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O SERVIÇO DE APH E A ATRIBUIÇÃO DO ENFERMEIRO

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Academic year: 2023

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1 O SERVIÇO DE APH E A ATRIBUIÇÃO DO ENFERMEIRO

Hagda Levandoski*, Ketlin Bomfim*

Jean Luvizotto**

*Acadêmicos do Curso de Enfermagem, Uniandrade, Curitiba, PR, Brasil

** Docente do Curso de Enfermagem, Uniandrade, Curitiba, PR, Brasil e-mail: hagdalevandoski@gmail.com

Resumo: O presente trabalho tem como objetivo explanar sobre o serviço de atendimento pré-hospitalar que se refere ao atendimento realizado fora do ambiente hospitalar, em geral em regime de urgência e a atuação do enfermeiro que está relacionada à assistência direta ou indireta ao paciente. O enfermeiro, neste sistema, além de executar o socorro às vítimas em situação de emergência, também desenvolve atividades educativas como instrutor, participa da revisão dos protocolos de atendimentos, da elaboração do material didático, além de atuar junto à equipe multiprofissional na ocorrência de calamidades e acidentes de grandes proporções e ser o responsável pela liderança e coordenação da equipe envolvida.

Palavras-chave: Enfermeiro, atribuições, pré hospitalar.

Abstract: This study aims to explain the pre-hospital care service that refers to care performed outside the hospital environment, generally in an emergency room, and the role of the nurse that is related to direct or indirect patient care. The nurse, in this system, in addition to providing assistance to victims in emergency situations, also develops educational activities as an instructor, participates in the review of care protocols, in the preparation of teaching materials, in addition to working with the multidisciplinary team in the event of calamities and major accidents and being responsible for the leadership and coordination of the team involved.

Keywords: Nurse, assignments, pre- hospital.

INTRODUÇÃO

O atendimento pré-hospitalar (APH) é a colaboração realizada em pacientes com quadros intensos, de natureza clínica, traumática ou psiquiátrica, que possam desenvolver sequelas graves ou até a morte, frequentemente no local da ocorrência [1]. Uma das funções do enfermeiro dentro de uma unidade de pronto atendimento é a triagem, que é uma competência exclusiva do enfermeiro, respaldada pelo COREN (Conselho Regional de Enfermagem), tendo como conceito o primeiro atendimento aos pacientes, objetivando a primeira avaliação, permitindo que o profissional tenha conhecimento do que deverá ser realizado a partir do momento, de acordo com a classificação de risco, permitindo que pacientes mais graves sejam priorizados imediatamente, porém sem dispensar nenhum paciente sem atendimento [2].

O presente artigo tem como objetivo explanar sobre o que a assistência prestada pelo profissional enfermeiro dentro do âmbito do APH.

MATERIAIS E MÉTODOS

O presente estudo trata-se de uma pesquisa bibliografica exploratória, descritiva com abordagem qualitativa.

Que utilizou-se como base de dados os buscadores Scientific Eletronic Library Online (Scielo) e Google Acadêmico.

Como critério de inclusão foram

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2 definidos artigos em português e inglês,

não pagos, na integra, publicados no período de 2012 á 2021 , buscando os seguintes descritores: enfermeiro, atribuições, pré hospitalar. Foram analisados 8 artigos e após a leitura completa 1 foram excluídos por não contemplarem o objetivo do trabalho.

Os 7 artigos restantes, foram utilizados como objeto dos nossos estudos por se tratarem especificamente do tema proposto. A pesquisa bibliográfica foi feita buscando o conhecimento sobre o atendimento pré hosptalar e as atribuições do enfermeiro nesse serviço.

RESULTADOS E DISCUSSÃO

O atendimento pré-hospitalar (APH) móvel é um serviço que integra a rede de atenção às urgências, embora seja considerado relativamente recente no Brasil, ressalta-se sua relevância e contribuição no atendimento às urgências e emergências. O Atendimento pré-hospitalar (APH), realizado pelo Serviço Móvel de Urgência e Emergência (SAMU), é o primeiro atendimento prestado por profissionais da saúde, em situações ocorridas fora do hospital, em casos de traumas resultantes de acidentes automobilísticos, distúrbios em pacientes crônicos, mal súbito de qualquer etiologia e/ou distúrbios psiquiátricos de maneira que, visa à estabilização clínica do paciente no local do ocorrido e em seguida sua segura remoção para uma unidade hospitalar adequada ao quadro clínico apresentado pela vítima [3].

O serviço de atendimento pré- hospitalar (APH) envolve todas as ações que ocorrem antes da chegada do paciente ao ambiente hospitalar e pode influir positivamente nas taxas de morbidade e mortalidade por trauma ou violências. Nesse sentido, uma assistência qualificada na cena do

acidente, o transporte e a chegada precoce ao hospital é fundamental para que a taxa de sobrevida aumente [4].

O APH objetiva a execução de intervenções rápidas, seguras e com o intuito de evitar possíveis sequelas, transitórias ou permanentes, além de possibilitar uma maior sobrevida ao paciente, por diminuir o período sem atendimento às vítimas de agravos à saúde de qualquer natureza, sendo assim, a preocupação acerca da segurança do paciente norteia todos os níveis da assistência [3].

Considera-se atendimento pré- hospitalar toda e qualquer assistência realizada, direta ou indiretamente, fora do âmbito hospitalar, utilizando meios e métodos disponíveis. Esse tipo de atendimento pode variar de um simples conselho ou orientação médica até o envio de uma viatura de suporte básico ou avançado ao local da ocorrência onde houver pessoas traumatizadas, visando à manutenção da vida e à minimização de sequelas [4].

No Brasil, o sistema se divide em serviços móveis e fixos. O APH móvel, objeto desta reflexão, tem como missão o socorro imediato das vítimas que são encaminhadas para o APH fixo ou para o atendimento hospitalar [4].

O APH móvel é realizado por meio de duas modalidades: o suporte básico à vida, que se caracteriza por não realizar manobras invasivas, e o suporte avançado à vida, que possibilita procedimentos invasivos de suporte ventilatório e circulatório [4].

Embora os termos urgência e emergência sejam parecidos e diversas pessoas acreditam ter o mesmo significado, podemos diferenciá-los através de seu significado, urgência significa qualidade ou caráter de urgente, ou seja, é necessário ser feito com rapidez, é indispensável,

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3 imprescindível, iminente, impendente;

sendo assim é necessário ser realizado sem demora. Já emergência significa ação de emergir, ou seja, é uma situação crítica, acontecimento perigoso ou fortuito [2].

A atividade do enfermeiro no atendimento pré-hospitalar (APH) no Brasil desenvolveu-se a partir da década de 1990, com o surgimento das unidades de suporte avançado de vida.

Atualmente, o enfermeiro é participante ativo dessa equipe, onde desenvolve importante papel de atendimento assistencial com qualidade, prevenindo complicações, avaliando riscos potenciais e conduzindo o atendimento de forma segura [4].

A inserção do enfermeiro no APH móvel ocorreu por meio da política nacional de atenção as urgências, baseado no modelo francês, que possui distintas categorias na composição da equipe. A partir de então, o enfermeiro participa, juntamente com a equipe de APH móvel, de ambientes diversos, com restrição de espaço físico e em situações limite de tempo da vítima e cena. Essas situações evidenciam a necessidade de decisões imediatas, baseadas em protocolos, conhecimento e rápida avaliação [5].

Quanto à atuação dos enfermeiros no APH são responsáveis pelo atendimento de enfermagem necessário para a reanimação e estabilização do paciente, no local do evento e durante o transporte. Ressalta ainda que o enfermeiro deve prestar serviços administrativos e operacionais no atendimento pré-hospitalar móvel, incluindo ainda, a função de supervisionar as atividades de enfermagem do APH, dentre outras funções específicas [6].

Identificou-se que as atividades do enfermeiro no APH contemplam a

assistência, a gerência, a supervisão e a educação permanente [6].

Além dessas competências gerais, os procedimentos da enfermagem no APH estão relacionados com competência legal, conhecimento técnico-científico;

capacitação técnica, segurança e coerência na adoção de medidas, tomada de decisões, agilidade e rapidez; focando em um profissional crítico, reflexivo, dotado de conhecimentos [6].

Dentro da equipe de enfermagem, compete ao enfermeiro os procedimentos de maior complexidade [6].

Nesse contexto, é importante que a atuação do enfermeiro no pré- hospitalar, seja baseado na sistematização da assistência de enfermagem (SAE), de modo a, promover uma assistência de enfermagem eficiente e de qualidade pautada na responsabilidade e no compromisso com o bem-estar do ser humano. Além disso, é possível evidenciar que sua atuação é imprescindível em todo processo de assistência à população-alvo do APH [6].

A Portaria nº 2.048/GM/2002 estabeleceu que no Atendimento Pré- Hospitalar Móvel os enfermeiros devem realizar as funções de Responsável de Enfermagem e Enfermeiro assistencial, supervisionar e avaliar o serviço da equipe de enfermagem; fazer prescrições médicas por telemedicina;

executar cuidados de enfermagem de maior complexidade a pacientes graves e com risco de vida; oferecer treinamentos e aprimoramentos para a equipe de enfermagem em situações de urgência e emergência, dentre outras atribuições [7].

O enfermeiro precisa de capacitação específica para trabalhar no APH,

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4 tendo, além dos conhecimento técnico-

científico, agilidade, destreza e controle emocional, para lidar com diversas situações de risco a que paciente está exposto, para poder oferecer um atendimento eficiente e de qualidade. A obrigatoriedade da presença do enfermeiro durante a assistência de enfermagem no APH e em situação de risco foi definida na Resolução no 375 de 22 de março de 2011, do Conselho Federal de Enfermagem [7].

A atuação do enfermeiro em urgência e emergência exige diversas habilidades, que devem ser adquiridas por meio de capacitação específica. Assim, é preciso conhecer as condições em que o enfermeiro atua no APH, de forma a se ter uma visão geral do trabalho, suas dificuldades e contradições, para que se possa buscar soluções viáveis que melhorem as condições de atendimento, tanto para o paciente, quanto para o próprio profissional [7].

CONCLUSÃO

Com base no trabalho apresentado, podemos concluir que o atendimento pré-hospitalar precoce é de suma importância para maior sobrevida do paciente, tendo uma intervenção rápida e eficaz a fim de diminuir danos.

Em geral, as atribuições do profissional enfermeiro é essencial para as intervenções uma vez que o mesmo tem habilidades e competências para a realização de técnicas invasivas, a fim de promover melhora no quadro do paciente. Sendo também esse profissional supervisor das atividades de enfermagem realizadas no APH.

Referencias:

[1] Mota L, Oliveira M. Principais riscos vivenciados pelo enfermeiro emergencista ao realizar o atendimento pré-hospitalar (aph): uma revisão

integrativa. UNICEPLAC trabalho de conclusão de curso. 2019; 1-20.

[2] Silva A, Invenção A. A atuação do enfermeiro no atendimento de urgência e emergência. Rev Eletrônica Unilus Ensino e Pesquisa. 2018; 15(39):2318- 2083.

[3] Silva W, Silva M, Silva W, Freitas S, Barbosa D, Silva W, Albuquerque J, Oliveira M, Nascimento M, Silva G.

Eventos adversos e segurança do paciente no atendimento de urgência e emergência pré hospitalar. Rev Eletrônica Acervo Saúde.

2020;12(9):2178-2091.

[4] Adão R, Santos M. Atuação do enfermeiro no atendimento pré hospitalar móvel. Rev Mineira de Enfermagem. 2012;16(4):601-608.

[5] Dias L, Mendes R, Trigueiro G, Assis E, Feitosa A, Sousa M. Enfermagem no atendimento pré-hospitalar: papel, riscos ocupacionais e consequências.

Rev Interdisciplinar em Saúde.

2016;3(1):223-236.

[6] Rodrigues M. Atuação do enfermeiro no atendimento pré-hospitalar na realidade brasileira: revisão integrativa.

UFRN trabalho de conclusão de curso.

2017; 1-30.

[7] Almeida R, Álvares A. Assistência de enfermagem no serviço móvel de urgência (SAMU): revisão de literatura.

Rev Iniciação Cientifica e Extensão.

2019;2(4):196-207.

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Referências

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