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O ENSINO DE MATEMÁTICA NA EDUCAÇÃO BÁSICA PARA ESTUDANTES COM TRANSTORNOS DO ESPECTRO

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Academic year: 2023

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A partir daí, levanto “Como é o ensino de matemática na educação básica com alunos diagnosticados com Transtorno do Espectro Autista (TEA)?”. Em resposta a essa questão, listo os seguintes objetivos: (i) investigar como ocorre a aprendizagem da matemática com alunos com TEA em salas de aula regulares do ensino regular; e (ii) compreender que elementos orientam a prática do professor de matemática no trabalho com alunos com TEA no ensino fundamental.

Autismo e suas implicações no cenário educativo

Quanto aos alunos diagnosticados com Transtorno do Espectro Autista (TEA), devemos lembrar que se trata de um público bastante diversificado, pois existem diferentes variantes de autismo com níveis mais leves ou mais graves, que integram os espaços escolares e impactam diretamente no processo de ensino e aprendizagem. O autismo é um distúrbio no qual o indivíduo tem dificuldade de interação social, comunicação e comportamentos repetitivos. Algumas crianças já apresentam sintomas nos primeiros meses de vida. De acordo com a Associação de Amigos do Autismo (AMA), "uma em cada 160 crianças tem um transtorno do espectro do autismo (ASD) que começa na infância e persiste na adolescência e na idade adulta".

No entanto, para Chequetta e Gonçalves (2015, p. 210), “é possível perceber que vários indivíduos com o mesmo diagnóstico do mesmo tipo de autismo podem ter seus perfis e características diferentes entre si”, o que reforça nossa ideia de que o espaço escolar deve ser um ambiente que permita conhecer e aceitar o outro como legítimo, avaliando seus saberes, respeitando e valorizando suas diferenças. Portanto, o desenvolvimento de programas e cursos voltados para a formação de profissionais que atuam na educação especial no país e principalmente com sujeitos diagnosticados com SAM pode reduzir problemas de interação social e de comportamento, o que pode impactar positivamente no bem-estar e na qualidade de vida dessas pessoas. Portanto, para contribuir com o cenário educacional, é importante que o aluno seja previamente avaliado e que seu diagnóstico seja comunicado ao professor para que ele possa iniciar um trabalho pedagógico especializado. 2013), ao conhecer os alunos e suas condições de interação social, o professor pode desenvolver adaptações e adaptações em diversas áreas do processo de ensino e aprendizagem do aluno que podem garantir uma educação de qualidade.

Na educação matemática em particular, a área é considerada uma das mais difíceis pela maioria dos alunos no ensino regular, principalmente pelo fato dessa disciplina ter um caráter formal, o que pode ser um fator complicador no que diz respeito à educação inclusiva, dependendo do tipo de especificidade apresentada pelo aluno.

PESQUISAS QUE ABORDAM O PROCESSO DE ENSINAR E DE

ESTUDANTES COM TEA

Revisão bibliográfica sistematizada

Realizar pesquisas sobre teses e dissertações produzidas no Brasil relacionadas às síndromes do espectro do autismo e ao ensino de matemática. Compreender as intervenções de aprendizagem projetadas para ensinar matemática a alunos com Transtorno do Espectro Autista (TEA). Para verificar e analisar as habilidades básicas de matemática no 1º ciclo de ensino fundamental, apresento em uma amostra de crianças com transtorno do espectro autista (TEA) e comportamentos que indicam ligação com as funções executivas, observados por meio de atividades matemáticas utilizadas no atendimento educacional especializado implantado no Centro de Assistência Educacional Especializado Pestalozzi da Bahia (CAEEPB).

Contribuir para o processo de formação integral relacionado à Educação Matemática para alunos com Espectro Autista e analisar o significado atribuído ao objeto de estudo geométrico por um aluno com Síndrome de Asperger, a partir da aplicação de uma proposta pedagógica que avalia o desenvolvimento de atividades no Laboratório de Matemática Escolar (LMS). Confira os indícios de aprendizagem significativa em mosaicos construídos no plano, como produto de transformações geométricas com polígonos regulares, por uma aluna com Transtorno do Espectro Autista (TEA). Buscar elementos que possam favorecer o engajamento de um aluno com Transtorno do Espectro Autista (TEA) em aulas de matemática organizadas em cenários para investigação.

Compreender os contributos das tecnologias digitais educativas para a aprendizagem da matemática e para a inclusão de alunos com perturbação do espectro do autismo (TEA) incluídos nos anos iniciais de escolaridade.

Tabela 1: Artigos mapeados nos Anais do ENEM
Tabela 1: Artigos mapeados nos Anais do ENEM

EVIDÊNCIAS E COMPREENSÕES ACERCA DAS PRÁTICAS

PEDAGÓGICAS EM MATEMÁTICA COM

Procedimento de análise

Analisamos as produções selecionadas nos Anais da Assembleia Nacional de Educação Matemática (ENEM) e na Biblioteca Digital Brasileira de Teses e Dissertações (BDTD) por meio da análise de conteúdo, que consiste em um “conjunto de técnicas de análise da comunicação que utiliza procedimentos e objetivos sistemáticos para descrever o conteúdo das mensagens” (BARDIN, 20151, p.). O funcionamento da técnica de análise inicia-se com a pré-análise, exploração do material, tratamento dos resultados e interpretação. Na primeira fase, definida como pré-análise, organizamos as ideias iniciais com a seleção de 11 produções científicas para sistematizar as sucessivas operações (BARDIN, 2011).

A análise consistiu em extratos de produções científicas, que apresentaram aos pesquisadores relações e semelhanças com todo o material selecionado. O processo de análise das informações nos ajudou a criar duas categorias, que nomeamos: (i) o desafio de discutir e vivenciar situações de educação inclusiva na formação de professores de matemática; e (ii) práticas pedagógicas inclusivas no ensino da matemática. Nas seções a seguir, explanaremos os achados expressos nas produções científicas, que são mapeados em experiências no ensino de matemática no ensino fundamental com alunos com diagnóstico de SAM.

O trabalho afirma que "a formação de professores é essencial no processo de inclusão de alunos com TEA nas escolas regulares, principalmente porque a maioria dos estudos retrata o despreparo dos professores como um dos elementos fundamentais para a não inclusão" (p. 8). Nesse sentido, mesmo os professores que desejam trabalhar de forma inclusiva têm muitas dificuldades, pois a diversidade da sala de aula é composta por muitas complexidades (curriculares, sociais, econômicas e contextuais), ainda mais quando se trata do autismo. Segundo Cunha (2011), a participação dos professores é fundamental na detecção do transtorno, pois muitos casos de comportamento autista são percebidos em sala de aula, o que pode contribuir para um atendimento direcionado às necessidades do aluno, o que valida a pesquisa realizada na tese T1.

Nesse sentido, é importante que a escola e a universidade se atentem à formação de seus profissionais para que possam inserir seus alunos em uma educação de qualidade, que lhes permita desenvolver suas potencialidades. Na dissertação D5, a pesquisadora partiu da seguinte questão para compreender o fenômeno sob investigação: “Existe um método de ensino específico para alunos com TEA?”. Porém, durante a pesquisa, ela não obteve resposta para sua dúvida e percebeu que é preciso saber o que está acontecendo em sala de aula, conhecer os demais alunos, suas preferências e preocupações e não apenas as dos alunos envolvidos.

Através das experiências que tivemos com alguns alunos com TEA, nos fez entender que o processo de inclusão ainda é um desafio, pois está longe de ser um.

Práticas pedagógicas inclusivas no ensino da Matemática

Neste sentido, devemos apostar na utilização de artefactos pedagógicos que promovam a representação de imagens, a produção de vídeos e a simulação de situações, conduzindo-os à concentração, raciocínio lógico e conclusões sobre diferentes procedimentos na resolução de problemas. Assim, quando os alunos com TEA vivenciam uma metodologia de ensino que leva em consideração suas necessidades e especificidades, tornando-os sujeitos de sua aprendizagem, seja por meio da resolução de problemas, em grupo ou individualmente, ou mesmo por meio de vivências que os permitam socializar seus saberes, interagindo com outros alunos em sala de aula, podemos possibilitar a construção de seus conhecimentos. Para Tardif e Lessard (2005, p. 235), “ensinar é uma tarefa interativa”, ou seja, interagir com os alunos caracteriza-se como elemento fundamental da prática docente.

Ao utilizar tecnologias digitais e/ou materiais concretos para ensinar matemática, podemos assim estimular a criatividade dos alunos na resolução de problemas e a sua interação com outros colegas, o que contribui para a compreensão de conceitos nesta área do conhecimento. Nessa perspectiva, a tese D2 foi gerada por meio de pesquisa que culminou na realização de oficinas de aprendizagem, baseadas em materiais manipuláveis ​​voltadas para o estudo da matemática, com uma aluna com diagnóstico de Asperger3. Desta forma, valorizando as ações e sentimentos que nossos alunos demonstram, podemos criar um ambiente criativo e agradável que os estimule a se desafiar no mundo da matemática e a aprender com os problemas.

Ao compreender a diversidade que compõe o espaço escolar, podemos aumentar as aproximações com os objetos de conhecimento fortalecidos pelo respeito à comunidade que o cria.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Ressaltamos que esta pesquisa foi sobre o ensino de matemática no ensino fundamental para alunos com transtorno do espectro autista (TEA), a partir de uma revisão bibliográfica composta por artigos, teses e teses que retratam o que a comunidade científica problematiza e tece em torno deste tema. A experiência na escola me fez querer estudar e aprender mais sobre educação inclusiva e TEA na educação matemática. A categoria também apontou para a formação especializada de professores com vistas a serem capazes de desenvolver práticas e estratégias em contexto de aprendizagem que, em alunos com TEA, possam estimular o processo cognitivo relacionado às funções executivas (domínios humanos de natureza cognitiva, emocional e comportamental), importantes tanto para o desenvolvimento do conhecimento matemático quanto para a vivência e atuação em sociedade.

Em relação à segunda categoria, práticas pedagógicas inclusivas na educação matemática, percebemos que diferentes ferramentas e procedimentos foram utilizados para ensinar matemática para alunos com TEA, tais como: GeoGebra, Tangram, materiais manipuláveis, oficinas e testes. Mas mais do que usar diferentes ferramentas para ensinar e atender alunos com TEA, precisamos entender o aluno que chega à escola com o diagnóstico, sua personalidade, o ambiente em que vive, suas perspectivas, interesses, desejos e. Portanto, com este TCC, esperamos contribuir com intervenções educativas que possam ser desenvolvidas e ampliadas em um universo tão complexo e diverso como o dos alunos com transtorno do espectro autista, pois sabemos que não é tão fácil encontrar um método que seja eficaz para esses alunos com TEA, pois cada um é único, e somente convivendo com o professor encontrará um método de ensino que possa auxiliá-los.

Por isso, pretendo continuar o estudo e pretendo trabalhar para que a oferta de cursos de formação continuada para professores seja pensada levando em consideração as especificidades da Educação Especial, com um olhar voltado principalmente para os alunos com TEA.

Pontes entre pessoas com transtorno do espectro do autismo e educação matemática: entre o que já existe e o que pode ser construído. A mediação do professor e a aprendizagem de geometria plana por um aluno com transtorno do espectro autista (síndrome de Asperger) no laboratório de matemática de uma escola. Alunos com transtorno do espectro autista sob a ótica da matemática escolar inclusiva: uma análise de trabalhos acadêmicos.

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Tabela 1: Artigos mapeados nos Anais do ENEM
Tabela 2: Teses e Dissertações mapeadas na BDTD

Referências

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