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Estudo espectrofotométrico da cinética de decomposição do corante Verde de Malaquita em meio alcalino

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Academic year: 2023

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Sociedade Brasileira de Química (SBQ)

34a Reunião Anual da Sociedade Brasileira de Química

Estudo espectrofotométrico da cinética de decomposição do corante Verde de Malaquita em meio alcalino

Claudio Dutra Figueira (PG)*, Felipe Silva Semaan (PQ), Annibal D. Pereira Netto (PQ)

Instituto de Química, Universidade Federal Fluminense, Outeiro São João Batista s/n, Niterói – RJ, CEP 24020-150.

*claudiodutrafigueira@yahoo.com.br

Palavras Chave: espectroscopia UV-Vis, cinética química, verde de malaquita.

Introdução

O corante Verde de Malaquita (VM) é utilizado como indicador de pH, corante de tecidos ou couro, e também como anti-séptico tópico ou no tratamento de infecções por parasitas, fungos, bactérias em peixes e suas ovas, em países com menor controle ou leis menos severas, devido a facilidade de produção e baixo custo [1]. Peixes contaminados por VM representam significativo risco à saúde dos consumidores, devido à conhecida toxicidade deste corante que pode, por exemplo, provocar formação de tumores no fígado. O presente estudo tem por objetivo avaliar a cinética da reação de decomposição do VM em meio alcalino, para aplicação futura em sistemas analíticos e descontaminação ambiental.

Resultados e Discussão

Um espectrofotômetro UV-Vis (Thermo Scientific® modelo Evolution 600) foi empregado para a obtenção dos espectros de absorção (190 a 900 nm) de soluções de VM (10-5 mol L-1), tamponadas em meio alcalino (pH 11,6) com tampão Na2CO3/HCl. A Fig. 1 apresenta os espectros de absorção da solução em períodos de 0, 10 e 20 min de reação. A partir dos espectros obtidos, dois comprimentos de onda foram selecionados para o prosseguimento do estudo: 615 nm (relacionado ao VM) e 255 nm (relacionado ao(s) produto(s) de decomposição). A avaliação da absorção da solução foi realizada ao longo de 20 minutos com medidas a cada 30 s, nestes dois comprimentos de onda (Fig. 2).

200 300 400 500 600 700

0.0 0.2 0.4 0.6 0.8 1.0 1.2

Absorvância (u.a.)

Comprimento de onda (nm) 0 min

10 min 20 min

Figura 1. Espectros de absorção de soluções aquosas de VM (10-5 mol L-1) em pH 11,6 em diferentes tempos (0, 10 e 20 min).

0 2 4 6 8 10 12

0.00 0.15 0.30 0.45 0.60 0.75

255 nm 615 nm

Absorvância (u.a.)

Tempo (min.)

Figura 2. Variação da absorvâncias de solução de M (10-5 mol L-1) em pH 11,6 nos comprimentos selecionados ao longo do tempo.

0 2 4 6 8 10 12

0.00 0.15 0.30 0.45

0.60 Cinética de primeira ordem

ln[VM] = ln[VM]0 - kt k = 0.29 min-1 R = -0.9999

Tempo (min.)

Absorvância (u.a.)

-14 -13 -12 -11

ln [VM]

Figura 3. Estudo da cinética da decomposição do VM em meio alcalino.

Os dados cinéticos indicam que a cinética de decomposição do VM em meio alcalino segue uma equação de primeira ordem (Fig. 3) e permitiram a determinação do t1/2 (2,4 min) e t90% (0,36 min), que indicam um decaimento relativamente rápido do VM.

Conclusões

O estudo realizado sugere uma cinética de decomposição de primeira ordem em pH 11,6. Estes resultados indicam a possibilidade do uso de meio alcalino como forma de remover ou atenuar a toxicidade de resíduos de VM. Em paralelo estão sendo realizados estudos eletroanalíticos usando sensores sólidos e também avaliação dos produtos formados nesta decomposição.

Agradecimentos

À CAPES, à FAPERJ e ao CNPq.

____________________

1Srivastava, S., Sinha, R. e Roy, D, Aquat. Toxicol 2004.

66, 319-329.

Referências

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