Este trabalho tem como tema “O nível de literacia financeira entre os alunos do II ciclo no Cuando Cubango – Angola. A metodologia utilizada para medir o nível de Literacia Financeira dos alunos do II ciclo no Cuando Cubango - Angola, um estudo aplicado às Escolas Secundárias do Município de Menongue, será uma metodologia qualitativa, não documental, e como recolha de dados, o inquérito através de questionário é aplicado a alunos de escolas selecionadas onde são selecionados aleatoriamente. Com o objetivo de avaliar o nível de Literacia Financeira dos alunos do II ciclo no Cuando Cubango, o presente trabalho visa, juntamente com o Ensino Secundário, alunos de quatro organizações, Magistério nº 79 “Mwene Vunongue”, Liceu nº 80 “22 de investigar . Novembro”, o Instituto dos Técnicos de Saúde nº 40 e o Instituto Médio de Gestão e Administração “23 de Março”, nos diferentes cursos, o seu nível de conhecimento sobre inclusão financeira, planejamento de despesas, poupança e conhecimento financeiro.
Desta forma, colocou-se como questão de investigação: qual o nível de literacia financeira dos alunos II. pedalar no Cuando Cubango. Que avaliação se pode fazer sobre o nível de literacia financeira dos alunos II. ciclo Cuando Cubango - Angola. De forma a responder às questões anteriores, pretendemos definir dois objetivos gerais: avaliar o nível de literacia financeira dos alunos do II. ciclo das escolas de Menongue e determinar o papel da escola na construção do conhecimento financeiro.
A metodologia que será utilizada para medir o nível de conhecimento financeiro entre os alunos do ciclo II no Cuando Cubango – Angola, Um estudo aplicado às escolas secundárias do Município de Menongue, será a metodologia qualitativa e descritiva, a técnica de recolha de dados de inquérito a partir de um questionário aplicado a escolares a serem sorteados, bem como de pesquisa bibliográfica. Posto isto, acreditamos que as bases para o nosso trabalho estão lançadas e vamos começar a debruçar-nos sobre os conceitos de Educação Financeira.
ENQUADRAMENTO TEÓRICO DA LITERACIA FINANCEIRA
- Conceitos
- A evolução da educação financeira
- A educação financeira em Angola
- Educação e inclusão financeira no Cuando Cubango
- Importância da Literacia Financeira
- Importância da Literacia Financeira para um indivíduo
- Gestão de finanças pessoais – a poupança e o crédito
- Importância da Literacia Financeira para um país
- Literacia Financeira e os níveis de bancarização da população angolana
- Níveis de bancarização e de educação financeira em Angola em relação à África
- A Literacia Financeira e o consumo
Huston (2010) afirma que o conceito de Alfabetização Financeira não deve ser confundido com a ideia de conhecimento financeiro. Segundo esse autor, a alfabetização tem um espectro mais amplo do que a alfabetização financeira, pois se baseia na capacidade de uma pessoa tomar decisões financeiras com base no conhecimento financeiro que possui. 2010, p. 2), definem alfabetização financeira como a capacidade de uma pessoa fazer julgamentos informados e tomar decisões sobre o uso e gestão do dinheiro. Gois e Samy (2010) definem Alfabetização Financeira como a capacidade de uma pessoa fazer julgamentos informados e tomar decisões sobre o uso e a gestão do dinheiro.
Pires (2014, p. 13) afirma que uma das definições mais populares de Alfabetização Financeira foi proposta por Schagem em 1997, segundo a qual Alfabetização Financeira é entendida como a capacidade de um indivíduo fazer julgamentos informados e tomar decisões concretas levando em conta a exibição de gerenciamento de dinheiro da conta. Santos (2015), citando Mandel (2007), afirma que a Alfabetização Financeira se traduz na capacidade de avaliar novos e complexos instrumentos financeiros e tomar decisões informadas quanto à sua seleção e uso, a fim de melhor atender aos objetivos de longo prazo. Conforme referido anteriormente, a definição de Literacia Financeira depende de vários paradigmas como o indivíduo, o nível de conhecimento financeiro, a complexidade do sistema financeiro do país e a capacidade de fazer julgamentos informados.
Considerando esses diferentes paradigmas, o "Journal of Financial Service Professionals", citado por Gois et al. 2010), define literacia financeira individual como a capacidade de um indivíduo ler, analisar, gerir e comunicar condições financeiras pessoais que afetam significativamente o seu bem-estar. É neste contexto que o Banco Nacional de Angola (BNA) iniciou em 2010 uma campanha de educação financeira, com o objetivo de assegurar o aumento dos níveis de Literacia Financeira da população, por um lado promovendo níveis de inclusão social, e o aumento da por outro lado, a eficácia da política monetária. Em 2014, devido à dinâmica de crescimento do Setor Bancário, foi criado o Departamento de Educação Financeira (DEF), que passou a ter a seu cargo toda a panóplia relacionada com a Literacia Financeira, a promoção de campanhas de sensibilização, palestras nas escolas e Administrações Estatais, tendo como principal missão a promoção da Alfabetização Financeira e a eficiência e estabilidade do sistema financeiro.
Em 2015, o BNA, em cooperação com o Ministério da Educação em Luanda, iniciou um projeto de integração da literacia financeira no sistema educativo. O mesmo artigo refere a celebração de um protocolo entre o Ministério da Educação e o BNA, válido por 5 anos prorrogáveis, que visa a implementação de conteúdos de literacia financeira no sistema de educação e ensino e assegurar que as crianças e os jovens podem estabelecer uma relação consciente e equilibrada com o sistema financeiro. Acreditamos que o conteúdo de alfabetização financeira deva ser abordado sistematicamente em disciplinas individuais, como empreendedorismo, proteção ambiental e educação para o trabalho, já nas séries iniciais.
O Projeto de Desenvolvimento do Sistema Financeiro (PDSF) para o período aprovado pelo Decreto Presidencial n.º 92/19, de 25 de março, permite a inclusão de conteúdos de literacia financeira nos currículos escolares. O acompanhamento do projeto de inserção de conteúdos de conhecimento financeiro no sistema de ensino realizado em 2017 abrangeu 17 províncias, 54 municípios e 86 escolas do ensino geral, ensino técnico profissional e formação de professores. A aplicação de conhecimentos práticos de Alfabetização Financeira aproxima o indivíduo de seus objetivos, que envolvem ter uma vida mais equilibrada ou mesmo ser bem-sucedido e enriquecedor.
Cabral (2015) afirma que baixos níveis de literacia financeira num país podem enfraquecer a economia e a coesão social. Cidadãos alfabetizados financeiramente são importantes para o país, pois fornecem boa governança baseada em bom planejamento e gestão.
![Gráfico 1 - Distribuição das contas Bankita por província](https://thumb-eu.123doks.com/thumbv2/123dok_br/17634611.4198747/21.892.151.756.375.635/gráfico-distribuição-das-contas-bankita-por-província.webp)
METODOLOGIA SEGUIDA NO ESTUDO
Método de Investigação
- Método e técnicas de recolha de dados
Questionário
População e Amostra
- População
- Amostra
A Tabela 3 mostra o número de inquéritos distribuídos, recolhidos e não recolhidos e o período em que este trabalho decorreu nas escolas selecionadas. Devido à situação provocada pela pandemia de COVID-19, a alternância de presenças e ausências dos alunos às aulas dificultou muito a recolha de dados, pelo que parte dos inquéritos não foram recebidos.
![Tabela 3 - Amostra do estudo e período que decorreu o inquérito Escola Inquéritos](https://thumb-eu.123doks.com/thumbv2/123dok_br/17634611.4198747/36.892.150.788.256.432/tabela-amostra-estudo-período-decorreu-inquérito-escola-inquéritos.webp)
ANÁLISE E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS
Análise e discussão dos resultados
Relativamente à questão “Com quem vive”, os resultados encontrados mostram que a maioria dos inquiridos, ou seja 61%, vive com os pais e apenas 4% dos inquiridos afirmaram viver com os avós. Relativamente à escolaridade do pai, a maioria dos inquiridos indica que o pai é Técnico Médio com 33%, seguido do Técnico Superior com 25% e 9%. E se a isto se juntar o facto de 61% dos inquiridos viverem com os pais, este aspecto é ainda mais relevante.
Ao serem questionados “Qual a importância que você atribui à educação financeira na escola?”, cerca de 53% dos entrevistados afirmaram ser muito necessária, apenas 3% afirmaram ser de pouca importância, e nenhum respondente disse ser desnecessária. No estudo de Santos, os entrevistados tiveram seus pais/responsáveis como seus principais orientadores de finanças pessoais. Analisando o gráfico 10, vemos que 45% dos respondentes acham muito importante a inclusão de conteúdos financeiros nos currículos escolares, e apenas 3%.
Em relação à questão “Para que serve uma boa educação financeira?”, a maioria dos inquiridos escolheu a resposta que é para ensinar hábitos financeiros racionais, com cerca de 57%, seguida de que é para aprender a gastar o seu dinheiro (27%) Apenas 4 % escolheu a resposta que é aprender a comprar parcelado e 2%. Quanto à pergunta “Os teus pais dão-te dinheiro?”, 56% recebe quando pedem, 25% recebe mensalmente e apenas 12% dos inquiridos não recebe qualquer apoio. Os resultados do gráfico 14 são consistentes com os dados do gráfico 3, que mostra que 61% dos entrevistados moram com os pais e dependem totalmente do sustento do responsável.
O Gráfico 15 mostra que a maioria dos inquiridos não tem conta em banco, ou seja, 54% não tem conta em banco. Os gráficos e 24 mostram o nível de conhecimento dos respondentes sobre o significado de alguns termos utilizados no setor bancário. O Cartão de Crédito foi apontado como o mais familiar pelos inquiridos, ainda que seja um cartão pouco utilizado na banca angolana, com 68% dos inquiridos a afirmarem saber o que significa.
Apenas 32% dos inquiridos sabem o significado da taxa de juro, contra 68% que afirmam desconhecer o seu significado, conforme o gráfico 21. No presente estudo, cerca de 64% dos inquiridos desconhecem o significado de Depósito à Ordem, apesar de ser a operação bancária mais comum, conforme ilustrado no Gráfico 23. Quanto aos Depósitos a Prazo, os inquiridos apresentam um nível de conhecimento bastante inferior, ou seja, apenas 28% afirmam saber o significado deste produto bancário, contra 72% dos inquiridos que desconhecem o significado de Depósito a Prazo.
Se compararmos os resultados do Gráfico 24 com os do Gráfico 17, onde 91% dos inquiridos afirmaram guardar o dinheiro recebido, podemos concluir que a maioria não utiliza estes produtos financeiros. O nível de literacia financeira dos estudantes do ensino superior em Portugal (dissertação de mestrado).
![Gráfico 2 – Sexo](https://thumb-eu.123doks.com/thumbv2/123dok_br/17634611.4198747/38.892.160.810.458.771/gráfico-sexo.webp)