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Obtenção de Eletrodos de Carbono Polimérico Vítreo através da termopolimerização da resina fenólica em temperaturas baixas

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Academic year: 2023

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Sociedade Brasileira de Química ( SBQ)

31a Reunião Anual da Sociedade Brasileira de Química

Obtenção de Eletrodos de Carbono Polimérico Vítreo através da termopolimerização da resina fenólica em temperaturas baixas

Wesley Cardoso Muscelli1 (PG)* e Herenilton Paulino Oliveira1 (PQ).

1Dep. de Química, FFCLRP, USP - Avenida Bandeirantes-3900, 14040-901, Brasil.

* wesleyqa@gmail.com

Palavras Chave: Eletrodos de carbono polimérico vítreo, voltametria cíclica, resina fenólica

Introdução

Diante do amplo emprego de compostos de carbono em aplicações eletroquímicas, torna-se relevante estudar rotas de obtenção desses materiais, caracterizá-los quanto a sua estrutura, comportamento eletroquímico, bem como modificá- lo na fase bulk.

Neste contexto, o trabalho visa obter eletrodos de carbono polimérico vítreo a partir da termopolimerização de resina fenólica como precursor polimérico. Além disso, faz-se necessário a caracterização desses materiais quanto a sua estrutura e resposta eletroquímica [1].

Resultados e Discussão

Os eletrodos de carbono polimérico vítreo foram obtidos a partir da termopolimerização de uma resina fenólica previamente sintetizada em nosso laboratório. A síntese da resina consiste na reação entre fenol formaldeído em catálise básica na

proporção estequiométrica de

Fenol:Formaldeído:NaOH (1:2:0,1, relação molar).

A resina fenólica foi previamente colocada em moldes cilíndricos de 7 milímetros de diâmetro e mantida a 60 oC por 3 dias. Posteriormente, os corpos de prova obtidos foram submetidos a um tratamento térmico em forno tubular com rampa de aquecimento variável até a temperatura de 1100 oC.

A escolha de uma resina fenólica termorrígida como precursor polimérico obtida com catálise básica reside no fato de que a elevação da temperatura induz a formação de ligações cruzadas.

Em altas temperaturas, a reticulação da matriz proporciona a obtenção de uma estrutura em fitas análoga ao grafite, mas totalmente desorganizada (amorfa) capaz de apresentar condutividade eletrônica.

Espectros de infravermelho revelam perfis de diferenciação crescente com o aumento da temperatura sugerindo um aumento de ligações cruzadas entre as cadeias poliméricas com o aumento da temperatura. Um exemplo bem pronunciado está no estreitamento e na diminuição da intensidade da banda em 3458 cm-1 relacionado com o modo vibracional de estiramento dos grupos hidroxilas referentes aos grupamentos fenólicos inerentes à resina.

Os difratogramas de Raios X dos corpos de prova em várias temperaturas revelaram a presença de picos alargados na região de 24o e 43o.

evidenciando a estrutura adotada análoga ao carbono polimérico vítreo relatado na literatura.

Testes eletroquímicos foram realizados a fim de se verificar o comportamento desses eletrodos frente a sistemas redox bem conhecidos. Em sistema de ferrocianeto, os voltamogramas obtidos apresentam perfis semelhantes aos relatados na literatura. A figura 1 mostra os voltamogramas cíclicos obtidos em sistema de ferrocianeto de potássio em diferentes velocidades de varredura.

-0,2 0 ,0 0 ,2 0 ,4 0 ,6 0 ,8

-0,0010 -0,0008 -0,0006 -0,0004 -0,0002 0,0000 0,0002 0,0004 0,0006

Densidade de corrente A / cm2

Potencial (V vs. ECS) 20m V /s 50m V /s 100m V/s 200m V/s

Figura 1.Voltamogramas cíclicos em solução de 0,04 mol / L de K3[Fe[CN)6] e 1 mol / L de KCl obtidos em várias velocidades de varreduras de potencial.

Testes com solução de ácido sulfúrico e hidróxido de sódio foram realizados para verificação da faixa de trabalho desses eletrodos. Em ácido sulfúrico, observam-se picos de desprendimento de hidrogênio em -0,8 mV e referente ao oxigênio em 1,7 mV ao passo que em hidróxido de sódio observa-se pico de desprendimento de oxigênio em torno de 1,5 V.

-2 -1 0 1 2 3

-0,020 -0,015 -0,010 -0,005 0,000 0,005 0,010 0,015 0,020

Densidade de corrente A/cm2

Potrencial (V vs. ECS) a)

-2 -1 0 1 2 3

-0,005 0,000 0,005 0,010 0,015 0,020

Densidade de corrente A/ cm2

P otencial (V vs. ECS ) b)

Figura 2.Voltamogramas cíclicos (a) em solução de 0,1 mol / L de H2SO4 e (b)1 mol / L de KCl obtidos a várias velocidades de varreduras de potencial.

Conclusões

Observa-se que a resina fenólica usada como precursor polimérico atendeu as expectativas quanto à estrutura e comportamento eletroquímico apresentados após tratamento térmico até 1100 oC.

Frente aos resultados obtidos, conclui-se que tais materiais podem ser empregados como eletrodos de carbono polimérico vítreo.

Agradecimentos

CNPq e FAPESP

[1] M, Hadi.; A, Rouhollahi.; F, Taidy.; M. Yousefi. Eletroanalysis.

2007, 6, 668.

Referências

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