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LIBERDADE PROVISÓRIA NOS CRIMES DE TRÁFICO DE DROGAS:

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Academic year: 2023

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Assim, é comum que o investigado solicite liberdade provisória, tema polêmico na legislação vigente, uma vez que a frase do artigo 44 da Lei n proíbe expressamente a concessão de liberdade provisória para crimes de tráfico de drogas, o que, segundo uma das partes no a doutrina da lei, seria inconstitucional. Assim, nosso objeto de investigação é a proibição de concessão de liberdade provisória aos crimes de tráfico de drogas determinada no artigo 44 da Lei n, de modo que analisaremos a sua validade à luz da alteração que sofreu o artigo 2º da Lei n e da Lei n . à luz da controvérsia em torno da constitucionalidade desta proibição. O problema aqui proposto é: “É válida a proibição de concessão de liberdade provisória para crimes de tráfico de drogas, prevista no artigo 44 da Lei n?”

A investigação tem assim como objectivo geral analisar a validade do artigo 44.º da Lei n.º que proíbe a liberdade provisória nos casos de crimes de tráfico de estupefacientes e as finalidades específicas de investigação da Lei n.º 1.

MEDIDAS CAUTELARES

Prisões Cautelares

  • Prisão em Flagrante
  • Prisão Preventiva
    • Prisão Domiciliar
  • Prisão Temporária

O artigo 306, caput, da Lei de Processo Penal determina que, além do juiz, devem ser notificados da prisão o Ministério Público e a família do preso ou pessoa por ele indicada. Vale ainda destacar a possibilidade de o juiz ordenar medida preventiva diversa da prisão preventiva nos termos do artigo 310, inciso II, do Código de Processo Penal. Portanto, é importante rever periodicamente a necessidade de manutenção da prisão preventiva.

O novo processo penal permite a substituição da prisão por prisão domiciliária nos casos previstos no artigo 318.º do Código de Processo Penal, ou seja, quando o agente tiver mais de 80 (oitenta) anos;

Liberdade provisória

  • Liberdade provisória sem fiança e sem vinculação
  • Liberdade provisória sem fiança e com vinculação
  • Liberdade provisória com fiança e com vinculação
  • Liberdade provisória proibida

Por se tratar de medida cautelar que substitui a prisão preventiva, a liberdade provisória poderá ser concedida quando ausentes as condições para sua decretação. A ligação com os pressupostos é a razão pela qual Antônio Alberto Machado afirmou que “a liberdade provisória é o oposto da prisão preventiva82”. Este caso não seria de liberdade provisória como tal, mas sim de liberdade plena e definitiva, uma vez que não foram impostas restrições.

Também é possível conceder a liberdade provisória sem fiança e com efeito vinculante quando observado o disposto no artigo 310, parágrafo único 93, do Código. A obrigação imposta à liberdade provisória sem fiança pode ser maior no caso do artigo 321 da Lei de Processo Penal96, ou seja, quando a liberdade é concedida devido à ausência dos requisitos que autorizam a prisão preventiva. Por fim, podemos destacar a existência de outro tipo de liberdade provisória para a qual não é exigida fiança e que possui alto grau de comprometimento.

A liberdade provisória também poderá ser concedida mediante pagamento de fiança, ficando a fiança obrigada a cumprir o disposto nos artigos 327 e 328 da Lei de Processo Penal. Para Denilson Feitosa, esse tipo de liberdade provisória será o mais pesado, pois oferece o maior grau de vinculação99. Atualmente, com a reforma do Código de Processo Penal, podemos afirmar que a liberdade provisória sob fiança será tratada pelo direito processual tanto como medida cautelar quanto como contra-advertência, dependendo da sua aplicação.

As alterações trazidas pela Lei n, no entanto, ampliaram as hipóteses em que a liberdade provisória sob fiança pode ser concedida. Até porque, a liberdade provisória é negada sob fiança, mas a liberdade provisória é concedida sem fiança (..).115.

PROIBIÇÃO DE LIBERDADE PROVISÓRIA PARA OS CRIMES

Contexto histórico da Lei de Crimes Hediondos

Polêmica do artigo 2° da Lei n° 8.072/1990

O artigo 2º da Lei n previa em sua redação original que crimes hediondos e similares não estariam sujeitos a anistia, indulto, indulto, fiança e liberdade provisória. Mesmo antes da Lei, a maioria da doutrina se opunha à dupla proibição da liberdade temporária com e sem fiança na Lei, por entender que era inconstitucional, como a Constituição Federal no art. Alberto Silva Franco, em obra escrita no auge da polêmica, defendeu a liberdade provisória como um direito humano fundamental, de modo que sua concessão deveria ser analisada num contexto amplo.

Neste ponto, é importante fazer uma pausa para falar um pouco sobre o devido processo legal e o princípio da presunção de inocência, uma vez que o maior argumento contra a proibição da liberdade provisória seria ofender ambos. O princípio da presunção de inocência, ou presunção de inocência, está previsto no artigo 5º, inciso LVII, onde se afirma que “ninguém será considerado culpado até a decisão final de uma sentença criminal”138. Contudo, já é comum na doutrina e na jurisprudência que as prisões preliminares não violam o princípio da presunção de inocência, uma vez que não se trata de previsão de pena ou execução penal, pois se baseiam em pressupostos que as legitimam140.

Isto significa que, se a presunção de inocência é um princípio com dignidade constitucional, as prisões preventivas também ocorrem neste nível da hierarquia legislativa e podem, portanto, coexistir perfeitamente com este princípio dentro de um mesmo sistema constitucional. Desse ponto de vista, não haveria, portanto, restrição jurídico-constitucional às prisões provisórias baseadas na presunção de inocência141. No entanto, no que diz respeito à proibição da liberdade provisória para crimes hediondos, aqueles que acreditaram na sua inconstitucionalidade citaram mais frequentemente uma violação do devido processo legal e do princípio da presunção de inocência.

Francisco de Assis Toledo afirmou que o legislador ordinário tem o poder de ampliar ou limitar o direito à liberdade provisória sem, no entanto, violar os mandamentos constitucionais142. 2º da Lei n.º, antes de contestar a norma constitucional, completa-a, à luz da sua exigência, dizendo quais os crimes não cabíveis à liberdade provisória.146.

Crimes hediondos e liberdade provisória no cenário atual

2º, II, da Lei nº. 8.072/90, passou a ser possível conceder liberdade provisória para crimes hediondos ou equiparados, nos casos em que não estejam presentes os requisitos do art. Se o crime for inafiançável e o acusado for preso em flagrante, o instituto da liberdade provisória não poderá funcionar. A lei sobre drogas, por sua vez, proibia expressamente a concessão de liberdade provisória nos crimes previstos nos arts.

Na mesma linha, Eugênio Pacelli de Oliveira é favorável à concessão de liberdade provisória para crimes de tráfico de drogas quando ausentes os pré-requisitos para a prisão preventiva. Como dissemos no capítulo anterior, os argumentos a favor e contra a constitucionalidade da proibição da liberdade preventiva para crimes hediondos são os mesmos utilizados no caso dos crimes de tráfico de drogas, dando origem a um conflito de valores. Foi o que fez o legislador ao redigir a Lei, que em seu artigo 44, caput, propôs a proibição da liberdade provisória aos autores de crimes de tráfico de drogas.

Desta forma, o legislador ordinário nada mais fez do que criar uma situação em que a concessão de liberdade provisória sem fiança não é admissível. Por outro lado, a Segunda Câmara já decidiu conceder liberdade condicional para crimes de tráfico de drogas. O segundo erro do ministro está na afirmação de que o Supremo Tribunal Federal derrubou a proibição a priori de concessão de liberdade temporária.

No caso do crime de tráfico de drogas, além da questão de constitucionalidade já levantada, a revogação tácita, por lei, da proibição da liberdade provisória está expressa no artigo 44, caput, da Lei nº. Portanto, seja em termos da validade da proibição de liberdade provisória para crimes de tráfico de drogas, seja em termos de sua constitucionalidade, o artigo 44 da Lei n permanece válido e deve ser aplicado. II – A proibição da liberdade provisória nos crimes hediondos e equiparados decorre da inimputabilidade estabelecida pelo art.

Se não for possível estabelecer fiança para o crime e o suspeito for preso em flagrante, a instituição da liberdade provisória não pode funcionar.

A VALIDADE DO ARTIGO 44 DA LEI N° 11.343/2006

Tráfico de drogas na atualidade

Conflitos de leis

Constitucionalidade da vedação de liberdade provisória

Revelados esses conceitos básicos de interpretação constitucional, podemos proceder à análise propriamente dita da constitucionalidade da proibição da liberdade provisória, imposta no artigo 44, caput, da Lei nº. , argumenta que tal disposição, em particular, viola a presunção de inocência e o devido processo legal. Se, pelos métodos tradicionais, analisarmos a questão da proibição da liberdade provisória ao tráfico de drogas, que tem como fundamento principal os incisos LXVI e XLIII do artigo 5º da Constituição da República, não há como duvidar da constitucionalidade do artigo 44 da Constituição da República. Lei nº.

Nesse contexto, a falta de liberdade constitucional aliada à possibilidade de limitação da liberdade prevista no artigo 5º, inciso LXVI, justifica a proibição da liberdade provisória prevista no artigo 44, caput, da Lei nº. liberdade; se a própria constituição permite a opção de não concessão de liberdade provisória, determinada por lei; se o bem-estar da sociedade deve prevalecer entre os interesses individuais e coletivos; se a Carta Magna aponta o tráfico de drogas e substâncias similares como um dos crimes mais graves a serem combatidos; é válida a proibição da liberdade temporária para estes crimes e o § 44 da Lei nº. Independentemente disso, trata-se de uma presunção iuris tantum, neste caso confirma-se a constituição, onde a proibição da liberdade temporária é uma opção política do legislador.

Portanto, quando o tráfico de drogas é considerado inafiançável, a própria Constituição diz que a liberdade provisória sob fiança não é uma medida adequada para os autores deste crime. Dessa forma, o grau de razoabilidade e proporcionalidade que deve ser avaliado no caso em questão foi determinado pelo próprio texto constitucional, o que justifica a atuação do legislador na determinação da vedação à liberdade provisória. Na verdade, tem sido reiterado o entendimento da Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal de que a proibição expressa de liberdade antecipada para crimes hediondos e equiparados não passa de redundância, uma vez que a inexigibilidade conduz inexoravelmente à prisão preventiva do agente que cometeu crime -handed foi preso.

Para melhor compreender o tema, foi necessário revisitar a polêmica que existia na proibição da liberdade temporária na Lei nº. 8.072/90. Durante muito tempo, questionou-se a constitucionalidade da proibição da liberdade provisória para os autores de crimes graves e equiparados, até que em 2007, a Lei n aboliu a proibição expressa do artigo 2º da Lei n, de modo que a concessão da liberdade provisória nestes casos começou a ser aceito por muitos advogados e profissionais. A incapacidade de pagar fiança não pode e não deve --- tendo em conta os princípios da presunção de inocência, da dignidade humana, da plena defesa e do devido processo legal --- constituir uma razão para impedir a liberdade provisória.

2º da Lei 8.072/90, por impedir a “fiança e a liberdade provisória”, resultou de certa forma em demissão, pois do ponto de vista constitucional (inciso XLIII do artigo 5º da CF/88) tal reserva era desnecessária. .

Referências

Documentos relacionados

5º, inciso LXXVIII, da Constituição da República Federativa do Brasil, que assegura como direito e garantia fundamental do indivíduo, no âmbito judicial e administrativo, a razoável