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A política de educação infantil em Alagoas: pontos e contrapontos entre a garantia do direito à educação das crianças de 0 a 5 anos, o financiamento público e as responsabilidades federativas

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Academic year: 2023

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A POLÍTICA EDUCACIONAL DE ALAGOAS: pontos e contrapontos entre a garantia do direito à educação para crianças de 0 a 5 anos, verbas públicas e. Proinfância Programa Nacional de Reestruturação e Aquisição de Equipamentos para a Rede Pública de Educação Infantil.

Figura 1 –   Percurso linear dos Marcos Legais e dos principais documentos oficiais  instituídos para a EI no Brasil a partir da CF de 1988 até 2020..............
Figura 1 – Percurso linear dos Marcos Legais e dos principais documentos oficiais instituídos para a EI no Brasil a partir da CF de 1988 até 2020..............

Percursos: como chegamos até aqui?

E os indicadores de qualidade da educação infantil (2009), cujo objetivo foi fornecer elementos para avaliar as condições de atendimento das crianças nas instituições, além de estimular a reflexão sobre as propostas de plano de estudos para as etapas da educação pré-escolar, que trazem , entre outras coisas, indicadores de qualidade: planejamento institucional; a diversidade de experiências e linguagens; as interações; promoção de saúde; os quartos, os materiais e os móveis; formação e condições de trabalho para professores e outros profissionais; cooperação e intercâmbio com as famílias e participação na rede de proteção social (BRASIL, 2009). O objetivo geral da pesquisa foi analisar a política de educação infantil implantada em Alagoas, no sentido de garantir o direito à educação das crianças de 0 a 5 anos, levando em consideração o papel do financiamento público e a responsabilidade federal em ampliar o acesso e condições. de qualidade de serviço.

Percurso teórico-metodológico

Entre teoria e métodos: os caminhos e suas direções

Em se tratando de política pública, qual é a 'realidade da política pública educacional?', o que se pode saber sobre ela. Por se tratar da análise da política de educação infantil, seu financiamento e as nuances federais de sua efetividade, ao considerar a abordagem do ciclo de políticas, nossa análise se concentrou em três ciclos principais: o contexto de impacto, o contexto de produção do texto e o contexto da prática, sempre enfatizando a inter-relação entre eles e sua não linearidade.

Etapas da pesquisa

Mais especificamente, mais voltados para a política de educação pré-escolar, encontramos três dissertações e duas teses no repositório institucional da Ufal (Riufal). Tais fontes documentais, em especial leis, decretos, diretrizes e/ou regulamentos de política de educação pré-escolar, política de financiamento e programas de assistência técnica e financeira da União a países e municípios, documentos oficiais e oficiosos, relatórios técnicos, estudos, estatísticas dados, publicações, textos e correlatos foram.

Organização da Tese

Após esse processo, iniciamos a fase da análise propriamente dita, elaborando a sexta e última parte da tese, na qual apresentamos os dados e resultados da pesquisa, fechando o processo de tramitação da tese com as considerações finais. Na sexta parte, apresentamos os resultados da pesquisa, traçando as características históricas, sociais e políticas que fundamentam as políticas de educação infantil em Alagoas, analisando, a partir das categorias elencadas, os aspectos que emergiram dos documentos orientadores, dos dados estatísticas de atendimento e dados resultantes de pesquisas de campo realizadas nos municípios.

As infâncias, as crianças e seu desenvolvimento

Dito isso, aprofundaremos nossa discussão na teoria histórico-cultural12, levando em conta seu respaldo no “[..] pressuposto de que o homem é um ser de natureza social” (MELLO, 2004, p. 135). Sem o contacto da criança com a cultura, com os adultos, com os filhos mais velhos e com as gerações mais velhas, não se dará a criação de capacidades e aptidões humanas (MELLO, 2004, p. 142-143).

O contexto histórico, político e econômico do país nas décadas de 20 e 30 do século XX é elemento significativo para compreender as mudanças que começaram a ocorrer e que também repercutem nos caminhos da educação infantil. Carrijó (2005) aponta que após a criação do Ministério da Educação e Saúde, outros órgãos surgiram em decorrência da pressão social. A "ideologia da família" levanta a bandeira da criação e educação dos filhos pequenos como um assunto privado e não uma responsabilidade pública.

O mais importante é a legitimação da criança como sujeito jurídico e a educação pré-escolar dos 0 aos 6 anos, que surge agora como a primeira etapa do ensino básico, aspetos que abordaremos no tópico seguinte.

Criança cidadã: trajetória dos direitos constitucionais da criança no

Com a promulgação do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), em 1990, reiterou-se a garantia do direito à educação das crianças de 0 a 6 anos, o que representa mais um marco legal importante na legitimação da educação pré-escolar e da criança como criança. sujeito a direitos. Em 1996, o direito da criança e o dever constitucional do Estado foram reafirmados na nova Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB), Lei nº. 9.394/96, que instituiu a educação infantil como primeiro nível de ensino. Educação básica. Recorremos mais uma vez a Rossetti-Ferreira (2000) para expressar os ganhos identificados na concretização do direito da criança brasileira à educação infantil.

Nesta seção, procuramos fazer uma análise crítica da gestão governamental e das políticas de educação infantil implementadas a partir da Constituição Federal de 1988 para a consolidação do direito à educação das crianças de 0 a 5 anos.

A constituição das políticas públicas e o papel do Estado

Janete Maria Lins de Azevedo (2000) também confirma que as políticas públicas se caracterizam pela materialidade da intervenção, não do governo, mas do Estado. Assim, as políticas públicas “[..] respondem simultaneamente às necessidades de valorização do capital e de mediação política dos interesses antagônicos que permeiam a sociedade urbano-industrial” (NEVES, 2005a, p. 14). As políticas sociais, segundo Neves (2005a), são, no entanto, determinadas pelas mudanças qualitativas ocorridas na organização da produção e nas relações de poder que impulsionam a redefinição das estratégias econômicas e político-sociais do Estado nas sociedades capitalistas. no final do século XIX.

Desse ponto de vista, as políticas públicas garantidas com base na doutrina da proteção social integral estão consagradas nas constituições e leis previdenciárias de quase todos os países.

As políticas educacionais no âmbito da nova gestão pública

Passaremos agora a analisar aspectos da gestão governamental da educação e das políticas educacionais instituídas no Brasil, em especial as políticas voltadas para a educação infantil vigentes na atualidade. Sua estrutura define “[..] as relações, acordos e conflitos que podem surgir no âmbito da educação brasileira” (SANTOS, P., 2012, p. 25). Assim, na abordagem neoliberal das políticas públicas, incluindo a educação, são os ditames do capital que ditam as regras e a principal orientação segue as leis do mercado, limitando a ação do Estado a garantir a educação básica e sujeitando os demais níveis às leis da oferta e demanda.

Além desses, também é importante citar os mecanismos de monitoramento e avaliação da qualidade do ensino atualmente existentes, como o Sistema de Avaliação da Educação Básica (Saeb), Prova Brasil, Provinha Brasil, Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb), Índice Nacional de Exame do Ensino Médio (Enem), Sistema Nacional de Avaliação da Educação Superior (Sinaes).

A regulamentação da educação infantil no Brasil

Da CF (1988), marco legal inicial de todo o processo, do ECA (1990) e da LDB (1996), surgiram os primeiros documentos norteadores da educação infantil no Brasil. Ao mesmo tempo em que o MEC elaborou o RCNEI, o Conselho Nacional de Educação definiu as Diretrizes Curriculares Nacionais da Educação Infantil - DKNEI, de caráter obrigatório. 22 As primeiras Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Infantil (DCNEI) foram publicadas pelo Conselho Nacional de Educação (CNE) em 1999 e revisadas em 2009.

Serve de base e requisito para a elaboração de planos nacionais e municipais em todo o país na implementação da política de educação pré-escolar.

A política de fundos para a educação no Brasil: aspectos históricos e

Uma análise aprofundada das questões de financiamento da educação parece ser uma abordagem muito complexa e multidimensional devido a vários vieses possíveis. Aqui, buscamos abordar o financiamento público como política pública, aprofundando as responsabilidades do governo e os aspectos históricos, legais e contextuais do federalismo brasileiro, das políticas de financiamento da educação infantil e do regime cooperativista brasileiro para entender suas influências na educação infantil em Alagoas, atualmente. Assim, há uma ambigüidade ou hibridez das políticas públicas de financiamento da educação: elas são determinadas pelas políticas educacionais ao mesmo tempo em que são determinantes.

Teixeira defendeu a conversão de todos os recursos educacionais em fundos, ou seja, a proposta incluía o aspecto federativo previsto na descentralização administrativa da educação e na gestão dos recursos pelos conselhos.

Tabela 1 – Síntese das alíquotas da vinculação de recursos para a educação no Brasil nas  Constituições e dispositivos legais (1934 a 1988)
Tabela 1 – Síntese das alíquotas da vinculação de recursos para a educação no Brasil nas Constituições e dispositivos legais (1934 a 1988)

O federalismo brasileiro, as responsabilidades (inter)governamentais

Aprofundamo-nos, então, na análise do federalismo brasileiro para compreender a dinâmica federativa e o desenho da divisão de responsabilidades, enquadrado no regime de cooperação entre os entes federados e sua sobreposição com o financiamento da educação. Em relação à educação, as responsabilidades de cada ente federado (União, Estados, Distrito Federal e Municípios) foram estabelecidas na letra da lei quanto à organização, oferta e manutenção da educação cooperativa. A LDB (1996) em seus artigos reforça a divisão de responsabilidades, bem como a divisão entre os entes para a oferta da educação escolar.

Todo o modelo de divisão de competências e financiamento para a oferta e manutenção da educação entre os entes federativos está ancorado no regime de cooperação.

Os arranjos federativos do financiamento educacional brasileiro

Os artigos 70.º e 71.º introduzem outra definição de grande importância, nomeadamente a definição do que seria ou não despesa de Manutenção e Desenvolvimento do Ensino (MDH), para que não haja confusão que conduza a desvios de recursos. preservando a educação. Na seção anterior, pudemos observar o desenho federal brasileiro, suas características estruturais e organizacionais, bem como as tensões decorrentes desse modelo em relação ao financiamento da educação nacional. Atualmente, dois fundos regulam grande parte dos recursos financeiros destinados à educação básica no Brasil: o Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb) e o Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE). . que analisaremos com mais detalhes após a discussão.

A seguir, analisaremos como essas fontes de financiamento se estruturam e constituem a receita dos recursos vinculados à educação nacional, bem como suas implicações na política educacional geral e no âmbito mais específico da educação infantil.

O Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação e o seu papel para

O Salário-educação

Programa Nacional de Alimentação Escolar (Pnae): é o programa de repasse de recursos financeiros aos estados e municípios para alimentação escolar e ações de educação alimentar e nutricional para alunos de todas as etapas da educação básica pública. Programa Brasil Carinhoso: O Programa Brasil Carinhoso consiste no repasse automático de recursos financeiros para cobrir os custos de manutenção e desenvolvimento da educação pré-escolar, contribuindo para a atenção integral, segurança alimentar e nutricional, além de garantir o acesso e permanência das crianças em Educação. Por sua vez, o programa de apoio a novas instituições de educação infantil foi criado em 2011 com o objetivo de ampliar a oferta de educação infantil por meio de apoio financeiro à manutenção de novas turmas em instituições públicas construídas com recursos do Proinfância.

Formação inicial de educadoras de infância (qualificação profissional docente, de acordo com o art. 62 da LDB).

Tabela 2 – Situação das obras de construção (creches e pré-escola) por programa, no Brasil
Tabela 2 – Situação das obras de construção (creches e pré-escola) por programa, no Brasil

O Fundeb e a vinculação de recursos para a educação infantil

O Fundef, juntamente com a LDB (Lei nº sancionada um pouco antes, e com a EC nº 14/96, passou a representar a contribuição legal do novo sistema de financiamento da educação no Brasil entre os entes federativos. Como se vê, com o Fundeb, o escopo de recursos e abrangência foram ampliados fundo contábil para o financiamento da educação, que garante a cobertura de todos os níveis e modalidades da educação básica.Com a CF/88 e LDB/96, que legalizou a educação infantil e a incluiu como primeiro nível da educação básica, a possibilidade de destinação de recursos públicos a instituições privadas sem fins lucrativos, inclusive com a previsão de verbas para o financiamento da educação, de forma que o Estado brasileiro desse continuidade a esse arranjo histórico de auxílio educacional não à infância.

Infelizmente, a discussão sobre o direito à educação e em especial à educação pré-escolar de 0 a 3 anos é cada vez mais sobre a oferta ou não de serviços educacionais para crianças, pois é nessa etapa da educação básica que o foco é definir..

Tabela 5 – Incorporação de matrículas, de recursos financeiros dos impostos e transferências  e da complementação da União ao Fundeb – 2007 a 2020
Tabela 5 – Incorporação de matrículas, de recursos financeiros dos impostos e transferências e da complementação da União ao Fundeb – 2007 a 2020

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Figura 1 –   Percurso linear dos Marcos Legais e dos principais documentos oficiais  instituídos para a EI no Brasil a partir da CF de 1988 até 2020..............
Figura 1 – Percurso linear dos Marcos Legais e dos principais documentos oficiais instituídos  para a EI no Brasil a partir da CF de 1988 até 2020
Tabela 1 – Síntese das alíquotas da vinculação de recursos para a educação no Brasil nas  Constituições e dispositivos legais (1934 a 1988)
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