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ensaio brasileiro de linhagens de aveia branca em campos

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Academic year: 2023

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1 Estudante de agronomia, Universidade do Oeste de Santa Catarina (UNOESC), Campos Novos, SC.

2 Eng. Agr., Doutor, Professor Agronomia, UNOESC. E-mail: marcio.zilio@unoesc.edu.br

3 Eng. Agr., Doutora, Professora Agronomia, UNOESC.

4 Eng. Agr., Doutora, Professora Agronomia, UNOESC.

5 Med. Vet., Doutora, Professora Agronomia, UNOESC.

6 Estudante de agronomia, UNOESC.

ENSAIO BRASILEIRO DE LINHAGENS DE AVEIA BRANCA EM CAMPOS NOVOS, 2017

Vilson dos Passos¹, Marcio Zilio2, Analu Mantovani3, Claudia Aparecida Guginski Piva4, Kamila Maciel Dias5, Leandro Carrer6

O Ensaio Brasileiro de Linhagens de Aveia Branca é a última etapa de avaliações a campo de novas linhagens, desenvolvidas pelos programas de melhoramento genético de aveia branca no Brasil. Este ensaio é coordenado pela Comissão Brasileira de Pesquisa de Aveia (CBPA), que determina os procedimentos para testes e lançamento de novas cultivares de aveia, para as instituições que participam da Comissão. É fundamental que esforços de pesquisa sejam direcionados para a obtenção de cultivares mais produtivas e tolerantes às principais doenças, ao acamamento e que produzam grãos que atendam as exigências do mercado consumidor. Portanto, o objetivo deste trabalho foi avaliar, em Campos Novos, SC, as linhagens do ensaio brasileiro de linhagens de aveia branca (EBLA) coordenado pela Comissão Brasileira de Pesquisa de Aveia (CBPA).

O experimento foi conduzido em condições de campo, na Universidade do Oeste de Santa Catarina no município de Campos Novos-SC, no ano de 2017. O solo é classificado como Nitossolo Vermelho Distrófico (SANTOS et al., 2013). No EBLA foram avaliadas onze linhagens e três testemunhas. As cultivares testemunhas foram URS 21, URS Corona e URS Altiva. As linhagens avaliadas são provenientes de dois programas de melhoramento genético: Instituto Agronômico do Paraná (linhagens de prefixo AL) e Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). As parcelas foram constituídas de cinco linhas de cinco metros de comprimento, espaçadas a 0,2 metros na entrelinha. A semeadura foi realizada em 22 de junho de 2017, em sistema de plantio direto na densidade de 300 sementes aptas m-2. A adubação de base foi realizada com 450 kg ha-1 da fórmula 09-33-12 (N-P2O5-K2O) e foi aplicada adubação nitrogenada de cobertura no início do perfilhamento, com 70 kg ha-1 de N na forma de ureia (CQFS-RS/SC, 2016).

Foram procedidas as seguintes avaliações: estatura de planta, acamamento, dias da emergência ao florescimento, severidade de ferrugem da folha, severidade de ferrugem do colmo, severidade de manchas foliares, rendimento de grãos, peso do hectolítrico, massa de mil grãos e índice de descasque. Os resultados foram submetidos à análise de variância seguida de comparação de médias pelo teste de Tukey em nível de 5% de probabilidade de erro.

Com relação ao rendimento de grãos (Tabela 1) destacou-se a linhagem AL 1248 (2060 kg ha-1) e a cultivar URS Altiva (2236 kg ha-1). No experimento, a média de RG foi de 1679 Kg ha-1. As baixas produtividades observadas na safra 2017 em Campos Novos foram devido ao déficit hídrico ocorrido principalmente nos meses de julho e setembro (Figura 1). Quanto ao PH dos grãos com aristas (Tabela 1) a

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linhagem que se destacou foi UFRGS 146155-3 (com 38 kg hL-1) que não diferiu dos genótipos, AL 1248, AL 15016, UFRGS 146155-1 e UFRGS 146171-5. Entre as cultivares testemunhas a que se destacou foi URS Altiva. Para o PH a média do experimento foi de 32 kg hL-1. Para a MMG destacou-se a linhagem UFRGS 146155- 3 (35 g) diferindo apenas das linhagens UFRGS 146060-1 (29 g) e UFRGS 146070- 3 (28 g) e da cultivar URS 21 (30 g). Para MMG a média do experimento foi de 32 g.

No índice de descasque destacaram-se as linhagens UFRGS 146155-3 (76%) e UFRGS 127013-1 (75%) diferindo apenas da linhagem AL 15016 (59%).

Para o subperíodo DEF, observou-se que as linhagens UFRGS 146155-3 e UFRGS 146171-1 apresentaram floração antes das cultivares testemunhas (Tabela 2). Para a estatura de planta as linhagens AL15016 e UFRGS 146070-3 apresentaram menor estatura em comparação a URS 21 e URS Altiva. As linhagens AL 15016, UFRGS 146060-1, UFRGS 146070-3 e UFRGS 146155-1 destacaram-se por não apresentar acamamento.

As linhagens UFRGS 136072-3, AL 15016, UFRGS 146070-3, UFRGS 146155-1 e UFRGS 146171-1 destacaram-se por não apresentar ferrugem na folha, assim como a cultivar URS Altiva. UFRGS 146155-1, UFRGS 146155-3 e UFRGS 146171-1 mostraram reduzidos valores para ferrugem do colmo. Para manchas foliares não foi observado diferença entre os genótipos avaliados, sendo que os valores variaram de 6,5% (URS 21) e 14 % (UFRGS 146070-3).

Referências:

DOS SANTOS, H.G.; JACOMINE, P.K.T.; DOS ANJOS, L.H.C.; DE OLIVEIRA, V.A.; DE OLIVEIRA, J.B.; COELHO, M.R.; LUMBRERAS, J.F.; DA CUNHA, T.J.F. Sistema brasileiro de classificação de solos. 3ᵃ. Ed. Rio de Janeiro: Embrapa Solos. 306p. 2013.

COMISSÃO DE QUÍMICA E FERTILIDADE DO SOLO- RS/ SC. Manual de calagem e adubação para os estados do Rio Grande do Sul e Santa Catarina. Sociedade Brasileira de Ciência do Solo, 2016, p. 376.

Figura 1. Dados meteorológicos de Campos Novos (SC). Fonte: Epagri – CIRAM.

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Tabela 1. Rendimento de grãos (RG), peso do hectolitro de grãos com aristas (PH), massa de mil grãos (MMG) e índice de descasque (ID) das linhagens avaliadas no Ensaio Brasileiro de Linhagens de Aveia Branca 2017. Campos Novos, 2017.

Genótipo RG (kg ha-1) PH (kg.hL-¹) MMG (g) ID (%)

URS 21 1517,6 bcde 27,8 gf 29,5 bcd 71,5 ab

URS Corona 1068,4 e 28,3 efg 33,6 abcd 69,3 ab

URS Altiva 2236,4 a 38,6 a 34,2 abc 72,5 ab

AL 1248 2059,9 ab 34,8 abcde 29,6 abcd 70,6 ab UFRGS 127013-1 1883,4 abcd 30,3 cdefg 34,8 ab 74,5 a UFRGS 136071-1 1285,6 de 29,0 defg 31,0 abcd 73,0 ab UFRGS 136072-3 1386,1 cde 26,4 g 32,8 abcd 73,0 ab UFRGS 137023-1 1793,6 abcd 31,9 bcdefg 33,6 abc 72,4 ab AL 15016 1745,5 abcd 33,1 abcdef 30,3 abcd 58,5 b UFRGS 146060-1 1638,5 abcde 26,7 gf 28,6 cd 73,2 ab UFRGS 146070-3 1661,0 abcde 29,5 cdefg 28,0 d 66,3 ab UFRGS 146155-1 1587,2 bcde 35,3 abcd 34,8 ab 71,3 ab UFRGS 146155-3 1946,5 abc 37,7 ab 35,3 a 75,5 a UFRGS 146171-1 1699,5 abcde 35,8 abc 34,3 ab 67,6 ab

Médias 1679 31,8 32,2 70,7

C.V. (%) 14,9 8,2 7,0 8,8

Médias seguidas de mesma letra minúscula na coluna, não diferem entre si pelo teste de Tukey a 5% de probabilidade.

Tabela 2. Estatura de planta (EP), acamamento (AC) e dias entre a emergência e floração (DEF) das linhagens avaliadas no Ensaio Brasileiro de Linhagens de Aveia Branca 2017. Campos Novos, 2017.

Genótipo EP (cm) AC (%) DEF (dias)

URS 21 79 bc 7 ab 80 a

URS Corona 74 bcde 16 ab 80 a

URS Altiva 88 ab 1 b 75 b

AL 1248 76 bcd 6 ab 80 a

UFRGS 127013-1 84 abc 14 ab 75 b

UFRGS 136071-1 96 a 8 ab 75 b

UFRGS 136072-3 96 a 5 ab 80 a

UFRGS 137023-1 84 abc 19 ab 80 a

AL 15016 60 e 0 b 80 a

UFRGS 146060-1 63 de 0 b 80 a

UFRGS 146070-3 60 e 0 b 80 a

UFRGS 146155-1 72 cde 0 b 75 b

UFRGS 146155-3 71 cde 1 b 71 c

UFRGS 146171-1 77 bcd 25 a 71 c

Médias 77 7 77

C.V. (%) 7,5 119,1 0,0

Médias seguidas de mesma letra minúscula na coluna, não diferem entre si pelo teste de Tukey a 5%

de probabilidade.

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Tabela 3. Ferrugem da folha (FFO), ferrugem do colmo (FC) e manchas foliares (MF) das linhagens avaliadas no Ensaio Brasileiro de Linhagens de Aveia Branca 2017. Campos Novos, 2017.

Genótipos FFO (%) FC (%) MF (%)

URS 21 3,5 abc 4,4 bc 6,5 a

URS Corona 11,0 a 1,5 bc 11,0 a

URS Altiva 0,0 c 10,8 ab 10,5 a

AL 1248 8,0 ab 2,0 bc 7,0 a

UFRGS 127013-1 2,5 bc 1,1 bc 11,0 a

UFRGS 136071-1 0,3 bc 2,0 bc 8,8 a

UFRGS 136072-3 0,0 c 4,4 bc 11,0 a

UFRGS 137023-1 2,9 bc 14,5 a 10,5 a

AL 15016 0,0 c 1,4 bc 8,5 a

UFRGS 146060-1 4,0 abc 3,3 bc 8,3 a

UFRGS 146070-3 0,0 c 5,0 abc 14,0 a

UFRGS 146155-1 0,0 c 0,8 c 7,8 a

UFRGS 146155-3 0,1 bc 0,3 c 7,8 a

UFRGS 146171-1 0,0 c 0,5 c 9,0 a

Médias 2,3 3,7 9,4

C.V. (%) 136,1 105,7 60,0

Médias seguidas de mesma letra minúscula na coluna, não diferem entre si pelo teste de Tukey a 5% de probabilidade.

Referências

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