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A imagem das praças de Ilhéus – Bahia: uma contribuição para a educação patrimonial e para o turismo cultural / Saulo Rondinelli Xavier da Silva

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Academic year: 2023

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A imagem das praças de Ilhéus – Bahia: uma contribuição à educação patrimonial e ao turismo cultural / Saulo Rondinelli Xavier da Silva. Nas deliberações finais, iremos apresentar sugestões e propostas, com o objetivo de contribuir para a educação patrimonial e para o turismo cultural.

AS PRAÇAS DA CIDADE COMO LUGARES DE

A percepção da cidade em discursos verbais e não-verbais

Esta imagem é um processamento cognitivo, derivado da percepção de textos verbais e "não-verbais", da forma física da cidade e de seus habitantes. Assim, para analisar a imagem de uma cidade, é necessário criar uma espécie de geografia das imagens.

A cidade como espaço sociocultural numa relação entre os atores

Lamas (2000) também trabalha com os elementos morfológicos do espaço urbano, descrevendo alguns dos elementos identificados nos estudos de Lynch (1997) e Boullón (2002). É preciso mostrar que Lynch e Lamas se referem ao espaço urbano e apenas Boullón (2002) trata da questão dos elementos do espaço turístico urbano.

A praça como símbolo sociocultural

  • As imagens fotográficas das praças de Ilhéus

Uma praça com função recreativa é aquela reconhecida pelo desenvolvimento de atividades lúdicas, de passeio ou de reunião. Em seguida, tentamos classificar a praça como um símbolo cultural, de acordo com o objeto de pesquisa quando tentamos relacionar a praça com a imagem fotográfica.

Figura 1 – Palácio Marquês de Paranaguá, Praça J. J. Seabra.
Figura 1 – Palácio Marquês de Paranaguá, Praça J. J. Seabra.

UMA ANÁLISE CONCEITUAL SOBRE O COTIDIANO

Patrimônio Cultural, Representações socioculturais e Turismo

A definição de Patrimônio Cultural é a discussão do amplo leque de produções ou manifestações voluntárias, individuais ou coletivas que expressam as crenças, costumes, tradições e saberes de um determinado grupo social. Assim, sob o termo “Patrimônio Cultural” devemos incluir não apenas os monumentos arquitetônicos históricos, mas também todas as representações e produtos culturais produzidos pelo homem (PELLEGRINI FILHO, 1997). Nesse sentido, o elemento definidor que define o conceito de patrimônio é sua capacidade de representar simbolicamente uma identidade.

Segundo Bailly e Scariatti (1999, p.62), o conceito de patrimônio capta a ideia de herança através das gerações, com um olhar para o nosso passado. É nesta perspetiva teórica que pretendemos analisar os elementos geosimbólicos contidos na imagem fotográfica, numa análise qualitativa que vai para além do conceito de património cultural e arquitetónico. Por outro lado, o conceito de Bailly e Scariatti (1999) aborda diferentes dimensões das representações como sócio-simbólicas, estéticas e afetivas, evocadas no trabalho de Bomfim (2004) sobre as representações sociais do espaço no processo de ensino-aprendizagem.

A importância da Educação Patrimonial para o Turismo Cultural

Em resumo, é considerado um qualquer objeto, conjunto de objetos ou monumentos que veiculem uma grande quantidade de informações sobre um grupo de pessoas. A educação patrimonial busca descobrir valores, costumes, hábitos, aspectos da vida, lendas, cultura material e particularidades de colocação no ambiente de forma a dar vida a eles para que toda a comunidade tenha acesso a essas informações (SILVA; BOMFIM & COSTA, 2009). ). É um processo contínuo e sistemático de trabalho educativo, centrado no património cultural, que representa um instrumento de afirmação da cidadania, fonte primária de conhecimento e enriquecimento individual e coletivo (HORTA, GRUNBERG & . MONTEIRO, 1999).

Nesse sentido, podemos considerá-lo como a implementação de ações educativas e de pesquisa, apropriação e valorização do Patrimônio Cultural, a fim de resgatar aspectos da vida, valores, hábitos, para que a comunidade tenha acesso a essas informações, seja capaz de , melhorando assim o turismo cultural. Assim, em uma via de mão dupla, podemos representar o processo trazido pela educação patrimonial, pois fornece elementos que possibilitam a percepção do espaço cultural pela população, e se torna um dos subsídios para o desenvolvimento do turismo cultural, ao mesmo tempo. ao mesmo tempo que constitui uma ação estratégica para que o turismo possa contribuir para a valorização das culturas locais e para o desenvolvimento social. Pensar a cidade como espaço sócio-cultural é o pressuposto fundamental para uma cidade educativa, uma cidade que se assume como criadora de serviços com vista ao bem comum, construindo um espaço cuja humanidade é fortalecida pela cultura da paz , cidadania e justiça social.

Alguns exemplos de Participação de Jovens como forma de

Educar os moradores sobre esses valores não é uma tarefa fácil, mas torna-se extremamente importante - seja em aulas nas próprias escolas, minicursos, oficinas ou por meio de atividades informais - para que a cultura se torne um elemento ainda mais intrínseco na vida do cidadão. comunidade. , um patrimônio que ficará ainda mais preservado, com manutenção e distribuição que respeitem sua própria dinâmica. Por fim, o turismo deve ser entendido como um grande intercâmbio de pessoas, o que enfatiza a necessidade de planejar os níveis de satisfação humana, e não apenas necessidades econômicas, pois uma cultura é aquilo que dá sentido a um determinado grupo de pessoas, e não simplesmente , como mencionado anteriormente, uma simples mercadoria comercial. Para que isso aconteça, de forma mais sustentável e com qualidade de vida para a população local, a dinâmica social e as relações estabelecidas com uma determinada prática cultural não devem ter sua dinâmica atrelada ao aspecto eminentemente comercial, para que não se perca eles. sua essência e podem ser preservados pelos próprios habitantes.

No turismo cultural, tais práticas devem estar associadas a atrativos e estes devem ser acessíveis nos seguintes aspectos: espacial (localização, acesso, sinalização, informação); temporário (possíveis datas e horários de satisfação); econômico (preços e taxas de satisfação); psicológico, afetivo e intelectual (sobre como a atração pode ser contextualizada e totalmente apreciada em seu contexto). Apresentamos algumas atividades desenvolvidas durante o Curso de Qualificação Profissional em Turismo, do Projeto Juventude Cidadã (MTE/SETRE-BA), realizado na cidade de Ilhéus. Os resultados obtidos com essas atividades também foram apresentados na forma de palestras sobre planejamento e gestão do turismo sustentável; educação patrimonial e cidadania, em março de 2009, no 1º Seminário de Turismo e Educação Patrimonial, com o tema "Avaliação do patrimônio em benefício do turismo", realizado em parceria com o Programa de Pós-Graduação em Cultura e Turismo, da Universidade Estadual Santa Cruz. , em Ilhéus; e na forma de artigo no II Seminário Internacional de Cultura, Imaginário e Memória da América Latina, em Curitiba (SILVA & BOMFIM, 2009).

Figura  3  –  Visita  técnica  do  Curso  de  Qualificação  Profissional  em  Turismo,  do  Projeto Juventude Cidadã
Figura 3 – Visita técnica do Curso de Qualificação Profissional em Turismo, do Projeto Juventude Cidadã

PERCEPÇÃO, IMAGEM FOTOGRÁFICA, PALAVRAS

Postura epistemológica do pesquisador sob a abordagem

A percepção externa de um signo, como uma estátua no meio de uma praça, por exemplo, possui características físicas, captadas por quem o observa. Gelpi e Schäffer (1999), no seu trabalho de campo, utilizaram um roteiro urbano como oportunidade única para desenvolver uma observação sistemática, guiada e explorada pela intervenção qualificada de profissionais de diversas áreas. Para isso, através dos resultados da pesquisa, buscamos aqui fornecer elementos que possibilitem a percepção do espaço cultural pela população, tornando-se um dos subsídios para o desenvolvimento do turismo cultural, ao mesmo tempo em que se constitui em uma ação estratégica. para que esse segmento possa contribuir com o crescimento das culturas locais e o desenvolvimento social.

Olhando para a metodologia utilizada por esses pesquisadores sobre praças e imagens, como forma de contribuir para a educação patrimonial, vemos que são raros os estudos que utilizam diferentes métodos e técnicas de pesquisa, ou seja, uma combinação de diferentes ferramentas de coleta de dados. Dessa forma, principalmente em estudos envolvendo imagens e outras representações, não existe um único método/técnica de pesquisa, pois é claro que uma única técnica ou método pode não ser suficiente para explicar o que se pretende investigar (BAUER & GASKELL, 2002 ). Neste trabalho de pesquisa, nos posicionamos teórica e metodologicamente na fenomenologia de Heidegger (1989) e Merleau-Ponty (1999), pois entendemos o fenômeno da percepção da imagem material das praças como uma necessidade de aprofundar sua essência, a partir de as imagens mentais construídas pelos sujeitos.

Procedimentos metodológicos da pesquisa

  • Tipo de pesquisa
  • Local de coleta de dados
  • Tipo de amostragem
  • Instrumentos de coleta de dados
  • Método de análise e interpretação dos dados

Em seguida, as fotografias das praças realizadas por alunos do Curso Técnico de Guias de Turismo do CEEP e técnicos do Curso de Qualificação Profissional em Turismo do PJC foram utilizadas como indutoras da compreensão da fala e fala desses sujeitos, confirmando os aspectos afeto, valorização, conservação, preservação e degradação . PROJETO: "A IMAGEM DAS PRAÇAS DE ILHÉUS-BAHIA A PARTIR DAS FOTOGRAFIAS, PALAVRAS E DISCURSOS: UMA CONTRIBUIÇÃO PARA A EDUCAÇÃO PATRIMONIAL E PARA O TURISMO CULTURAL". Projeto: A imagem das praças de Ilhéus-Bahia a partir de fotografias, palavras e discursos: uma contribuição à educação patrimonial e ao turismo cultural.

PROJETO: “A IMAGEM DAS PRAÇAS DE ILHÉUS-BAHIA A PARTIR DAS FOTOGRAFIAS, PALAVRAS E DISCURSOS: UMA CONTRIBUIÇÃO PARA A EDUCAÇÃO DO PATRIMÔNIO. CARTA DE VOCABULÁRIO – ALUNOS DO CURSO DE GUIA TÉCNICO DE TURISMO DO CENTRO ESTADUAL DE FORMAÇÃO PROFISSIONAL (CEEP) – ILHÉUS-BAHIA. Eu, Nilmaci Silva dos Santos, coordenadora do curso técnico de guia turístico, do Centro Estadual de Formação Profissional de Ilhéus, conheço a pesquisa intitulada "A imagem das praças de Ilhéus-Bahia vista a partir de fotografias, palavras e discursos: um contribuição à educação patrimonial e ao turismo cultural”, desenvolvido pelo pesquisador Saulo Rondinelli Xavier da Silva, orientado pelo professor Dr.

INTERPRETAÇÃO DO SIGNIFICADO DAS PRAÇAS

A imagem das praças de Ilhéus sob a ótica das fotografias e

Da mesma forma, nas fotos 5 e 6, o lado negativo é facilmente perceptível, devido ao destaque dado ao acúmulo de água em vários pontos, à criação de lagoas e à dificuldade de acesso a determinados locais da praça. Na foto 6, vemos claramente que o aluno pretendia registrar um aspecto negativo, destacando a lagoa de água na área central da Praça D. Os termos “amigos”, “encontro”, “diversão”, “paz” e “ jardim", evocado no formulário aplicado aos alunos do CEEP, conforme mostra a tabela 3, foi reforçado pela Foto 7, nos atributos simbólicos e identitários, avaliados como elementos de valorização desses espaços.

As fotografias da Praça Castro Alves, feitas pelos mesmos atores, também serviram para desencadear termos como "abandono" e "descuido" na forma de eliciação de palavras livres utilizada, o que pode ser ilustrado pela foto 8, que mostra deformações do pavimento e deterioração do um banco, com destaque para sua altura em relação ao solo na praça. Além das palavras mencionadas e associadas a imagens de outras praças, como “catedral” e “cultura”, nas fotografias da Praça Cairú, realizadas pelos alunos do CEEP, notamos sua associação com as palavras “coreto” e. A foto 15, que mostra a praça Cairú, justifica as palavras citadas na categoria de valoração estética e ambiental de propriedades simbólicas e identitárias, na forma de evocação da palavra (sem a fotografia): “arrumado”, “beleza”.

Foto 1 – Detalhe da calçada da Praça Castro Alves, Ilhéus-BA.
Foto 1 – Detalhe da calçada da Praça Castro Alves, Ilhéus-BA.

A imagem mental das praças de Ilhéus sob a ótica do discurso 58

Na análise das entrevistas, percebemos que, de acordo com a maioria dos Técnicos de Turismo do PJC, os elementos de classificação das caixas selecionadas tinham dois significados: Histórico-cultural (patrimônio material, especificamente); e, Manifestação cultural (destacando as apresentações artísticas como patrimônio imaterial dessas praças, no caso, a Praça D. Eduardo). Conforme a foto apresentada na Foto 19, podemos perceber que parte da responsabilidade pela preservação das praças e seu patrimônio é de responsabilidade do poder público, que deve fazer manutenções e reparos, o que reflete diretamente no comportamento da população tornada Assim, visamos propor propostas de uso turístico das praças através da sensibilização da população e seus representantes para a valorização e necessidade de conservação do património cultural e/ou natural e, através do enriquecimento da educação patrimonial, para o desenvolvimento do turismo cultural, e lembre-se que propostas como esta não devem se limitar a um monumento ou a uma determinada praça.

Tais roteiros servirão à comunidade e ao turista em atividades que valorizem o patrimônio cultural da cidade quando consideramos a importância e os objetivos da educação patrimonial para a comunidade e para o turismo cultural. O cartão postal como forma de representação da memória cultural de Ilhéus: uma contribuição ao turismo cultural. A importância das ações educativas voltadas para o uso e aquisição de bens culturais: uma contribuição para o turismo cultural na cidade de Ilhéus-BA.

Compreender como os elementos históricos, culturais e materiais, assim como os elementos identitários e simbólicos podem contribuir para a educação patrimonial e o turismo cultural por meio de imagens fotográficas das praças da cidade de Ilhéus. Identificar os principais elementos que compõem a série cultural e histórica das feiras do centro de Ilhéus ao longo do período.

Foto 16 – Busto do poeta baiano Castro Alves, ao fundo  Biblioteca Municipal. Praça Castro Alves, Ilhéus-BA
Foto 16 – Busto do poeta baiano Castro Alves, ao fundo Biblioteca Municipal. Praça Castro Alves, Ilhéus-BA

Termo de Consentimento Livre e Esclarecido

Formulário de Consentimento para tomada de fotografias 81

Termo de Concordância da Instituição (CEEP)

Mapa de localização da área de estudo

Imagem

Figura 1 – Palácio Marquês de Paranaguá, Praça J. J. Seabra.
Figura  2  –  Praça  Rui  Barbosa.  Ao  fundo,  a  praia  da  Avenida  dá  impressão de infinito à praça
Figura  3  –  Visita  técnica  do  Curso  de  Qualificação  Profissional  em  Turismo,  do  Projeto Juventude Cidadã
Foto 1 – Detalhe da calçada da Praça Castro Alves, Ilhéus-BA.
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