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Examinador 2 (4)O trabalho em tela tem como objetivo analisar a o erro de tipo nos crimes de estupro de vulnerável, introduzido no Código Penal Brasileiro através da Lei n

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Academic year: 2023

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A APLICABILIDADE DO ERRO TÍPICO AOS CRIMES DE ESTUPRO VULNERÁVEL À LUZ DA JURÍDICA DO SUPREMO TRIBUNAL DE. O trabalho de conclusão de curso intitulado: A APLICABILIDADE DO ERRO TÍPICO NOS CRIMES DE Estupro Vulnerável à Luz da Jurisprudência do Tribunal Superior, elaborado pelos alunos RAMON SUBTIL DE FARIA MONECHE e SLAY PROCOPIO DE ALMEIDA, foi aprovado por todos os membros do comissão examinadora e aceite pelo curso de Direito das faculdades FACULTADE DOCTUM DE SERRA, como requisito parcial para obtenção do título de BACHARELADO EM DIREITO. O objetivo deste trabalho é analisar os erros tipográficos nos crimes de estupro de pessoa vulnerável, introduzidos no Código Penal Brasileiro por meio da Lei nº.

Por fim, a pesquisa concluiu que, apesar de não ser compreendido pela maioria e, por não haver modalidade culposa para o referido crime, o erro de tipo pode ser aplicado e reconhecido no estupro de pessoa vulnerável para excluir a característica do comportamento o agente. . Este artigo tem como foco analisar a aplicabilidade do erro de digitação nos crimes de estupro de pessoa vulnerável, crime introduzido pela Lei nº que alterou o Título VI do Código Penal Brasileiro. Acontece que o ordenamento jurídico penal, em seu artigo 20, prevê o reconhecimento do erro de digitação quando o agente age ou é induzido ao erro.

Já no segundo capítulo, o erro tipográfico será tratado como excluindo o fato típico e suas modalidades. e analisará as decisões do STF que reconhecem ou não o erro tipográfico.

Conceito de Crime

Dolo e Culpa

Existem três teorias que tratam da fraude, a saber; Teoria da Vontade; Teoria da representação e; Teoria do Assentimento (GRECO, 2015, p. 242). Noutra reviravolta, a teoria da representação sustenta que uma intenção é uma previsão de um resultado, e que é suficiente que um agente preveja um resultado para que uma acção seja considerada intencional. A teoria da representação, que confunde culpa consciente (ou previsível) com intenção, não foi aceite.

Ao pensar sobre isso, é importante ressaltar que a previsibilidade do resultado é um dos elementos de um crime culposo, por isso dividimos a culpa em dois tipos distintos: a culpa inconsciente e a culpa consciente. Em outra reviravolta, o agente prevê o resultado em culpa consciente, mas acredita abertamente que isso não ocorrerá e/ou que poderá ser evitado (CAPEZ, 2011, p. 234). A diferença entre os dois é, portanto, que o agente na intenção possível diz: “não importa”, enquanto na culpa consciente assume: “é possível, mas não vai acontecer”.

Lei nº. A Lei 7.209/84 reformou o Código Penal, trazendo consigo os conceitos de perversão de tipo e perversão de proibição, antes descritos como perversão jurídica e perversão fática (BRASIL, 1984). Erro de tipo – este é o mais importante no estudo em questão, é entendido como o erro que recai sobre as circunstâncias e os elementares descritos no tipo penal. Ou seja, um erro típico ocorre quando o agente não tem conhecimento ao realizar um fato, uma circunstância ou um elemento pertencente ao tipo jurídico.

É, portanto, uma falsa percepção da realidade que faz o policial supor que não se trata de um tipo penal incriminador ou da presença dos requisitos de uma norma tolerante (ESTEFAM, 2018, p. 272). Um erro tipográfico é um erro que afecta as circunstâncias elementares da figura típica, os pressupostos factuais de uma causa justificadora ou dados secundários da norma penal incriminatória. Nesse raciocínio, Greco (2015, p. 356) explica que o erro ocorre quando o agente não tem plena consciência do comportamento que pratica, e não atende aos requisitos da vontade e da consciência, resultando na ausência de intenção.

Diante de tal situação, a doutrina passou a definir o erro tipográfico de duas formas: erro tipográfico essencial e erro tipográfico acidental – sendo apenas o primeiro relevante para a investigação em questão.

Erro de Tipo Essencial

Diferentemente do erro do tipo incriminador, quando falamos do erro do tipo permissivo, trata-se da percepção equivocada da realidade recaindo sobre uma situação que é descrita como excluída da ilegalidade, ou seja, descrita como tipo criminoso permissivo. Nesse sentido, Bitencourt (2011, p. 452) ensina que: “Quando o objeto do erro é a própria suposição da causa da justificação, afirma-se que, segundo os postulados da teoria limitada da culpa, é permissivo para que o erro ocorra”. A formulação é imprecisa porque, na realidade, este dispositivo aborda apenas um tipo de alegado discriminante, o alegado discriminante de erro de digitação.

A outra, denominada suposta discriminação por erro de proibição (ou “erro indireto de proibição”), é regida pelo art. Para a teoria limitada da culpa, baseada na exposição de motivos do Código Penal,47 o erro de raciocínio, se ocorrido em situação fática, será considerado como erro permissivo e não como erro proibitivo. Ainda neste paradigma, os supostos discriminadores podem ser tanto devido ao erro de tipo quanto ao erro de parada.

O referido tipo penal se configurará por meio de qualquer tipo de ato libidinoso cuja finalidade seja a satisfação da luxúria com pessoas consideradas frágeis ou vulneráveis, com consentimento da vítima alheio à configuração do crime. De acordo com o Código Penal, ficam desprotegidos os menores de 14 anos (art. 217-A, caput), os doentes ou deficientes mentais e os que por algum outro motivo não resistam (§ 1º). Nesse sentido, nota-se que o comportamento típico do crime de estupro de pessoa vulnerável consiste em: a) realizar relações sexuais; b) ou praticar qualquer outro ato libidinoso; e c) menores de 14 (quatorze) anos (GRECO, 2017, p. 147).

593: O crime de estupro de pessoa vulnerável envolve relação sexual ou prática de ato libidinoso com menor de 14 anos, sendo irrelevante o eventual consentimento da vítima para a prática do ato. Analisando o conteúdo do referido resumo, é possível perceber que, ao definir explicitamente que o consentimento da vítima para o ato, a sua experiência sexual anterior ou a existência de um relacionamento anterior são motivos irrelevantes para a configuração do crime, o que é caracterizado no art. 217-A, estabelece barreiras quando se trata da aplicabilidade do erro de digitação (BRASIL, STJ, 2009). Ou seja, o agente deve estar ciente e desejar praticar qualquer ato libidinoso contra pessoas em situação de vulnerabilidade, sendo irrelevante se a vítima deu consentimento ou teve relações sexuais anteriores com o agente.

Caso aconteça o contrário, ou seja, o agente praticar a conduta de forma involuntária, ocorrerá um erro de tipo, que excluirá a intencionalidade e, portanto, excluirá o crime, uma vez que não existe modo culposo do referido crime (GRECO, 2017). , pág. 148).

Análises Jurisprudenciais sobre a Aplicabilidade do Erro de Tipo nos

O erro típico pode ser concebido como a falsa representação da realidade, que elimina a intenção, o que significa que não há crime. Neste sentido, a jurisprudência deste Supremo Tribunal de Justiça foi estabelecida no sentido de que o desconhecimento da idade da vítima pode excluir circunstancialmente a intenção do arguido em relação ao estado de vulnerabilidade, através da ocorrência do denominado erro do tipo (art. 20 do KP) (REsp 1.746.712/MG, Rel. Em decorrência disso, o desembargador proferiu decisão absolvendo o acusado do crime de estupro de pessoa vulnerável, sob o argumento de que o réu fez uma erro tipográfico em relação à idade da vítima.

O ministro relator Ribeiro Dantas confirmou no Recurso Especial nº 1.885.315 com decisão monocrática de 25 de agosto de 2020 a manutenção da aplicabilidade do erro tipográfico sob o fundamento de que o réu não tinha certeza absoluta da idade da vítima. (BRASIL, STJ, 2020). O Ministro é favorável à aplicação do erro tipográfico, acreditando que a alegação da Parquet resultaria em uma reanálise do próprio conteúdo, incorrendo assim no disposto na súmula 7 do Superior Tribunal de Justiça. Neste caso, o arguido foi acusado de ter cometido a violação de uma pessoa vulnerável.

O Ministro Joel Ilan entendeu que o desconhecimento da idade da vítima impossibilita a intencionalidade da conduta do acusado, bem como que não é possível reconsiderar o conteúdo fático e probatório em razão do disposto na súmula 7 do STJ, devendo, portanto manter o reconhecimento de erro de tipo. Contudo, os entendimentos do tribunal superior não são maioritários no que diz respeito ao reconhecimento do erro de tipo nos crimes de violação de pessoas vulneráveis, casos em que o referido tribunal superior avalia uma falha no reconhecimento da exclusão de pessoas vulneráveis. tipicidade. Nesse sentido, é de extrema importância demonstrar também que o Superior Tribunal de Justiça entende não reconhecer o erro de tipo quando se trata de crimes de estupro de pessoa vulnerável.

Com base em tais entendimentos, independentemente de reconhecerem ou não o tipo de erro, pode-se concluir que os casos que envolvem estupro de pessoa vulnerável requerem maior atenção e expertise dos juízes em sua tomada de decisão. Neste sentido, é perfeitamente cabível a crítica e o reconhecimento de um erro tipográfico relativamente à idade da vítima no caso em apreço. Ao analisar as decisões do Tribunal Superior quanto ao reconhecimento da exclusão da tipicidade nos atos criminosos de estupro de pessoa vulnerável, é possível observar um duplo entendimento do referido Tribunal Superior nesta área, onde boa parte deles é no sentido de reconhecer um erro típico e parte dele não ser reconhecido.

Nessa linha de raciocínio, embora haja respaldo jurídico para o reconhecimento do erro tipográfico nos crimes de estupro de pessoa vulnerável, a inexistência da forma culposa do delito deixa claro que é necessário maior cuidado e cautela por parte do juízes ao lidar com tais casos. Neste sentido, a identificação de erro tipográfico deve basear-se em provas que comprovem que o agente não agiu intencionalmente no momento da sua conduta. Com base em tudo o que foi exposto e analisado, pode-se concluir que, embora não esteja prevista a natureza culposa do crime nos termos do artigo 217-A, a exclusão da ilicitude por erro desculpável, embora não haja entendimento maioritário dos tribunais superiores e Tribunal Superior, pode ser reconhecido como ato criminoso o estupro de pessoa vulnerável, definido no artigo 217-A do Código Penal.

Referências

Documentos relacionados

Analisando a posição do Superior Tribunal de Justiça a respeito do tema, analisamos o julgamento do Recurso Especial 1.488.590/PR, de 2015, que deu provimento para