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A influência de compostos orgânicas voláteis de tintas imobiliárias na qualidade do ar de ambientes internos

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Academic year: 2023

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A INFLUÊNCIA DOS COMPOSTOS ORGÂNICOS VOLÁTEIS DE TINTAS IMOBILIÁRIAS NA QUALIDADE DO AR EM AMBIENTES INTERNOS. A INFLUÊNCIA DOS COMPOSTOS ORGÂNICOS VOLÁTEIS DE TINTAS IMOBILIÁRIAS NA QUALIDADE DO AR EM AMBIENTES INTERNOS. A influência de compostos orgânicos voláteis de tintas de construção na qualidade do ar interior.

O presente estudo teve assim como objetivo avaliar os compostos orgânicos voláteis das tintas arquitetónicas, presentes na grande maioria das habitações, e a sua influência na qualidade do ar interior. Para isso, foi realizada uma revisão bibliográfica nas bases de dados Web of Science e ScienceDirect, que selecionou 21 artigos investigando a composição do ar em residências de diferentes países, os compostos orgânicos voláteis encontrados atribuídos às tintas arquitetônicas e a influência na saúde dos moradores. . O objetivo desta investigação foi, assim, investigar a influência que os compostos orgânicos voláteis provocam na qualidade do ar em habitações interiores e mais especificamente a relação destes compostos com as tintas de edifícios e com a qualidade do ar em ambientes interiores, bem como as suas consequências para o saúde dos moradores.

Para isso, o método utilizado incluiu uma pesquisa exploratória, baseada em uma revisão bibliográfica sobre a influência de compostos orgânicos voláteis em tintas prediais na qualidade do ar interno.

Solvente 16

Devido ao crescimento industrial e tecnológico, as resinas são comumente sintetizadas nas indústrias químicas e petroquímicas através de reações complexas e sensíveis onde geram polímeros. As cadeias poliméricas formadas são responsáveis ​​pela durabilidade e resistência das tintas, que hoje são superiores às comercializadas no passado (FAZENDA, 2009). Além disso, podem auxiliar nas reações que ocorrem no sistema e auxiliar na viscosidade da formulação.

Os álcoois, exemplo de solvente oxigenado com um a cinco átomos de carbono, são os mais utilizados na indústria de tintas, pois proporcionam equilíbrio ao sistema em características importantes da formulação, como a viscosidade. As cetonas possuem alta solvência e são as mais indicadas para a regulação de compostos orgânicos voláteis, pois possuem baixa densidade e alta solvência (FAZENDA, 2009).

Coalescente 17

Mesmo que esses procedimentos sejam realizados de maneira controlada, os VOCs ainda serão emitidos para a atmosfera. Várias entidades ao redor do mundo estão tentando estabelecer limites de VOCs para tintas arquitetônicas que são comercializadas. Zhou et al (2020) também mostram que quando a tinta seca, as emissões de VOC são menores do que quando a tinta é aplicada recentemente nos substratos.

Isso porque, Zhou et al. 2020) mostrou experimentalmente que ao acelerar o tempo de secagem da tinta, a emissão e o pico de concentração de VOC no ar são atingidos rapidamente, o tempo do estado semi-seco é menor, reduzindo assim o tempo de emissão de VOC no ar e aumentando a qualidade dele. A espessura da camada de tinta afeta a concentração e a taxa de emissão de VOCs no meio ambiente, isso porque, apontam, geram um maior tempo de umidade da tinta, que é o período em que há maior emissão de VOCs e, portanto, , uma maior concentração de VOCs no ambiente interno (Zhou et al., 2020). No trabalho de WI et al. 2020), buscou avaliar a emissão de VOCs e formaldeído de materiais de construção em comparação com a legislação sul-coreana, o Indoor Air Quality Management Act.

Nas 100 residências investigadas, o autor identificou 15 tipos de VOCs simultaneamente na mesma amostra de ar. Eles, portanto, atribuíram os níveis mais altos de VOCs à tinta e, principalmente, à tinta à base de óleo. Neste trabalho, Chen et al. 2014) desenvolveu um trabalho utilizando um banco de dados de informações sobre residências unifamiliares nos Estados Unidos, com o objetivo de determinar o impacto das emissões de VOC em materiais de construção comuns na qualidade do ar dessas residências.

Além disso, várias quantidades de VOCs nas amostras de ar analisadas foram discutidas nos trabalhos discutidos no tópico, que mostraram que a composição do ar interno é influenciada por uma grande variedade de aspectos. Na et al (2014) destacam as tintas como uma das principais fontes de VOCs em ambientes internos, principalmente após períodos de reforma. Ao examinar esses trabalhos, é possível avaliar a importância dos VOCs das tintas para as concentrações totais de VOCs nas casas e sua contribuição para a poluição do ar interior.

Figura 1- Estrutura da forma cristalina rutilo do dióxido de titânio.
Figura 1- Estrutura da forma cristalina rutilo do dióxido de titânio.

Componentes Insolúveis 17

Cargas 19

Aditivos 19

Aditivos de reologia 20

Os espessantes são aditivos reológicos responsáveis ​​pela viscosidade da formulação, que afeta a aplicação da tinta no substrato selecionado, bem como a espessura do filme seco. Outro aditivo de reologia muito utilizado são os aditivos antiescorregamento, que permitem que a tinta não respingue e/ou escorra quando aplicada sobre o substrato (ANGHINETTI, 2012).

Aditivos de processo 20

Aditivos Dispersantes e Umectantes 20

Compostos Orgânicos Voláteis 21

Etilenoglicol 21

Diclorometano 22

Tolueno 22

Xileno 23

As emissões de VOC podem ocorrer em vários estágios, desde o processo de produção da tinta até a aplicação do produto e o processo de cura. Os limites de emissão de VOCs são únicos para cada tipo de tinta arquitetônica e variam em relação às diversas regulamentações mundiais existentes. Assim, com esta nota, fica claro que este processo de emissão de VOCs das tintas leva muito mais tempo do que apenas no momento da aplicação, indicando que esta emissão ocorre no ambiente interno por algum tempo.

Ainda de acordo com Zhou et al. 2020), nas primeiras horas após a aplicação de uma tinta, os níveis de concentração de VOC aumentam rapidamente e logo atingem seu pico na primeira hora após a aplicação do produto, conforme o tempo avança durante a análise e a camada de tinta. seca, a concentração de VOCs no meio ambiente e a diminuição de suas emissões. Eles conseguem, por exemplo, demonstrar que os VOCs emitidos são maiores na fase úmida e semi-seca da tinta do que na fase seca. Os autores também mostram que uma película de tinta mais fina possibilita atingir o pico de concentração de VOCs no ar em menor tempo, pois o processo de secagem da película será mais rápido e uma película mais espessa demorará mais para secar. mais tempo para atingir o pico de concentração de VOC no ambiente (Zhou et al., 2020).

Este trabalho de Zhou et al. 2020) comprova que mesmo que os limites de VOC de uma tinta imobiliária sejam regulamentados por uma agência e/ou norma de um país, as condições ambientais em que a tinta será utilizada, bem como todo o processo de aplicação, uma maior ou menor exposição aos VOCs tanto para os moradores desse ambiente quanto para o trabalhador envolvido no processo. Além disso, também apontam que as reações. interações químicas de materiais com estruturas de apartamentos também podem causar níveis mais altos de VOCs no ambiente. Explicam ainda que foi utilizada a escolha de dois tipos de ambientes, pois os índices de VOC no ambiente externo também podem contribuir para o aumento dos VOCs no ambiente interno.

Os resultados do trabalho dos autores mostraram que as taxas de VOC foram maiores no período pré-ocupação do que no período em que as casas estavam ocupadas. No final, mostra que 4% de todos os VOCs encontrados nas casas vêm de tintas arquitetônicas. Nesse trabalho, além de verificar os níveis de VOC no ar, ele também avaliou os níveis de formaldeído, dióxido de carbono e dióxido de nitrogênio.

Segundo estudo de Jung e Awad (2021), os maiores teores de VOCs e formaldeído nas amostras foram obtidos em casas onde foram utilizadas tintas à base de látex. Nos resultados reportados, as tintas à base de óleo apresentam emissões de VOC 30% superiores às tintas à base de água, sendo os principais VOCs identificados o tolueno, o xileno e o benzeno. Os autores realizaram testes de emissões de VOC de tintas em temperaturas abaixo e acima da temperatura ambiente e descobriram que as emissões de VOC eram maiores em temperaturas mais altas.

Conforme mostrado no artigo, altos níveis de VOCs no ar interno e sua qualidade afetam diretamente a saúde de todos os moradores dessas residências.

Figura 8 – Esquema com as palavras chaves dos artigos analisados na Web of Science
Figura 8 – Esquema com as palavras chaves dos artigos analisados na Web of Science

COMPOSTOS ORGÂNCIOS VOLÁTEIS EM TINTAS IMOBILIÁRIAS 24

A COMPOSIÇÃO DO AR DE AMBIENTES INTERNOS NO MUNDO E A

Act, da Coreia do Sul e identificou o formaldeído como uma substância estranha aos VOCs, o trabalho de Huang et al. 2019), com base no Departamento de Proteção Ambiental dos Estados Unidos, inclui o formaldeído como VOC, indicando as diferenças na legislação de cada país, mesmo que busquem o mesmo resultado final, a qualidade do ar interno. Neste trabalho, Derbez et al. 2014) analisou durante 3 anos a qualidade do ar interior de 2 residências energeticamente eficientes, de 2009 a 2012, em França. 2021) desenvolveu um trabalho de revisão sobre a qualidade do ar interior, bem como sobre a poluição do ar interior e os mecanismos de controlo de poluentes interiores.

Os autores Gonzaléz-Martin et al. 2021) atribuíram 7 componentes às tintas como poluentes do ar interior, nomeadamente: benzeno, tolueno, etilbenzeno, xileno. Ainda assim, apontaram que todos os índices dos compostos encontrados nas amostras foram superiores ao permitido pela legislação europeia dos compostos para melhor qualidade do ar em ambientes fechados. As amostras analisadas da capela incluíam amostras de ar de vários locais e próximos à pintura.

Constatou-se apenas que para o tolueno, as concentrações são maiores próximo à porta de entrada da capela, onde os autores atribuem a influência da qualidade do ar externo (GUERRANTI et al., 2016). O trabalho de Mentesa et al. 2020) discute um estudo de longo prazo sobre a qualidade do ar interno, fontes poluentes, sintomas da Síndrome do Edifício Doente (SBS) e indicadores de saúde respiratória na Turquia. No trabalho de Mentesa et al. 2020), os autores investigaram 121 casas em 3 cidades diferentes na Turquia, compararam amostras de ar externas com coletadas em ambientes internos e identificaram fatores ambientais que levam à ocorrência de SBS, bem como uma investigação dos sintomas apresentados.

De acordo com os trabalhos analisados, os principais problemas de saúde relacionados à exposição à baixa qualidade do ar relacionada aos VOCs podem ser analisados ​​no gráfico 4. Além disso, conforme indicado nos trabalhos de Estevesa, Deana e Balzarovab (2017), Wei, Ramalho e Mandin (2015) , as tintas com baixo índice de VOC são uma garantia de melhoria da qualidade do ar interior sob a influência de tintas arquitetónicas. A pesquisa realizada observou as influências dos compostos orgânicos voláteis na qualidade do ar interior nos diversos artigos analisados.

Através dos trabalhos analisados ​​também foi possível compreender que fatores como temperatura, umidade, ventilação, espessura da película e tipo de tinta possuem influência direta na concentração de VOCs no ambiente, bem como na qualidade do ar interno. Nesse contexto, observou-se que pequenas ações nas residências podem ser suficientes para melhorar a qualidade do ar interior e prevenir os diversos problemas já citados.

Gráfico 1 – Números de menções dos principais COVs apontados na composição do ar de  ambientes internos dos diversos estudos analisados
Gráfico 1 – Números de menções dos principais COVs apontados na composição do ar de ambientes internos dos diversos estudos analisados

A INFLUÊNCIA NA SAÚDE HUMANA CAUSADA PELOS COVs E AMBIENTES

Imagem

Figura 1- Estrutura da forma cristalina rutilo do dióxido de titânio.
Figura 2 - Possíveis estruturas dos cristais de um pigmento inorgânico.
Figura 6- Fórmula estrutural da molécula do tolueno.
Figura 8 – Esquema com as palavras chaves dos artigos analisados na Web of Science
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Referências

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