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PDF Universidade Federal Do Recôncavo Da Bahia

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Academic year: 2023

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Identificar especificamente a relação entre cuidado e educação na educação infantil/creche; analisar a produção acadêmica sobre o tema; compreender como os profissionais de uma creche de Amarsa Bahia analisam essa relação. O primeiro capítulo traz uma abordagem histórica da educação infantil e como ela se consolidou no cenário brasileiro. Começa com um histórico do desenvolvimento da educação infantil e da legislação que respalda esse nível de ensino.

UM HISTÓRICO SOBRE O DESENVOLVIMENTO DA EDUCAÇÃO INFANTIL 18

Nesse sentido, espera-se que uma abordagem integrada nessas áreas contribua para o desenvolvimento global das crianças na educação infantil (BRASIL, 1998). Essas ações, para se desenvolverem, exigem necessariamente a estruturação física das escolas além de boa qualificação dos profissionais da Educação Infantil. Essa lei possibilitou a efetiva inclusão da Educação Infantil no cenário da educação básica no Brasil, juntamente com o ensino fundamental e médio.

A promulgação da Lei 9.394/96 foi um aspecto importante para a consolidação da educação pré-escolar como nível de educação básica. A partir da LDB/96, houve uma mudança na percepção do papel que a educação pré-escolar desempenha no cenário educacional nacional. Portanto, é necessário que os educadores tenham os conhecimentos necessários para valorizar as atividades lúdicas no processo de desenvolvimento infantil e garantir que elas desfrutem de atividades adequadas ao frequentar a educação pré-escolar.

De acordo com as especificações da LDB, as escolas de educação infantil devem tornar-se espaços que vão ao encontro da subjetividade das crianças e devem proporcionar oportunidades para o desenvolvimento de seus conhecimentos sociais e culturais. 62 da Lei de Diretrizes e Fundamentos da Educação Nacional estabelece que o professor deve possuir formação universitária completa para exercer a docência na educação infantil. Assim como no ensino em geral, existem desafios na educação infantil, principalmente quando se trabalha com alunos com algum tipo de transtorno de aprendizagem.

Nesse sentido, fica claro que o cuidado necessariamente se torna uma prática nas instituições de educação infantil. Segundo os professores auxiliares 1 e 2, “a educação infantil compreende todas as ações que promovam o crescimento e a formação humana desses sujeitos”. Em suma, consideramos que a instituição de educação infantil é a primeira instituição formal e social em que a criança é colocada fora da família.

A EDUCAÇÃO INFANTIL COMO ESPAÇO DE DESENVOLVIMENTO DA

ADAPTAÇÃO DA CRIANÇA AO AMBIENTE DA ESCOLA

Estudos em desenvolvimento humano têm mostrado como as questões afetivas e cognitivas afetam diretamente o processo de ensino-aprendizagem. Portanto, o processo de adaptação começa no nascimento, acompanha-nos ao longo da vida e ressurge a cada nova situação que vivenciamos. Ao longo da história da educação infantil, o processo de adaptação foi muitas vezes visto pelos profissionais como sendo um período de tempo e espaço determinado pela própria instituição de ensino para fins de controle, de imposição de normas, de ausência de choro, de domesticação de corpos , ou seja, o sujeito adaptado: a criança (CUNHA, 2010).

Contudo, dadas as atuais exigências educativas e a perspetiva atual da criança como sujeito de direitos, o processo de adaptação, segundo Cunha (2010), é, portanto, um processo construtivo de socialização entre pares educativos (pais, crianças, professores e instituição). é um espaço de relacionamento, mediações e interações dialógicas para todos aqueles que estão direta e indiretamente envolvidos no processo. Segundo Borges e Souza (2002, p.32), “imaginar que o sucesso de um processo de adaptação se resume à ausência de choro é banalizar uma situação que não termina por si mesma”. 26 Para dar segurança à criança no processo de adaptação, é de fundamental importância que os pais estejam seguros.

Considerando a importância do lúdico como processo de intervenção pedagógica para o desenvolvimento das crianças matriculadas na educação pré-escolar, faz-se necessário verificar qual o lugar que esse tipo de atividade ocupa no currículo desse nível de ensino. Contudo, antes de iniciar uma discussão mais detalhada sobre este tema, é necessário elaborar em que consiste o currículo e que tipo de conceitos devem apoiar o seu processo de construção, de forma a desenvolver propostas pedagógicas de acordo com a realidade da escola.

O CURRÍCULO DA EDUCAÇÃO INFANTIL

Partindo desse ponto de vista, neste capítulo buscamos fazer uma análise das principais atividades que deveriam compor o currículo da Educação Infantil, abordando a importância desempenhada pelo ensino por meio de jogos neste nível educacional. A construção do currículo escolar deve levar em conta tanto os conteúdos mais gerais como os conteúdos específicos da cultura em que a escola está inserida. Ao realizar uma análise desses aspectos, em relação ao desenho do currículo de uma escola pública de educação infantil, percebe-se que documentos oficiais como o Referencial Curricular Nacional para a Educação Infantil (1998) devem ser utilizados como referência na a elaboração do currículo.

É, portanto, essencial que a escola tenha em conta o conhecimento e a cultura da criança ao desenvolver o seu currículo. De acordo com o Referencial Curricular Nacional para a Educação Infantil, as atividades contínuas são essenciais para garantir que as crianças tenham uma integração entre os cuidados prestados e a sua aprendizagem. O que se espera, portanto, em primeiro lugar, é a implementação e o desenvolvimento de um currículo que priorize aspectos do desenvolvimento global dos alunos.

O documento é resultado de uma série de reuniões e pesquisas realizadas por diferentes segmentos da escola, como supervisor, pedagogo, gestão e principalmente professores, todos na luta para proporcionar uma educação de qualidade para todos. No PPP de uma Escola de Educação Infantil, as práticas pedagógicas aplicadas nesta instituição devem necessariamente ter como norteadores as interações e o lúdico, garantindo aos alunos atividades que promovam o conhecimento de si e do mundo por meio da ampliação das experiências sensoriais, expressivas e corporais. , que possibilita o movimento e a expressão da sua individualidade em termos de ritmos e danças.

A IMPORTÂNCIA DO LÚDICO

30 promove o desenvolvimento de suas habilidades e aumenta gradativamente a dedicação da criança ao ambiente escolar e a conquista de novos aprendizados. Ao declarar que as atividades lúdicas são essenciais para a educação de uma criança, nota-se que elas não só contribuem para o desenvolvimento de competências que promovem o amadurecimento de competências escolares posteriores (como a leitura e a escrita), mas também auxiliam nas relações da criança com o nova escola. ambiente. Ao utilizar uma atividade lúdica, o professor ajuda a aproximar a criança do ambiente escolar e a diminuir a barreira que esse novo ambiente representa para algumas crianças.

Nesta intervenção realizada pelo professor é muito importante que haja formação suficiente para trabalhar com as crianças o tipo de jogo e/ou brincadeira de que necessitam naquele momento. Para Piaget (1994), o desenvolvimento da inteligência de uma criança pode ser estimulado por meio da utilização de atividades lúdicas, visto que esse tipo de atividade é muito atrativo para essas crianças. Porém, o professor deve estar atento ao tipo de atividade a ser realizada com cada criança.

É preciso estar atento ao tipo de atividade que será realizada e como ela pode contribuir para o desenvolvimento da criança. Segundo a concepção principal de Vygotsky (2011) em sua teoria do desenvolvimento, o processo de amadurecimento da criança resulta da interação entre a criança e as pessoas com quem mantém contato regular.

O PERFIL DO PROFESSOR NA EDUCAÇÃO INFANTIL

Segundo análise das discussões realizada por Malta (2016), o professor deve ser bem formado, principalmente para que sua atuação não seja apenas uma cópia do que funcionou em outras aulas. Um professor deve ter habilidades para implementar em sua sala de aula intervenções que estejam de acordo com a realidade de seus alunos e também de acordo com suas necessidades. Assim, o professor de educação pré-escolar deve utilizar os conhecimentos aprendidos durante o curso de formação, integrar esses conhecimentos na sua experiência docente, partilhar saberes com outros professores e imbuir a sua atuação de investigação contínua de forma a conhecer melhor os seus alunos e desenvolver um processo eficaz. da mediação docente.

Trata-se de uma pesquisa qualitativa fundamental, exploratória, próxima de um estudo de caso e baseada na análise de dados baseada em pesquisa bibliográfica, observação participante e entrevistas realizadas com duas professoras e duas auxiliares de sala de aula de um centro de educação infantil do município de Amargosa, localizado na região sul da Bahia. A escolha pela realização da observação participante deve-se à minha experiência como professora auxiliar numa instituição de ensino para crianças pequenas, onde esta permite uma integração mais profunda na realidade. O foco principal dos instrumentos de coleta de dados foram entrevistas semiestruturadas com duas professoras dirigentes e duas professoras auxiliares que trabalham com crianças de 0 (zero) a 3 (três) anos.

Segundo Minayo (2010 p. 57/58), a entrevista constitui um importante instrumento de coleta de dados porque por meio dessas entrevistas “o pesquisador tenta obter informações contidas nas falas dos atores sociais”. Foram realizadas no domicílio dos entrevistados por opção, com exceção de uma professora que optou por realizá-las na instituição onde atua.

RESULTADOS (ENTREVISTAS E OBSERVAÇÃO)

O RCNEI confirma a história da professora e acredita que as instituições de educação infantil devem tornar acessíveis, sem discriminação, elementos culturais que enriqueçam o seu desenvolvimento e integração social a todas as crianças que as frequentam. De acordo com as entrevistas realizadas, cuidar e nutrir devem ser compreendidos intrinsecamente, portanto não há como pensar de forma separada e distinta, pois cuidar também é nutrir. Para o professor regente, cuidado e educação estão inextricavelmente ligados, pois ninguém pode ser pai sem cuidar, nem cuidar sem nutrir.

Outra categoria emergiu como questionamento nas entrevistas, tratava-se de práticas que mostram o cuidado e a educação como indissociáveis. Os profissionais que atuam na educação infantil devem repensar constantemente sua prática pedagógica para que, ao repensarem sua prática, não caiam em práticas rotineiras que separam o ato de cuidar e de nutrir. 43 Embora tenha sido possível observar que ainda existem profissionais que separam o cuidado e a educação como funções distintas, é difícil separar esses aspectos em um ambiente de creche.

A pesquisa aqui apresentada representou trabalhos que buscaram compreender a relação entre cuidado e educação como práticas integrantes das exigências da atual Proposta de Ensino para a Educação Infantil (RCNEI). Diante do exposto, constatou-se neste trabalho que foram alcançados grandes avanços na concepção do cuidado e da educação como prática indissociável. Parte-se do pressuposto de que as crianças têm seus primeiros relacionamentos na infância, que aprenderão que vivemos em sociedade e entenderão esse espaço na educação pré-escolar como algo externo à família.

BORGES, Maria Fernanda S.Tognozzi e SOUZA Regina Célia de (org.) A práxis na formação de educadores infantis.

ANÁLISES DE DADOS

Referências

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A notação pós-fixa para expressões, também chamada de notação polonesa, pois foi inventada pelo matemático polonês Jan Łukasiewicz (1878 - 1956) e usada pela primeira vez