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oficina de bonecas Abayomi

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Academic year: 2023

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XXVIII Congresso de Iniciação Científica

Atividades de inserção da cultura afro-brasileira em sala de aula:

oficina de bonecas Abayomi

Beatriz Ângelo Moraes, Letícia Lima de Souza. Orientador: Marcelo Augusto Totti, UNESP FFC/Marília, Ciências Sociais. E-mails: leticialsouza_@hotmail.com / biazinha176@hotmail.com.

Bolsa PIBID.

Palavras Chave: Educação, cultura africana, PIBID.

Introdução

Esse trabalho surge com as atividades desenvolvidas pelo PIBID, em uma escola da zona sul da cidade de Marília. Durante as atividades realizadas na escola foi possível observar uma grande demanda em torno das questões étnico- raciais, padrões de beleza e estereótipos que estão envolvidos nessa problemática. Para entender melhor a questão desenvolvemos leituras a partir dos clássicos da sociologia brasileira como Fernandes (2008) e Costa (1999) o que fez pensar a ideia de desenvolver a oficina. As bonecas Abayomi surgiram na diáspora dos negros ao Brasil durante o tráfico negreiro, em que as crianças desesperadas ao verem a dor e o sofrimento enfrentado nos navios de seus pais e parentes, choravam e suas mães para acalentá-las rasgavam tiras de suas saias para que as crianças pudessem se distrair em meio ao caos que se encontravam. As Abayomi são bonecas pretas de diversos tamanhos, que podem ser produzidas com tecidos ou cordinhas com nós, sem costura alguma. As bonecas são amuletos que representaram proteção, acalento e tem conteúdo simbólico singular, sem contar que demonstram o poder feminino e as formas de resistências das mães negras.

Objetivos

O objetivo desta atividade foi de levar aos estudantes o conhecimento da cultura afro-brasileira e através dela, desmitificar preconceitos e estereótipos possibilitando o conhecimento sociológico e levando o estudante ao processo de desnaturalização das relações sociais.

Material e Métodos

Para a confecção das bonecas foram necessários tecidos coloridos, tesoura e confeccionados cartazes com dados e informações sobre a questão étnico-racial no Brasil. O método utilizado foi embasado nas teses de Willis, que consiste em adaptar os conhecimentos científicos a realidade sociocultural dos estudantes, possibilitando maior apreensão dos conteúdos por parte dos deles.

Resultados e Discussão

Durante a semana do dia da Consciência Negra, o grupo PIBID/UNESP, juntamente com a professora supervisora desenvolvemos com a turma do 1ºD e a escola estadual José Alfredo a oficina de bonecas Abayomi.

Antes de trabalharmos com os alunos na oficina, passamos para eles um questionário com algumas perguntas relacionadas ao dia da Consciência Negra e sobre preconceito racial, após a oficina, esse mesmo questionário foi retomado aos estudantes. Uma das perguntas estava relacionada ao conhecimento e significado do dia 20 de Novembro, a pesquisa demonstrou uma melhora significativa no conhecimento por parte dos alunos, de acerto em 72,5% na resposta. Outro dado substancial foi relacionado ao preconceito racial, perguntamos se eles achavam que o negro era bem representado nos meios de comunicação, as respostas denotaram que 75% entenderam que o negro não é bem representado nos meios de comunicação.

Através da oficina, notamos um ganho qualitativo em termos de aquisição do conhecimento e desmitificação das relações sociais nos alunos, o trabalho proporcionou um dia diferente na escola e um maior aprendizado para os alunos.

Conclusões

Com a realização da oficina, pode-se observar um ganho qualitativo no conhecimento dos alunos, o que denota que novas técnicas de ensino são substanciais ao processo de conhecimento sociológico no interior da escola.

Agradecimentos

Agradecemos ao grupo PIBID e ao nosso professor orientador Marcelo Totti. É de suma importância agradecer principalmente a escola estadual José Alfredo e a professora Simone Silva pela colaboração na atividade.

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COSTA, Emília Viotti. Da monarquia à república. Momentos decisivos.7ª edição, São Paulo: Editora da Unesp, 1999.

FERNADNES, Florestan. A integração do negro na sociedade de classes. São Paulo: Globo, 2008.

WILLIS, Paul. Aprendendo a ser trabalhador. Escola, resistência e reprodução social. Porto Alegre: Artes Médicas, 1991.

Referências

Documentos relacionados

Diante da praticidade dos experimentos que foram realizados com materiais do dia-dia e de baixo custo, os participantes da oficina passaram a acreditar que não é imprescindível um local