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PDF Posse responsvel e dignidade dos animais - Conhecer

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Academic year: 2023

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17 SANTANA, Luciano Rocha e MARQUES, Marcone Rodrigues, Ob.cit., p. 555. . legislação especial; e) controle do comércio de animais; f) identificação e registro de animais; g) coleta seletiva de animais errantes. A exposição de animais e a ideia de que a utilização de animais é incompatível com a dignidade dos animais (artigo 10.º); o animal morto deve ser tratado com respeito (artigo 13-A); Cenas de violência envolvendo animais devem ser proibidas no cinema e na televisão, a menos que tenham como objetivo mostrar um ataque aos direitos dos animais (artigo 13-B); Os direitos dos animais devem ser protegidos por leis, assim como os direitos humanos (artigo 14-B). Com isso, podemos concluir que o Estado alemão passa a reconhecer o direito dos animais à vida e consequentemente à preservação de sua integridade física e moral.

Evolução histórica da tutela jurídica dos animais no Brasil

Por fim, a legislação de proteção animal mais avançada do mundo – em nível nacional – é a Lei Federal de Proteção Animal (Tierschutzgesetz - TSchG), adotada na Áustria em maio de 2004, que estabelece, entre seus parágrafos mais avançados, a proibição do uso de coleiras elétricas em animais domésticos, a proibição de brigas entre animais devido à estimulação humana e a proibição de produções audiovisuais e publicidade que exponham os animais ao sofrimento e aos maus tratos, o que já demonstra uma clara compreensão do respeito e respeito pela dignidade dos animais por parte do legislador austríaco. Trata-se do Decreto Federal 24.645, de 10 de julho de 1934, que, embora parcialmente revogado, ainda é uma valiosa fonte de legislação animal no Brasil. Brasileiro, com o artigo 64 do Código Penal, Decreto-Lei 3.688, de 3 de outubro de 1941, concedido durante a fase ditatorial do governo Getúlio Vargas.

Com o nascimento da Lei Federal nº. para a criação da Política Nacional do Meio Ambiente, os animais abandonados passaram a ser considerados como recursos ambientais, sendo parte integrante do patrimônio público, por serem parte integrante da fauna em geral. Dessa forma, o Estado brasileiro procurou seguir a constatação mais atualizada no âmbito internacional, segundo a qual os animais seriam sujeitos de direitos, de acordo com a Declaração Universal dos Direitos dos Animais de 1978. A partir de 1998, , maus-tratos a animais de qualquer natureza passam a ser crime (antes eram apenas contravenções penais – ver Decreto Federal e Lei de Contravenções Penais, Decreto-Lei nº 3.688/41).

Atualmente, existe legislação específica relacionada à guarda responsável, como é o caso da Prefeitura de São Paulo, que dispõe sobre registro, vacinação e vigilância por meio da Lei Municipal nº 13.131, de 18 de abril de 2001, conhecida como Lei de Trípoli. , apreensão e descarte de animais, além de proporcionar controle reprodutivo de cães e gatos e educação sobre guarda responsável; Ressalta-se que quem violar essas regras também está sujeito a sanções administrativas na forma de multa. Existem também leis municipais relativas à guarda responsável de animais nos municípios de Mauá (SP), Lei Municipal nº Piracicaba (SP); Florianópolis (SC); Ponta Grossa (PR); Incluindo Rio de Janeiro (RJ).

Conceito de guarda responsável

Conceito científico

Conceito legal

Veterinários ou ativistas dos direitos dos animais, é imperativo procurar fontes prováveis ​​para a elaboração desta conceituação. Utilizando, de forma geral, a Declaração Universal dos Direitos dos Animais, conclui-se que o conceito de tutela responsável implica um comportamento humano que consiste em respeitar os membros da fauna, não submetê-los a maus-tratos e atos cruéis, nem explorá-los, muito menos promover o seu extermínio desnecessário ou cruel. Contudo, essa tarefa é muito complexa, pois falta uma norma federal específica sobre guarda responsável, o que torna necessária a busca por uma legislação municipal que trate desse assunto para se chegar à ideia que constituirá um conceito jurídico que se enquadre. a realidade nacional. .

É interessante notar que este conceito já foi normatizado em alguns países como a República da Costa Rica, cuja Lei 7.451/94 em seu art. Porém, é, como outros conceitos, no início, dadas as peculiaridades de cada região ou município do país e a limitação imposta por lei ao descrever quatro comportamentos como se por si só fossem suficientes para definir o conceito científico de cuidado animal responsável, de acordo com o que se verifica na alínea “b” do inciso III do artigo 2º, da lei municipal de Piracicaba. Não soltar o animal de companhia/doméstico, não confiá-lo aos cuidados de pessoa inexperiente ou não manter “animal perigoso” sem os devidos cuidados (art. 31, caput); Não deixe o animal em vias públicas ou.

44 No mesmo sentido, expressa Helita Barreira Custódio no artigo “A crueldade com os animais e sua proteção como questão jurídico-ambiental e constitucional relevante”. Ressalte-se que a violação de qualquer um dos pontos acima mencionados, além de outros que não estejam expressos, mas resultem da inteligência do referido conceito jurídico, deverão ensejar a devida responsabilização civil, administrativa e criminal.

Importância da guarda responsável

Maus tratos e crueldade a animais de companhia

Esta última é a base psicológica que explica como o ser humano pode ser capaz de cometer as maiores atrocidades e atrocidades contra os animais, principalmente quando não existe na sociedade uma censura moral que suprima esse instinto agressivo, pois estaria “contaminado” do especismo. . Criar o compromisso com uma relação mais saudável entre humanos e animais de companhia estaria, assim, entre os objetivos de uma educação que promova a consciência do cuidado responsável, de forma a prevenir outros danos mais graves, como os causados ​​pela irresponsabilidade dos tratadores51 e traduzidos no abandono e conseqüente superpopulação desses animais nas ruas da cidade. A falta de planeamento humano, orientado pelos princípios da propriedade responsável, acarreta diversas consequências, como a compra de animais pelo mero impulso de consumo, situação incentivada por muitos comerciantes que, ávidos de maximizar os seus lucros, os expõem, sob condições inseguras, em vitrines e gaiolas, para que os consumidores mais impulsivos se sintam seduzidos pelo “bom” ou “descartável”.

51 Compreender o animal como um ser vivo, e não como um objeto manipulável, é urgente para os tutores, pois muitas de suas atitudes representam violações à dignidade dos animais, como o hábito de muitos proprietários de ter suas cordas vocais removidas ou de realizar uma cordectomia. “seus” animais de estimação, comportamento que o município do Rio de Janeiro (RJ) vetou com a promulgação da Lei nº 3.628, de 28 de agosto de 2003.52 Com o objetivo de acolher animais errantes em vez de aplicar a prática da simples extinção, o A Lei Municipal nº 3.641/03 foi aprovada no Rio de Janeiro (RJ) e criou abrigos para animais de pequeno, médio e grande porte. Caberia, portanto, ao poder público estabelecer um controle efetivo sobre esses empreendimentos comerciais, bem como realizar campanhas educativas que tentem coibir a compra por impulso, inserindo esta questão como uma das raízes do problema, o que exige a adoção do instituto da guarda responsável.

Torna-se, portanto, necessária a realização de campanhas ambientais, sugerindo que os tutores dos animais planeiem quantos animais a sua família sustenta, através do apoio que será prestado pelos centros de promoção da saúde animal implementados pela administração pública, substituindo o já ultrapassado conceito/modelo CCZ53. . Além disso, vale reafirmar que o abandono de animais pelo seu tutor constitui crime ambiental, uma vez que este estaria envolvido em tal comportamento ao não exercer um cuidado responsável com os animais, violando os artigos 225 do Código Penal.

Superpopulação de animais de companhia e centros urbanos

A Costa Rica é um país com uma população canina de um milhão duzentos e oitenta mil habitantes, dos quais 31% (trinta e um por cento) vivem nas ruas. Este programa baseia-se na educação das pessoas sobre posse responsável, socialização e esterilização em massa de animais54.

Principais instrumentos institucionais em prol da guarda responsável de animais

  • Registro público de animais
  • Vacinação
  • Esterilização
  • Controle do comércio de animais

Entendemos a educação ambiental como um processo de aprender a gerir e melhorar as relações entre as pessoas e o meio ambiente, tendo em conta os paradigmas da integração e da sustentabilidade63; Vemos a educação ambiental para a proteção dos animais como uma forma de gerir e melhorar as relações homem-animal, enfatizando os conceitos de bem-estar e dignidade animal, apoiados no valor do respeito a todos. Voltando à realidade brasileira, vemos a educação ambiental como uma importante ferramenta do direito ambiental, tanto que é inclusive regulamentada pela Lei Federal nº. 9.795/99. Esta lei, além de definir os princípios e objetivos da educação ambiental (artigos 4.º e 5.º), determina a política nacional de educação ambiental (artigos 6.º a 13.º), define a educação ambiental em duas formas: formal e informal (artigo 2.º). ).

Portanto, faltaria um padrão na legislação ambiental que regulasse melhor a educação ambiental com foco no respeito aos animais, que deveria considerar os animais como sujeitos com dignidade e valor próprios e assim promover uma ética ambiental mais harmoniosa e sustentável. Acontece que a legislação brasileira ainda em meados da década de 60 do século XX produziu uma lei que, dentre as diversas normas encontradas em seu corpo jurídico, menciona uma que trata da educação ambiental no que diz respeito aos animais. Como se depreende da referida norma, já existia no Brasil uma lei federal, que permanece em vigor até hoje, relativa à educação ambiental para o respeito aos animais, tanto na sua forma formal como de acordo com as disposições que obrigam determinados livros didáticos a contenham "textos sobre proteção da fauna" (capítulo do artigo 35) ou que exijam que os programas de educação básica (primária e secundária) incluam pelo menos duas aulas anuais sobre proteção da fauna (primeiro parágrafo do artigo 35), bem como na sua não -formal, que constatámos na obrigação dos meios de comunicação social (neste caso, estações de rádio e televisão) de disponibilizarem cinco minutos da sua programação por semana para sensibilizar o público para questões relacionadas com a protecção dos animais (artigo 35.º, segundo parágrafo) .

O processo de implementação da educação ambiental para o cuidado dos animais visa romper com o ‘especismo’, ao valorizar a vida como um todo, e não apenas a vida humana, que se revelou ao longo do tempo como o único paradigma vital que deve ser preservado. . UFBA), com a participação do Ministério Público do Estado da Bahia, de ONGs ambientais e comunitárias e de entidades veterinárias que tratam do tema, observando, além de alguns de seus objetivos, uma proposta paradigmática de educação ambiental, voltada ao respeito à animais, tais como69: “Promover a dignidade e o bem-estar dos animais através da educação para a posse responsável”; “informar a população sobre a importância da preservação da dignidade animal”; “procura de alternativas económicas que não violem o bem-estar animal”; “Promover eventos culturais locais que incentivem o respeito pelos animais ou pelo menos não os exponham a abusos ou maus-tratos humanos”, entre outras coisas.

Conclusão

Por fim, o Poder Público deve implementar políticas públicas que promovam a dignidade e o bem-estar dos animais, por meio da vacinação e da esterilização em massa, bem como da educação para a posse responsável, com o objetivo de alcançar uma aplicação real dos padrões ético-ambientais em relação aos fauna, devendo esse registro e atuação do Poder Público priorizar os seguintes aspectos: a) ser eficaz: no sentido de modificar comportamentos e prevenir o futuro abandono de animais; b) ser humano e justo: já que os animais são vítimas da falta de responsabilidade das pessoas;

Bibliografia

Atas do 6º Congresso Internacional de Direito Ambiental, de 3 a 6 de junho de 2002: 10 anos da ECO-92: Direito e Desenvolvimento Sustentável. Maus tratos e crueldades contra animais em centros de controle de zoonoses: aspectos jurídicos e legitimidade ativa do Ministério Público para propor Ação Civil Pública. Atas do 8º Congresso Internacional de Direito Ambiental, de 31 de maio a 3 de junho de 2004: Fauna, Políticas Públicas e Instrumentos Jurídicos.

Referências

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