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Academic year: 2023

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XXVIII Congresso de Iniciação Científica

PEJA Rio Claro: encontros-acontecimentos em Leitura e Escrita

Luciane Carreiro Jorge Santos, Profª. Dr. Maria Rosa Rodrigues Martins de Camargo, UNESP- Câmpus de Rio Claro – Instituto de Biociências (IB), Licenciatura em Pedagogia, lucarreiro15@gmail.com, Bolsista de Extensão Universitária – PEJA.

Palavras Chave: Educação de Jovens e Adultos, Roda de leitura-conversa, Encontros-acontecimentos.

Introdução

Os encontros-acontecimentos da turma de Leitura e Escrita do PEJA (Programa de Educação de Jovens e Adultos) do Instituto de Biociências, da Unesp de Rio Claro, transcende ser um espaço de extensão universitária, ao abrir-se à experimentação pela linguagem. Destaca-se uma produção/criação de conhecimentos repleta de experiências de produção de sentidos vivenciadas pelo grupo de educandos- educadores e educadores-educandos, partícipes e artífices do projeto. Pensar as potências da vida, entremeadas por canções, textos-como-gêneros, obras literárias e cinematográficas, olhares, amores, gestos, emoções, conflitos e confrontos, ideias, imagens, sentimentos e paixões conferem aos encontros-acontecimentos sentidos inesgotáveis que procuramos delinear na conversação científica que aqui se apresenta. A roda de leitura-conversa do texto-biografia “Pagu”, de Lia Zatz é o instrumento metodológico que aqui apresentamos como prática cultural, social, política e, manifestadamente, pedagógica.

Objetivos

Este estudo propõe buscar e delinear sentidos produzidos coletivamente, no exercício de ler, escrever e dialogar a partir e através de uma obra biográfica de caráter “falado”, referenciando-os como potências da vida. Destaca-se que o aspecto da oralidade do referido texto-biografia é característica marcante dessa forma de produção de conhecimentos.

Material e Métodos

Os materiais disparadores são a obra literária biográfica “Pagu”, da coleção “A luta de cada um”, de Lia Zatz (2005), canções da música brasileira e produções cinematográficas: material visto, ouvido e

“conversado” através de projeção multimídia, na roda de leitura-conversa.

A perspectiva dialógica, base teórico-metodológica do projeto de extensão de educação de jovens e adultos, dá sustentação às trocas e “achados”

decorrentes da experimentação, implica no próprio processo de conhecer e produz o material que dialoga com os processos de investigação. Esses encaminhamentos tornam os encontros da turma de Leitura e Escrita encontros-acontecimentos.

Resultados e Discussão

A partir da leitura do texto-biografia “Pagu” a todas as vozes presentes nos encontros-acontecimentos da turma de Leitura e Escrita, além do manuseio e admiração da obra escolhida, “miramos” a composição de textos autorais com base nas indagações: “qual é a sua luta?”, “qual ou o que é sua referência de luta?” e “qual é o seu debaixo d’água?”, temas propostos, escolhidos e acordados entre todas as partícipes e artífices do grupo. O processo de leitura e escrita de educandas- educadoras e educadoras-educandas se faz a partir e através da roda de leitura-conversa-conversa- leitura. Os registros são feitos nos cadernos pessoais do PEJA, apresentados oralmente, dialogados e, posteriormente, sistematizados e organizados em mapas conceituais na lousa da sala em que acontecem os encontros da referida turma.

Detecta-se que excertos das produções escritas e orais poetizam a existência, que se faz na lida diária da vida (“nos afazeres do dia, as vidas passaram”), afloram os trabalhos de memória (“o diretor do ginásio percorria as casas dos sítios para conversar com os pais sobre a importância dos estudos”) e indiciam, no processo de produção/criação de conhecimentos, uma relação que se move entre o poder sobre a vida e a potência da vida (PELBART, 2000).

Conclusões

A busca de produções de sentidos (ou de sem- sentidos?) para as existências, a partir e através da linguagem-experimentação, no contexto das práticas e desafios da educação de jovens e adultos em projeto de extensão universitária, potencializada pela roda de leitura-conversa como instrumento metodológico cultural, social e político, possibilita o (des)envolvimento de atividades científicas e artístico-culturais, que integram também o ensino e a pesquisa, contribuindo para a discussão da função social da universidade.

Agradecimentos

Aos educandos/educadores do PEJA, gratidão!

GERALDI, João Wanderley. A aula como acontecimento. São Carlos:

Pedro e João Editores, 2010.

PELBART, Peter Pál. Subjetividade contemporânea. In: A vertigem por um fio. São Paulo: Iluminuras, 2000.

ZATZ, Lia. Pagu. Projeto gráfico Camila Mesquita. São Paulo: Instituto Callis, 2005. (Coleção A luta de cada um).

Referências

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