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A LUDICIDADE NA PERSPECTIVA DOS PROFESSORES DE CIÊNCIAS DA REDE MUNICIPAL DE ENSINO NA CIDADE

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Academic year: 2023

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No cotidiano escolar, o professor se depara com diversos recursos, ferramentas e metodologias que o auxiliam no ensino de ciências, e um desses recursos é a utilização de atividades lúdicas. Pode-se perceber que todos os professores reconhecem a importância do uso de atividades lúdicas e os benefícios que trazem para os alunos, porém nem todos os professores utilizam atividades lúdicas no ensino de ciências. Além do que foi pensado para o propósito deste trabalho, constatou-se que 61% dos professores de ciências não possuem formação na área e estão ministrando a disciplina para preencher a carga horária estipulada pela escola.

Os dados coletados serão demonstrados e discutidos nesta monografia e as considerações finais sobre a necessidade da formação de professores, o desenvolvimento de atividades lúdicas e o compromisso das escolas em empregar o professor formado como professor de ciências, apresentadas nas discussões e conclusão.

INTRODUÇÃO

Podemos perceber que 100% dos professores entendem que jogos e brincadeiras fazem parte das atividades lúdicas em sala de aula. Como podemos observar, 11% dos professores relataram que não realizam atividades lúdicas em sala de aula. No gráfico 4 vemos o número de professores que investem em atividades lúdicas em sala de aula.

Podemos perceber que 61% dos professores investem em materiais para realizar atividades lúdicas em sala de aula.

PAPEL DA LUDICIDADE NA EDUCAÇÃO

A ludicidade no ensino e na aprendizagem

Quando Albrecht (2013) aponta que o professor pode cativar os alunos usando o entusiasmo e focando sua atenção no conteúdo de ensino, dentro de diferentes propostas, e quando Antunes (2010) traz para o ensino a ideia de transformar o conhecimento científico. Ao contrário do jogo, o brinquedo assume uma relação com a criança e uma abertura, uma indeterminação quanto ao seu uso, ou seja, a ausência de um sistema de regras que organize o seu uso. Quando Luckesi (2014, p15) traz à tona a ideia de ludicidade, ele diz: “uma atividade não é lúdica nem “não lúdica”.

Porém, segundo Luckesi (2014, p. 17) “a ludicidade é um estado interno do sujeito, ainda que as atividades, denominadas lúdicas, sejam externas”, para o autor, a brincadeira é diferente da atividade lúdica, pois a brincadeira pode ser vivenciada sozinho. , é percebido e relatado pelo sujeito, enquanto a atividade lúdica pode ser observada e descrita pelas ciências humanas.

A importância do “brincar” para o ensino de ciências

Para Sant'anna e Nascimento (2011, p. 30), “pensadores como Piaget, Wallon, Dewey, Leif, Vygotsky defendem que o uso do lúdico é essencial para a prática educativa no sentido de buscar o desenvolvimento cognitivo, intelectual e social”. . Se a criança distingue as cores, livremente e com prazer manipula o quebra-cabeça disponível em sala de aula, a função educativa e lúdica está presente. A ludicidade para o ensino de ciências é um dos recursos mais eficazes para determinar determinadas habilidades dos alunos, e além de melhorar o aprendizado do conteúdo de ciências, tudo depende de como o professor utilizará a ludicidade na aula.

Em diversos trabalhos da área de ciências naturais nos últimos anos do ensino fundamental, pode-se observar a importância do lúdico relacionado à educação.

LUDICIDADE NA SALA DE AULA

  • Estratégias e Planejamento das Atividades Lúdicas
  • O papel do professor nas atividades lúdicas
  • Formas de Estudo
  • Caracterização dos Espaços Investigados
  • Sujeitos da Pesquisa

Antes de utilizar o jogo em sala de aula, os professores jogavam e assim compreendiam melhor as regras, problemas e dúvidas que poderiam surgir durante a aula.A pesquisa de Patriarcha-Graciolli (2008) foi satisfatória de acordo com os objetivos propostos. , que tem se mostrado lúdico e eficaz como ferramenta motivacional para o aprendizado dos alunos. Daí a importância do planejamento, pois o sujeito deve ser intencional, as ações em sala de aula devem ser intencionais. Portanto, é necessário planejar atividades lúdicas para a turma para garantir maior interesse e atenção dos alunos.

Como afirma Matos (2013), muitas vezes o brincar é usado para preencher espaços vazios na sala de aula que o professor não havia planejado antes. Um problema que tem sido encontrado dentro da formação do professor, pois em sua formação muitas vezes ele não tem contato com o lúdico, nem com uma disciplina que o oriente a trabalhar com o lúdico em sala de aula. Aqui na Universidade Federal do Recôncavo da Bahia (UFRB) temos basicamente quatro disciplinas que trazem uma discussão maior sobre a ludicidade, capacitando mais os futuros professores em algumas atividades lúdicas para serem ministradas em sala de aula, as disciplinas são: Oficina de Ensino de Biologia, Prática Educativa em Ecologia, Fisiologia Humana, Ilustração para Ensino de Biologia e Tópicos em Educação I, os dois últimos são opcionais.

Esta formação levará o futuro educador a se conhecer como pessoa, a conhecer suas limitações e possibilidades, para que ao trabalhar em sala de aula saiba a importância dos jogos e brinquedos para a vida de crianças, jovens e adultos. . Devemos vivenciar cada vez mais o lúdico, pois assim será mais fácil associá-lo ao nosso dia a dia, e assim trazer o que sabemos para a sala de aula, sempre com o entendimento de que o professor deve manter um comportamento lúdico, daí a necessidade estar sempre próximo do lúdico, pois será natural em sua conduta docente. Hoje na UFRB temos uma conversa mais ampla sobre a preguiça, mas muitos professores, com formação mais antiga e que trabalham na educação há anos, talvez não tenham vivenciado essa conversa, daí a necessidade de uma formação complementar, ou formação em ludicidade para esses professores que trabalham em sala de aula há anos.

Em uma atividade lúdica, o professor é o mediador, mas sem ele a atividade lúdica nunca pode acontecer, pois durante o planejamento, o professor é quem transfere essa prática para o papel e utiliza na aula. As informações obtidas permitiram conhecer a formação desses professores que ensinam ciências, em que escolas lecionam, o tempo que trabalham em sala de aula, o uso do lúdico no ensino de ciências e a compreensão que eles têm da importância do lúdico no ensino.

LUDICIDADE – CONCEPÇÕES DOS PROFESSORES

Professores – Concepções sobre Ludicidade

Em vez disso, o município completa a carga horária de professores não formados na área para lecionar ciências, deixando que os egressos, muitas vezes sem onde nem como trabalhar, optem por lecionar outra disciplina mesmo dentro da rede municipal. O curso propôs a formação de professores atuantes em ciências, sem formação na área, a fim de atender a demanda de formação inicial e/ou continuada de professores. Os dados mostram que 67% dos professores relataram que o tema lúdico esteve presente durante sua formação, mas vale ressaltar que muitos desses professores focaram o tema lúdico em sua área de formação.

Como pode ser observado no gráfico acima, a maioria dos professores nunca participou de um curso de ludicidade durante sua formação docente. Dentre os participantes, 83% dos professores concordam que os momentos lúdicos são atividades relacionadas ao lúdico, mas brincar sem intenção, apenas por diversão, é uma atividade lúdica que não beneficia o entendimento do assunto mesmo com sua importância de descontração, tornando a aula mais dinâmico e divertido para o aluno. Na tabela 4 também podemos observar que 78% dos professores concordam que as atividades que auxiliam no desenvolvimento cognitivo das crianças fazem parte das atividades lúdicas.

A maioria dos professores formados em Pedagogia traz em sua justificativa a ideia da participação do aluno, ensinando e estimulando a aprendizagem. Após conhecer o entendimento dos professores sobre a importância do uso de atividades lúdicas no aprendizado de ciências, questionamos se eles realizam tais atividades em sala de aula e com que frequência. 17% dos professores que responderam que não conseguimos determinar o número exato de vezes que as atividades lúdicas são usadas em sala de aula, o mesmo que 6% dos professores que relataram que sempre usam atividades lúdicas.

No CENDEC, um dos professores relatou que possui jogos na escola, sem especificar qual tipo de jogo, enquanto o outro professor relata que não possui nenhum tipo de material de lazer na mesma escola. Podemos observar que um total de 72% dos professores afirmam que existem algumas dificuldades durante a atividade ridícula que desenvolvem em sala de aula, destes 72%, 33% relataram que é devido à indisciplina dos alunos, já que durante o jogo, acham que é uma brincadeira e alguns não dão o devido valor a esse tipo de atividade. E o filtro que deve passar todos os elementos pedagógicos que a gente aceita criticamente.”, então podemos ver que 61% dos professores realizam o planejamento para desenvolver as atividades lúdicas, porém um professor desses 61% afirma que não realiza as atividades lúdicas, pois podemos perceber que mesmo planejando e considerando importante a realização de atividades lúdicas, o professor não as realiza em sala de aula.

Dos professores participantes, 33% relataram que às vezes planejam, planejar “às vezes” deveria significar planejar apenas quando solicitado pela coordenação ou direção, não é um ato voluntário desses professores.

Gráfico 1 – Tempo de atuação dos professores em sala de aula.
Gráfico 1 – Tempo de atuação dos professores em sala de aula.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

A grande maioria dos professores planeja o uso de atividades lúdicas, mas alguns desses professores aparentemente realizam esse planejamento apenas a pedido da direção ou coordenação da escola. Nesta pesquisa, podemos destacar que o diálogo entre a UFRB e a secretaria municipal de educação do município de Cruz das Almas é essencial e de extrema importância, pois foi constatado que as escolas participantes não possuem nenhum professor formado em biologia. A UFRB causa grande impacto na universidade ao formar professores para atuar na rede pública de ensino, mas isso não está acontecendo e fica uma questão para pesquisas futuras: onde estão os professores formados pela UFRB para o curso de licenciatura em biologia. Porque quando um professor se forma, vivencia e aprende conceitos, métodos e conteúdos específicos, demorou anos e passamos por várias disciplinas específicas, mas o que podemos ver na prática é que os professores que ensinam ciências, em sua maioria, não possuem disciplinas específicas de ciências em seu currículo de formação, assim como um professor de ciências não teve em sua formação as disciplinas específicas de geografia, história ou português, ele não está habilitado para ministrar tais disciplinas, da mesma forma que outros profissionais não estão qualificados para ensinar ciências, dessa forma ensinar um aluno prejudicial porque o professor não conhece bem e não tem conhecimento sobre as metodologias e recursos para o ensino do conteúdo, o que ocasiona a melhoria do aprendizado.

Interdisciplinaridade no Ensino de Ciências da Natureza: problemas de professores da Educação Básica, da rede pública brasileira, para a. Contribuições de um jogo didático para o processo de ensino e aprendizagem de Química no Ensino Fundamental segundo o contexto da Aprendizagem Significativa. 34; Jogo dos Predadores: Uma Proposta Lúdica para Beneficiar a Aprendizagem no Ensino de Ciências e Educação Ambiental.

Brincar em sala de aula: nas séries iniciais do ensino fundamental / Terezinha Clementino da Silva Rufino. O brincar na educação infantil: concepções e práticas de professores da rede municipal de Campo Grande - MS. A utilização de recursos didáticos no processo de ensino e aprendizagem de Ciências da Natureza no 8º e 9º anos de uma escola pública de Teresina, Piauí.

Imagem

Gráfico 1 – Tempo de atuação dos professores em sala de aula.
Gráfico  2-  Participação  em  cursos  para  formação  continuada  sobre  ludicidade  no  ensino
Gráfico 3: Frequência de realização de atividades lúdicas em sala de aula
Gráfico 4 - Porcentagem de Professores que investem em materiais para atividades  lúdicas
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Referências

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