Trabalhadores e desempregados naquela semana são classificados na força de trabalho na semana de referência. É a porcentagem de pessoas na força de trabalho na semana de referência em relação às pessoas em idade ativa naquela semana, ou seja, [População ativa/pessoas em idade ativa] x 100.
Indicadores de saúde
Rendimento de todas as fontes para menores de 14 anos foi o rendimento recebido de outras fontes no mês de referência. Os residentes que apresentaram pelo menos um dos sintomas na semana de referência e procuraram atendimento em unidade de saúde são triados quanto ao tipo de unidade procurada, classificados da seguinte forma: Centro de Saúde, Unidade Básica de Saúde (UBS) ou Equipe de Saúde da Família; pronto-socorro do SUS/UPA; hospital do SUS; ambulatório ou escritório particular ou vinculado às forças armadas; pronto-socorro particular ou anexo às Forças Armadas; ou hospital privado ou hospital ligado às forças armadas. Aos residentes que apresentaram pelo menos um dos sintomas na semana de referência e não procuraram atendimento no posto de saúde são questionados quais as providências tomadas para o alívio dos sintomas, classificados da seguinte forma: ficou em casa; chamou um profissional de saúde;.
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Indicadores de trabalho
Pessoas ocupadas
No Brasil, em agosto, dos 82,1 milhões de ocupados, 6,7 milhões estavam afastados do trabalho na semana de referência1, dos quais 4,1 milhões estavam afastados por distanciamento social, representando, respectivamente, queda de 31,3% e 38,9% em relação ao total de afastados verificado em julho. A redução do absenteísmo por conta da pandemia também pode ser percebida pela redução do percentual de pessoas. Regionalmente, em agosto, o Norte desbancou o Nordeste como a região com maior índice de afastamentos do trabalho por distanciamento social, 6,6%, ante 6,3% do Nordeste, que liderava esse indicador desde o início da pesquisa.
Proporção de empregados e afastados do trabalho por distanciamento social em toda a população trabalhadora. Em todas as unidades da federação, a proporção de funcionários afastados do trabalho por distanciamento social foi menor do que em julho. Por grupos de atividade, a menor quota de licenças continua a ser a Agricultura, Pecuária, Floresta, Pesca e Aquicultura (1,6%), enquanto a maior quota de licenças se verifica nos grupos da Administração Pública, Defesa e Ação Social, Educação e Saúde (9,9%), Outros Serviços (7,6%), Serviços do Lar (6,5%) e Alojamento e Alimentação (5,7%).
Em todos os grupos, houve queda na proporção de pessoas em afastamento social de um mês para o outro, com destaque para o setor de Outros Serviços (redução de 9,1 pontos percentuais). Para o Brasil, os empregadores continuam registrando o menor percentual de pessoas afastadas por conta da pandemia (2,1%), seguidos pelos autônomos (3,3%), trabalhadores do setor privado com carteira assinada (4,4%) e trabalhadores do setor privado sem carteira assinada (4,5%). Verificou-se que dos ocupados que se ausentaram do trabalho que tinham na semana de referência no Brasil (6,7 milhões), cerca de 1,6 milhão de pessoas não foram remuneradas por seu trabalho. Esse total representou 23,7% do total de pessoas não trabalhando. Em julho, essa taxa chegou a 32,4%, mas vem caindo consistentemente ao longo da pandemia.
Em comparação com o mês de julho, o percentual de pessoas nessas condições diminuiu em todas as grandes regiões. A região Norte apresentou o menor número de teletrabalhadores (4,6%), enquanto a região Sudeste apresentou o maior número (14,0%). A proporção de pessoas trabalhando remotamente diminuiu entre maio e agosto, independentemente de qualquer uma das características pessoais analisadas.
Pessoas desocupadas
População fora da força de trabalho
Quando somamos a população fora da força de trabalho que gostaria de trabalhar mas não procurou trabalho junto com a população desempregada, chegamos a um total de 40,1 milhões de pessoas que estão empurrando o mercado de trabalho em busca de alguma ocupação ou que estariam se estivessem procurando trabalho. Quando o motivo da não procura de trabalho estava relacionado à pandemia ou à falta de trabalho na área, o total de pessoas era de 31,4 milhões de pessoas, se somados os desempregados.
Rendimento domiciliar per capita e auxílio emergencial
Nesse sentido, e de acordo com essa literatura, foi possível combinar os sintomas para apresentar um indicador resumido de pessoas que relataram ter algum dos sintomas combinados. Os resultados apresentados centrar-se-ão na presença de sintomas únicos de síndromes gripais, bem como na síntese indicadora de sintomas combinados. Em agosto, a PNAD COVID19 estimou que 12,1 milhões de pessoas (ou 5,7% da população) apresentavam algum dos sintomas das síndromes gripais estudadas, ante 11,4% em maio.
Em relação ao percentual de pessoas com algum dos sintomas combinados, as regiões Norte e Centro-Oeste foram as que apresentaram as maiores taxas, com 1,3% e 1,2%, respectivamente, valores um pouco inferiores aos apresentados em julho, quando ambas as regiões haviam apresentado 1,5%. Das pessoas que apresentaram algum dos sintomas da síndrome gripal estudadas, 57,2% eram do sexo feminino, 47,3% tinham entre 30 e 59 anos, 55,3% declararam-se negros ou pardos e 38,0% não tinham escolaridade ou tinham o ensino fundamental incompleto. Entre as pessoas que apresentaram algum dos sintomas combinados, a participação feminina em agosto foi a maior desde o início do estudo, 59,3%, ante 57,4% em julho.
Em relação à cor ou raça, a participação de pretos ou pardos entre os que apresentavam algum dos sintomas combinados diminuiu ao longo dos quatro meses de estudo, passando de 70,0% para 57,9%. Apesar de agosto ter a maior percentagem de pessoas que procuram uma unidade de saúde para tratar sintomas gripais em termos absolutos, foi o mês que registou os menores números desde o início do estudo, tanto entre os que apresentam alguns dos sintomas como entre os que apresentam sintomas combinados. Em agosto, entre as pessoas que procuraram atendimento em hospitais (1.000, ante 138.000 em julho), aquelas que apresentaram algum dos sintomas estudados e 13,3% (52.000, ante 71.000 em julho) das que apresentaram algum dos sintomas combinados precisaram de hospitalização.
Entre os homens, 16,5% daqueles que apresentaram algum dos sintomas combinados e procuraram atendimento médico em hospitais foram internados, o mesmo percentual de julho. O panorama por Unidades da Federação, apresentado nos mapas das Figuras 1 e 2, mostra que o percentual de pessoas que referiram ter algum dos sintomas conjugados das síndromes influenza pesquisadas foi maior em Roraima (1,7%), no Distrito Federal (1,6%) e no Pará e Tocantins (ambos com 1,4%). Considerando a referência a alguns dos sintomas pesquisados, o Rio de Janeiro também teve o menor percentual (3,0%), enquanto Rio Grande do Sul e Paraíba (ambos com 8,2%) e Sergipe (7,8%) foram os maiores.
Testes de COVID
Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisa, Coordenação de Trabalho e Renda, Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios - PNAD COVID19 agosto/2020. Quase não houve diferença na porcentagem de homens e mulheres que passaram no teste, em 8,3% e 8,7%, respectivamente. Quanto maior a escolaridade, maior a proporção de pessoas que realizaram o exame, 4,4% entre as pessoas sem o ensino fundamental incompleto e 17,9% entre as com ensino superior ou pós-graduação.
Os dados mostram que quanto maior a classe de renda familiar per capita, maior o percentual de pessoas que realizaram teste para COVID19, chegando a 18,0% para pessoas pertencentes ao decil superior e abaixo de 5,0% nos dois primeiros decis. Considerando o tipo de teste, das pessoas que fizeram o teste, 6,9 milhões de pessoas fizeram o SWAB e 25,2% testaram positivo; 8,0 milhões realizaram o exame rápido de sangue. Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisa, Coordenação de Trabalho e Renda, Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios - PNAD COVID19 agosto/2020.
Comorbidades
Outros Indicadores Comportamento
As mulheres registaram percentagens superiores às verificadas para os homens em medidas de isolamento mais restritivas, em relação aos grupos etários, sendo a restrição maior entre os até 13 anos (89,6%).
Indicadores escolares
Fonte: BIM, Departamento de Pesquisa, Coordenação de Trabalho e Renda, Amostra Nacional de Domicílios - PNAD COVID19 julho/2020. Existem diferenças entre as grandes regiões: no Norte, 38,6% das crianças, adolescentes e jovens que frequentam a escola não tiveram acesso a atividades escolares para realizar. Fonte: BIM, Gerência de Pesquisas, Coordenação de Trabalho e Renda, Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios - PNAD.
De acordo com o nível de ensino fundamental, 14,4% da população no Brasil não possui atividades escolares, 18,6% no ensino médio e 21,3% no ensino superior. Na região Norte, 35,9% dos alunos do ensino fundamental e 44,3% dos alunos do ensino médio ficaram sem atividades escolares no mês de julho. Por outro lado, na região Sul, 95,3% dos alunos do ensino fundamental e 93% dos alunos do ensino médio conseguiram realizar as atividades escolares.
No Brasil, pessoas que se encontravam nas classes mais baixas de renda familiar per capita em salários mínimos apresentaram maiores taxas de crianças e adolescentes sem atividades. Dos domicílios com renda per capita de até ½ salário mínimo, 21,5% não tinham atividade escolar, ante 7,9% dos domicílios com renda familiar de 4 ou mais salários mínimos. Das 36,8 milhões de pessoas que tinham atividades escolares para fazer, 3,7% não as fizeram em nenhum dia.
Mesmo considerando o grau de escolaridade, o número de vezes na semana mais frequente foi 5 dias, e em segundo lugar 3 dias na semana.
Solicitação e Aquisição de Empréstimos
Dentre os que praticavam, a maioria, 65,8%, dedicava em média 5 dias por semana a elas, seguido de 12,7% que relataram dedicar-se às atividades 3 dias por semana. A Região Norte foi onde houve maior recusa de crédito, cerca de 19,5% dos pedidos dos particulares foram indeferidos. Na Região Sul, onde houve a maior demanda por empréstimos (8%), foi também onde ocorreu o menor índice de inadimplência (12,5%).
A análise dos pedidos de crédito por classe de renda familiar no salário mínimo mostra que entre as famílias que solicitaram e não obtiveram empréstimo, 57,5% pertencem às duas classes de renda mais baixas (menos de ½ m e de ½ m a menos de 1 m), enquanto entre as que solicitaram e conseguiram, esse percentual é de 47,2%. Ao analisar as fontes de empréstimos, a categoria mais comum foi Banco ou Finanças, 74%, e a parcela daqueles que pediram empréstimos de amigos ou parentes foi de 23,2%.
Itens de Limpeza
Nessa mesma faixa de renda, a menor presença de luvas descartáveis (24,7%) encontra-se na região Nordeste. O mesmo padrão pode ser observado para a presença de álcool 70% nos domicílios: há uma leve correlação entre a presença do item e a renda domiciliar per capita.