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A COVID-19 e mudanças nos hábitos alimentares e na prática de atividade física de adolescentes brasileiros: resultados da pesquisa ConVid Adolescentes

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Academic year: 2023

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Prevalência do consumo de frutas e hortaliças e frutas e hortaliças ultraprocessadas antes e durante a pandemia de COVID-19 entre adolescentes brasileiros segundo características sociodemográficas, ConVid-Adolescentes, Brasil, 2020..63 Tabela 3. Frequência do baixo consumo de frutas e hortaliças durante o período COVID-19 19 Pandemia de COVID-19 por características sociodemográficas, ConVid-Adolescentes, Brasil, 2020..64 Tabela 4.

OBJETIVO GERAL

OBJETIVOS ESPECÍFICOS

A PANDEMIA DO NOVO CORONAVÍRUS (SARS-COV-2)

No mundo, vários países europeus e asiáticos apresentaram novos picos de infecção viral após a contenção da primeira onda de COVID-19 (MOURA et al., 2021). Em setembro de 2020, a Europa começou a registrar mais casos de COVID-19 do que em março e abril.

INSEGURANÇA ALIMENTAR DURANTE A PANDEMIA

Pesquisa realizada com 899 pré-adolescentes espanhóis (8 a 14 anos) observou que famílias com baixo nível socioeconômico apresentavam maior insegurança alimentar em comparação com famílias com maior poder aquisitivo, consumindo alimentos de menor qualidade durante o período de bloqueio (VILLODRES et al., 2021 ). Essa iniciativa é significativa, pois garante a manutenção da distribuição de alimentos para as famílias dos alunos, protegendo-os da insegurança alimentar e nutricional.

EFEITOS DO ISOLAMENTO SOCIAL NO ESTILO DE VIDA

Dentre os efeitos negativos do distanciamento social na saúde e no bem-estar, destacam-se as alterações de humor, como aumento dos sentimentos de tristeza, depressão e ansiedade, e mudanças no estilo de vida (MALTA et al., 2020). Além disso, há mudanças nas condições socioeconômicas com aumento das taxas de desemprego e redução da renda (ALMEIDA et al., 2020), o que pode levar ao aumento das desigualdades (MOURA; . FERREIRA; ALVES, 2021).

ADOLESCÊNCIA: CONCEPÇÕES, COMPORTAMENTO, MONITORAMENTO E

Uma vez que é nesta fase que os hábitos se desenvolvem e se mantêm na vida adulta, é crucial consolidar um estilo de vida saudável na adolescência (MARQUES, A. et al., 2020; SILVA, T. et al., 2021). Nesse cenário de pandemia com múltiplas repercussões, o que se pode estimar é que o modelo ecológico proposto pela OMS possa ser adaptado às novas necessidades, uma vez que os determinantes da saúde sofreram influência em sua construção e influência durante o período de restrição social (BREHMER et al ., 2020).

ALIMENTAÇÃO NA ADOLESCÊNCIA

Epidemiologia

Dentre os mais importantes sistemas de vigilância da saúde da população adolescente, destacam-se o Global School-based Student Health Survey (GSHS), presente em mais de 70 países; o Health Behavior in School-aged Children (HBSC) que existe em mais de 40 países europeus além de Israel, Canadá e outros e o Youth Risk Behavior Surveillance System (YRBSS) nos Estados Unidos (MALTA et al., 2014). O baixo consumo de FLV e a ingestão excessiva de AUP entre adolescentes é comprovado em diversos estudos ao redor do mundo (BEAL; MORRIS; TUMILOWICZ, 2019; . INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA, 2021; YANG et al., 2017).

Fatores associados ao consumo alimentar na adolescência

Normalmente, padrões alimentares inadequados são mais relatados em situações de maior vulnerabilidade socioeconômica (FERREIRA, 2017; NARDONE et al., 2020). Pesquisa realizada no país indicou que a oferta de merenda escolar reduz o consumo de AUP, como lanches e refrigerantes, entre adolescentes de escolas públicas de ensino fundamental (NOLL et al., 2019).

HÁBITOS ALIMENTARES DOS ADOLESCENTES DURANTE A PANDEMIA DA

O estudo também apontou que os adolescentes brasileiros tiveram um consumo médio de hortaliças (cinco refeições por semana) maior do que os jovens dos outros países analisados ​​nesse período (RUIZ-ROSO et al., 2020a). A quantidade de alimentos frescos nas residências também aumentou positivamente para 37% (ADAMS et al., 2020).

ATIVIDADE FÍSICA NA ADOLESCÊNCIA

Definições e repercussões da prática de atividade física na adolescência

Estudos mostram que praticar AF na adolescência está relacionado a uma maior probabilidade de praticar AF na idade adulta (GUTHOLD et al., 2020; HALLAL et al., 2010; VAN SLUIJS et al., 2021; WORLD HEALTH ORGANIZATION, 2012). Da mesma forma, adolescentes que foram ativos apenas na juventude apresentaram menor probabilidade de apresentar baixa aptidão cardiorrespiratória (chance reduzida em 29%) em comparação aos que sempre foram inativos (SILVA et al., 2018). É importante ressaltar que tanto a AF inadequada quanto o sedentarismo estão entre os mais importantes fatores de risco modificáveis ​​para DCNT (MALTA et al., 2014; SILVA et al., 2020) e devem ser distinguidos conceitualmente para melhor compreensão deste trabalho .

Como a prática regular de AF independe de outros comportamentos cotidianos que exijam menor esforço, é comum encontrar certa dicotomia entre adolescentes que podem ser considerados ao mesmo tempo indivíduos fisicamente ativos, mas que apresentam comportamentos diminuídos devido ao excesso de número. de horas passadas em frente a telas, por exemplo (TENÓRIO et al., 2010). Essas adaptações ocorridas no século passado promoveram a redução da AF praticada por adolescentes e adultos (MARTINEZ-GONZALEZ et al., 2001; . TASSITANO et al., 2007).

Epidemiologia

As novas diretrizes da OMS de 2020 sobre AF e comportamento sedentário recomendam que os adolescentes acumulem uma média de 60 minutos por dia, durante a semana, de AF principalmente aeróbica, de intensidade moderada a vigorosa. Essas adaptações ocorridas no século passado promoveram a redução da AF praticada por adolescentes e adultos (MARTINEZ-GONZALEZ et al., 2001; Ou seja, quanto maior a faixa etária, maiores os percentuais de AF insuficientes encontrados em adolescentes.

Aparentemente, resultados paradoxais foram encontrados em um estudo comparando os níveis de AF em crianças e adolescentes em 38 países (TREMBLAY et al., 2016). Uma explicação plausível era que a autonomia para brincar ou participar de atividades menos sedentárias, ao invés de vivenciar um ambiente com maior infraestrutura e atividades estruturadas, pode facilitar maiores níveis de AF em crianças e adolescentes (TREMBLAY et al., 2016).

Fatores associados à prática de atividade física na adolescência

Outro estudo indica que a influência do nível socioeconômico varia de acordo com o domínio AF, pois os jovens de estratos socioeconômicos mais baixos são mais ativos no deslocamento (caminhar e usar bicicletas) e menos ativos no lazer devido à falta de acesso , estrutura e envolvimento precoce nas atividades laborais (ALVES et al., 2012). A relação observada baseou-se na presença de locais que favorecem a prática de AF, como parques, playgrounds e quadras poliesportivas em maior número nos estados brasileiros com maior IDH (ARAUJO et al., 2021). SALIS; PROCHASKA; Taylor, 2000; SANTANA et al., 2021), preocupação com a imagem corporal (VIEIRA; PRIORI; FISBERG, 2002) e hábitos alimentares (CONDESSA et al., 2019; HADDAD; SARTI, 2020). Outra pesquisa indicou que há diferença de envolvimento entre os sexos em relação à AF, e devido a aspectos culturais e familiares, atividades de maior intensidade energética e caráter competitivo são mais incentivadas entre os meninos, enquanto as meninas são mais estimuladas a realizar atividades. lazer e recreação, na perspectiva de que algumas modalidades podem afetar sua feminilidade ao provocar alterações corporais (ALVES et al., 2012).

Como há menos oportunidades entre os adolescentes socioeconomicamente desfavorecidos, verifica-se que o número de indivíduos ativos diminui com a idade (MARQUES, A. et al., 2020). É conhecido o papel crucial da família na adesão dos adolescentes à prática de AF e a presença, incentivo e supervisão dos pais e ser um adulto que pratica AF regularmente são influenciadores importantes nesta faixa etária (SANTANA et al., 2021) .

PRÁTICA DE ATIVIDADE FÍSICA DOS ADOLESCENTES DURANTE A

O estudo sugere uma desigualdade que atravessa gênero, raça e classe social no acesso à prática de AF escolar (MARTINS; VASQUEZ; MION, 2022). Em relação à situação socioeconômica e à prática de AF durante a pandemia de COVID-19, um estudo realizado pelo método de amostragem por conveniência com 899 pré-adolescentes (8 a 14 anos) da Espanha e regiões vizinhas observou que aqueles pertencentes a famílias com baixo nível socioeconômico praticavam menos AF (VILLODRES et al., 2021). Uma coorte retrospectiva de 240 crianças e adolescentes espanhóis também identificou a mesma associação e apontou que crianças e adolescentes (8 a 16 anos) com mães com menor escolaridade (proxy para nível socioeconômico) apresentaram maior diminuição na prática de AF durante o encarceramento ( MEDRANO et al., 2021).

Tanto a prática insuficiente de AF quanto o sedentarismo são apontados como pandemias globais já existentes antes da COVID-19, o que merece um alerta para uma ação global (MEDRANO et al., 2021). Foi destacado que a coexistência de práticas regulares de AF e hábitos alimentares saudáveis ​​leva a maiores benefícios para a saúde mental do que a promoção de um único comportamento de estilo de vida saudável isolado durante a pandemia de COVID-19 (CHI et al., 2021).

DELINEAMENTO

AMOSTRA E COLETA DE DADOS

No entanto, indivíduos com dados ausentes para AUP (n=108) e HF (n=44) foram excluídos das respectivas análises. Para as análises de incidência, foram excluídos os indivíduos que apresentavam alto consumo de AUP pré-pandêmico (n= 3.702; assim, a amostra final foi de 5.660 e 1.560, respectivamente, para análises relacionadas ao consumo de AUP e HF, conforme ilustrado nas Figuras 2 e 3.

Com relação à prática de AF insuficiente, dos 9.470 jovens da amostra inicial, aqueles com falta de informação para AF (n = 89) foram excluídos das análises. Para análises de incidência, foram excluídos os indivíduos que tinham como desfecho AF insuficiente (< 300 minutos/semana) antes da pandemia (n = 6686).

Figura  2  –   Fluxograma  de  exclusão  de  elementos  para  amostra  final  das  análises  de  incidência  do  consumo de AUP.
Figura 2 – Fluxograma de exclusão de elementos para amostra final das análises de incidência do consumo de AUP.

VARIÁVEIS DO ESTUDO

Variáveis desfecho: baixo consumo de FH, alto consumo de AUP e AF

  • Baixo consumo de FH e alto consumo de AUP
  • AF insuficiente

Foi considerado baixo consumo de FLV quando o adolescente referiu consumir FLV em menos de 5 dias na semana e alto consumo de AUP quando consumia pelo menos um AUP em cinco ou mais dias na semana, segundo a classificação NOVA (MONTEIRO et al., 2019). A prática de AF insuficiente foi caracterizada pelo tempo gasto em qualquer AF por dia pelos adolescentes. Essa variável foi avaliada pelas seguintes questões: “Antes da pandemia do coronavírus, em quantos dias você fazia AF por pelo menos 60 minutos (1 hora) por dia.

Ex.: praticar esportes, jogar bola, andar de bicicleta, caminhar, correr, fazer aula de educação física, ir a pé ou de bicicleta para a escola (Soma todo o tempo que você passou em qualquer tipo de AF, todos os dias). "; "Durante a pandemia, quantos dias você fez AF por pelo menos 60 minutos (1 hora) por dia? Some todo o tempo gasto em cada tipo de AF por dia). Foi considerada AF insuficiente quando o adolescente relatou praticar menos de 300 minutos de atividade física por semana (INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA, 2021).

Variáveis de exposição

Em relação às categorias da variável restrição social (pouco rígido; muito rígido), foi considerado pouco rígido quando o adolescente respondeu "não fiz nada, levei uma vida normal" ou "só parei de ir à escola, mas continuei normalmente com outras atividades." ou “Tentei ter cuidado, ficar longe das pessoas, diminuir um pouco os contatos, não visitar idosos, mas mesmo assim saí” e muito rígido nas respostas.

ANÁLISE ESTATÍSTICA

ASPECTOS ÉTICOS

ARTIGO 1

A prevalência de baixo consumo de FLV e alto consumo de AUP durante a pandemia foi de 20% e 13,8%, respectivamente. As Tabelas 3 e 4 mostram as ocorrências de baixo consumo de FLV e alto consumo de AUP respectivamente durante a pandemia. Prevalência de baixo consumo de frutas e hortaliças durante a pandemia de COVID-19 segundo características sociodemográficas, ConVid-Adolescentes, Brasil, 2020.

Incidência de alto consumo de alimentos ultraprocessados ​​durante a pandemia de COVID-19 segundo características sociodemográficas, ConVid-Adolescentes, Brasil, 2020. Este estudo mostrou que o consumo de AUP permaneceu estável durante a pandemia de COVID-19, enquanto o consumo de FLV aumentou.

Tabela 1. Características da amostra, ConVid-Adolescentes, Brasil, 2020.
Tabela 1. Características da amostra, ConVid-Adolescentes, Brasil, 2020.

ARTIGO 2

Conclusões: Alta prevalência de atividade física insuficiente foi observada entre adolescentes brasileiros durante a pandemia de COVID-19. Alta prevalência de atividade física insuficiente foi observada entre adolescentes brasileiros durante a pandemia de COVID-19. Prevalência de atividade física insuficiente antes e durante a pandemia de COVID-19 entre adolescentes brasileiros segundo características sociodemográficas, ConVid-Adolescentes, Brasil, 2020.

Prevalência de atividade física insuficiente durante a pandemia de COVID-19 segundo características sociodemográficas, ConVid-Adolescentes, Brasil, 2020. Problemas de saúde mental entre jovens chineses durante a COVID-19: a importância da nutrição e da atividade física. Distanciamento social, sentimentos de tristeza e estilo de vida da população brasileira durante a pandemia de COVID-19.

Pesquisa ConVid de comportamento na Internet durante a pandemia de COVID-19 no Brasil: desenho e metodologia.

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Figura  3  –   Fluxograma  de  exclusão  de  elementos  para  amostra  final  das  análises  de  incidência  do  consumo de FH.
Figura  2  –   Fluxograma  de  exclusão  de  elementos  para  amostra  final  das  análises  de  incidência  do  consumo de AUP.
Figura 4  –  Fluxograma de exclusão de elementos para amostra final das análises de incidência de AF  insuficiente
Tabela 1. Características da amostra, ConVid-Adolescentes, Brasil, 2020.
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Referências

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