Relatório técnico-científico apresentado à Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação e Pesquisa/Coordenação do Mestrado em Ciências Aplicadas à Saúde da Universidade de Vassouras, como requisito parcial para obtenção do título de Mestre em Ciências Aplicadas à Saúde. Ulisses Cerqueira Linhares, Universidade de Vassouras Doutor pela Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro – Rio de Janeiro, Brasil. Objetivos: Implementar um novo protocolo para o manejo de pacientes com casos suspeitos ou confirmados de FC nos setores de urgência e emergência, reduzir o tempo de espera até atendimento médico especializado, melhorar a força de trabalho em saúde e orientar a população sobre formas de prevenção.
Resultados/Saídas: Dois produtos técnicos foram desenvolvidos: a) Manual Chikungunya, incorporando um novo protocolo. Conclusão: A incorporação deste novo protocolo irá melhorar o fluxo de pacientes com FC e, assim, proporcionar-lhes uma melhor qualidade de vida, reduzir os custos de saúde pública decorrentes da cronicidade da doença e, assim, melhorar os indicadores de saúde pública. O objetivo deste novo protocolo para o manejo de casos suspeitos e/ou confirmados de FC é o início rápido e, acima de tudo, eficaz do controle da dor.
Na infecção por CHIKV, há necessidade de uma abordagem eficaz para o controle da dor, a fim de reduzir a duração da doença clínica. Assim, compreendendo a dimensão da doença e a possibilidade de dificuldade no seu manejo clínico, surge a necessidade da criação de um novo protocolo para o manejo dos pacientes com casos suspeitos ou confirmados de FC, principalmente nas unidades de urgência e emergência.
OBJETIVOS
Objetivo geral
Objetivos específicos com o protocolo
Objetivos específicos com a cartilha
MATERIAIS E MÉTODOS
Confiabilidade – validade interna
Critérios epidemiológicos: indivíduo reside ou visitou áreas endêmicas ou epidêmicas no período de quinze dias antes do início dos sintomas ou possui vínculo epidemiológico em caso confirmado. Critérios laboratoriais: isolamento do CHIKV por cultura, presença de RNA do CHIKV avaliado por PCR em tempo real, presença de anticorpos específicos do CHIKV, aumento de quatro vezes no tamanho da amostra nos valores de anticorpos IgG do CHIKV com intervalo mínimo de 10 a 14 dias, detecção de anticorpos neutralizantes. Os pacientes que apresentam critérios clínicos e epidemiológicos são classificados como casos suspeitos e os pacientes que apresentam um caso suspeito associado a um critério laboratorial são classificados como casos confirmados.
O paciente classificado como Caso Suspeito ou Caso Confirmado passará por uma avaliação da equipe de saúde e receberá uma ficha de encaminhamento, na qual cada paciente receberá sua cor referente ao tempo até a consulta pelo Reumatologista. Casos suspeitos ou confirmados com menos de 15 dias de evolução serão classificados em azul e terão até 20 dias para serem encaminhados ao reumatologista. 15 Casos suspeitos ou confirmados entre 15 e 30 dias de evolução serão classificados na cor verde e terão até 15 dias para serem encaminhados ao reumatologista.
Casos suspeitos ou confirmados entre 30 e 45 dias de evolução são classificados em amarelo e têm até 10 dias para serem encaminhados ao reumatologista. Por fim, os casos suspeitos ou confirmados com evolução superior a 45 dias, bem como o grupo de risco, incluindo gestantes, pacientes maiores de 65 anos ou menores de dois anos e pacientes com comorbidades serão classificados em vermelho e têm até 07 dias para serem encaminhados ao reumatologista.
DESCRIÇÃO TÉCNICA DO PRODUTO ........................ Erro! Indicador não definido
A cartilha de orientações básicas
DISCUSSÃO
Além disso, o trabalho de Castro et al. 2016) mostrou que existem diferentes esquemas terapêuticos para tratar a dor associada à FC, mas 40% dos pacientes desenvolvem dor crônica e redução da qualidade de vida16. Nesse contexto, o presente trabalho se apresenta como uma solução para minimizar as consequências sociais da doença, pois a criação do novo protocolo se baseia no tempo necessário para um melhor prognóstico dos pacientes acometidos pela febre Chikungunya. Dessa forma, a cronicidade da doença pode ser reduzida por meio de uma triagem eficaz dos pacientes.
O estudo de coorte multicêntrico, Coorte Chikbrasil, de Marques et al. 2017), teve como objetivo compreender o comportamento da FC no Brasil, bem como obter dados para subsidiar futuras decisões terapêuticas. O estudo documental de Viana et al. 2018) analisou um total de 41 pacientes com 60 anos ou mais com o objetivo de descrever o perfil clínico-epidemiológico de idosos internados com arboviroses. Os resultados subsidiam a assistência de triagem por meio da assistência de enfermagem ao idoso hospitalizado com arbovirose, possibilitando a elaboração de um plano de cuidado adequado e humanizado.
Além disso, a literatura afirma que, embora a FC seja semelhante à dengue em termos de sintomatologia, é uma doença com maior potencial para desencadear epidemias mais devastadoras devido ao maior número de casos sintomáticos, maior período de viremia e menor período de incubação do agente etiológico. Assim, o novo protocolo de triagem torna-se importante no reconhecimento precoce da FC, o que minimiza a morbimortalidade e mortalidade da doença. Sob outra perspectiva, a análise epidemiológica realizada por Silva et al. 2018) por meio do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan) entre 2014 e 2016 revelou que mais de 100.000 casos prováveis de Chikungunya foram notificados no país, sendo o maior.
De fato, com a introdução da chikungunya no Brasil em 2014, a Saúde Pública brasileira solicitou preparativos antecipados para minimizar seus efeitos na sociedade. De fato, as estratégias de vigilância contribuem para a superação da doença, porém muitos desafios se evidenciam na prática, dada a crescente incidência de casos. Assim, cabe às Unidades Básicas de Saúde, aos ambulatórios médicos e principalmente às Unidades de Pronto Atendimento (UPA) e aos Prontos-Socorros dos hospitais a utilização do novo protocolo de triagem explícito neste trabalho, para evitar a cronicidade da doença e minimizar os impactos sociais decorrentes.
De fato, a inclusão da FC entre os diagnósticos clínicos diferenciais da síndrome da dengue implica em estratégias de enfrentamento do problema entre as equipes de saúde em todo o Brasil. O Ministério da Saúde também aponta identificação precoce de casos em áreas não perigosas, ampliação de diagnósticos e capacitação das equipes de saúde. Cabe à comunidade científica e aos serviços de saúde acompanhar a situação epidemiológica, identificar os padrões de infecção no Brasil, o impacto da doença e, principalmente, contribuir para a proposição de medidas para enfrentar esse grande novo desafio.
POSSÍVEIS APLICABILIDADES DO PRODUTO
Redução na demanda de atendimentos nas urgências e emergências
Redução no tempo de espera para atendimento médico especializado
IMPACTO PARA A SOCIEDADE
CONCLUSÃO
ANEXOS
31 Anexo 2 – Documento de registro da Caderneta da Febre Chikungunya, Protocolo de Cuidados da Febre Chikungunya e Cartilha de Cuidados Básicos da Febre Chikungunya. 34 Anexo 5 – Termo de Parceria de Divulgação entre o Mestrado Profissional em Ciências Aplicadas à Saúde da Universidade de Vassouras e a Cooperativa de Trabalho Médico. 35 Anexo 5 – Termo de Parceria de Divulgação entre o Mestrado Profissional em Ciências Aplicadas à Saúde da Universidade de Vassouras e a Cooperativa de Trabalho Médico.
36 Anexo 5 - Convênio de parceria na divulgação entre o mestrado profissional em ciências aplicadas à saúde da Universidade de Vassouras e a Cooperativa de Trabalho Médico. 37 Anexo 5 - Convênio de parceria na divulgação entre o mestrado profissional em ciências aplicadas à saúde da Universidade de Vassouras e a Cooperativa de Trabalho Médico. 38 Anexo 5 - Convênio de parceria na divulgação entre o mestrado profissional em ciências aplicadas à saúde da Universidade de Vassouras e a Cooperativa de Trabalho Médico.
39 Anexo 5 – Termo de Parceria de Divulgação entre o Mestrado Profissional em Ciências Aplicadas à Saúde da Universidade de Vassouras e a Cooperativa de Trabalho Médico. 40 Anexo 5 – Termo de Parceria de Divulgação entre o Mestrado Profissional em Ciências Aplicadas à Saúde da Universidade de Vassouras e a Cooperativa de Trabalho Médico. 41 Anexo 5 – Termo de Parceria de Divulgação entre o Mestrado Profissional em Ciências Aplicadas à Saúde da Universidade de Vassouras e a Cooperativa de Trabalho Médico.
