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Estudo do perfil fitoquímico e do potencial antioxidante das folhas e dos frutos de Calyptranthes concinna DC. (Myrtaceae)

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Academic year: 2023

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XXXI Congresso de Iniciação Científica

Estudo do perfil fitoquímico e do potencial antioxidante das folhas e dos frutos de Calyptranthes concinna DC. (Myrtaceae)

Beatriz Alborgheti Soares, Luiz Leonardo Saldanha, Anne Lígia Dokkedal, Fernanda Pereira de Souza Rosa de Melo. Bauru, Faculdade de Ciências, Ciências Biológicas, beatrizalborgheti@hotmail.com, Bolsita PIBIC.

Palavras Chave: Myrtaceae, Cerrado, Fitoquímica.

Introdução

Calyptranthes concinna DC. é uma espécie nativa do Cerrado e pertencente à Myrtaceae Juss.

caracterizada por possui frutos carnosos deformato globoso, hábito arbóreo ou arbustivo1. Suas propriedades fitoquímica e farmacológica são desconhecidas, e conhecendo o perfil químico de outras espécies de Myrtaceae, pertencentes aos gêneros Blepharocalyx, Eugenia, Hexachlamys, Myrcia e Psidium, também encontrados no Cerrado2, espera-se que os extratos de C. concinna possuam substâncias fenólicas com potencial atividade biológica.

Objetivo

Avaliar o perfil fitoquímico e atividade antioxidante dos extratos de folhas e frutos de C. concinna.

Material e Métodos

O material vegetal foi coletado no Jardim Botânico Municipal de Bauru em setembro/2017, e uma exsicata foi depositada no Herbário UNBA (UNESP) sob número 6045. As folhas foram secas em estufa a 60°C. Os frutos foram separados por estágio de maturação (amarelo, vermelho e roxo) e liofilizados.

O material foi pulverizado em moinho de facas,submetido a maceração com EtOH 70%, e reduzido em rotaevaporador a 40 ºC. O perfil cromatográfico foi obtido em cromatógrafo líquido de alta eficiência acoplado a detector de arranjo de diodos (CLAE-DAD) com coluna Phenomenex®

Luna C18 (250x4,6 mm d.i.;5 µm) a 40°C, 254ƞm.

Gradiente: 5-100% MeOH/H2O em 60 min, Vazão:1mL/min, Vol. Injeç.: 10µL. Após pré tratamento em cartuchos de SPE-C18, foram analisados em concentração de 5mg/ml. A atividade antioxidante foi avaliada através do radical 2,2- difenil-1-picrilhidrazilo (DPPH), através de uma alíquota de 4mg em 100mL de MeOH. A partir de uma solução de 2mg/ml, foram preparadas amostras de 0,01–1mg/ml para a construção das curvas analíticas. A absorbância das amostras foi analisada em 517nm, em triplicata (n=9), utilizando quercetina como padrão. A porcentagem do efeito sequestrante das amostras é calculada com a equação: I%=[(Abscn–Absa)/Abscn]x100. O resultado é expresso pelo CE50 (concentração efetiva para reduzir o DPPH em 50%).

Resultados e Discussão

O perfil cromatográfico das folhas e dos frutos demonstrou a presença de compostos derivados de ácido fenólico, com absorbância máxima na região UV de 260 a 280 nm3. Além destas substâncias, o extrato foliar se distingue pela presença de flavonóides, com absorbância máxima nas regiões UV em 240-290 nm e em 300-390 nm4. A co-injeção de padrões confirmou a presença de ácido gálico nos extratos do frutos, sendo o amarelo o mais complexo quando comparado com o roxo e vermelho. Sabendo que valores de CE50 inferiores a 50 μg/mL são considerados muito ativos5, a análise da atividade antioxidante sugere que o extrato das folhas é mais ativo em relação aos frutos, com CE50=6,32±2,81 µg/ml, podendo estar relacionada a presença de flavonóides exibida em seu perfil cromatográfico. A atividade antioxidante dos frutos está relacionada de forma decrescente ao estágio de maturação sendo que o mais ativo é o amarelo, com CE50=11,71±0,80 µg/ml, seguido do vermelho, com CE50=15,62±2,19 µg/ml e do roxo, com CE50=16,79±5,28 µg/ml.

Conclusões

O extrato das folhas de C. concinna demonstrou maior potencial antioxidante em relação ao extrato dos frutos, que neste caso pode ser dependente do estágio de desenvolvimento. Dado o alto potencial antioxidante, novos estudos devem focar no isolamento das substâncias para identificação das estruturas responsáveis por esta atividade, principalmente do extrato foliar.

Agradecimentos

PROPe - Pró reitoria de pesquisa ________________

1MARCHIORI, J. N.C.; BRUM, E. T. Anatomia da madeira do guamirim-facho, Calyptranthes concinna DC. Ciência Rural, v. 27, n.

2, p. 217-222, 1997.

2TAKAO, LK. et al. Atividade antioxidante e conteúdo fenólico de infusões foliares de espécies de Myrtaceae do Cerrado. Braz. J. Biol.

São Carlos, v. 75, n. 4, p. 948-952, 2015.

3STICHER, O. Natural Product Isolation. Natural Product Reports Articles, v. 25, p. 517-557, 2008.

4MERKEN, H. M.; BEECHER, G. R. Measurement of food flavonoids by high-performance liquid chromatography: a review. Journal of Agricultural and Food Chemistry, v. 28, n. 3, p. 577-599, 2000.

5REYNERTSON, K. A., et al. Antioxidant Potential of Seven Myrtaceous Fruits. Ethnobotany Research & Applications, v. 3;

p. 25-36, 2005.

Referências

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