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Forame mastoide

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Academic year: 2023

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XXVIII Congresso de Iniciação Científica

Forame mastoide: estudo anatômico e morfométrico

Natasha Livramento Pereira, Horácio Faig-Leite. Campus de São José dos Campos, Instituto de Ciência e Tecnologia, Odontologia Integral, natashalipere@gmail.com.

Palavras Chave: forame mastoide, veia emissária mastoidea, anatomia.

Introdução

Pelo forame mastoide (FM) passa a veia emissária mastoidea, que comunica os vasos venosos da parte externa da cabeça com os seios venosos do cérebro, principalmente o seio sigmoide. O conhecimento detalhado do FM é de relevante importância antropológica e clínico-cirúrgica, principalmente nas patologias vasculares que ocorrem na região mastoidea.

Objetivos

O objetivo deste trabalho foi realizar um estudo sobre a prevalência, localização, forma e dimensão do FM.

Material e Métodos

Foram utilizados 350 crânios humanos secos íntegros (700 lados), sem identificação de sexo ou raça, pertencentes à Disciplina de Anatomia do ICT - UNESP. Cada FM encontrado foi medido linearmente (diâmetro transverso máximo e ântero- posterior máximo). As medidas foram obtidas com o auxílio de um compasso de ponta seca e transferidas para um paquímetro digital. Foi verificada a posição do FM em relação ao plano aurículo-orbital (PAO) e mensurada a distância entre os dois.

Resultados e Discussão

O FM estava presente em 321 (91,7%) crânios e ausente em 29 (8,3%). Foi encontrado bilateral em 233 (72,5%) crânios e unilateral em 88 (27,5%), sendo 44 de cada lado. O FM incidiu mais do lado esquerdo (50,9%) do que do direito (49,1%). O diâmetro médio encontrado no sentido ântero- posterior foi de 2,2 mm. e no sentido transversal de 1,82 mm. O FM estava abaixo do PAO em 308 (87%) crânios, sobre o PAO em 32 (9,9%) e acima do PAO em 10 (3,1%) crânios. A distância média do FM ao PAO foi de 9,35 mm.

Louis¹ observou a presença do forame mastoide em 98% do lado direito e em 72% do lado esquerdo.

Isso contrasta com os resultados desse estudo, que encontrou prevalências semelhantes dos dois lados e maior do lado esquerdo do que do direito.

Kim observou a presença de pelo menos um forame em 83,7% dos crânios estudados, em 74% dos hemi-crânios esquerdos e 81% dos hemi-crânios direitos.

Reis³ encontrou o diâmetro médio do forame mastoide de 2,15 mm e a prevalência de 89%.

Nesse estudo foram vistas as relações que a veia emissária mastoidea possui com as outras estruturas venosas assim que emerge pelo seu forame. Assim que deixa o osso temporal, a MEV se une ao plexo venoso suboccipital, que constitui a parte mais superficial do sistema venoso da parte posterior do pescoço. O plexo venoso suboccipital pode originar sangramentos extensos e de difícil controle pelo cirurgião durante abordagens dessa região.

A veia emissária mastoidea tem importante papel na transição para o bipedalismo. Segundo Kim, existe uma inter-relação entre a postura ereta e os efeitos da gravidade, com a consequente preferência de o fluxo venoso se dar pelo plexo venoso vertebral, ao invés de pela veia jugular interna. A reorientação postural, somada ao aumento do tamanho do crânio, à expansão dos seios venosos occipital e marginal e ao desenvolvimento das veias emissárias mastoidea e parietal, aumentou a drenagem do sangue pelo plexo venoso vertebral.

Conclusões

O conhecimento anatômico e morfométrico do FM e das suas relações com o PAO são muito importantes quando de procedimentos cruentos na região das fossas média e posterior do crânio.

____________________

1 Louis RG Jr, Loukas M, Wartmann CT, Tubbs RS, Apaydin N, Gupta AA, Spentzouris G, Ysique JR. Clinical anatomy of the mastoid and occipital emissary veins in a large series. Surg Radiol Anat.

2009;31:139-44.

² Kim LK, Ahn CS, Fernandes AE. Mastoid emissary vein: anatomy and clinical relevance in plastic & reconstructive surgery. J Plast Reconstr Aesthet Surg. 2014;67:775-80.

³ Reis CV, Deshmukh V, Zabramski JM, Crusius M, Desmukh P, Spetzler RF, Preul MC. Anatomy of the mastoid emissary vein and venous system of the posterior neck region: neurosurgical implications.

Neurosurgery. 2007;61:193-200.

Referências

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