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ministério público do estado do espírito santo

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Academic year: 2023

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Pretende-se também cobrar dos responsáveis ​​por garantir temporariamente o abastecimento seguro de água não proveniente do Rio Doce à população (por meio do transporte da água captada nos lagos locais em caminhões-tanque com posterior distribuição conforme plano já elaborado pela Prefeitura , e também por meio da distribuição de água potável em pontos de distribuição organizados pela SAMARCO, com garantia de segurança fornecida pelo GOVERNO DO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO e PELO GOVERNO FEDERAL). Pretende também obrigar os responsáveis ​​a garantir temporariamente o abastecimento seguro de água não proveniente do Rio Doce à população (transportando, em caminhões-pipa, água captada nos lagos locais, com posterior distribuição conforme plano de distribuição já elaborado pela Câmara Municipal, e também através da distribuição de água potável em pontos de distribuição organizados pela SAMARCO, com garantia de segurança fornecida pelo ESTADO ESPÍRITO SANTO e pela UNIÃO).

FUNDAMENTOS JURÍDICOS

Legitimidade passiva da ANA e da UNIÃO

Aliás, a ANA reconheceu a sua responsabilidade na monitorização da qualidade da água numa publicação no seu site. I - promover e monitorar o monitoramento da qualidade da água para consumo humano, em articulação com as secretarias de saúde estaduais, federais, distritais e municipais e os respectivos responsáveis ​​pelo monitoramento da qualidade da água;

VI - sistema de abastecimento de água para consumo humano: instalação constituída por conjunto de obras civis, materiais e equipamentos, desde a bacia hidrográfica até as ligações prediais, destinada à produção e abastecimento coletivo de água potável, por meio de rede de distribuição de água; . Para o caso específico da distribuição de água tratada proveniente da captação de água bruta no Rio Doce, devem ser considerados os conceitos de sinergia, bioconcentração e bioacumulação (apesar do pouco tempo decorrido desde o rompimento da Barragem da SMARCOR), para um correto diagnóstico de os efeitos imediatos e de longo prazo do consumo de água na saúde da população”. Por fim, cabe ressaltar que as condições de incerteza para a captação e distribuição da água captada diretamente do Rio Doce estão presentes em toda a zona de influência do rompimento da Barragem de Germano, que abrange toda a Bacia Doce e a Zona Costeira adjacente. . .

Anteriormente, a lama era definida como um corpo d'água com alta concentração de sedimentos suspensos (alta turbidez). Fica assim ainda claro que o serviço de abastecimento de água é um serviço público “lato sensu” e o prestador deve ser responsabilizado como tal. Como destinatário final do serviço prestado, o consumidor é desfavorecido e vulnerável, havendo desigualdade entre ele e o fornecedor de água, pois a sociedade não possui mecanismos de controle sobre como captar, tratar e distribuir água para uso doméstico.

À luz do CDC, não há como negar que o responsável pelo abastecimento de água doméstica é considerado um prestador de serviço, ou seja, um fornecedor. Nesta perspetiva, a adequação do serviço de captação, tratamento e distribuição de água assenta no reconhecimento da situação extraordinária resultante do evento e na tomada de medidas que visem a implementação de fontes alternativas de captação de água e, ao mesmo tempo, a interrupção da captação ao longo do tempo. do Rio Doce, para restabelecer a distribuição de água à população de acordo com os parâmetros estabelecidos pela portaria do Ministério da Saúde. Como medida paliativa emergencial, os réus deverão ser obrigados a garantir temporariamente o abastecimento seguro de água à população não proveniente do Rio Doce (transportando, em caminhões-pipa, água captada nos lagos locais, com posterior distribuição conforme plano já em vigor). local definido pela prefeitura; e também pela distribuição de água potável em pontos de distribuição organizados pela SAMARCO8, com garantia de segurança fornecida pelo ESTADO DO ESPÍRITO SANTO e pela UNIÃO).

8 A distribuição de água da SAMARCO já é objeto do acordo provisório de compromisso socioecológico celebrado com o Ministério Público.

Considerações sobre alguns pedidos formulados

Desta forma, foi acatado o pedido de interrupção do recebimento e distribuição de água do Rio Doce para Colatina, mas caso haja alguma sobreposição será possível cancelar esta decisão. Portanto, poderão alegar a emergência de fato fiscalizador para solicitar, se for o caso, a derrubada dos pedidos formulados, com a devolução da captação e distribuição de água do Rio Doce, mas isso, infelizmente, é. não a realidade. Como a decisão tornou-se inapelável, em caso de acolhimento do pedido de interrupção da captação e distribuição de água do Rio Doce, novamente, a princípio, parece impossível interromper definitivamente o uso do Rio Doce.

O pedido de cessação da captação e distribuição de água do Rio Doce, conforme esclarecido, implica efeitos para o futuro e constitui relação jurídica continuada. 471, I, do KPP, e solicita a revisão da decisão de, se for hipótese, aceitar a captação e distribuição de água do Rio Doce. A reclamação de interrupção da captação e distribuição de água do Rio Doce, a interrupção da captação e distribuição de água do Rio Doce, feita à Sanear, está de acordo com o pedido feito à ANA, para apresentação de proposta para ao Comitê de Bacia Hidrográfica competente para fins de classificação do corpo hídrico do Rio Doce, para referência ao Conselho Nacional de Recursos Hídricos competente.

Uma leitura descuidada dos pedidos constantes dos pontos 4.1 e 4.5 deste documento pode levar à conclusão de que há incoerência entre a reivindicação de interrupção da captação e distribuição de água do Rio Doce formulada em face do Sanear, e, concomitantemente, apresentar solicitação, formulada em face da ANA, para apresentação de proposta ao respectivo Comitê de Bacia Hidrográfica, para efeito de classificação do corpo hídrico do Rio Doce, a ser encaminhada ao respectivo Conselho Nacional de Recursos Hídricos. Esta é infelizmente a situação actual do Rio Doce e devido a esta alteração substancial na qualidade da água, urge que a ANA apresente uma proposta ao respectivo Comité de Bacia Hidrográfica, para efeitos de classificação do corpo hídrico. do Rio Doce, para submissão ao respectivo Conselho Nacional de Recursos Hídricos.

Da tutela antecipada

Na ação destinada ao cumprimento da obrigação de fazer ou de não fazer, o tribunal concederá tutela específica da obrigação ou determinará medidas que garantam resultado prático equivalente ao da execução. 3e Se os fundamentos do pedido forem relevantes e existirem receios fundados sobre a ineficácia da decisão final, o tribunal pode ordenar medidas provisórias ou, após justificação prévia, após citação do arguido. Ressalte-se, desde já, que as medidas provisórias previstas no processo civil público não têm caráter cautelar; é uma hipótese típica de antecipação da tutela e, portanto, das exigências do art.

A natureza da medida é de proteção esperada, mas seus requisitos não são contemplados pelo art. 273 do Código de Processo Penal, mas os previstos no art. 2º. 84 CDC. Conforme permitido pelo CDC 84, parágrafo 3, que se aplica a um ACP proposto sob a LACP sob a LACP 21, um juiz poderá conceder tutela preliminar sobre o mérito sempre que a base da reclamação for material e houver um temor razoável da ineficácia da ação. disposição judicial se for atribuída com efeito definitivo. A decisão liminar de custódia pode ser feita com ou sem explicação prévia, inaudita altera parte, ou através de audição do arguido.

Os requisitos para a concessão de liminar nas ações coletivas lato sensu são, portanto, aqueles contidos no art. 84 § 3º, CDC, ou seja: a) relevância do fundamento da pretensão (fumus boni juris) e b) receio justificado de ineficácia da decisão final (periculum in mora). Neste caso, a relevância dos fundamentos da reclamação é fundamentada pelos argumentos e pela documentação que acompanha esta petição original, que comprova inequivocamente que há dúvidas sobre a qualidade da água captada no Rio Doca, que foi distribuída à população de Colatina, segundo .

A interrupção da distribuição não gerará mais danos sociais do que a sua manutenção?

Se o abastecimento de água for mantido durante o processo – que pode levar anos – permitirá que uma atividade potencialmente prejudicial continue em detrimento do ambiente e da saúde pública, com o risco de contaminar milhares de pessoas. pessoas. Contudo, esta é tecnicamente a decisão mais correta que pode ser tomada e legalmente imposta pelo ordenamento jurídico brasileiro (princípio da precaução). Em locais onde o abastecimento de água será feito integralmente por outros rios, como Aimorés (MG) e Baixo Guandu (ES), os moradores dizem que não esperam voltar a utilizar a água do Rio Doce.

A situação do município é tão inusitada que o prefeito da cidade apareceu em matéria jornalística regional consumindo água que seria resultado da conquista do Rio Doce. Apesar de todos os efeitos negativos que possam advir da interrupção da distribuição, é importante referir que esta pretensão está também condicionada à obrigação do arguido de tomar medidas para mitigar os efeitos da interrupção. Por isso, deverão garantir temporariamente o abastecimento seguro da água que não provém do Rio Doce à população (através do transporte, em caminhões-pipa, da água captada nos lagos locais, com posterior distribuição conforme plano já elaborado pelo Prefeitura Municipal; e também por meio da distribuição de água potável em pontos de distribuição organizados pela SAMARCO, com garantia de segurança fornecida pelo ESTADO DO ESPÍRITO SANTO e pela UNIÃO), pelo menos dentro dos parâmetros já estabelecidos no TCA firmado com o Ministério Público , até que seja restabelecido no nível de distribuição pré-evento.

Além disso, a obrigação dos réus de implementar a recuperação de fontes alternativas e adaptar sua estação de tratamento de água para lidar com a nova realidade do Rio Doce. Só assim o governo poderá oferecer à população uma solução segura para a situação atual.

DOS PEDIDOS

  • concessão de tutela antecipada para impor ao SANEAR obrigação (fazer) de interromper a captação e distribuição de água, proveniente do Rio Doce ou de
  • concessão de tutela antecipada para impor ao MUNICÍPIO DE COLATINA a obrigação (fazer) de orientar a população para descarte total da água distribuída,
  • concessão de tutela antecipada para impor ao MUNICÍPIO DE COLATINA obrigação (fazer) de expedir ofício a Samarco Mineradora S.A sobre a interrupção
  • concessão de tutela antecipada para impor à UNIÃO obrigação (fazer) de fixar parâmetros adequados e específicos ao corpo hídrico, que considerem as
  • concessão de tutela antecipada para impor à ANA requerido obrigação (fazer) de apresentar proposta ao respectivo Comitê de Bacia Hidrográfica visando o
  • concessão de tutela antecipada para impor ao SANEAR, ao MUNICÍPIO DE COLATINA e à SAMARCO obrigação (fazer) de apresentar projeto técnico que
  • concessão de tutela antecipada para impor ao SANEAR obrigação (não fazer) de abster-se de efetuar a descarga de lavagem de filtros e lodos no corpo
  • concessão de tutela antecipada para impor ao SANEAR, ao MUNICÍPIO DE
  • concessão de tutela antecipada para impor à UNIÃO e à ANA obrigação (fazer) de fiscalizarem a qualidade da água e dos serviços prestados pelo
  • concessão de tutela antecipada para impor ao ESTADO DO ESPÍRITO SANTO e à UNIÃO a obrigação (fazer) de prestar todo o apoio operacional
  • imposição de astreinte, na hipótese de descumprimento da decisão provisória, no valor de R$ 100.000,00 (cem mil reais) diários, por obrigação

2.194/2011 do Ministério da Saúde, para hipótese de novo bombeamento no curso d'água do Rio Doce;. A COLATINA e a SAMARCO obrigam-se (a fazer) a adaptação de todas as estações de tratamento, a criação de sistemas de pré ou pós-tratamento, com o objectivo de garantir condições de trabalho eficientes e seguras face à ameaçada qualidade da água do Rio Doca, bem como bem como a descontaminação das estações de tratamento e das tubulações que abastecem a população de água; Solicitam intimação pessoal para ações processuais, com transferência dos autos ao Ministério Público do município de Colatina-ES, com sede na Rua Santa Maria, nº. 46, 4º andar, Bairro Centro, Colatina-ES, Cep art.

19 da Consolidação das disposições da Corregedoria Geral da Justiça do Trabalho de 17 de agosto de 2012 e art. 830 da CLT e 365, VI do CPC estabelecem que as cópias anexas correspondem aos originais existentes. Advogado trabalhista, titular do primeiro cargo geral de advogado trabalhista do município de Colatina e chefe de coordenação regional.

Referências

Documentos relacionados

Projeto Cadastro de Fontes de Abastecimento por Água Subterrânea, estado do Maranhão: relatório diagnóstico do município de Amapá do Maranhão / Francisco Lages Correia