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GEOCRONOLOGIA E PROVENIÊNCIA DA BACIA DO JAIBARAS ATRAVÉS DA ANÁLISE DE ZIRCÕES DETRÍTICOS

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Academic year: 2023

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XXXI Congresso de Iniciação Científica

GEOCRONOLOGIA E PROVENIÊNCIA DA BACIA DO JAIBARAS ATRAVÉS DA ANÁLISE DE ZIRCÕES DETRÍTICOS

Nadine Chiosini Pivetta, Lucas Veríssimo Warren, Rodrigo Irineu Cerri. Rio Claro, Instituto de Geociências e Ciências Exatas (IGCE), Geologia, nadinechiosini@hotmail.com, ICSB.

Palavras Chave: Bacia do Jaibaras, Formação Aprazível, Zircões detríticos.

Introdução

A Bacia do Jaibaras ocorre no nordeste do Brasil, abrangendo partes dos estados do Ceará, Piauí e Maranhão no setor norte da Província do Borborema. Por apresentar continuidade em subsuperfície sob a Bacia do Parnaíba, Oliveira e Mohriak (2003) interpretam-na como rifte precursor desta sinéclise.

Novais et al. (1979) obtiveram datações para a Formação Pacujá e Parapuí nessa bacia, indicando que o Grupo Jaibaras possivelmente teria se depositado entre o final do Ediacarano (Neoproterozoico) e o Ordoviciano.

Apesar da datação obtida por Novais et al.

(1979), as idades das demais unidades do Grupo Jaibaras ainda não são conhecidas, inviabilizando o teste da hipótese da Bacia do Jaibaras como rifte precursor da Bacia do Parnaíba.

Objetivo

Esse projeto teve como objetivo principal a análise geocronológica de zircões detríticos da Formação Aprazível pelo método LA-ICP-MS.

Possibilitando a definição de idades máximas de deposição e áreas fontes para a Formação Aprazível, buscando testar se a Bacia do Jaibaras condicionou a implantação da Bacia do Parnaíba.

Material e Métodos

O principal método utilizado foi a datação de zircões detríticos pelo método de ablação a laser acoplado ao ICP-MS (LA-ICP-MS). O equipamento utiliza um feixe de luz laser que funde uma porção do zircão, a qual é analisada pelo espectrômetro de massa, gerando razões isotópicas U/Pb. Para a realização das análises, utilizou-se o Laboratório de Geoquímica Isotópica da Universidade Federal de Ouro Preto sob coordenação do Prof. Cristiano Lana.

Resultados e Discussão

A determinação da idade máxima de deposição da Formação Aprazível foi feita através do método dos três grãos mais jovens obtidas pelos dados U-Pb. Desse modo, a idade máxima de deposição obtida foi 499,5 ± 4,7 Ma. A interpretação

dos dados U-Pb permitiu a identificação de fontes Cambrianas, Ediacaranas e Paleoproterozoicas, com o registro de apenas dois grãos de idade Arqueana.

Hollanda et al. (2018) sugere que dados bioestratigráficos apontam a deposição do Grupo Serra Grande (Formação Ipu) já no início no Llandoveriano (Siluriano). Considerando o período compreendido entre a idade máxima de deposição da Formação Aprazível e o início da deposição da Formação Ipu, concluiu-se que entre estas unidades existe um intervalo de aproximadamente 56 Ma sem registro geológico, caracterizando uma discordância erosiva de cunho regional.

Conclusões

Através dos dados U-Pb obtidos pela análise de zircões detríticos pelo método LA-ICP-MS da Formação Aprazível, foi possível concluir que:

I. A idade máxima de deposição da Formação Aprazível indica deposição entre o período Ediacarano e o Cambriano para a fase final de implantação da Bacia do Jaibaras;

II. Fontes Cambrianas: Formação Parapuí, granitos Mucambo e Meruoca; Fontes Neoproterozoicas: Complexo Tamboril - Santa Quitéria, Unidade Canindé, e possivelmente Unidade Independência e Grupo Ubajara; Fontes Paleoproterozoicas:

unidades do embasamento da Província Borborema. Considerando o intervalo de idade entre 1621 Ma a 2405 Ma, as áreas fontes podem corresponder ao Complexo Granja, Formação São Joaquim e as unidades Canindé e Independência.

III.

A presença de significativa discordância entre a base da Formação Ipu e o topo da Formação Aprazível indica que a Bacia do

Jaibaras se desenvolveu

independentemente da Bacia do Parnaíba.

Refutando a hipótese da primeira bacia tipo rifte ter sido precursora da implantação da segunda bacia intracontinental.

___________________

1Hollanda, M. H. B., Góes, A. M., Negri, F. A. Geol. Soc., Lond.2018.

472(1),181.

2Novais, F. R. G., Brito Neves, B. D., & Kawashita, K. Simp. Geol.

Nord. 1979. 9, 91-110.

3Oliveira, D. C., & Mohriak, W. U. Mar. Petrol. Geol. 2003. 20, 351–

383.

Referências

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