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Influência da temperatura e da umidade do solo na degradação do pesticida diurom em Latossolo Amarelo

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Academic year: 2023

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Sociedade Brasileira de Química ( SBQ)

32a Reunião Anual da Sociedade Brasileira de Química

Influência da temperatura e da umidade do solo na degradação do pesticida diurom em Latossolo Amarelo

Valdecir Francisco de Almeida1 (IC), Luciane G. dos Santos2* (PG), Carolina Lourencetti2 (PQ), Flávia de Amorim Silva2 (PG),Isaltino Alves Barbosa2 (PG), Daniele Paula de Carvalho1 (IC), Eliana F. G. de Carvalho Dores1,2 (PQ)

1 Departamento de Química, 2 Programa de Pós Graduação em Recursos Hídricos, Universidade Federal de Mato Grosso, Av. Fernando Correa da Costa s/n, Coxipó, 78060-900 – Cuiabá, MT. Email: valdecir_alm@yahoo.com.br

Palavras Chave: Diurom, degradação, umidade

Introdução

Mato Grosso vem se destacando no cenário nacional com o cultivo de algodão, alcançando um dos mais altos índices de produtividade. Para isso grandes quantidades de pesticidas estão sendo aplicados no manejo desta cultura. Embora o uso dessas substâncias represente um grande avanço para a produção, as mesmas podem causar sérios danos à saúde humana e ao meio ambiente. Um dos danos ambientais é a contaminação das águas subterrâneas devido à lixiviação dos pesticidas, sendo a sorção e a degradação no solo os principais fatores que controlam este processo. Ambos fatores são fortemente afetados pelas propriedades físicas e químicas do solo, com especial ênfase para o teor de matéria orgânica, temperatura e umidade1. Isto posto, o presente trabalho teve como objetivo avaliar a influência da temperatura e umidade do solo na degradação do diurom.

Experimental

Amostras de solo

Amostras de solo foram coletadas em área agrícola (cultura de algodão) no município de Dom Aquino - Mato Grosso. Trincheiras foram abertas e amostras foram coletadas nos horizontes Ap (0-10cm), A/B (30-38cm) e Bw1 (40-50cm).

Estudo de degradação

Diurom (1 g g-1) foi adicionado a alíquotas de 50g de solo (horizontes Ap, A/B e Bw1). As amostras foram incubadas a diferentes condições de temperatura (30 ºC e 40 ºC) e umidade (a 50 % e 70

% da capacidade de campo), as quais foram mantidas constantes durante todo o experimento.

Em seguida foram realizada amostragem do solo e análises do diurom nos seguintes tempos: 0, 2, 4, 8, 16, 32, 64 e 100 dias após a incubação

Análise do diurom

A concentração do diurom remanescente no solo foi determinada a cada data de amostragem. A extração foi realizada por agitação com a mistura de acetato de etila:acetona:tampão de pH 2. O extrato foi concentrado em evaporador rotatório e em seguida foi em cartuchos contendo co-polímero estireno divinil-benzeno como fase estacionária que foi eluida 5 vezes com 5 mL da metanol:acetonitrila 7:3 (v/v). O extrato final foi concentrado e analisado em CLAE-DAD.

Resultados e Discussão

Determinação da meia-vida do diurom no solo Os gráficos de concentração do diurom em função do tempo foram construídos para a determinação do valor de t1/2. Os mesmos foram calculados a partir da equação 1 e 2.

y= a . e-kx [1] t1/2= ln 2/k [2]

sendo: y: concentração inicial; x: tempo e k:

constante de velocidade de reação.

Curvas de degradação foram obtidas para diferentes condições deste estudo (50 e 70% da capacidade de campo e 300C e 400C) nos três horizontes, sendo os valores de t1/2 apresentados na Tabela 1.

Tabela 1. Valores de t1/2 do diurom para diferentes condições experimentais.

t1/2 (horizontes) Umidade Temperatura

Ap A/B Bw1

50% 300C 1,4 1,7 3,3

70% 400C 0,75 0,87 1,5

Conclusões

Observou-se menor meia-vida sob temperatura e umidade mais elevadas e nos horizontes mais superficiais do solo. Os dados obtidos mostraram que a degradação do diurom nas condições estudadas foi rápida com a meia-vida não ultrapassando 3,3 dias. É importante ressaltar que embora o diurom apresente baixo valor de tempo de meia vida, seu principal produto de degradação, 3,4- DCA, apresenta maior persistência e toxicidade do que o composto de partida. Assim estudos que avaliam o comportamento dos produtos de degradação são apontados como essenciais para entender a dinâmica dos agrotóxicos no ambiente.

Agradecimentos

FAPEMAT, CNPq

_________________

1Paraíba, L. C.; Cerdeira, A. L.; Silva, E. F.; Martins, J. S. e Coutinho, H. L. C. Chemosphere, 2003, 53, 1087.

Referências

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