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AVALIAÇÃO DE IMPACTO AMBIENTAL EM BACIAS URBANAS

Evanice Pinheiro Gomes1 *; Liliane da Cruz Sampaio2; Vanessa Conceição dos Santos 3; Francisco Carlos Lira Pessoa 4

Resumo – A urbanização desordenada é um dos problemas que a maioria das cidades brasileiras vem enfrentando. Pela maneira como vem ocorrendo esse processo, sem planejamento, o resultado é a intensa degradação dos recursos naturais. Para minimizar ou solucionar os impactos ambientais, é necessário realizer um diagnóstico da área urbanizada. Nesse sentido o presente estudo aplicou a avaliação ambiental simplificada (AAS) em uma bacia urbana (bacia do Igarapé Maguarí, Belém/PA), com o objetivo de identificar e definir o grau de impacto ambiental, existente nesta bacia.

Essa metodologia permitiu a identificação, a caracterização e a definição das causas dos impactos ambientais. Assim, foi possivel definir o alto grau de impacto existentes na bacia estudada. Contudo foi proposto soluções de manejo, para a diminuição da degradação ambiental e auxílio na gestão das bacias hidrográficas.

Palavras-Chave – Impacto Ambiental, Bacias hidrográficas, Recursos Hídricos.

EVALUATION OF ENVIRONMENTAL IMPACT ON URBAN BANKS

Abstract – Disorganized urbanization is one of the problems that most Brazilian cities are facing.

Due to the way this process has taken place, without planning, the result is the intense degradation of natural resources. To minimize or solve environmental impacts, it is necessary to make a diagnosis of the urbanized area. In this sense, the present study applied the simplified environmental assessment (AAS) in an urban basin (Igarapé Maguarí basin, Belém / PA), in order to identify and define the degree of environmental impact. This methodology allowed the identification, characterization and definition of the causes of environmental impacts. Thus, it was possible to predict that the basin presents a high degree of impact. However, management solutions were proposed to reduce environmental degradation and to assist in the management of water resources.

KeywordsEnvironmental Impact, River Basins, Water Resources.

1 INTRODUÇÃO

A urbanização desordenada é um dos problemas que a maioria das cidades brasileiras vem enfrentando. Dados do Ministério das Cidades (2016), apontam que em meios urbanos, principalmente nas áreas de periferias, dispõem-se de pouca ou nenhuma infraestrutura, como a ausência de ruas planejadas e sistemas de saneamento básico. Por serem ocupadas sem nenhum critério ou planejamento, ou por não receberem devidos cuidados de manutenção, este tipo de ocupação urbana, causa sérios impactos nas bacias hidrográficas.

Segundo Tucci (2012), os principais problemas desencadeados pelo processo de urbanização, são a contaminação dos mananciais, poluição dos rios por lançamento de esgoto sem tratamento,

1* Graduanda de doutorado do Programa de pós graduação de Engenharia Civil da Universidade Federal do Pará. Email:gomesevanice@ufpa.br.

2 Graduanda de Mestrado do Programa de pós graduação de Engenharia Civil da Universidade Federal do Pará. E-mail:lilianesampaio@gmail.com.

3 Graduanda de Mestrado do Programa de pós graduação de Engenharia Civil da Universidade Federal do Pará. E-mail:vanessa.santos@itec.ufpa.br.

4 Professor Dr. Adjunto I da Universidade Federal do Pará. Email: fclpessoa@ufpa.br.

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impermeabilização do solo que diminui a recarga dos aquíferos, ocupação de áreas de riscos à inundações e escorregamento de terras. Desta forma a bacia hidrográfica é fortemente degradada.

A bacia hidrográfica, de acordo com a Lei Federal nº 9.433/2007, é considerada como a unidade territorial de implantação da política nacional de recursos hídricos, bem como a unidade de planejamento da gestão e ocupação do solo. Estudos envolvendo bacias hidrográficas como unidades de planejamento têm crescido nas últimas décadas, porém, poucos trabalhos abordam os impactos gerados pelas atividades humanas em bacias hidrográficas.

As bacias hidrográficas desempenham importantes serviços ecossistêmicos (QIU; TURNER, 2013), principalmente na reservação de água (MONTES; RUIZ, 2008; MACHADO; DUPAS, 2013), sendo susceptíveis a ocupações inadequadas. Dentre as atividades humanas, a urbanização, a industrialização e a agropecuária, quando efetuadas sem planejamento integrado, são as que mais comprometem os serviços ambientais proporcionados por estas bacias.

Com o intuito de identificar os impactos ambientais existentes em bacias hidrográficas, inúmeros trabalhos foram desenvolvidos, adotando o uso da análise ambiental simplificada (AAS), para tentar minimizar tais impactos. Como por exemplo os trabalhos desenvolvidos por SARDINHA et. al., (2010); SPATTI JUNIOR et al., (2012); CREMONEZ et al., (2014) e COSTA et al., (2015).

Essa metodologia possibilita mensurar a situação dos recursos naturais de uma região, por meio da caracterização ambiental de indicadores biofísicos, proporcionando o levantamento dos impactos existentes e respectivas propostas de mitigação.

Assim o presente estudo, tem como objetivo realizar a análise ambiental simplificada (AAS) da bacia urbana do Igarapé Maguari, localizada no Município de Belém (PA). A aplicação desta metodologia, permitirá identificar as áreas mais impactadas da bacia estudada, suas causas e ainda propor soluções e estratégias de manejo, podendo assim, auxiliar no planejamento e gestão de bacias hidrográficas.

2 METODOLOGIA 2.1 Área de Estudo

A sub bacia do Igarapé Maguarí (Figura 1) está localizada no lado oeste da cidade de Belém (PA). A nascente do rio principal, está dentro do bairro Parque Verde, nas proximidades do conjunto Benjamin Sodré (1º21’36.44’’ S, 48º26’38.34’’O), e sua foz ocorre no Rio Maguari já nos limites do município de Ananindeua (1°18’23.10’’S, 48º25’26.16’’O). Dados do Instituto Nacional de Meteorologia – INMET, indicam para esta área, precipitação anual média de 2700 mm, umidade relativa do ar anual média de 70%, e temperatura anual média de 26ºC, típico da região Amazônica.

A partir das bases cartográficas do município de Belém e Ananindeua, obtidas pelo Instituto de Geociências da Universidade Federal do Pará e com o auxílio de software do tipo SIG, obteve-se as características fisiográficas da bacia, tais como: Área de drenagem (A), Desnível (H) e Comprimento (L) do curso d’água principal. A sub bacia do Igarapé Maguarí, compreende uma área de aproximadamente 28400 Km², comprimento do curso d’água (L) de 13,43Km e desnível (H) do rio de 5m. Parte do trecho d’água apresenta mata ciliada totalmente natural típica desse ecossistema, e outras partes do igarapé está cercada por áreas de ocupação urbana.

2.2 Avaliação de Impacto Ambiental

Foram realizadas 4 visitas em 4 pontos diferentes da área da bacia do Igarapé Maguarí (Figura 1), para a avaliação da qualidade ambiental. Foi aplicado o índice de análise ambiental simplificado (AAS). Segundo Spatti Junior et. al. (2012), esse índice fornece uma abordagem capaz de mensurar

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a situação atual dos recursos naturais de uma dada região por meio de uma caracterização ambiental relacionada a alguns indicadores biofísicos e de uso da área estudada, proporcionando o levantamento dos impactos existentes e respectivas propostas de mitigação.

Figura 1- Sub bacia Igarapé Maguari

A abordagem metodológica, na sub bacia Maguari, foi desenvolvida em oito etapas (Figura 2), dividida em três áreas essenciais para o gerenciamento dos impactos ambientais, fundamentais para o manejo dos impactos ambientais:

Figura 2 - Etapas da AAS.

P1

P2 P3

P4

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i) identificação do problema e suas condições (fase mais importante para o estudo) que consistiu em visitas de campo visando obter informações.

ii) determinação da causa provável do problema;

iii) seleção de possíveis estratégias para controle ou redução dos impactos ambientais.

As duas primeiras avaliações ambientais consistiram em obter informações e a outra de consulta bibliográfica com levantamento, revisões e objetivos do uso do recurso hídrico na bacia do Igarapé Maguari.

A terceira etapa consiste na seleção de indicadores que buscam identificar os problemas e os fatores que refletem os impactos no ambiente analisado pela elaboração de um formulário de campo.

Os indicadores aplicados se mostraram importantes para uma análise qualitativa e quantitativa, abordando os impactos do uso do solo e suas inter-relações. Após isso, foi elaborado um questionário de campo (Tabela 1), a fim de uniformizar os dados coletados.

Na quarta etapa, criou-se um índice de análise ambiental simplificado (Tabela 1), com pesos para cada impacto analisado, criando-se um índice de análise ambiental simplificado (modificado de Sardinha et al., 2007). O preenchimento deste questionário auxiliou na identificação de impactos na cobertura vegetal, fauna e no entorno do recurso hídrico (danos ao corpo d'água, riscos à saúde, impactos sonoros, lixo, erosão e saneamento) que, de uma forma ou de outra, podem afetar o ambiente natural. Após o preenchimento somaram-se os pontos de cada questão (mínimo zero e máximo dezoito pontos), sendo que quanto maior a pontuação, maior o nível de impacto da área analisada.

Tabela 1. Questionário aplicado em campo com possíveis indicadores de impactos

INDICADORES BIOFÍSICOS PESO INDICADORES BIOFÍSICOS PESO Cobertura vegetal no entorno Espuma

Sem vegetação 0 Alto 0

Com vegetação 1 Moderado 1

Com vegetação arbustiva 2 Baixo 2

Com vegetação arbórea 3 Ausente 3

Impactos na cobertura vegetal Lixo no entorno

Muito impacto sem vegetação 0 Muito lixo 0

Médio impacto – 20% de vegetação

1 Pouco lixo 1

Pouco impacto + 50% de vegetação

2 Lixo em latões 2

Sem impacto 3 Sem lixo 3

Impacto na qualidade da água Saneamento

Muita presença de poluição 0 Esgoto 0

Moderada presença de poluição 1 Fossa 1

Pouca presença de poluição 2 Dejetos ou urina 2

Sem impacto na qualidade da água 3 Ausente 3

Erosão no Entorno Uso e ocupação da terra

Boçoroca 0 Sem Urbanização 0

Sulco 1 Urbanização Esparsa 1

Ravina 2 Mediamente Urbanizada 2

Sem erosão 3 Densamente Urbanizada 3

Fonte: adaptado SARDINHA et al., (2007)

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As etapas cinco e seis permitem avaliar as causas, estabelecendo estratégias de manejo para as atividades analisadas, sendo, para isso, adotado o modelo de Pressão-Estado-Resposta (OCDE, 2004).

Esse modelo baseia-se em três frentes, a pressão do homem, o estado do meio e a resposta da sociedade, servindo para identificar as prováveis causas dos impactos ambientais e definir as estratégias de manejo.

A etapa sete tratou-se do monitoramento dos indicadores de impacto fornecendo os dados para uma avaliação contínua de ações de manejo a serem implantadas.

Tabela 2. Intervalo de valores e classificação de impactos dos indicadores biofísicos Intervalo de valores Classificação dos impactos

0-3 Impacto baixo

4-7 Impacto moderado

8-12 Impacto alto

13-18 Impacto preocupante

3 RESULTADOS E DISCUSSÕES

Foram detectados 4 impactos ambientais: assoreamento do corpo hídrico por erosão do solo, despejo inadequado de resíduo sólido, lançamento de esgoto sanitário e retirada da cobertura vegetal.

Foram registradas fotos, comprovando a situação observada e posteriormente realizou-se um estudo bibliográfico desses impactos e seus efeitos no ambiente, conforme são descritos nos tópicos seguintes.

3.1 Assoreamento do Corpo Hídrico provocado por Erosão

Entende-se por erosão o processo de deslocamento de seu local de origem das partículas da superfície do solo ou das paredes dos leitos dos córregos e rios, sobre efeito de escoamento (TUCCI, 2012). Esse deslocamento pode ser ocasionado por processos naturais ou ações humanas no meio ambiente, resultando em danos de ordem social e econômica. Ocasionado por ação antrópica, por meio da retirada da cobertura vegetal, o solo perde sua consistência pois a água que antes era absorvida pela vegetação, passa a infiltrar no solo, causando sua instabilidade e consequentemente a erosão e posteriormente o assoreamento. O Assoreamento é a obstrução de um corpo d’água, pelo acúmulo de substâncias minerais (areia, argila, etc) ou orgânicas, como o lodo, provocando a redução de sua profundidade e da velocidade de sua correnteza.

A partir do trabalho de campo realizado, observou-se a retirada da vegetação, nas margens do igarapé Maguarí e consequentemente significativo processo de erosão, confirmados pela deposição de solo no fundo do igarapé (Figura 3).

3.2 Despejo Inadequado de Resíduo Sólido

Entende-se por resíduo sólido todo material, substância, ou bem descartado resultante de atividades humanas em sociedades (BRASIL, lei n. 12305/2010). Estão incluídos neste conceito, papeis, resto de comida, garrafas pets, etc. Todo lixo que produzimos deve ser coletado e receber uma destinação final adequada, causando o mínimo de impacto ao meio ambiente. Quando o lixo é jogado nas ruas, pode ir parar nos bueiros e entupir a rede de drenagem, obstruindo o escoamento da água e provocando enchentes. Quando lançado nos rios pode provocar assoreamento, alterar a qualidade das águas, causar danos a flora e a fauna aquática. Além disso, a decomposição do lixo produz um líquido altamente poluído e contaminado, o chamado chorume, que no caso de má disposição dos rejeitos,

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pode atingir os mananciais subterrâneos e superficiais. Esse líquido contém concentração de material orgânico equivalente a 30 a 100 vezes o esgoto sanitário, além de microorganismos patogênicos e metais pesados.

O que acontece nas margens do Igarapé Maguarí em relação a esse impacto, é que os próprios moradores por falta de informação, e educação ambiental acabam jogando os resíduos sólidos às margens e até mesmo, jogam dentro do igarapé (Figura 3). Esses resíduos também são trazidos por carroceiros de outros bairros vizinhos. Quando chove, a situação se agrava, o solo se torna mais permeável e os líquidos que saem do lixo podem chegar até os lençóis freáticos, poluir águas de rios que servem de habitat para inúmeras espécies aquáticas e são fontes de abastecimento para a sociedade.

3.3 Lançamento de Esgoto Sanitário

O esgoto sanitário compreende as águas servidas. Originam-se em estabelecimentos residenciais, comerciais, administrativos, hospitalares e industriais. A composição do esgoto sanitário é praticamente uniforme, constituída por matéria orgânica biodegradável, microrganismos (bactérias, vírus, etc.), nutrientes (nitrogênio e fósforo), óleos, graxas e detergentes. Devido a sua composição, tem-se a grande preocupação no tratamento, evitando-se lançar in natura no corpo d’água. A matéria orgânica, por exemplo, é a principal causadora da poluição das águas porque aumenta o consumo e oxigênio dissolvido. Durante a estabilização da matéria orgânica, as bactérias fazem uso do oxigênio nos seus processos respiratórios, podendo vir a causar redução da sua concentração no meio, e dependendo da magnitude deste fenômeno, pode ocasionar a morte de diversos seres aquáticos. Outro componente do esgoto, o nitrogênio, pode provocar a eutrofização – fenômeno relacionado com o crescimento exagerado de algas. Além disso, o nitrogênio na forma de amônia livre é altamente tóxica aos peixes e na forma de nitrato está associada a doenças como a metahemoglobinemia.

Constatou-se que existem despejos de esgoto domésticos, oriundos de residências próximas as margens do curso d’água (Figura 3).

3.4 Retirada da Cobertura Vegetal

Com a retirada da cobertura vegetal, o solo fica desprotegido da ação da chuva e sujeito a desagregação de suas partículas e consequentemente a erosão. Além disso a retirada das árvores pode provocar aumento da temperatura na superfície, uma vez que as mesmas proporcionam um conforto térmico, mantendo as temperaturas mais amenas e abrigando uma série de espécies vegetais e animais.

(a) retirada da cobertura vegetal e assoreamento.

(b) lançamento de esgoto (c) Lixo as margens do igarapé.

Figura 3. Imagem dos Impactos ambientais na bacia do Igarapé Maguarí

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3.5 Resultado da Avaliação de Impacto Ambiental

Os resultados gerados pela classificação de impactos, sugerem que há alto impacto (8 - 12) na bacia do Igarapé Maguarí, avaliando os indicadores de impactos identificados, como a cobertura vegetal, erosão, lixo e saneamento. Assim sendo, pela metodologia proposta foi possível identificar as causas que levam a estes impactos (fase 5 da metodologia), bem como as estratégias de manejo para a possível mitigação dos problemas.

Utilizando-se o modelo de Pressão-Estado-Resposta (OCDE, 2004), foi possível identificar algumas estratégias de manejo para os locais analisados que possuem alto ou preocupante impacto ambiental (Tabela 3).

Tabela 3. Resultado da aplicação do Modelo Pressão-Estado e Resposta

Indicador Pressão Estado Resposta

Cobertura vegetal Desmatamento para áreas urbanas

Vegetações ausentes devido a impermeabilização do solo

Cumprimento legal e conservação das áreas de APP's, recuperação das áreas degradadas, controle e planejamento adequados à expansão urbana

Erosão Perda de solo

Erosão laminar devido à exposição de solo para pastagem

Recuperação das áreas degradadas.

Lixo

Poluição do atrativo pela presença de entulhos nas margens e nos canais de drenagem

Grande quantidade de lixo contribuindo para o processo de aceleração do

assoreamento e

contaminação da água

Aplicação de pontos e sinalização do local para a coleta e disposição adequadas dos resíduos.

Saneamento

Lançamento de efluentes e deterioração da qualidade das águas superficiais da bacia

Despejos "in natura"

de esgoto através de ligações clandestinas

Sistema de tratamento de efluentes adequado e abrangente para os município através do bloqueio da ligações clandestinas e investimentos públicos em obras de saneamento básico.

Para que as estratégias indicadas pela Tabela 3, sejam implementadas, é necessário a ação do poder público municipal, o qual é responsável em zelar pelo cumprimento da lei e por proporcionar a qualidade de vida aos cidadãos. Além das respostas sugeridas pelo modelo, poderá ser realizada ações que envolvam a capacitação de coletores de material reciclável, a fim de diminuir a elevada quantidade de material descartado nas margens dos córregos. A construção de equipamentos de lazer integrados aos recursos hídricos, atraindo a população a interagir de maneira positiva com estes recursos.

4 CONCLUSÕES

A aplicação da análise ambiental simplificada na bacia do igarapé Maguarí, permitiu identificar as áreas degradas, caracterizar os impactos recorrentes na bacia, conhecer as suas causas, bem como propor estratégias que minimizem ou solucionem os impactos ambientais negativos. Os principais impactos identificados, afetam diretamente os corpos d’água, pois compromete a sua qualidade e quantidade. Os resultados obtidos indicam, também, que há um alto grau de impacto,

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provocado, principalmente pelo processo de urbanização desordenado, característico da maioria dos municípios brasileiros.

REFERÊNCIAS

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TUCCI, Carlos E. M.; ANDRÉ. L. L. da Silveira... {et al.}, (2012). Hidrologia Ciência e Aplicação.

In: Meio Ambiente e os Recursos Hídricos. 4ª edição. 4ª reimpressão. Editora: UFRGS/ABRH. Porto Alegre.

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