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importância da atenção básica de saúde no diagnóstico

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Academic year: 2023

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Diana Araújo dos Santos*

RESUMO

A hanseníase é uma das doenças mais antigas que acomete o homem, o combate a doença vem sido um grande desafio no país, e constitui um importante problema de saúde publica devido a sua magnitude e seu alto poder incapacitante. A Hanseníase é uma doença infecto- contagiosa de progressão lenta e se manifesta principalmente através de sinais e sintomas dermatoneurológicos, que causa lesões na pele e nos nervos periféricos, principalmente nos olhos, mãos e pés. O objetivo do estudo foi identificar a importância da atenção básica de saúde no diagnóstico precoce e no tratamento da hanseníase. . Trata-se de uma revisão de literatura integrativa. Foram escolhidos artigos na base de dados da Biblioteca Virtual em Saúde (BVS). Os descritores utilizados foram Hanseniase, Atenção primária e Controle, no período compreendido entre 2006 a 2016. Para complementar os achados foram utilizados um livro intitulado "Tratado de Infectologia" e quatro manuais do Ministério da Saúde doa anos de 2007, 2008, 2009 e 2010. A atenção básica se destaca por propor ações voltadas para a realização do diagnóstico precoce, tratamento, prevenção de incapacidades e vigilância dos contatos domiciliares, sendo de grande relevância na prevenção de danos físicos, psíquicos e sociais resultante do processo do adoecimento causado pela hanseníase. O diagnóstico precoce além de garantir a adoção de medidas terapêutica correta impede que a doença evolua para as formas mais graves, sendo assim de suma importância a identificação de sinais e sintomas. A equipe de saúde da atenção básica deve instituir em sua rotina o tratamento para hanseníase, devendo seguir o esquema terapêutico padronizado, desse modo os pacientes devem ser acompanhados durante todo o processo. Portanto a atuação da atenção básica é um ponto estratégico que estabelece um maior vinculo entre comunidade e equipe de saúde tendo maior autonomia para a elaboração de ações de intervenção no meio ambiente e seus fatores modificáveis.

Palavras-chaves: Hanseníase. Atenção Básica. Diagnóstico precoce. Tratamento.

*Bacharel em Enfermagem. Email: diana_araujo13@hotmail.com.

Artigo apresentado á Atualiza Cursos, como requisito parcial para obtenção do título de especialista em Saúde Publica com Ênfase na Saúde da Família, sob a orientação do professor (a) Max Pimenta Lima. Salvador, 2016.

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1.INTRODUÇÃO

A hanseníase é uma das doenças mais antigas que acomete o homem, que datam referências de 600 a.c tendo origem na Ásia e na África, a melhoria de condições de vida e o avanço tecnológico e cientifico trouxe pontos significativos no que diz respeito ao diagnóstico, tratamento e cura (BRASIL, 2009). De acordo com o (SINAN, 2016) no Brasil em 2015 foram detectados cerca de 14,7 novos casos com a taxa de prevalência de 1,01 para cada 10.000.00 habitantes, representando assim as menores taxas desde de 1990.

O combate à hanseníase se tornou um grande desafio no país, e apesar de seu avanço ainda constitui um importante problema de saúde publica devido a sua magnitude e seu alto poder incapacitante, o que atinge principalmente a faixa etária economicamente ativa. Durante as últimas duas décadas o Brasil têm concentrado esforços para introduzir a avaliação e prevenção de incapacidades físicas, juntamente com a descentralização das atividades de controle da hanseníase na atenção básica, o que possibilita o diagnóstico precoce (BRASIL, 2007).

A Hanseníase é causada pelo Mycobacterium leprae, sendo uma doença infecto- contagiosa, que se instala no organismo da pessoa infectada que pode se multiplicar e tem a capacidade de infectar grande números de pessoas, porém poucos adoecem apresentando assim baixa patogenicidade. A doença é lenta e progressiva, e se manifesta principalmente através de sinais e sintomas dermatoneurológicos, que causa lesões na pele e nos nervos periféricos, principalmente nos olhos, mãos e pés (BRASIL, 2007).

Apesar de a hanseníase ser uma doença de fácil de diagnostico, tratamento e cura, quando diagnosticada e tratada tardiamente pode trazer graves consequências para os portadores e seus contactantes, pelas lesões que trazem e incapacidade física. No entanto o Ministério da Saúde aponta para a necessidade de intensificar as ações de vigilância da hanseníase, com maior ênfase no diagnóstico precoce e no tratamento da doença (BRASIL, 2009).

Vale salientar que a maioria dos casos são detectados na rede básica de saúde, sendo necessário ter uma estratégia articulada, para que possa ser fornecido um tratamento quimioterápico adequado para as pessoas diagnosticada com a doença. No entanto a Atenção Básica (AB) é o nível primário de atendimento e deve ser a porta de entrada no Sistema Único de Saúde (SUS), sendo caracterizada por um conjunto de ações que age no âmbito coletivo e individual e desenvolve ações direcionadas na promoção e proteção da saúde, prevenção de doenças, diagnóstico precoce, tratamento e reabilitação (BRASIL, 2007).

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O diagnóstico precoce da hanseníase e o seu tratamento adequado evitam a evolução da doença, e desse modo impedem que a doença cause incapacidade física. Estas incapacidades e deformidades podem acarretar problemas, como diminuição da capacidade de trabalho, limitação da vida social e problemas psicológicos (BRASIL, 2008).

Sendo a hanseníase um grave problema de saúde pública no Brasil, que provoca grande impacto na vida das pessoas decorrentes do processo do adoecimento e, estando AB em um ponto estratégico de atenção á saúde voltado para a detecção precoce e o tratamento da doença questiona-se qual a importância da atenção básica de saúde no diagnóstico precoce e no tratamento da hanseníase? Dessa forma, o estudo buscou: Identificar a importância da rede atenção básica de saúde no diagnóstico precoce e no tratamento da hanseníase.

A compreensão da importância da temática em questão se torna uma ferramenta de grande importância para a construção de estratégias, e orientação de medidas desenvolvidas em conjunto com a população, que pode possibilitar politicas publicas de saúde com o objetivo de atender às necessidades dos profissionais da saúde e fortalecer as atividades de prevenção de agravos e promoção da saúde da população.

2 PERCURSO METODOLÓGICO

A presente pesquisa trata-se de uma revisão de literatura do tipo integrativa. A revisão bibliográfica é uma integração de trabalhos realizados sobre o tema, sendo capaz de fornecer dados atuais e relevantes relacionados à temática em questão, abrange toda bibliografia tornada pública com a finalidade de colocar o pesquisador frente á tudo que já foi publicado sobre determinado assunto (MARCONI; LAKATOS, 2009).

A pesquisa foi iniciada a partir da questão norteadora formulada: qual a importância da atenção básica de saúde no diagnóstico precoce e no tratamento da hanseníase? Foi assim realizada uma retrospectiva histórica na literatura científica no mês de Agosto de 2016.

Para a busca de documentos foi utilizada a Biblioteca Virtual em Saúde (BVS).

Através das terminologias adotadas pelos Descritores em Ciências da Saúde (DeCS), foi realizada uma avançada, utilizando os descritores “Hanseníase”, “Atenção primária” e

“Controle” sendo encontrados 107 documentos.

Para fazer a seleção do material foram escolhidos documentos científicos de todas as bases de dados que continham publicações. Assim sendo, a Medical Literature Analysis and Retrieval System Online (MEDLINE) apresentou 2 documentos; a Base de Dados de

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Enfermagem (Bdenf), 3 documentos, a Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde (LILACS), 2 documentos publicados e na Coleciona SUS (Brasil) foi encontrado 1 documento.

Por se tratar de um trabalho de conclusão de curso optou-se por restringir a seleção, a partir dos critérios de inclusão: documentos com texto completo e publicados na língua portuguesa, no período de 2006 á 2016.

Quando foi realizada a filtragem pelos documentos com texto completo, o número reduziu para 52 e quando selecionados aqueles que estavam publicados no idioma português, restaram 41, publicados entre os anos de 2006 á 2016, resultou num total de 39 documentos;

Após esse levantamento bibliográfico, realizou-se uma leitura flutuante do material selecionado. Assim, pôde-se obter uma visão global do material, encontrado para a pesquisa.

Em seguida, efetuou-se a leitura exploratória, a qual permitiu visualizar que os 8 documentos encontrados eram de interesse para a pesquisa, os demais foram excluídos, pois se afastavam do objeto de estudo.

Por se tratar de uma revisão integrativa, o aprofundamento na leitura orientou a incorporação de referências teóricas complementares para facilitar o alcance dos objetivos propostos. Buscou-se, portanto, na literatura textos que complementassem os encontrados, no sentido de enriquecer a busca sobre, qual a importância da rede básica de saúde no diagnóstico precoce e no tratamento da hanseníase. Foram encontrados, 1 livro intitulado

“Tratado de Infectologia ”, publicado no ano de 2015 e 5 manuais do Ministério da Saúde dos anos de 2006, 2007, 2008, 2009 e 2010.

3 RESULTADOS E DISCUSSÃO

3.1 HANSENIASE

A hanseníase é uma doença infecto contagiosa causada pelo o Mycobacterium leprae, que inicialmente atinge o sistema nervoso periférico. O M. leprae é um bacilo álcool-ácido resistente e gram-positivo, que assume a forma de bastonete leve e, que tem a capacidade de penetrar nas células sendo assim a única espécie de bactéria que infecta os nervos periféricos, em especifico atinge as células Schwann, no entanto apresenta alta infectividade, baixa patogenicidade e virulência (MARGARIDO; RIVITTI, 2015).

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De acordo com Lanza et al. (2014) a hanseníase pode causar um grande impacto devido ao seu potencial incapacitante que podem acarretar na vida do individuo problemas como limitações da capacidade de trabalho e vida social, problemas psicológicos que gera estigma e preconceito na sociedade.

Devido ao padrão de multiplicação do bacilo a doença tem a evolução lenta e progressiva e manifesta-se através, causando lesões nos nervos e na pele, principalmente nos olhos mãos e pés, podendo atingir outros órgãos como testículos e gânglios. Contudo esses bacilos desenvolvem um tropismo especial pelas fibras nervosas, o que pode atingir desde as terminações nervosas da derme até aos troncos nervosos e é dada por uma neuropatia mista, ou seja, pode comprometer fibras nervosas, sensitivas, motoras e autonômicas. Este bacilo não cresce em meios de cultura artificiais e não é cultivável in vitro (BRASIL, 2007; 2008).

O homem é conhecido como a única fonte de infecção e tem como principal e mais provável via de eliminação o trato respiratório superior. A transmissão se dá por meio de uma pessoa doente que elimina o bacilo para o meio externo, a doença apresenta um longo período de incubação que dura em média de 2 á 7 anos e o tempo de multiplicação no organismo pode ocorrer de 11 á 16 dias após o contágio (BRASIL, 2009).

A hanseníase pode ser classificada em dois grupos. O grupo Paucibacelar (PB) que tem como características baixa carga bacilar e não são consideradas importantes fontes de contaminação e apresentam o acometimento neural e cutâneo. O grupo Multibacelar (MB) os pacientes que tem a capacidade de contagiar outras pessoas e tem um grande número de bacilos nos tecidos acometidos e podem apresentar diversas lesões cutâneas (MARGARIDO;

RIVITTI, 2015).

A suspeita de hanseníase tem como base a presença de um ou mais sinais ou sintomas podendo estar localizados principalmente nas extremidades das mãos e dos pés, na face, nas orelhas, nas costas, nas nádegas e nas pernas. Desse modo podem ser observados manchas esbranquiçadas, avermelhadas ou amarronzadas, área de pele seca e com ausência de suor, alopecia total ou parcial, perda ou ausência de sensibilidade, parestesias, diminuição da sensibilidade térmica e de pressão, dor e sensação de choque, fisgadas e agulhadas ao longo dos terminais nervosos de regiões periféricas, edema de mãos e pés, hipotonia, espessamento de nervos, neurites, ulceras de pernas e/ou pés, ressecamento nos olhos e presença de nódulos (BRASIL, 2010).

A doença ainda pode ser classificada em quatro formas clinicas. A hanseníase indeterminada é a primeira manifestação caracterizada pelo o aparecimento de máculas com

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alterações na sensibilidade, sudorese e vasomotores, podendo ocorrer alopecia parcial ou total. Na forma tuberculóide são observadas máculas ou placas bem delimitadas hipocrômicas e/ou eritomatosa e/ou acastanhada podendo ter contorno regulares ou irregulares. Geralmente formam lesões como formas arredondadas, anulares e circinadas. A Dimorfa (ou Borderline) é conhecida como forma intermediária, que provoca o acometimento de nervos mais extenso com características clínicas e laboratoriais que podem se aproximar do polo tuberculoide ou virchowiano, nesse caso há o aumento do número de lesões que se apresentam como placas, nódulos eritemato acastanhadas com tendência a simetria. A forma virchoviana é o quadro mais grave, onde o bacilo se multiplica muito rápido com grande número de lesões que apresenta poliformismo tendo manchas discretas, hipocrômicas e múltiplas de limite impreciso que podem ser vista sobre a incidência da luz. Portanto se manifestam progressivamente e tornam-se eritomatosas eritomatopigmentadas, vinhosas e eritomatocúpricas, ferruginosas e espessadas e após algum tempo surge lesões papulosas papulonodulares. Podem ser observados eventos como o engrossamento insensibilidade dos nervos periféricos, caroços e inchaços em face e pavilhão auricular (MARGARIDO;

RIVITTI, 2015).

3.2 DIAGNÓTICO PRECOCE E TRATAMENTO DA HANSENIASE NA ATENÇÃO BÁSICA DE SAUDE

As ações prioritárias para bloquear a disseminação da doença são diagnóstico precoce e o tratamento, sendo esses elementos cruciais para reduzir, incapacidades e deformidades, assim como desmistificar e esclarecer sobre a doença em questão, pois podem resultar em medo e preconceito que causam sérios danos psíquicos, morais e sociais para as pessoas contaminadas e aos seus familiares (BRASIL, 2008).

O tratamento é fundamental para pacientes PB e MB, sendo este realizado em ambulatório devendo seguir o esquema terapêutico padronizado. O tratamento depende da classificação da doença, para os caso PB o tratamento deve corresponder á 6 doses supervisionadas em até 9 meses e na forma MB devem ser administrada 12 doses em até 18 meses. O tratamento quimioterápico em ambos os casos são realizadas doses diárias. A classificação operacional hanseníase é baseada no número de lesões cutâneas de acordo com alguns critérios, casos com até cinco lesões de pele é a forma PB e MB para os casos com mais de cinco lesões (BRASIL, 2010).

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De acordo com Brandão (2011) o diagnóstico precoce da hanseníase e dos estados reacionais, é essencial para a prevenção de incapacidades físicas e deformidades, assim como um tratamento efetivo, no entanto para realizar o diagnóstico é necessário colher a história clínica e epidemiológica do paciente e definir a classificação da doença PB ou MB, diferenciar o tipo de reação hansênica (Reação Tipo I, Reação Tipo II ou Neurite Isolada) assim como investigar os fatores predisponentes. Além disso, é importante a realização do exame físico geral e dermatoneurológico. O autor supracitado revela que tratamento com ou sem neurites deve ser considerado situação de urgência devendo ser iniciado o tratamento imediatamente e podendo ser utilizados os serviços de referencia e contra referência, para tal deve-se avaliar a dimensão do comprometimento de nervos periféricos, órgãos e outros sistemas, também é necessário conhecer a farmacodinâmica dos medicamentos utilizados e referenciar os quadros graves.

A forma mais eficaz de prevenir incapacidades é diagnosticar e tratar precocemente a AB é a principal responsável pela a realização de avaliações neurológicas durante todo o processo até o final do tratamento e alta por cura, para incapacidades são indicadas cirurgias de reabilitação (BRASIL, 2008).

O diagnóstico é essencialmente clínico e epidemiológico e deve ser realizado através da coleta e a análise da história e hábitos de vida do paciente, do exame dermatoneurológico, para identificar lesões ou áreas de pele com alteração de sensibilidade e comprometimento de nervos periféricos (BRASIL, 2009).

Os pacientes com suspeita da doença são encaminhados para AB que devem passar inicialmente por uma avaliação clinica e se necessário para o serviço de apoio de diagnóstico para a realização de exames como a baciloscopia para a confirmação do caso, posteriormente inicia-se o tratamento e avaliação de incapacidade, são dadas orientações importantes á respeito da doença, importância da continuidade do tratamento e retorno ás consultas. O autor em seu estudo acrescenta que a AB deve conhecer as necessidades e individualidade de cada paciente, assim como dar o correto encaminhamento para outros serviços e especialidades a fim de garantir uma assistência integral ao portador de hanseníase (PEREIRA et al., 2011)

Contudo o diagnóstico é realizado prioritariamente na AB por meio de exame dermatoneurológico, que visa identificar lesões ou áreas com alterações de sensibilidade e/ou comprometimento de nervos periféricos e, é nesse momento que é feito a classificação do caso de hanseníase, visando o tratamento com o esquema PQT/OMS (poliquimioterapia), que precisa ser supervisionado pelo profissional de saúde. A baciloscipia é utilizada com exame complementar, utiliza-se a baciloscopia de pele (esfregaço intradérmico), esse exame é

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realizado para definir a classificação dos casos PB e MB, em casos de baciloscopia positiva o caso é considerado MB independente da quantidade de lesões e no caso de baciloscopia negativa não é descartado o diagnóstico de hanseníase (BRASIL, 2010).

O tratamento medicamentoso é constituída por rifampicina, dapsona e clofazimina que são apresentados em quatro tipos de cartelas e sua classificação é de acordo com cada caso, podendo ser paucibacilar adulto, paucibacilar infantil, multibacilar adulto e multibacilar Infantil. A equipe de saúde da AB deve instituir em sua rotina o tratamento para hanseníase, devendo seguir o esquema terapêutico padronizado, desse modo os pacientes devem ser acompanhados durante todo o tratamento sendo de extrema importância fornecer informações acerca do tratamento e investigação de contatos (BRASIL, 2007).

O tratamento é ambulatorial e devem ser agendados consulta a cada 28 dias para receberem a dose supervisionada e desse modo recebem a cartela de medicamento que será administrada em domicilio, vale ressaltar que o momento da consulta deve ser aproveitado para avaliação, esclarecimento de duvidas e orientações (BRASIL, 2008).

3.3 IMPORTÃNCIA DA ATENÇÃO BÁSICA DE SAÚDE NO DIAGNÓTICO PRECOCE E NO TRATAMENTO DA HANSENIASE

A Atenção Básica (AB) destaca-se por mover as ações de promoção da saúde e prevenção de doenças, e atua na resolubilidade dos problemas mais inerentes na população, dando prioridades a várias áreas específicas de atuação, onde podemos destacar a o controle da hanseníase, uma doença de extrema importância que têm se tornado um problema de saúde pública e um desafio para profissionais e gestores de saúde por conta de sua alta prevalência e pelo impacto negativo que causa na saúde da população acometida (BRASIL, 2008).

O Programa de Controle da Hanseníase (PNCH) foi oficialmente implantado na Atenção Básica (AB) a partir do ano de 2000 em conformidade com a portaria Nº 816 de 26 de julho de 2000, cujo teve o objetivo de aprovar as diretrizes com o intuito de orientar as medidas de prevenção, diagnóstico, tratamento e controle da hanseníase em todos os níveis da assistência dando prioridade a AB. O programa que é uma prioridade do ministério da saúde que teve como principal objetivo a redução da morbidade causada pela a doença, melhorar a assistência ao portador da doença, aumentar a cobertura de serviços e fortalecimento das ações que são destinadas á detecção de casos (BRASIL, 2007).

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De acordo com Vieira (2015) existe vários caminhos á serem percorrido pelo o usuário em busca da assistência, pois entre eles se destacam a AB, o vinculo do usuário com este nível de complexidade é um fator determinante que contribui para o diagnóstico precoce e tratamento da hanseníase, pois é através dessa relação que é possível realizar a oferta de exames e disponibilização de recursos para divulgação de sinais e sintomas da doença para a população, e desse modo oferecer acesso fácil e assistência integral aos portadores. Seja qual o nível de assistência quem tenha o primeiro contato com individuo, que estaja sob suspeita da hanseníase, o mesmo será encaminhado para AB, onde será realizado a confirmação de casos suspeitos, o tratamento adequado e exames de contato.

Gomes (2016) reforça que a AB possibilita a oferta das ações de saúde que favorece o acesso aos serviços de saúde para a população, sendo este a porta de entrada e o primeiro contato no SUS, e desse modo estabelece o fortalecimento do vinculo entre usuários e a equipe de saúde. Ainda destaca que a descentralização dos serviços de saúde tem trazido resultados favoráveis ao desenvolvimento de atividades voltadas para o diagnóstico precoce, tratamento da doença e consequentemente trazer melhora nos indicadores da hanseníase. De acordo com seu estudo pode-se comprovar que lugares com a cobertura desse serviço houve o aumento da detecção de novos casos da doença e ao mesmo tempo indicou que municípios com baixa cobertura apresenta uma prevalência alta oculta da doença, que por sua vez aumenta a sua transmissão.

Como aponta a pesquisa à redução da transmissão da doença tem relação direta com o numero de casos que surgem e o numero de casos diagnosticado precocemente, portanto pode-se afirmar que a epidemiologia da hanseníase está diretamente ligada á qualidade e dos serviços de saúde e destaca-se como o fator primordial a AB. A descentralização dos serviços de saúde e a adição das ações voltadas para o diagnóstico precoce, tratamento, prevenção de incapacidade e exame de contatos são elementos importantes que consequentemente favorece para o controle da endemia e além disso, podem ajudar a diagnosticar os casos antigos que permanecem ocultos, facilitar o acesso da população aos serviços de saúde e permitir uma aproximação com o serviço de saúde.

Brasil (2009) reforça que a AB além de ser compreendido como primeiro contato também tem o importante papel de informar a população quanto e as ações de prevenção de doenças e de promoção á saúde e assim possibilitar orientação e amparo para portador e família durante todo o processo, prestando assim um cuidado continuado do individuo e coletividade.

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Lanza et al, (2014) afirma que a hanseníase é um agravo prioritário na política de saúde do Brasil e se faz necessário o fortalecimento da AB no seu controle, sendo este serviço fundamental para a prevenção de incapacidade física e realização do diagnóstico precoce e tratamento adequado. Este nível de complexidade da assistência é um dos principais meios de integração de atenção à hanseníase, pois permite práticas de controle em todo território e ainda destaca a importância da visita domiciliar como uma excelente ação no acompanhamento do paciente e família. O estudo também enfatiza a importância dos Agentes comunitários de Saúde (ACS) envolvidos nesse processo, eles podem atuar juntamente com a AB em atividades de controle, podendo realizar a suspeita diagnóstica, o encaminhamento do paciente em caso de reações, realização de orientações sobre a prevenção de incapacidade e busca de contatos faltosos. Contudo é enfatizado que o aprimoramento da assistência e divulgação da doença são ações de grande eficácia no combate a doença.

A Importância da AB se destaca por propor a realização do diagnóstico precoce, tratamento, prevenção e tratamento de incapacidades e vigilância dos contatos domiciliares, sendo de grande relevância na prevenção de danos físicos e sociais resultante do processo do adoecimento causado pela hanseníase. Vale destacar que o diagnóstico precoce é a ação mais eficaz para controlar a progressão da doença e diminuir a detecção de formas clínicas MB com alguma deformidade (LANZA et al., 2014).

Raposo (2011) traça em seu estudo a AB como um importante serviço de referência e contra referencia para os casos de hanseníase, este processo acompanha o individuo acometido em todos os níveis de complexidade da assistência, assim como dá os devidos encaminhamentos caso haja qualquer eventualidade, promovendo assim, desde um tratamento eficaz e especifico até a cura da doença. O mesmo também destaca as ações realizadas como a busca ativa, alimentação do sistema de informação, avaliação de incapacidades, vigilância de contatos, vacinação de contatos, ações educativas, campanhas e participação comunitária.

Portanto acrescenta que a AB tem alto impacto positivo no que diz respeito ao controle da hanseníase, trazendo benefícios como: o aumento de casos diagnosticados, a alta por cura, oferta de tratamento adequado, aumento do número de notificação de casos, diagnósticos feitos em comunicantes, diminuição de números de casos de incapacidade física, o declínio de menores de 15 anos infectados, diminuição de abandono de tratamento (RAPOSO, 2011).

De acordo com (PEREIRA et al., 2008) AB também realiza o acolhimentos, exame dermateurológicos e vacinação dos contatos, supervisão de apoio aos demais serviços , notificação e acompanhamento de caso e, ainda salienta que o diagnóstico precoce é

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importante para quebrar a cadeia de transmissão, identificar novos casos e prevenir lesões mais graves que podem levar a incapacidade física..

Uma outra ação de extrema importância executada pela AB é a educação em saúde que tem o objetivo de eliminar e esclarecer dúvidas quanto aos falso relatos em relação a contagiosidade da doença , assim como orientar à importância do exame periódico dos contatos, o inicio do tratamento precoce e à prevenção de incapacidades e incentivar quanto a importância do tratamento e cura. Desse modo reforça que um programa de combate à hanseníase estruturado e fortalecido na AB reflete na diminuição da incidência da doença e consequentemente numa melhor qualidade de vida, visto que a hanseníase pode trazer sérios problemas que se agrava quando há o diagnóstico tardio (PEREITA et al., 2008)

O aumento da incapacidade física é resultado entre o aparecimento dos primeiros sinais e sintomas e a realização do diagnóstico tardio, portanto destaca-se não só a importância da AB mais a também a educação continuada da equipe que atua neste nível de assistência, o que é fundamental e irá subsidiar a realização do diagnóstico precoce ou seja, é necessário ter uma esquipe preparada cientificamente e tecnicamente para atuar no controle da doença, impedindo assim que haja a disseminação da doença e a progressão para incapacidade físicas. As ações desenvolvidas na AB trazem influências positivas na situação de saúde, inclusive no controle da hanseníase. O diagnóstico precoce impede que a doença evolua para as formas multibacelares e consequentemente leva ao aumento da detecção de novos casos.

Vale salientar que conhecimento dos sinais e sintomas assim como o diagnóstico deve ser feito por todas as equipes da AB, sendo esta fundamental para o estabelecimento do tratamento correto dos casos e o exame de contatos domiciliar (LANZA E LANA 2011).

Os autores acima afirmam que as ações de controle de hanseníase na AB, envolve importantes ações voltadas para o diagnóstico precoce, tratamento, prevenção de incapacidades física, autocuidado, reabilitação física, psíquica e social e serviços que contribuam para o esclarecimento da doença em meio a população. Desse modo também destaca o processo de descentralização dos serviços de saúde e traz a AB como nível prioritário para a realização do diagnóstico, representando assim este nível de assistência um instrumento valioso para o efetivo controle e eliminação da doença.

O diagnóstico precoce além de garantir a adoção de medidas terapêutica correta impede que a doença evolua para as formas mais graves, sendo assim de suma importância a identificação de sinais e sintomas que deve ser realizados por todas as equipes de saúde da AB. Portanto para garantir a integralidade da assistência o paciente deve ser mantido dentro do serviço de referência e contra referencia e mesmo que haja a necessidade de referenciar o

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paciente para outro nível de assistência este não poderá perder o vinculo e acompanhamento da AB. O tratamento tem o importante objetivo de interromper o ciclo de transmissão da doença, quebrar a cadeia epidemiológica, prevenir as incapacidades e reabilitar fisicamente e socialmente e psicologicamente.

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4. CONSIDERAÇÕES FINAIS

Ao longo dos anos a hanseníase tornou-se um importante problema de saúde publica no Brasil sendo considerada uma doença de extrema importância devido a sua repercussão psicológica geradas pela as deformidades e incapacidade física resultante do processo de adoecimento, fatores esses que podem gerar estigma e isolamento social. O Ministério da saúde tem dirigidos grandes esforços para introduzir a avaliação e prevenção de incapacidades físicas, juntamente com a descentralização das atividades de controle da hanseníase na AB. O diagnóstico é feito prioritariamente na AB através da avaliação clinica do paciente com realização de testes de sensibilidade, palpação de nervos, avaliação de força motora e exame laboratorial.

A AB é um ponto estratégico no controle e eliminação da doença, pois desenvolve ações voltadas para identificação de sinais e sintomas, busca ativa e tratamento de contatos, detecção de novos casos, definição de caso clinico, realização e encaminhamento de exames, tratamento adequado, prevenção de incapacidade físicas, mobilização social e educação em saúde dirigida à população e comunidade. Todas essas ações visam interromper a transmissão da doença, promover a cura e a reabilitação física e social da pessoa acometida.

Portanto é necessário ressaltar a importância das ações desenvolvidas na AB, sendo esta a principal e mais importante porta de entrada do usuário do SUS e desse modo desenvolve ações voltadas para a prevenção, diagnóstico precoce e tratamento da doença, este fato pode refletir na melhor qualidade de vida da população e na redução do estigma que é associado pelas as deformidades e pelo o diagnóstico tardio.

Vale destacar que a AB ainda se torna uma ferramenta de extrema importância que estabelece um maior vinculo entre comunidade e equipe de saúde tendo maior autonomia para a elaboração de ações de intervenção no meio ambiente e seus fatores modificáveis.

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REFERÊNCIAS

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HEALTH PRIMARY CARE IMPORTANCE IN EARLY DIAGNOSIS AND TREATMENT OF LEPROSY

SUMMARY

Leprosy is one of the oldest diseases that affects humans, combating disease has been a major challenge in the country, and is an important public health problem because of its magnitude and its high incapacitating power. Leprosy is an infectious disease of slow progression and manifests itself mainly through dermatoneurológicos signs and symptoms, which causes lesions on the skin and peripheral nerves, especially in the eyes, hands and feet. The aim of the study was to identify the importance of primary health care in the early diagnosis and treatment of leprosy. . This is an integrative literature review. They were chosen articles in the database of the Virtual Health Library (VHL). The descriptors used were Leprosy, Primary care and control, during the period from 2006 to 2016. In addition to the findings were used a book entitled "Treaty of infectious diseases" and four books of the Ministry of Health. The importance of primary care stands out for proposing actions for the realization of early diagnosis, treatment, prevention of disabilities and surveillance of household contacts, being of great importance in preventing physical damage, psychological and social resulting from the disease process caused by leprosy. Early diagnosis in addition to ensuring the adoption of correct therapeutic measures prevents the disease evolves to the more severe forms, so very important to identify signs and symptoms. The health team of primary care should institute in their routine treatment for leprosy, should follow the standard treatment regimen, thus patients should be monitored throughout the process. Therefore the role of primary care is a strategic point and a very important tool that provides a major link between the community and health professionals with greater autonomy for the development of intervention actions on the environment and their modifiable factors.

Keywords: leprosy. Primary Care. Early diagnosis. Treatment.

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Referências

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