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“Potencial e lacunas de produtividade de Milho em Santa Catarina”

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Academic year: 2023

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Para isso, já foram estimados o potencial de produtividade, o potencial de produtividade limitada pela água e a lacuna de produtividade para 15 culturas alimentares em 75 países em seis continentes (Figura 1). Ou seja, Ppa é o potencial de produtividade em função da disponibilidade e distribuição de água e nutrientes existentes durante o ciclo da cultura. Dado que a maioria das lavouras de milho em Santa Catarina são de sequeiro, neste livro vamos explorar o potencial de produtividade limitado pela água (Ppa).

Fatores que determinam o potencial de produtividade (Pp), potencial limitante e exemplos de fatores que reduzem a produtividade da cultura (Pm).

LACUNAS DE PRODUTIVIDADE

NO MUNDO

POTENCIAL DE PRODUTIVIDADE DE MILHO

LACUNA DE PRODUTIVIDADE DE MILHO

O potencial de rendimento do milho, ou seja, quando a disponibilidade de água não é um fator limitante, para a primeira safra no Brasil varia de 13,6 a 17,8 t/ha (Ribeiro et al., 2020) (Figura 6). Os maiores Pp na primeira safra estão na região sul do Brasil, devido à maior ocorrência de radiação solar, já que na região centro-oeste esse período é marcado pela estação chuvosa, o que provoca dias mais nublados e, consequentemente, , menor disponibilidade de radiação solar para a cultura. Além disso, as temperaturas noturnas são mais elevadas no Centro-Oeste do país, o que aumenta o gasto energético da planta por meio da respiração (Andrea et al., 2018).

Mesmo com a disponibilidade de radiação solar, se a temperatura não estiver na faixa ideal para o estágio de desenvolvimento da cultura, ocorre uma redução de Pp.

POTENCIAL DE PRODUTIVIDADE DE MILHO NO BRASIL

O alto Pp do milho no Brasil indica uma grande oportunidade para cultivos onde há condições de irrigação, pois é possível atingir altas produtividades de trigo por hectare de terra.

POTENCIAL DE PRODUTIVIDADE LIMITADO POR ÁGUA PARA MILHO

NO BRASIL

LACUNAS DE PRODUTIVIDADE DE MILHO

PRODUÇÃO DE MILHO EM SANTA CATARINA

No entanto, notamos uma redução na área colhida com milho proporcional ao aumento da área colhida com soja, o que impacta na queda da produção de milho no Estado. O déficit da produção de milho em Santa Catarina é coberto por importações interestaduais (principalmente Mato Grosso do Sul e Paraná) ou de outros países, como Paraguai e Argentina. A partir disso, a equipe FieldCrops da UFSM e da Epagri, por meio de termo de cooperação técnica firmado para a execução do projeto "Potencial e Lacunas de Produtividade do Milho em Santa Catarina", estimou o potencial de produtividade e as lacunas de produtividade das principais regiões do produtores de milho. do estado, que busca identificar as regiões catarinenses com maior potencial de verticalização da produção de milho.

De acordo com a metodologia do Projeto Global Yield Gap Atlas, foram selecionadas áreas de similaridade climática representativas da área de produção de milho em Santa Catarina (Figura 10). Áreas de similaridade climática com a área de colheita de milho de mais de 5%, que juntas cobrem 89% da área de produção de milho em Santa Catarina. Um raio de 100 quilômetros ao redor da EMR e dentro da mesma zona de similaridade climática é chamado de zona tampão e deve representar mais de 2% da área de colheita de milho do país.

Juntas, as nove zonas tampão selecionadas cobrem 63% da área colhida com milho em Santa Catarina. Portanto, as práticas de manejo realizadas desde a pré-semeadura até a colheita, características edáficas e produtividade da cultura do milho em Santa Catarina foram monitoradas por meio de questionários em duas safras e 2021/2022). Além disso, durante essas duas safras, foram conduzidos experimentos em condições potenciais (sem estresses bióticos e abióticos) na EPAGRI/CEPAF, em Chapecó, com híbridos de milho de ciclo precoce, superprecoce e hiperprecoce, mais utilizados em Stat.

Os dados do experimento serviram como forma de avaliar a capacidade de um modelo baseado em procedimentos de milho híbrido em simular a produtividade de grãos de milho em Santa Catarina. Portanto, acreditamos que teve uma boa capacidade preditiva do potencial de produtividade do milho em Santa Catarina.,.

FERRAMENTAS E DADOS PARA ESTIMATIVA DOS POTENCIAIS DE PRODUTIVIDADE

Os modelos baseados em processos são as ferramentas mais recomendadas e aceitas na comunidade científica para estimar o potencial de produtividade de culturas agrícolas (Lobell et al., 2009). Utilizando a soma térmica de e 1488 °C dias para os ciclos precoce, superprecoce e hiperprecoce, respectivamente, realizamos simulações com o Milho Híbrido, utilizando dados meteorológicos de cada safra para Chapecó, bem como data de plantio e plantio. densidade. Os valores do erro quadrático médio (RQME) mostram, para cada um dos ciclos, a diferença média entre os valores simulados e observados (2,6, 1,7 e 0,9 t/ha, respectivamente para precoce, superprecoce e hiperprecoce).

Para executar simulações com milho híbrido, são necessários dados sobre temperatura máxima, temperatura mínima, radiação solar, precipitação, velocidade do vento, umidade relativa. Na Figura 14 apresentamos os valores médios de 2005 a 2020 para temperatura máxima, temperatura mínima, radiação solar, precipitação e evapotranspiração para as estações meteorológicas de referência de Caçador (CA), Campos Novos (CN), Dionísio Cerqueira (DC), Lages (LA), Major Vieira (MV), Rancho Queimado (RQ), Rio do Campo (RC), Urussanga (UR) e Xanxerê (XA). As setas cinza e preta, dentro de cada painel, indicam respectivamente o mês médio de semeadura na região e o mês de floração da cultura (R1).

Além dos dados meteorológicos, o Hybrid-Maize utiliza insumos relacionados ao manejo da cultura (ciclo de desenvolvimento, data de semeadura e densidade de semeadura) e dados do solo. Esses dados devem representar o sistema de cultivo de cada região, visando uma avaliação mais realista. Utilizamos o ciclo de desenvolvimento e a densidade de semeadura, que são representativos da cultura da região, e a época de semeadura foi determinada quando 50% da área estava semeada com milho (Figura 15).

Essas informações foram obtidas a partir de reuniões com os agrônomos especializados em milho da Epagri em cada localidade, bem como estatísticas públicas divulgadas pela Epagri por meio de boletins agrícolas (mais informações em: . cepa.epagri.sc.gov .br/index .php/publicacoes/boletim- agropecuário/). O ciclo de desenvolvimento, época e densidade de semeadura e classificação do solo de cada uma das regiões consideradas.

POTENCIAL DE PRODUTIVIDADE DE MILHO EM SANTA CATARINA

POTENCIAL DE PRODUTIVIDADE LIMITADO POR ÁGUA DE MILHO EM

SANTA CATARINA

PRODUTIVIDADE ATINGÍVEL DE MILHO EM SANTA CATARINA

PRODUTIVIDADE MÉDIA DE MILHO EM SANTA CATARINA

LACUNA DE PRODUTIVIADE POR ÁGUA EM SANTA CATARINA

LACUNA DE PRODUTIVIDADE ATINGÍVEL DE MILHO EM SANTA CATARINA

POTENCIAIS E LACUNAS DE

PRODUTIVIDADE DE MILHO EM SANTA CATARINA

Na construção de culturas de alto rendimento, é essencial entender a interação entre genótipo, manejo e ambiente e suas conseqüências sobre o rendimento de grãos de milho. Para isso detalharemos as exigências de manejo e clima da cultura do milho para alta produtividade nas diferentes fases de desenvolvimento, em relação ao momento de determinação dos componentes de produtividade. As culturas do tercil superior (produtividade > 7,9 t/ha) foram consideradas culturas de alta produtividade, enquanto as culturas do tercil inferior (produtividade < 5,7 t/ha) foram consideradas culturas de baixa produtividade.

Testes estatísticos foram realizados para identificar os manejos que diferiram entre as culturas de alta e baixa produtividade (Tabela 1).

Manejo para altas produtividades em lavouras de milho de Santa Catarina

Em nossa análise, verificamos que os principais fatores que possibilitam alta produtividade nas lavouras de milho catarinense são: população de plantas estabelecida, dose de potássio, data de semeadura e intervalo entre aplicações de calcário. A grande maioria das lavouras de milho catarinense avaliadas neste estudo tem produtividade média de 6,3 t/ha (53,2% dos dados), população estabelecida inferior a 71,6 mil plantas/ha, semeadura antes de 7 de novembro e uso de K2O dose inferior a 98 kg/ha. A população de plantas estabelecida é um dos determinantes mais importantes de altos rendimentos, pois é o componente de rendimento que tem a melhor correlação com o rendimento de grãos de milho (Sangoi et al., 2010).

A relação entre a produtividade média de 223 lavouras de milho em Santa Catarina e a população de pantas estabelecida nas safras 2020/2021 e 2021/2022. Avaliando 223 lavouras de milho em Santa Catarina, identificamos que a população de plantas estabelecidas que permite alcançar alta produtividade (próxima a 12 t/ha) nas lavouras de milho em Santa Catarina é de 73 mil plantas/ha (Figura 26). Além disso, a dose de potássio apareceu na árvore de regressão como um dos principais fatores que permitem alta produtividade nas lavouras de milho em Santa Catarina.

Ao avaliar 279 lavouras, encontramos uma perda de produtividade de 30 kg de grãos de milho/ha para cada quilo de N abaixo de 186 kg N/ha (Figura 28). Relação entre produtividade e dose de nitrogênio (em kg N/ha) aplicada a 279 lavouras de milho em Santa Catarina. Avaliando 282 lavouras, verificamos que doses próximas a 125 kg P O/ha aumentam a produtividade das lavouras de milho em Santa Catarina (Figura 29).

Relação entre produtividade e dose de fósforo (em kg PO/ha) aplicada em 282 lavouras de milho em Santa Catarina. Ao avaliar 155 lavouras, descobrimos que doses de aproximadamente 118 kg KO/ha maximizam a produtividade da lavoura de milho em Santa Catarina (Figura 30). Relação entre produtividade e dose de potássio (em kg KO/ha) aplicada em 155 lavouras de milho em Santa Catarina.

Produtividade do milho nos anos 2020/2021 e 2021/2022 de 227 lavouras de milho em Santa Catarina segundo o número de folhas expandidas das plantas de milho no momento da primeira aplicação de inseticida.

CUSTO DE PRODUÇÃO X PRODUTIVIDADE DAS LAVOURAS DE MILHO DE SANTA

CATARINA

As informações apresentadas neste livro são resultado de um esforço conjunto dos extensionistas e pesquisadores da Epagri e da equipe da FieldCrops/UFSM, visando disseminar informações e identificar formas de aumentar a produção de milho em Santa Catarina, que aliem eficiência produtiva e rentabilidade para o produtor. . Os assuntos foram abordados de forma simples e objetiva, para facilitar o entendimento sobre o potencial de produtividade, potencial de produtividade limitado pela água, lacunas de produtividade e fatores de manejo que promovem perdas de produtividade na cultura do milho em Santa Catarina. Ressaltamos que, justamente por se tratar da interação de muitos fatores complexos, cada cultura é única, pelo que as informações aqui contidas devem ser adaptadas a cada realidade, o que só é possível com base em um profundo conhecimento da ecofisiologia da planta e o sistema de produção.

Agradecemos e parabenizamos os extensionistas e pesquisadores da Epagri pela brilhante contribuição para a sustentabilidade da produção de milho em Santa Catarina. Aumentar a produção por meio do aumento da produtividade de grãos em áreas já utilizadas para agricultura é um compromisso que temos com as gerações futuras.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Diversidade genética em populações de Dalbulus maidis (DeLong e Wolcott) (Hemiptera: Cicadellidae) de locais distantes no Brasil analisadas com marcadores RAPD-PCR. Drivers de variação espacial e temporal no rendimento da soja e requisitos de irrigação no cinturão de milho dos EUA ocidental. Quantificação dos danos causados ​​pelo enfezamento vermelho e enfezamento pálido em milho em condições de campo.

Review of yield gaps and opportunities for sustainable intensification of irrigated lowland rice in Southeast Asia.

Referências

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Kolokwium testowe składa się z 45 pytań I i III kolokwium lub 30 II i IV kolokwium, maksymalna ilość punktów wynosi zatem 45 lub 30 z danego kolokwium testowego, co umożliwia uzyskanie