XXV Congresso de Iniciação Científica
Monitoramento da Composição Isotópica e Físico-Química da Água de Chuva no Município de Rio Claro (SP)
Aluno: Vinícius dos Santos, Orientador: Prof. Dr. Didier Gastmans, Campus: Rio Claro, UNESP RIO CLARO – Centro de Estudos Ambientais (CEA), Curso: Geografia, E-mail:
vinicius.santos2130@yahoo.com.br, Bolsa: Iniciação Científica – FAPESP.
Palavras Chave: Chuva, isótopos ambientais e mudanças climáticas.
Introdução
As alterações nos processos e ciclos naturais vêm preocupando pesquisadores de diversas áreas da ciência, especialmente àqueles relacionados ao clima e aos recursos hídricos. O monitoramento contínuo das variações na composição isotópica das precipitações representa uma ferramenta importante para a compreensão da dinâmica do ciclo hidrológico, e suas relações com mudanças climáticas. Essas variações estão relacionadas às mudanças no estado físico da água, que produz o fracionamento isotópico dos elementos que compõe a molécula de água, oxigênio (16O/18O) e hidrogênio (1H/2H), que por ser uma transformação dependente da temperatura e umidade, possibilita a associação entre as condições climáticas e a precipitação (Clark & Aravena, 2005). Nesse sentido, a Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) em parceria com a Organização Meteorológica Mundial (OMM) criou um programa de monitoramento global da composição isotópica da precipitação denominado GNIP (Global Network of Isotopes in Precipitation), possibilitando a criação de um banco de dados para estudos e pesquisas que envolvam este tema. Desde fevereiro de 2013 uma estação GNIP está em operação no Centro de Estudos Ambientais (CEA) da UNESP Rio Claro, seguindo os requisitos exigidos pelo AIEA, e que será utilizada no desenvolvimento desse projeto.
Objetivos
O objetivo do projeto de iniciação cientifica é o de monitorar e avaliar a variação na composição isotópica e físico-química das águas meteóricas no município de Rio Claro.
Material e Métodos
A coleta da água de chuva será realizada por meio de dois pluviômetros tipo Ville de Paris conectados por mangueiras a dois galões de plástico de 5L, bem vedados. Um deles é dedicado à coleta de amostras para a determinação da composição físico-química e o outro para a análise da composição isotópica.
Semanalmente são coletadas as amostras para determinação da composição físico-química da água. Essas amostras são filtradas em filtro de acetato de celulose 0,5m, são medidos o pH e a
condutividade elétrica, e separadas alíquotas para a determinação de ânions e cátions no laboratório HidroLab do DGA-IGCE UNESP-RC. A determinação de ânions é feita por cromatografia de íons, e os cátions por meio de espectrometria de emissão atômica com fonte de plasma e argônio induzido (ICP-AES).
De maneira a evitar a evaporação, que pode ocasionar fracionamento isotópico, no galão destinado à coleta das amostras para a determinação isotópica, uma fina camada de parafina liquida é colocada. Esse galão é trocado ao final de cada mês, e três alíquotas da água coletada são separadas: duas de 200 mL e uma de 500 mL, para determinação do conteúdo de 18O-2H e trítio, respectivamente. As determinações dos isótopos são feitas no Laboratório da AIEA em Viena.
Resultados e Discussão
Até o presente momento foram coletadas 16 amostras para a determinação da composição química da precipitação e 9 para a determinação da composição isotópica, entretanto resultados analíticos ainda não estão disponíveis, pois as amostras para a determinação isotópica serão encaminhadas aos laboratórios da AIEA no final do ano, de acordo com o protocolo de amostragem.
A condutividade elétrica da precipitação variou de 4,12 a 23,8 e o pH de 5,6 á 7,89, conforme apresentado no gráfico abaixo.
Agradecimentos
Agradeço a FAPESP pela cessão de bolsa de Iniciação Científica – Processo FAPESP 2013/06704-0.
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1 Clark, I. D.; Aravena, R. 2005. Environmental Isotopes in Ground Water Resource and Contaminant Hydrogeology. San Diego: NGWA, NGWA COURSE #394 - January 25-26, 103p.
