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Política Externa Brasileira nas Conferências das Nações Unidas sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento de 1992 a 2012

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Academic year: 2023

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XXVIII Congresso de Iniciação Científica

Política Externa Brasileira nas Conferências das Nações Unidas sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento de 1992 a 2012

Autor: Camila Oliveira Santana. Orientadora: Fernanda Mello Sant’Anna.

Universidade Estadual Paulista – UNESP – Campus de Franca. Curso: Relações Internacionais.

Email: oliveirasantanac@gmail.com. Bolsa: processo nº 2015/03769-9, Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP).

Palavras Chave: Política Externa, Brasil, Governança Ambiental, Organização das Nações Unidas (ONU).

Introdução

Este trabalho propõe a discussão acerca da política externa brasileira nas últimas Conferências das Nações Unidas sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento, tendo como premissa a relevância dessa temática para as relações internacionais e o papel exercido pelo Brasil na governança ambiental internacional. Para tanto, será estudado separadamente a atuação brasileira em cada uma das conferências, para que se possa construir uma análise do posicionamento brasileiro. O tratamento das questões ambientais no cenário internacional surge em 1972, em Estocolmo, com a realização da Conferência sobre o Homem e o Meio Ambiente, a qual contou com intensa participação brasileira. Na década seguinte, com a publicação do Relatório Nosso Futuro Comum, pela Comissão Mundial sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento, insere-se na questão o conceito de desenvolvimento sustentável, o qual guiará o debate nas Conferências seguintes.

Objetivos

A pesquisa tem por objetivo analisar a política externa brasileira nas Conferências da ONU sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento, de 1992 a 2012, de modo a verificar a possível continuidade ou alterações do posicionamento brasileiro ao longo do tempo. Além disso, o estudo visa compreender como o Brasil utilizou a temática ambiental para sua inserção internacional.

Material e Métodos

Para analisar o tema proposto, serão utilizados documentos oficiais do governo brasileiro e da ONU sobre as três conferências ocorridas no período.

Também empregados no estudo os discursos de autoridades brasileiras. Ademais, será estudada bibliografia especializada em análise de política externa e em governança ambiental internacional.

Como contribuição teórica tem-se neoliberalismo das Relações Internacionais, aqui representado por Keohane e Nye (1989) que trata da crescente interdependência entre os Estados, sobre a importância das instituições para gerenciar de interesses comuns, além de abordar a não hierarquização entre temas da agenda.

Resultados e Discussão

A leitura da bibliografia e dos documentos sugere que a condução das conferências foi guiada pelas demandas dos países em desenvolvimento, sobretudo no que tange ao acesso a tecnologia e aos recursos financeiros para a adoção do desenvolvimento sustentável. Sobre a formulação de política externa, o Brasil procurou coordenar os posicionamentos dos diversos atores ao criar comissões ministeriais, para cada uma das conferências. No âmbito externo, o Brasil participou de reuniões regionais e das reuniões preparatórias das Nações Unidas, a fim de participar das pautas dos encontros. Em 1992, o Brasil defendeu a soberania dos países sobre os recursos naturais, além de afirmar que a pobreza deveria ser combatida, visto que era percebida como uma das principais causas da degradação ambiental. Em 2002, a principal proposta brasileira, em conjunto com os países latino-americanos, centrava-se no aumento para 10% de uso de energia renovável na matriz energética dos países. Em 2012, o Brasil defendeu o fortalecimento institucional dos órgãos das Nações Unidas que tratam do desenvolvimento e ressaltou a importância dos pilares econômicos e sociais na implementação do desenvolvimento sustentável.

Conclusões

Conclui-se, então, que o posicionamento brasileiro, durante o período proposto, esteve atrelado ao posicionamento dos países subdesenvolvidos, principalmente no âmbito do G77/China. Sendo assim, o Brasil defende a adoção do desenvolvimento sustentável e o equilíbrio entre os pilares econômico, social e ambiental do conceito.

Agradecimentos

Agradeço a FAPESP pelo financiamento concedido e a colaboração de minha orientadora, Fernanda Mello Sant’Anna.

____________________

1 KEOHANE, R.; NYE, J. Power and Interdependence. 2 Ed. United States: Harvard University Press, 1989.

2 LAGO, A.A.C. Estocolmo, Rio, Joanesburgo: O Brasil e as três Conferências Ambientais das Nações Unidas. Brasília: Fundação Alexandre Gusmão, 2006.

Referências

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