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A PRÁTICA DE JOGOS DIDÁTICOS COMO PERSPECTIVA PEDAGÓGICA NO ENSINO DE MATEMÁTICA NA EDUCAÇÃO

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Academic year: 2023

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Este trabalho de conclusão de curso analisa o uso de jogos didáticos como perspectiva pedagógica no ensino de matemática na educação básica. O objetivo é compreender como os jogos didáticos melhoram o ensino de matemática na educação básica. O tema deste trabalho de conclusão de curso – Prática de jogos didáticos como perspectiva pedagógica no ensino de matemática no ensino fundamental – foi escolhido devido às experiências vividas durante a formação em educação matemática na Universidade Federal do Rio Grande – FURG.

Então comecei a pesquisar questões relacionadas à formação de professores e prática pedagógica, bem como a pensar sobre o uso de jogos didáticos para construir e aprimorar o conhecimento matemático. A busca por respostas para essas questões e o desejo de mudar esse cenário em relação ao ensino de matemática me levaram a propor esta parte final do curso, que visa entender como os jogos didáticos melhoram o ensino de matemática no ensino fundamental. O próximo capítulo apresenta o mapeamento realizado em trabalhos científicos que tratam da experiência do uso de jogos didáticos na prática pedagógica de matemática no ensino fundamental.

Com o objetivo de mensurar a presença de jogos didáticos na prática pedagógica do ensino de matemática, a presente pesquisa teve como foco trabalhos científicos (artigos) publicados no período interino de 2008 a 2017 no periódico eletrônico Boletim de Educação Médica (BOLEMA). No entanto, foram analisados ​​apenas 09 (nove) artigos, que se referiam especificamente a experiências com jogos didáticos na prática pedagógica da educação matemática básica, onde destacavam explicitamente o conteúdo conceitual pesquisado. Ao utilizar jogos didáticos, o aluno torna-se mais ativo na construção de seu próprio conhecimento.

O objetivo principal do artigo foi compreender o conhecimento dos professores sobre os diferentes significados do sinal de igual na primeira série do ensino fundamental, por meio da utilização de jogos didáticos.

Tabela 1 – Artigos selecionados no estudo.
Tabela 1 – Artigos selecionados no estudo.

REFLEXÕES E

COMPREENSÕES ACERCA DO USO DE JOGOS DIDÁTICOS

Ao iniciarmos a análise dos artigos mapeados, percebemos no contexto dos artigos A1, A2 e A4 que foram utilizados jogos didáticos para estudar e problematizar o conteúdo de frações. No artigo A2, o autor começa relatando que os alunos tiveram muitas dificuldades, tanto conceitualmente quanto com relação às notações fracionárias, mas o uso repetitivo de jogos didáticos possibilitou que eles realizassem operações e simplificações com números fracionários. Quando utilizamos jogos didáticos, é importante que tenhamos objetivos pedagógicos com o conteúdo a ser abordado.

Assim, o mais importante na utilização de jogos didáticos é o fato de que o aluno pode não só aprender jogando no seu tempo, mas também desenvolver questões, construir hipóteses e socializar entre os assuntos. Assim, para superar a memorização inexpressiva e a aplicação direta de regras e fórmulas, é importante criar situações em sala de aula onde o espaço prático seja para reforçar a teoria que foi tecida (LOPES; MACEDO, 2005). A proposta e prática de jogos didáticos aliada ao contexto dos alunos requer pesquisa e planejamento por parte do professor para que os alunos possam relacionar as informações com a resolução de problemas.

No jogo didático, a resolução de problemas pode estar envolvida na necessidade de sua implementação, o que requer desenvolver e testar estratégias, formular hipóteses e pensar sobre as ações do jogador e de seu oponente, e como um processo de aprendizagem, que deve ocorrer com a intervenção do professor, conforme os artigos A5 e A6. No entanto, ainda ressurge a visão de que a disciplina de matemática é difícil, pois a razão para esse entendimento é o histórico brasileiro de altas taxas de evasão associadas à área de ciências exatas e por uma construção cultural em que os alunos já têm aversão à disciplina , mesmo que ainda não tenham passado por situações que revelem alguma dificuldade. Segundo Gessinger (2001), o professor de matemática deve proporcionar situações de ensino em que os alunos possam construir sua aprendizagem, utilizar jogos e.

Ao escolher uma atividade, é preciso levar em consideração não apenas os interesses das crianças, mas também suas necessidades e o nível de desenvolvimento cognitivo em que se encontram. Esta premissa é particularmente destacada no artigo A5, quando se destaca que os jogos didáticos asseguram que “os alunos constroem/reconstroem eles próprios o conceito matemático, com a devida e essencial participação do professor” (p. 627). Nesse contexto, várias tendências estão surgindo relacionadas a abordagens de ensino de matemática, incluindo etnomatemática, modelagem, resolução de problemas, tecnologias de informação e comunicação, educação matemática crítica, uso de materiais didáticos e jogos.

Propor e vivenciar práticas pedagógicas que primam pelo trabalho coletivo entre alunos e professor, bem como fomentar a vivência de atividades lúdicas didáticas, pode ser uma forma de reforçar uma cultura educativa que não conduz à competição, mas que seja flexível, solidária e democrática face às realidades multifacetadas da sociedade, conquistando e rompendo com a tendência fragmentária e incoerente dos actuais processos educativos. Além disso, utilizar jogos didáticos em uma perspectiva colaborativa pode transformar o espaço da sala de aula, pois, ao se apoiarem e estabelecerem relações de confiança, os sujeitos podem legitimar saberes diferentes e respeitar o outro na convivência. Outro ponto discutido nas obras examinadas refere-se ao lúdico como fator motivador, onde o aluno se envolve ativamente no processo pedagógico, desenvolve autonomia para resolver um problema, bem como autoconfiança para expressar suas ideias e reflexões.

Essas discussões são encontradas nos artigos A8 e A9, que destacam que os professores consideraram o aspecto lúdico como um mecanismo que os possibilita trabalhar gradualmente os conceitos matemáticos e desenvolver habilidades que favorecem o processo de aprendizagem da Matemática. A hora do jogo possibilita observar a dinâmica da aprendizagem, na qual podemos perceber o fascínio que o jogo exerce nas atividades escolares.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Ressaltamos que esta pesquisa teve como objetivo compreender como os jogos didáticos melhoram o ensino de matemática na Educação Básica. A revisão de estudos, a partir da elaboração de artigos em periódico científico qualificado na área de Ensino de Matemática, bem como leitura crítica sobre o uso de jogos didáticos no processo de ensino de matemática na escola, mostra que os professores conhecem e valorizam esses materiais como ferramentas que melhoram a exploração de conceitos matemáticos. Por meio da análise dos artigos, percebemos que o jogo didático é uma atividade que promove diferentes atitudes e habilidades como observação, análise, levantamento de hipóteses, busca de pressupostos, reflexão, tomada de decisão, argumentação, organização e sociabilidade.

Além disso, foi possível perceber que a troca de saberes e o diálogo provocados, durante o uso dos jogos na prática pedagógica, permitiram aos alunos desconstruir e reconstruir conceitos, como visto principalmente no caso dos números fracionários e na ampliação da visão para estudos numéricos e probabilidade de sistemas. Além disso, destacamos que as ações pedagógicas em Matemática por meio de atividades em grupo garantiram não apenas a troca de informações, mas criaram oportunidades que favorecem valores como a sociabilidade, a cooperação, o respeito mútuo entre os alunos, o que pode gerar aulas diferenciadas, inclusive o saber fazer. considerar o reconhecimento do outro e sua aceitação legítima na convivência. Assim, por meio de jogos didáticos podemos estabelecer um trabalho em grupo, o que estimula a interação entre alunos e professores.

No processo de interação entre esses sujeitos, pode-se estimular a participação, a cooperação, a ajuda e o respeito mútuo, a crítica, a escuta do outro e de suas ideias, promovendo situações em que o pensamento crítico seja a parte predominante do processo. Nessa troca de pontos de vista e opiniões, os alunos passam a refletir sob uma perspectiva diferente e, assim, coordenam sua forma de conhecer e respeitar outras opiniões fora do espaço de ensino. Diante dos artigos analisados, verificamos que o uso de jogos didáticos possibilita melhorar o processo de compreensão dos conceitos.

No entanto, destacamos que alguns dos artigos mapeados não apontam os desafios enfrentados na utilização desses recursos pedagógicos, pois podem ter sido superados durante a execução das atividades ou mesmo foram irrelevantes no resultado final. Em outros artigos, os desafios são destacados, ora são apresentados como sugestões de atitudes que podem facilitar o uso de jogos didáticos, ora enfatizam as possíveis situações de desequilíbrio que podem ocorrer no planejamento de atividades que utilizam jogos didáticos na educação matemática. Outro aspecto relevante é que o processo de intervenção pedagógica em sala de aula mostra-se fundamental na sistematização de conceitos matemáticos que são trabalhados em situações de jogo e pode constituir um ambiente tanto de interação social e educacional quanto de colaboração entre alunos com maior conhecimento torna possível e outros que precisam de mais orientação.

Ainda que os jogos possam se constituir como instrumentos mediadores no processo de ensino e aprendizagem da matemática, isso não será eficaz se não for perpassado por uma interação entre o professor e o aluno e entre eles, por meio de uma prática planejada e organizada que vise alcançar objetivos claros. e objetivamente. objetivos previamente definidos. Vemos nos jogos didáticos um material rico e inclusivo de possibilidades para a realização de um trabalho que proporcione aos alunos a compreensão dos conceitos da matemática. A construção do conhecimento pode ocorrer se o professor apresentar intencionalidade conceitual e pedagógica no uso desses recursos pedagógicos, o que aumenta as oportunidades dos alunos desenvolverem a capacidade de raciocínio crítico e de tomada de decisão por meio do estabelecimento de relações entre aspectos do pensamento matemático e a realidade vivenciada.

Por fim, em nossa investigação, chegamos à conclusão de que muito ainda precisa ser feito no ensino de Matemática em nosso país, pois relevância e significado são atribuídos muito mais a conteúdos conceituais do que a procedimentos e atitudes nos processos educacionais. Por outro lado, percebemos que a produção, reconhecimento e ressignificação do conhecimento matemático, a partir do uso de jogos didáticos ativados em uma perspectiva de aprendizagem colaborativa, era necessária para transformar uma cultura docente pré-santificada em nossas escolas.

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Tabela 1 – Artigos selecionados no estudo.
Tabela 2 – Caracterização dos artigos mapeados  ARTIGO – A1   OBJETIVO

Referências

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Os principais pontos levantados por Simão (2020) acerca da formação e práticas pedagógicas dos educadores foram que a orientação pedagógica ainda não é uma