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Estudo sistemático da detecção e identificação de aminoácidos por amperometria pulsada.

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Academic year: 2023

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Sociedade Brasileira de Química ( SBQ)

30a Reunião Anual da Sociedade Brasileira de Química

Estudo sistemático da detecção e identificação de aminoácidos por amperometria pulsada.

Leonardo Domingues (IC)*, Paulo Teng An Sumodjo(PQ), M. Terêsa M. Miranda (PQ) email:

dominguesleo@gmail.com

Instituto de Química – Universidade de São Paulo;

Palavras Chave: amperometria pulsada, ácido aspártico, HPLC

Introdução

As técnicas que permitem separar, identificar e quantificar aminoácidos em amostras naturais e sintéticas são amplamente exploradas nos laboratórios de química de peptídeos e/ou proteínas.

As mais utilizadas atualmente são as cromatografias líquidas de alta eficiência (HPLCs) com ou sem a derivatização prévia dos aminoácidos que empregam a detecção por absorção ou emissão de luz1. A possibilidade de detecção dos aminoácidos não derivatizados separados por HPLC por amperometria pulsada em eletrodo de ouro em meio básico também passou a ser explorada na última década. Entretanto, pouco ainda se sabe sobre os mecanismos moleculares deste tipo de oxidação para os 20 diferentes aminoácidos usuais. O conhecimento destes mecanismos ajuda na compreensão e otimização do processo de detecção. O objetivo deste estudo é elucidar os mecanismos de oxidação eletroquímica de Ácido Aspártico (Asp), Metionina (Met) e Leucina (Leu), aminoácidos que dão um sinal menor que os demais em concentrações idênticas. A técnica potenciodinâmica é método notoriamente utilizado para estudos de elucidação de mecanismos de reações eletroquímicas. Nesta comunicação, discutem-se resultados preliminares do estudo da eletro-oxidação potenciodinâmica do Asp em meio alcalino (condição de detecção).

Resultados e Discussão

Empregou-se um programa de perturbação de potencial que consistiu na aplicação de um potencial constante, (Eapl), por um determinado tempo (tapl) seguido de duas varreduras triangulares sucessivas entre -0,8 e 0,6V. Da análise dos voltamogramas cíclicos conclui-se que o Asp se oxida sobre o eletrodo de ouro. Variando tapl observa-se que a variação de carga de oxidação (Q), do Asp com tapl

apresenta um máximo, ao redor de 2 minutos (Figura 1a). Isto é um indicativo de que durante tapl em Eapl

ocorre uma adsorção do Asp sobre o eletrodo.

Variando Eapl observa-se que, dentro do erro experimental, Q independe de Eapl.

Figura 1. Dependência da carga com o tempo (a) e com o

potencial de adsorção (b).

Da análise dos ensaios variando a velocidade de varredura (v), verificou-se que a corrente de pico (Ip) e o potencial de pico (EP) correspondente variam linearmente com v e com o log(v), respectivamente

(Figura 2).

Figura 2. Ip x v (a) e EP x v (b).

Este comportamento pode ser explicado pelo modelo da Pseudo-Capacitância, de Srinivasan e Gileadi2, que prevê que a etapa mais lenta da oxidação envolve a transferência de elétrons para espécies adsorvidas.

Pelo coeficiente angular do gráfico da Figura 2b (45,65 mV), esta etapa envolve 2 elétrons.

Conclusões

Foi verificada a adsorção e oxidação do Asp sobre o eletrodo de ouro. Os resultados obtidos indicam que a etapa lenta do processo é a oxidação de espécies adsorvidas. Estudos semelhantes3 realizados com glicina indicam uma etapa de perda de CO2 adsorvido sobre eletrodo envolvendo 1 elétron. Portanto, pela natureza química do Asp, pode-se admitir que ocorra uma etapa de perda de 2 carboxilas, não resolvidas na escala de tempo de nossos experimentos, envolvendo 2 elétrons.

Agradecimentos

Os autores agradecem ao CNPq (bolsa e apoio financeiro) e a FAPESP (apoio financeiro).

____________________

1Smillie, L.B.; Natriss, M. In: Mant, C.T. & Hodges, R.S. (Eds) High-performance liquid chromatography of peptides and proteins, CRC Press, Boca Raton, 1991, pp. 847-858;

0 4 0 0 8 0 0 1 2 0 0

1 2 , 7 0 1 2 , 7 5 1 2 , 8 0 1 2 , 8 5 1 2 , 9 0

Q/µCmm-2

ta p l/s

a

- 0 , 4 - 0 , 2 0 , 0

1 2 , 6 1 2 , 8 1 3 , 0 1 3 , 2

Q/µCmm-2

Ea p l/ V

b

0 3 0 0 6 0 0 9 0 0 0

7 5 1 5 0 2 2 5

I p

/ µA

v / m V s- 1

a

1 , 6 2 , 0 2 , 4 2 , 8 3,2 0,42

0,44 0,46 0,48

Ep /V

log (v/mVs-1)

b

(2)

Sociedade Brasileira de Química ( SBQ)

25a Reunião Anual da Sociedade Brasileira de Química - SBQ 2

2 Srinivasan, S; Gileadi, E. Electrochim. Acta 1966, 11, (3), 321- 335.

3 C. –H. Zen et al, Electrochim. Acta 2004, 49, 1249-1255

Referências

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2 -Instituto de Química – Universidade de São Paulo, BOX 26077 CEP 05513-970 * costalt@gmail.com Palavras Chave: dinâmica molecular, simulação de fluido computacional, métodos