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Escola pública: tempos difíceis, mas não impossíveis

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Academic year: 2023

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A escola pública é um espaço estratégico para a formação de valores e é essencial no desenvolvimento de uma sociedade democrática e independente. É o Estado que promove a solidariedade social e a redução das desigualdades, fundamentos essenciais da escola pública. Dermeval Saviani mostra que a história da escola pública no Brasil é repleta de momentos difíceis, com resistência das elites dirigentes à sua redemocratização.

José Claudinei Lombardi apresenta elementos para o debate sobre como conduzir a defesa da escola pública (ou estadual), a partir da análise das ações e movimentos que travaram essa luta no passado.

Ainda há lugar para o Estado Social?

A tal ponto que o próprio estado social universalista inglês se viu, ao longo do tempo, reproduzindo, ao invés de suprimir ou conter, desigualdades: vantagens. Com todas as limitações e desafios remanescentes, o estado de bem-estar foi absorvido como uma forma de normalidade no capitalismo contemporâneo. Nossa questão é, portanto, mais complexa do que examinar "o fim da condição social", sucumbir às ameaças contemporâneas porque não é o fim.

O Welfare State na Era da Razão - Reinventando o Welfare State no Mundo Contemporâneo.

Gráfico 1: Gasto Social Bruto como % PIB: OECD, 1980-2016
Gráfico 1: Gasto Social Bruto como % PIB: OECD, 1980-2016

A defesa da escola pública no Brasil

O juiz Sérgio Moro afirmou que uma situação excepcional exige medidas excepcionais e vem agindo sem levar em conta a presunção de inocência e o direito de defesa previstos na Constituição

O Tribunal Regional Federal da 4.ª região (Porto Alegre), para onde seguem em grau de recur- so as sentenças proferidas por Moro, declarou, em decisão acordada numa votação de 13 votos a 1, que

O juiz Alex Costa de Oliveira, da Vara da Infância e Juventude (pasmem! Juiz da Vara da In- fância e Juventude!) do Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios (TJDFT), em decisão pro-

Por fim, é preciso organizar e manter mobilizada a resistência das forças progressistas e populares, cuja indicação básica é dada pelo programa mínimo da Frente Brasil Popular, que tem o poder de dirigir tanto as manifestações antigolpes quanto as encaminhamentos para as eleições de 2018. Ao obter a adesão das forças de esquerda, possivelmente unidas a um candidato comum à presidência da República, o plano da Frente Brasil Popular, enriquecido pela atuação da Assembleia Popular Brasileira, poderá construir um concreto. alternativa para as eleições de 2018 como forma de derrotar o golpe que provocou um verdadeiro “suicídio democrático” na política brasileira. Este movimento político mais amplo é necessário para articular a iniciativa do Fórum Nacional de Educação no campo da educação, que diante das reiteradas limitações criadas pelo MEC, decidiu constituir-se como unidade autônoma, autodenominando-se “Povo Nacional”. Fórum Educacional”.

13.005, de 25 de junho de 2014, por meio da qual o PNE instituiu as fases preparatórias para a realização da III Conferência Nacional de Educação Popular (Conape), também realizada de forma autônoma, independente e em oposição ao MEC.

Educação Superior no Brasil

Fonte: Produção própria, com dados do Censo da Educação Superior (INEP), disponível em: http://www.inep.gov.br. Os gráficos elaborados pela empresa são constituídos por dados do Censo da Educação Superior (vários anos), que estão disponíveis no site do INEP. Fonte: Elaboração própria, com dados do Censo da Educação Superior (INEP), disponível em: http://www.inep.gov.br 10.

O Censo da Educação Superior revela que, nas escolas federais, 62,3% dos alunos têm 24 anos ou menos.

Figura 1: Oferta de vagas nos cursos de graduação
Figura 1: Oferta de vagas nos cursos de graduação

Escola pública nos EUA

Resistindo aos ataques do governo Trump

Corremos o risco de limitar esses objetivos, bem como as escolas públicas gratuitas que são projetadas para alcançá-los. Mas enquanto os tempos estão difíceis, não acredito que as escolas públicas nos Estados Unidos irão desaparecer tão cedo, ou sem muita luta. No entanto, as escolas particulares nos EUA não têm um desempenho tão bom em avaliações padronizadas quanto as escolas públicas com as quais podem ser comparadas estatisticamente.

Como mostrado, quatro tipos de escolas particulares são claramente melhores do que as escolas públicas correspondentes (LUBIENSKI; LUBIENSKI, 2014). Ele argumentou que as escolas públicas foram a maior invenção da humanidade; e os considerava os grandes equalizadores da sociedade. Ambos os tipos de escolas charter prejudicam as escolas públicas de maneiras que não são amplamente compreendidas.

Eles receberam uma porcentagem significativamente menor de notas "A" ou "B" do que as escolas públicas. O apoio a escolas particulares, escolas com vouchers, escolas que apóiam novos vouchers e todos os tipos de escolas charter é um suporte para escolas que não são melhores ou piores do que suas escolas públicas correspondentes. No entanto, os alunos mais ricos dos EUA competem muito bem com alunos de escolas públicas de qualquer lugar do mundo.

Na seção anterior, quis mostrar que o mercado poderoso e as forças de direita estão trabalhando contra as escolas públicas dos EUA. Infelizmente, muitos alunos de escolas públicas sofrerão com a falta de professores devidamente treinados, e os alunos mais pobres provavelmente serão os mais afetados.

Tabela 1: resultado dos exames de escolas privadas na NAEP Escolas
Tabela 1: resultado dos exames de escolas privadas na NAEP Escolas

Brasil – Estados Unidos

A trama de relações ocultas na destruição da escola pública

O modelo Todos pela Educação, movimento que se constitui em ampla coalizão, reunindo empresários e governos, atua como densa rede de influências e como um think tank, com forte apoio

O espaço escolar é reconhecido como um espaço ideológico estratégico, pelo seu potencial de difusão de valores. São criados programas para escolas de ensino fundamental que promovem a disseminação de valores e a disseminação de valores. São criados programas para escolas públicas que promovem a disseminação de valores e competências típicas do atual estágio do capitalismo, como o empreendedorismo, apresentado como competência essencial para a aquisição da liberdade e autonomia individual.

Há fundações empresariais que trabalham, junto aos governos municipais e estaduais, para a decisão e a implementação de políticas educativas ou diretamente, na liderança de formulação de polí-

Alianças entre corporações nacionais e estrangeiras, principalmente norte-americanas, for- necem serviços educacionais, como é o caso de formação docente (Teaching for América); bolsas de

Apesar dessas realidades tão diferentes e do fracasso dos EUA, como ele mesmo evidencia, os diagnósticos oficiais e as políticas educacionais no Brasil têm seguido em grande parte os mesmos. É esse modelo de charter school que se pretende implementar no Brasil: o charter school das corporações. No Brasil, as escolas públicas, sem dúvida, apresentam grandes problemas, mesmo com importantes diferenças regionais e institucionais.

Podemos dizer que a política de bônus tem sido cada vez mais expressiva no Brasil desde então. É interessante ressaltar que a política de bônus é mais presente e mais bem recebida no Brasil do que nos EUA. Esse modelo envolve uma formação centrada na prática e no trabalho docente não regulamentado, defendido pelo empresariado brasileiro.

Nas últimas décadas, eles encontraram importante apoio da mídia, que os culpa pela dificuldade de melhorar o ensino público no Brasil. O ensino médio no Brasil há algum tempo é atacado por sua rigidez curricular, seu caráter generalista e pela falta de oportunidades para os alunos. A reforma do ensino médio em curso no Brasil propõe agilizar a formação geral dos alunos, reduzindo drasticamente a carga horária e as disciplinas obrigatórias, e um conjunto de percursos educacionais que serão disponibilizados aos alunos de acordo com as possibilidades dos estados e/ou escolas.

A escola pública no Brasil está sob forte ataque, usando um arsenal de práticas e ideologias importadas diretamente dos Estados Unidos. No Brasil, o processo também é de destruição, realizado por relações (às vezes encobertas, às vezes abertas!) em que se entrelaçam os interesses do capitalismo dos dois países.

A escola pública diante do desafio de educar em relações de liberdade e convivência democrática

Desde a imposição de uma reforma autoritária do ensino médio, a terceira versão da Base Nacional Comum Curricular (BNCC) idealizada no gabinete, a inviabilidade de uma Conferência Nacional de Educação (CONAE) democrática e participativa, até a recente política nacional de formação de professores – já duramente criticado por nossas associações de ensino e pesquisa – enquanto vivemos o desmantelamento do Fórum Nacional de Educação, vivemos uma tecnocracia de cunho neoliberal associada a interesses conservadores, buscando ditar os rumos da educação no país. Deve ser uma chave para refletirmos sobre os amplos desafios que enfrentamos para a qualificação de todos os níveis de ensino na educação brasileira. Essas instituições foram fundamentais na luta sindical dos profissionais da educação por melhores condições de vida e trabalho, no debate sobre a política educacional brasileira, na definição de políticas, projetos e planos nacionais de educação.

Nas discussões para a aprovação do capítulo da educação, muitos temas e questões surgiram: o conceito de educação, os deveres do estado em relação à educação e. Uma narrativa minuciosa e uma análise acurada da educação na Constituição e na nova LDB podem ser encontradas em duas obras de Dermeval Saviani: A Nova Lei da Educação: Trajetória, Limites e Perspectivas (1997) e Da nova LDB ao novo Plano nacional de Educação: por uma política diferente (1998). Dois grupos principais se enfrentaram no processo de fundação: os defensores da educação pública, representados pelo Fórum na Assembleia Constituinte em Defesa da Educação Pública e Gratuita (Fórum), defendendo a educação pública, gratuita, laica, democrática e de qualidade para todos; e defensores do ensino privado, unindo aqueles que defendiam a liberdade de ensino e o apoio financeiro do poder público às iniciativas educacionais privadas.

Conflitos na Tramitação da Lei de Diretrizes e Fundamentos da Educação Nacional A Constituição Federal de 1988 estabeleceu a competência da União para legislar sobre as “Diretrizes e Fundamentos da Educação Nacional” (Art. 22, XXIV). Essa determinação resultou na Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, para regulamentar os diversos princípios previstos na Constituição Federal de 198849. Em suma, a política educacional de FHC apenas consolidou a participação do setor privado em todas as áreas da educação.

Certamente é complexo tratar da educação nos governos tucano e petista, pois uma determinada política pode ser semelhante e diferente ao mesmo tempo, dependendo do ponto de vista para analisar essa política ou a atuação dos partidos políticos em um determinado governo . As análises sobre o novo PNE podem ser aprofundadas com a leitura da coletânea Plano Nacional da Educação (PNE): problemas desafiadores e embates emblemáticos (PINO; ZAN, 2013), resultante de conferências realizadas no 3º Seminário de Educação Brasileira (3º SEB), cujo O tema foi: Plano Nacional de Educação: Questões desafiadoras e embates emblemáticos e realizado no início de 2011. Momento em que se destaca a diluição do consenso de que entidades acadêmicas e sindicais unidas (BRAGA, 2015, p. 352) e o despertar de diferentes perspectivas de autonomia frente aos governos, especialmente a partir de janeiro de 2005, por ocasião do Fórum Social Mundial, onde as forças majoritárias da CNTE, da União Nacional dos Estudantes/UNE e da Confederação Nacional dos Trabalhadores no Ensino/Contee assumiram que não havia mais consenso sobre a pauta do Fórum Nacional em Defesa da Educação pública.

Na formação social brasileira, além das especificidades da concretização da crise do moribundo modo de produção capitalista, estamos diante de mais uma grave crise econômica, consequência do golpe de Estado de 2016, com a deterioração dos direitos sociais e a precariedade e a “bastarrização educacional”, como chama Saviani (2016, p. 390).

Escola pública no Brasil

Como enfrentar os tempos difíceis

Para uma ideia mais fácil do desenvolvimento do país: a constituição de 1946 foi a primeira a mencionar a escolaridade obrigatória - 4 anos. Vejamos os principais atores da educação brasileira: há os que se dão bem, os que se dão mal e o grande jogador que está por fora de tudo. Mas também é um grande problema porque não conseguimos conquistar os pais para a questão da educação.

Todas estas medidas foram tomadas com base na necessidade de melhorar a qualidade do ensino e aumentar a empregabilidade. Em um dos últimos artigos, Freitas (2016) relata o fortalecimento do conceito empreendedor na gestão escolar, que cada vez mais se apresenta como a solução para os problemas da educação pública. Na sua conferência, o Professor António Nóvoa destacou quatro movimentos que estão na base das reformas educativas contemporâneas e contribuem para o enfraquecimento e destruição das escolas públicas: a normalização, a deslocação de crianças e jovens para espaços privados, a gestão privada do setor público e a desprofissionalização dos professores.

Assim, o desempenho médio dos alunos expressaria a qualidade da escola (gestão, professores, ensino e alunos). No caso do movimento homeschooling, é importante notar como essa ideia ganha importância justamente no contexto de aprofundamento do neoliberalismo. Para melhorar a qualidade da educação, é fundamental investigar sistematicamente os processos de mobilização das forças internas que movem a escola e os fatores que dificultam ou facilitam a construção da qualidade nas escolas.

Ao invés da gestão privada, devemos fortalecer o espaço público de educação e exigir da escola o que é da escola; e da sociedade o que pertence à sociedade. Além disso, eles simbolizam a centralidade da educação como um bem público e justo, cuja missão é capacitar os jovens a exercer aqueles modos de liderança e governo nos quais "eles podem se tornar totalmente livres para reivindicar sua agência moral e política".

Agradecimentos

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Gráfico 1: Gasto Social Bruto como % PIB: OECD, 1980-2016
Figura 1: Oferta de vagas nos cursos de graduação
Figura 3: Matrículas na graduação – por faixa etária
Figura 2: Matrículas no ensino de graduação – Brasil 2013
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Referências

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O desenvolvimento de materiais didáticos para o Ensino de Computação, em paralelo com a formação continuada de professores, é uma urgência na Educação Básica brasileira,