido, as ações adaptativas devem ser pensadas a nível local e particularmente ao contexto interposto, uma vez que apresentam complexidades distintas entre si (KALLIS, 2008).

Quanto à redução da vulnerabilidade à seca em áreas rurais as políticas devem ser pautadas com o intuito de minimizá-la, principalmente daqueles mais vulneráveis, a partir de estratégias de adaptação justas e igualitárias, que permitam o monitoramento e antecipação de desastres (KALLIS, 2008). Em geral, a ausência de monitoramento da qualidade das águas por parte do poder público, e o consequente desconhecimento do perfil hidroquímico das águas disponíveis, favorece a redução do acesso e consumo, dada a baixa qualidade em decorrência da salinização e sua relação com a geologia e os padrões climatológicos regionais. Ao considerar os quantitativos elevados de STD em Picuí, é necessário avaliar o eventual risco do uso dessas águas na irrigação, que podem ocasionar salinização dos solos, provocando perda de produtividade e redução nos rendimentos das populações que dependem diretamente desses recursos (solo e água) para subsistência (BATARSEH et al., 2021) .

CONCLUSÕES

As análises indicam que as águas subterrâneas em Picuí são classificadas como salgada (5) e salobra (1), sob influência de evaporação e litologias na região. O diagrama de Gibbs sugere a hipótese de contaminação antrópica. A depender de seu uso, as águas analisadas podem atenuar a vulnerabilidade hídrica de diversas populações em períodos secos, embora a incidência de água que podem ser utilizadas para consumo humano seja reduzida. Isso amplia a necessidade de atuação estratégica no âmbito da gestão de recursos hídricos, por parte das gestões municipais, angariando

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medidas adaptativas para convivência com a realidade do semiárido, uma vez que a variabilidade climática amplia as incertezas quanto à segurança hídrica dessas populações.

REFERÊNCIAS

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BATARSEH, M. et al. Assessment of groundwater quality for irrigation in the arid regions using irrigation water quality index (IWQI) and GIS-Zoning maps: Case study from Abu Dhabi Emirate, UAE. Groundwater for Sustainable Development, v. 14, p. 100611, 2021.

BRASIL. Conselho Nacional do Meio Ambiente – CONAMA. Resolução nº 357 de 17 de março de 2005. Dispõe sobre a classificação dos corpos de água e diretrizes ambientais para o seu

enquadramento, bem como estabelece as condições e padrões de lançamento de efluentes e dá outras providências. Brasília. DOU nº 053 de 18 de março de 2005.

CPRM – Serviço Geológico do Brasil. Projeto cadastro de fontes de abastecimento por água

subterrânea. Diagnóstico do município de Picuí, estado da Paraíba / [Org.] MASCARENHAS, J.

C. et al. Recife: CPRM/PRODEEM, 2005.

FUNCEME. Fundação Cearense de Meteorologia e Recursos Hídricos. Qualigraf – Classificação das águas para fins de irrigação (SAR/USSL). Software, versão 1.17 - 2014. Disponível em

<http://www5.funceme.br/qualigraf/mi/midia/show/3> Acesso em: 18 jun. 2020.

GASPAR, L. A. B.; SANTOS, J. S.; PITOMBEIRA, E. S. Influência da geometria das fraturas na conectividade dos aquíferos fissurais. In: CONGRESSO INTERNACIONAL DE MEIO

AMBIENTE SUBTERRÂNEO, 1., 2009, São Paulo. Anais. São Paulo: [s. l.], 2009.

GOMES, A. S. P. et al. Estudo qualitativo da água no município de Picuí-PB, enfocando os parâmetros cor, turbidez e pH. Rev. Principia, v. 20, p. 38-46, 2012.

GONDIM, J. et al. A seca atual no Semiárido nordestino–Impactos sobre os recursos hídricos.

Parcerias Estratégicas, v. 22, n. 44, p. 277-300, 2017.

GOPINATH, T. G. R.; DE MORAIS, J. I. I.; VIVAS, M. R. A. Estudo das fraturas e suas potencialidades hídrogeologicas nas rochas cristalinas da região quartzítica do Seridó/Sabugí paraibano (várzea-PB). Águas Subterrâneas, 2002.

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https://cidades.ibge.gov.br/brasil/pb/picui/panorama. Acesso em 23 fev. 2022.

KALLIS, G. Droughts. Annual Review of Environment and Resources, Spain, v. 33, p. 85-118, 2008.

MARENGO, J. A. Vulnerabilidade, impactos e adaptação à mudança do clima no semiárido do Brasil. Parcerias Estratégicas, Brasília, 13(27), 149-176, 2008.

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SELVAKUMAR, S.; CHANDRASEKAR, N.; KUMAR, G. Hydrogeochemical characteristics and groundwater contamination in the rapid urban development areas of Coimbatore, India. Water Resources and Industry, v. 17, p. 26-33, 2017.

SHEN, Y.; CHEN, Y. Global perspective on hydrology, water balance, and water resources management in arid basins. Hydrological Processes: An International Journal, v. 24, n. 2, p.

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TRATA BRASIL – Instituto Trata Brasil. As despesas das famílias brasileiras com água tratada e coleta de esgoto, 2021.Disponível em:

<https://www.tratabrasil.org.br/images/estudos/As_Despesas_das_Fam%C3%ADlias_Brasileiras_c om_%C3%81gua_Tratada_e_Coleta_de_Esgoto_/Relat%C3%B3rio_Completo.pdf>. Acesso em:

24 fev. 2022.

Referências

Documentos relacionados

No Espírito Santo, em 2015, a Agência Estadual de Recursos Hídricos (Agerh) suspendeu a captação de água para usos não prioritários, como a irrigação, devido à escassez